The Vampires Forest 2- The Golden Witch escrita por AnnySama


Capítulo 14
A trilha das Sombras




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/177409/chapter/14

Sora me olhava curioso. Esperando eu dizer algo.

      -Temos... Ahn... Que ir á Trilha das Sombras. - Disse. - Você sabe onde fica isso?

      -É claro que sei. É lá que vive a maior quantidade de seres mágicos. E é la também que se encontra o único portal, além desse, para Os três Reinos.

      -Pois bem... Como iremos para lá rapidamente? - Perguntei.

      -Se lá tem portais que ligam até aqui... Aqui tem portais que ligam até lá, certo? - Sora raciocinou de um jeito que me fez parecer bem estúpida.

      -Então vamos. Onde ficam esses portais? - Perguntei.

      -No lago das sereias - vampiras. - Ele engoliu seco. - As criaturas mais demoníacas que você já possa ter visto.

      Bem... Você pode até achar que ele estava brincando... Mas não queira conhecer uma Sereia- vampira. Elas são totalmente brancas, tem os dedos das mãos grudados e o cabelo parece... parte  do corpo. Como se fosse um defeito na cabeça. Elas tem presas muito maiores do que as dos vampiros normais. Os olhos são vazios, orbitas negras e os lábios são totalmente cor de sangue.

      -Elas são o resultado de uma experiencia de sereias mais vampiros feita pelo pai de Colibri. - Disse Sora. Olhei incrédula para ele. Colibri... Tem um... pai? - Bem... Heidi nem sempre foi um ser mágico e...

       A água começou a borbulhar incansavelmente. Então explodiu em uma onde de 2 metros... Ensopando eu e Sora. Sem ainda nem ter abrido os olhos depois do pequeno tsunami, disse bem baixo "cractus", e meu cetro apareceu. Abri os olhos lentamente. Naõ acreditava no que estava vendo.

      Talvez fosse a rainha das Sereias - vampiras. Seu cabelo era verde musgo e um pouco colado com o corpo, bem volumoso. Sua cauda era bem maior e colorida. Ela usava uma blusa aberta e vermelha. Segurava uma lança na mão. Rosnava mostrando os dentes. Os olhos, orbitas vazias. Era horrível olhar para ela.

      -O que querem aqui? - Disse ela. Com a voz rouca e afiada como se imitasse uma... cobra.

      -Rainha Caliara, mãe das sereias - vampiras. Trago-lhe aqui... A bruxa Dourada. Salvadora de todas as criaturas de todos os reinos. Peço-lhe permissão para o portal da Trilha das Sombras... Como ajuda para a menina dourada que busca reforços em sua profecia. - Disse Sora, com a cabeça baixa. Eu entrei em choque. Não sabia o que falar. Se me curvava ou não...

      -Você sssabe que temosss fome. - Disse ela. - E nada melhor do que uma vampira fresssca do mar.

      -Vai destruir a vossa salvadora? - Disse Sora, um pouco mais imponente.

      A rainha repensou. Abriu um sorriso perverso e rosnou bem alto.

      -Vou deixa-losss passsar. - Ela parou. Olhando para as outras sereias que assentiam. - Masss tenho uma proposssta a fazer-lhesss.

      -Diga a sua proposta. - Disse, dando um passo a frente.

      -Exissste um colar... Na trilha dasss sssombras.  É o amuleto de Nêmesis. Dizzzem que ele contém uma grande proteççção sssobre você- Disse ela. Olhei confusa para Sora, Ela era algum tipo de ninfomaniaca? - O único problema é que essse colar é protegida pelo monssstro guardião de Arqueânia.

      -Monstro... o que? - Perguntei.

      -Menina tola, fazzz pouco tempo que sssabe sssobre a nosssa dimensssão, não é? - Riu a rainha e as outras sereias.

