Caminhávamos de um lado para outro. Eu escrevia a tudo o quanto via, mas não havia nada a se fazer. Depois que Alice saiu, não tivemos nenhuma notícia. Nada. Tudo em branco. Não podíamos telefonar, o telefone de Edward estava conosco e o de Alice estava sem sinal, provavelmente destruído. E não tínhamos o dom de Alice para descobrir o que iria acontecer. Nada. Um grande e doloroso nada.

Bella não aguentava esperar. Chorava, soluçava, e sua filha também estava muito apreensiva e triste. O que fazer?

Foi quando a idéia me bateu repentina.

"Poppins!" ela se aproximou rapidamente. "Eu sei o que podemos fazer."

Todos os vampiros e lobos olharam para nós.

"O quê?"

"O que fazemos sempre. Desfazer. Simples. Tá tudo escrito aqui no meu diário. Podemos voltar e impedir que Edward saia e que se encontre e se confunda com Audrey."

"Sim! Isso é uma ótima idéia. Como não pensamos nisso logo? Agora que uma decisão fora tomada e realizada a ação, podemos desfazê-la!"

"Sim... mas como faremos isso? Se voltarmos, poderemos dar de cara com nós mesmas aqui, nesta sala, e causar o colapso."

Se não fossem vampiros na sala, eu diria que estavam desnorteados. Mas eles apenas acompanhavam nossa conversa para saber aonde tudo aquilo levaria.

"Só se entrarmos lá fora, na floresta, um pouco antes de Edward sair daqui. E encontraremos ele no meio das árvores, ele lerá nossos pensamentos e nos achará, e faremos a interferência sem que precisemos dizer uma única palavra."

"Sim, isso é um ótimo plano" disse Poppins.

Tudo preparado, nos despedimos dos Cullen e dos lobos. Claro, para eles duraria apenas alguns segundos até que voltássemos. Mas para nós, não sabíamos. Algo poderia sair dos conformes. E mais... estávamos entrando numa história dentro da própria história. Como fizemos anteriormente para salvar Jasper. Esperávamos que também desse certo. Era sempre uma incógnita.

Aparecer no meio do bosque não foi tão difícil. Edward nos ouviu e tão logo sentiu nossa presença, correu para nos encontrar. Ainda duraria dez minutos para que Audrey o encontrasse. Avisamos a ele via pensamentos, eu também lembrei das imagens feitas em seu celular. Edward trincou os dentes, acenou, e saiu. E nós voltamos para a sala, tempo real.

Claro, fomos pegas pelo somatório de memórias, o que durou alguns segundos.

"Acho que conseguimos" falei. Olhei aos presentes, Alice e Edward continuavam ali. "Edward ouviu nossos pensamentos e foi nos encontrar. Em seguida, foi até a cabana, fingir que não sabia nada, para tentar pegar Audrey. Mas ela farejou a tranquilidade de Edward, de uma forma diferente, ela sabia que ele sabia, e ela fugiu no último segundo. Mais rápida que ele, ele não pode alcançá-la."

"Ao menos meus filhos estão aqui" disse Esme. "Não queria imaginar que algo lhes acontecesse."

"Mas não se engane" disse Alice, o rosto um pouco em branco. "Ela não desistiu. Está ainda em nosso encalço, querendo nossas cabeças para Aro. Mas não tomou nenhuma decisão. E quando tomar, será rápida, talvez nem tenhamos tempo para reagir."

"Não importa quantas vezes ela aja" eu disse. "Nós também interferiremos e faremos tudo voltar ao que era antes."

"Não, querida. Há um limite." disse Poppins, deixando-me boquiaberta.

"Limite? Que limite?" perguntei histérica.

"Em algum momento, quando sempre voltarmos ao mesmo ponto temporal, não haverá mais pontos espaciais para que aterrissemos de nossa viagem, entende? Haverá tantas Mary Poppins e tantas Lisas espalhadas, que correremos muitos riscos de colapso, para destruir toda a saga Crepúsculo, e não só um livro."

Fiquei sem ação. Então era isso... podíamos não ter como voltar. Mas precisávamos arriscar se ela fizesse algo.

"Poderíamos fazê-lo" falou Edward, ouvindo meus pensamentos. "Mas teríamos que sacrificar uma de vocês. Não poderíamos continuar se uma de vocês estará causando um colapso e não aceita sugestões de mudança. Isto está precisando mudar."

Fiquei estatelada. Mas não disse nada. E resolvemos esperar mais...

Até Renesmee sumir.