– Minha doce Nagi, Sobre o seu passado...Você sente falta de algo?

– Na verdade sim, Mukuro-sama...

[...]

– Você deveria ir dormir agora... Quem sabe algum de seus desejos não vira realidade?
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Estava andando pela escola, indo em direção ao telhado. Acabara de tocar para o intervalo do almoço. Eu estava andando com certa pressa, felizmente a pessoa que mais poderia me abalar não havia vindo para a aula hoje. Mas ainda... Sentia um vazio no meu coração, e mesmo assim, sentia-o doer também. Algumas lembranças vieram a minha mente ao passar pela escada ao lado da que dava acesso ao telhado.

" - Tsuna-kun, o que eu estou tentando dizer... É que... Eu te amo! - Sentia meu rosto tão quente, não sabia o quão vermelha estava. Também não sabia como tinha coragem de me declarar a meu melhor amigo. A expressão dele era completamente confusa, o que me fez lhe mostrar uma expressão triste logo de cara.
– Chrome-chan, eu gosto muito de você, mas... "

Ao abrir a porta que dava acesso ao telhado, uma menina saia correndo de lá, parecia estar chorando. Me perguntei se devia ir atrás dela, mas ouvi uma voz vindo lá de cima, parecia estar perto da grade de proteção.

– Oya oya, alguém lhe magoou também? Por que está chorando? Não faça isso com um rosto tão bonito. - Olhei para o dono da voz que falava cada frase calmamente.

Era um homem alto, de cabelos azuis com um comprido rabo de cavalo fino. O penteado lembrava o meu, e seus olhos eram de cores diferentes um do outro. Ele tinha outras diferenças gritantes com os alunos daqui. Ele usava um sobretudo longo e preto por cima do uniforme e aparentemente era de outro país. Como eu não costumava prestar atenção em boatos, nem ao menos sabia o seu nome, mas lembrava que era do ultimo ano. Sua voz era bonita e aparência era de certa forma hipnotizante, tanto que nem o notei se aproximando. Ao ver o movimento dele em direção ao meu rosto, dei dois passos pra trás, enxugando aquela lagrima que nem lembrava de ter derramado. Ao fazer isso, vi que sua expressão mudou, como se estivesse me analisando, mas logo voltou com aquele sorriso diferente. Uma coisa que ele parecia nunca largar era aquele sorriso sínico. Me virei e segui para o banquinho que sempre sentava, pensei que como ele tinha ido em minha direção, tomaria a porta de saída como caminho. Quando abri o meu almoço ouvi aquela voz, muito próxima ao meu ouvido falar num tom com uma ponta de irritação. Comecei a sentir um pouco de medo daquele rapaz.

– Vai ignorar minha presença? - Continuei o que estava fazendo, mas me atrapalhava o fato de estar sentindo a respiração dele muito próxima. Fiquei me perguntando o que havia de errado com ele, até que senti sua mão em minha cintura acompanhada de um sussurro que me fez quase derramar toda a comida. - Você é tão pequena e sua pele é tão macia. Você tem um cheiro bom... - Ele continuou subindo um pouco suas mãos pelas minhas costas, por dentro da roupa e agora eu sentia seu nariz encostar no meu pescoço. Ele realmente me assustava. Não era acostumada com pessoas me tocando daquele jeito... - É impressão minha ou alguém está ficando com medo? Ku fu fu fu

Quando pensei em empurrá-lo, ou falar algo em protesto àquelas ações ouvi a porta do telhado abrir e outro rapaz entrar. Ele tinha cabelos negros e um olhar mais assustador que o cara que estava atrás de mim.

Estava ficando com mais medo, ainda mais ao ver quem era aquele rapaz.

Hibari Kyoya. O líder do Comitê Disciplinar de Namimori.