      -Os monstros guardiões são criaturas criadas para proteger uma única coisa. Só existe um deles em cada dimensão. São semelhantes a dragões, um pouco mais eretos e sem asas. O de Missânia se chama Safilus, o de Arqueânia é o Perinus e o de Oceânia chama-se Ardinus. - Explicou-me Sora.

      -Claro... Isssso messsmo meu jovem. - Disse a rainha, sem um minimo de interesse. - Damosss protessção a vocêsss quando mergulharem, prometo que não iremosss atacá-loss em hipotessse alguma, masss quando voltarem, verificaremosss se trouxeram algo na mão, ssse não trouxerem... Essste lago será o local de suasss mortesss.

      -C-claro, minha senhora. - Disse Sora, tremendo de medo. E dirigiu-se a mim. - Curve-se. - Sussurrou. Assim, nós dois nos curvamos diante da rainha hostil.

      -Prometo-lhe trazer o colar, rainha das sereias - vampiras. - Disse.

      Ela sorriu satisfeita e estalou os dedos. No mesmo instante um caminho foi aperta pelo lago... Semelhante a passagem do mar vermelho. E bem no fim deste caminho havia um buraco que parecia ser grande o bastante para pessoas caírem lá dentro, e fundo o bastante para... Esconder um portal.

       Eu e Sora caminhamos com cautela entre as sereias carnívoras que rosnavam insatisfeitas por não poderem nos "provar".

      -Então? - Disse, quando chegamos perto do buraco. - Vá primeiro.

      -Ahn... Ok. - Falou Sora, então obrigou as pernas a pularem direto para o fim do mundo.

      Fui logo atrás dele. Cruzando os braços em torno do meu tronco e desci reta. Não havia obstáculos, só escuro e mais escuro.

      Caímos em um lugar um tanto... Assustador. As árvores estava secas e mal cuidadas. A grama era de um verde quase preto. Era uma floresta, parecida com a dos Phillper. Só que parecia ter saído de um livro de contos de bruxas. Havia muitas outras casas que eu nunca pensei que poderiam existir. Como se fosse... Uma vila de vampiros. Era estranho a estética do lugar, havia carrocinhas de flores e chocolate quente. As casas eram velhas mas bem cuidadas, o telhado parecia uniformizado. Todos eram de telha negra. Se eu achava a casa dos Phillper um pouco assustadora... Aquilo com certeza me tirou a razão. Era como uma vila de camponeses. PO chão era ladrilhado com pedras azuis escuras e as casas eram cheias de cercas decorados de rosas com espinhos. Engoli seco. Sora me olhava como se eu estivesse maluca de ficar com medo daquele lugar.

      As mulheres estavam de vestidos rasgados e algumas usavam lenços da cabeça. Todas com a pele branca como a neve. A maioria das vampiras tinham cachos negros. Os homens andavam de bota e camisa por baixo da calça. Todos extremamente lindos já exibiam fios dourados e olhos cor do mar. Havia um casal sentado em um banco de praça, ele comprava uma rosa para a sua amada. Desviei o olhar com medo de lembranças.

      -Precisamos pedir informações... Onde está Viollet... Essas coisas. - Disse.

      Um moço passava pela rua recolhendo os anuncios e lixos do chão. Decidimos perguntar a ele.

      -Senhor... Sabe quem é Viollet? - Perguntou Sora.

      -Sobrenome? - Disse o homem distraído, pegando outro papel sujo.

      -Não sabemos. - Disse Sora, com pesar.

      -Bem... Para pessoas de outra dimensão vierem ver uma tal de Viollet... Só pode ser a senhorita Nevil. - Ele olhou para uma trilha mais distante. - Me acompanhe, por favor.

      Nós andamos talvez um quilômetro para chegarmos ao nosso destino. Um bar (um pouco grande demais) velho e no estilo "Vila mal-assombrada". Ouvíamos muitos gritos de lá dentro. Recuei dois passos quando o cheiro veio a tona. Era sangue de humanos. Era com,o uma sinfonia tocante e mortal.

      Sora me olhou preocupado.

