Era Natal e a sra. Weasley fez questão de acordar todos bem cedos para que ajudassem na preparação da ceia.

–Hermione, os garfos são do lado direito, e não do esquerdo! - reclamou a sra. Weasley.

–Ah, me desculpe. - falou Hermione, arrumando os garfos nos lugares certos.

–Me desculpe eu... É que estou muito nervosa com tudo isso sabe? O Carlinhos irá passar o Natal conosco...

–Carlinhos vai passar o Natal com a gente? - perguntaram Rony, Fred e Jorge ao mesmo tempo, interrompendo a sra. Weasley.

–Sim, eu disse isso pra vocês!

–Não disse nada! - protestou Rony.

–Não importa se eu disse ou se não disse. O que importa é que Carlinhos irá passar o Natal conosco este ano! - vociferou a sra. Weasley.

Todos voltaram então as suas tarefas. Hermione conseguira arrumar os garfos do jeito que a sra. Weasley queria, Gina tinha acabado de enfeitar a árvore, Jorge e Fred tinham espantado todos os gnomos do jardim, Harry tinha forrado a mesa, Draco tinha colocado os pratos e os copos na mesa e Rony já tinham arrumado a sala.

Agora, só faltava Carlinhos chegar.

–Ora, já são 19:30! Aonde será que este menino está?!

Um clarão apareceu do lado de fora da casa e então um homem dos cabelos ruivos e alto desceu e vinha caminhado até A Toca, era Carlinhos.

–Ah, ele poderia ter ficado na Romenia... - comentou Jorge.

–Qual o problema com Carlinhos? - perguntou Draco.

–Ele... Ele... Ele é tão chato! Vive falando da vida maravilhosa que tem na Romenia, do trabalho e o papai e a mamãe adoram ele. - respondeu Fred.

Carlinhos falou com todos na sala, era um homem muito gentil.

–Então meu filho, como está na Romenia? - perguntou o sr. Weasley.

–Vai começar... - sussurrou Fred para Hermione.

–Está tudo bem, pai.

–E o trabalho?

–Pai, hoje é Natal e toda a vez que eu venho aqui vocês fazem as mesmas perguntas e só querem saber sobre mim. Eu também quero saber de vocês.

–Ah, mas é claro filho. - falou o sr. Weasley, meio sem graça.

–Então quem é esse, Rony.? - perguntou Carlinhos, olhando para Draco.

Rony ficou em silêncio. Não respondeu quem era o menino loiro que estava sentando entre Harry e Hermione, no local em que o ruivo sempre sentava.

–Este é Draco, amigo da escola. - respondeu Gina.

–Prazer Draco, sou Carlinhos. - falou Carlinhos, apertando a mão de Draco.

–O prazer é todo meu.

–E vocês dois? Ainda estão namorando? - perguntou Carlinhos, para Hermione e Rony.

–Ah, na verdade não... - respondeu Hermione, olhando para o chão.

–Não? - perguntou a sra. Weasley, se levando do sofá em um pulo.

–Não. Nós não estamos namorando mais, mãe. - falou Rony.

–E porque vocês não nos disseram isso? - perguntou o sr. Weasley.

–Para evitar isso. - respondeu Hermione.

–Isso o quê?

–As perguntas...

–Bem, vocês não vão conseguir evitar as perguntas. - falou o Sr. Weasley.

–Me digam porque.

Rony e Hermione ficaram em silêncio. Parecia que eles estavam fazendo prova em Hogwarts. Nenhum som. Ninguém falava, parecia um filme no qual quem estava assistindo tinha apertado o botão "Mudo/Mute".

–Ein?

–Eu não quero falar sobre isso sra. Weasley. - falou Hermione, se levantando do sofá e subindo as escadas.

–Tudo bem, ela não precisa falar, me explique você Rony.

O ruivo ficou em silêncio, olhando para o chão.

–Rony chamou Hermione de Sangue-Ruim. - falou Gina.

O sr. Weasley que estava sentando no sofá, se levantou em pulo.

–Você não fez isso, Rony...

–Eu fiz sem pensar.

–Rony! Não acredito nisso! - começou a sra. Weasley. - Hermione era namorada. E antes de ser sua namorada, ela era sua amiga. Sua melhor amiga. Como você pôde...?

–Eu já disse que fiz sem pensar. E se você quer saber, eu me arrependo de todos as formas.

Rony se retirou da sala e foi para o jardim, aonde ficou mais ou menos uma meia hora.

O clima de Natal tinha acabado. Hermione ficou o tempo todo no quarto de Gina, Rony ficou o tempo todo no jardim, Fred e Jorge ficaram implicando com Carlinhos, sra. Weasley ficou chorando o tempo todo pelo fim do namoro de Ron e Mione, Gina e Harry ficaram no sofá trocando amaços e Draco ficou sentando no sofá, sozinho.

–Eu vou ver como a Hermione está. - falou Draco, se levantando.

Draco subiu as escadas e bateu na porta do quarto de Gina.

–Quem é? - perguntou Hermione, atrás da porta.

–Sou eu, o Draco.

Hermione abriu a porta para o loiro e pediu para que ele a trancasse assim que entrasse.

–Você está melhor?

–Não...

–Eu sinto muito, Hermione.

–Draco, por favor... Não vamos falar sobre isso tá? Eu não quero.

–Tudo bem. Ah, já ia me esquecer!

Draco tirou uma pequena caixa do bolso do seu casaco e entregou-a para Hermione.

–Feliz Natal!

–Ah, Draco, não precisava! Eu não comprei nada pra você... Acho que não posso aceitar...

–Hermione, por favor, o segundo melhor presente que você pode me dar é aceitar este presente.

Hermione abriu a caixa e dentro dela, tinha um lindo colar de prata, um produto trouxa.

–Obrigada Draco, é lindo!

Draco colocou o colar em Hermione.

–Ah, Draco, qual seria o melhor presente que eu poderia te dar?

–Um beijo...

–Já que você me deu um presente tão bonito, acho que você merece.

Hermione chegou perto de Draco e deu-lhe um beijo. As mão de Draco passaram na cintura de Hermione e as mãos de Mione estava entre os cabelos de Draco.

A menina estava ficando sem fôlego, então parou de beijar Draco.

–Esse com certeza foi o melhor presente que eu já ganhei de Natal.

Hermione riu.