      -Ahn... Obrigado...?

     -Kevin. Pode me chamar assim. - Disse o rapaz.

     -Então obrigado Kevin. Podemos seguir a diante.

     Ele foi embora pelo caminho que tínhamos andado.

     -Sora... é muito forte... Eu não fui preparada para isso, nunca vi um humano depois de minha transformação. - Disse.

      -Viu sim. A sua tia, a sua família. - Lembrou-me Sora. - Você não os machucou porque sabia lá dentro as conseqüências disso.

      Sorri insegura.

      -Eu... eu consigo? - Disse, indo um pouco mais para perto da origem do cheiro. - Será que eu conseguiria pensar em algo quando entrar ai? Dizem que você é dominado por uma fera estranha e hematófaga. - Ele riu, e eu pude dar um sorriso mais confiante. - Tudo bem... Pelo povo de dessa dimensão! - Anunciei. E nós entramos naquele bar.

      O cheiro parecia se amenizar, pude ver minha mente trabalhando para não se concentrar no odor. Parecia que eu ainda estava ciente do que estava acontecendo.

      O lugar era repleto de homens e poucas mulheres que dançavam danças espanholas batendo suas castanholas e girando seus vestidos rodados.

     Os homens batiam as canecas que transbordavam cerveja. Pude perceber que o cheiro do Sangue era o minimo no meio daquela multidão.

      As dançarinas dançavam a Habanera de Carmen. Batendo seus sapatos conforme a musica e mexendo seus vestidos no ritmo. Percebi que uma se destacava entre as moças. Todas usavam vestidos rosas, pretos ou brancos. Mas tinham uma mulher que era vulgar demais, extremamente aparente. Ela usava um espartilho trançado e cheio de rendas vermelho. E uma saiam preta bem rodada que parecia compor um vestido com o espartilho.

      Ela se aproximava dos homens e jogava rosas para eles. Acariciava o outro e tentava os moços a beijá-la, mas sempre fugia. Todos a olhavam como se estivessem vendo uma deusa. Seu cabelo era ondulado e grande, com fios dourados e delicados. Sua pele era extremamente branca e fazia contraste com seu batom vermelho vivo. Ela cantava sempre um pedaço da musica. Murmurando e as vezes aumentando o tom da voz e fazendo vários homens gritarem entusiasmados.

      Um garçom esbarrou em nós. Eu o olhei um pouco loucamente, o cheiro do seu sangue penetrando profundamente em minhas narinas.  

      -Com licença senhor, A senhorita Nevil ou... Viollet? - Perguntei.

      Ele assentiu e foi em direção a dançarina exuberante. Cochichou em seu ouvido. Mas ela falou quase em voz alta.

      -São os policiais? - Disse ela, antes de nos ver. - Diga que o inspetor Sanitário já veio aqui e que... - Ela nos olhou, e eu achei que eu iria queimar. Então ela sussurrou algo  com o garçom que veio em nossa direção, enquanto Viollet ia ao banheiro.

      Vampiros não vão ao banheiro.

      -A Srt. Nevil não pode falar com os senhores agora. - Disse ele quando chegou em nós.

      Sora e eu nos entreolhamos. "Atropelamos" o garçom e fomos em direção ao banheiro, correndo na velocidade humana... Infelizmente.

      Entramos no banheiro de supetão. Olhamos ele inteiro e vimos uma janela totalmente aberta. Sora bufou, mas nós seguimos pulando a janela e agora, fora do bar, correndo na velocidade anormal.

      Nós corremos o quanto podíamos. víamos alguns borrões pela floresta negra, eles eram vermelhos e pretos. Lógico, Viollet.

      Vasculhávamos tudo. Estávamos correndo em direção a um depósito velho quando Sora trombou brutalmente com algo. Ele rolou pelo gramado um pouco tonto, mas a fera que o atacou já estava em posição de "Predador", pronta para dar um salto. Era Viollet.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Vampires Forest 2- The Golden Witch" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.