Todos os dias que passava eu via pessoas chamarem uma menina de cabelos longos e negros com olhos vermelhos; cabelos que quando vistos lembram a escuridão do qual ela leva os espíritos das pessoas, e olhos que lembram o sangue do sofrimento que esse espírito sofrem ao serem levados por ela; essa era uma visão que eu não gostaria de ver, mas acabava vendo com freqüência; acabava vendo várias pessoas com um boneco e um laço vermelho, que ao puxar, garantiria a oficialização de morte de uma pessoa.

As pessoas acham que só por odiar uma pessoa ou por achar que tem o direito de vingar a morte de alguém, podem simplesmente tirar a vida de outra pessoa e tirando sua a própria vida, mas a pergunta que mais me intrigava era a de saber: “Será que valeria a pena “tirar” a sua própria vida para poder tirar a de outra pessoa”, pois o sonho de todos é terminar a sua vida e ir para um lugar bom, no qual sua alma irá descansar em paz, como todos chamam esse lugar “O Céu”.

Mas para Hell Girl poder levar a alma de alguém para o inferno ela deveria ter recebido o poder de alguém e mesmo que não tivesse recebido de alguém, ela provavelmente deviria ser o próprio demônio, mas o demônio ficaria feliz em ter mais almas para poder proporcionar dor e sofrimento a elas, porém nunca via felicidade em seu rosto, talvez seja porque ela não gostasse de ter esse “papel” em sua vida.

Em toda minha vida eu sempre achei que minha vida não tinha significado algum, mas desde então quero me vingar alguém, essa pessoa é HELL GIRL!

Agora me faltava saber como, aposto que tentar matá-la como seres humanos não vai adiantar, então se quero matá-la eu terei que me tornar uma vingadora, contratando a própria Hell Girl, porém ela sempre pede o nome da pessoa antes de aparecer eu resolvi escrever meu próprio nome: Helly.

-Olá Hell Girl – falei olhando para a janela de meu quarto.

-Você me chamou, Helly.

-Sim e quero que você mate alguém.

-É eu sei, todos me chamam para isso, porém você escreveu seu próprio nome, porque você quer se matar, não tem nem do que reclamar, não é minha espiã?!

-Então sabe que estava espionando seus serviços – diz de forma calma – é eu espionei você mesmo e você deve saber também o motivo não é mesmo?

-Eu não leio mentes apenas sei quem matar, essa é minha vocação!

-Entendo. Se eu colocar o apelido de alguém no site ao invés do nome você conseguiria matá-la da mesma forma?

-Se você conhecer a pessoa eu posso sim.

-Obrigado, e adeus Hell Girl – falei e puxando o laço vermelho.

-Mas porque meus olhos estão negros e os seus estão vermelhos; o meu cabelo está ficando igual ao seu? – ela falou de forma espantada, pela primeira vez há vi mudar sua aparência no rosto.

-Eu já imaginava isso, simples, eu escrevi meu nome e logo apertei a tecla “Enter”, isso fez você vir com a intuição de que eu iria me matar, mas logo em seguida apaguei o “y” de meu nome ficando com a inicial de seu apelido, pois não há ninguém com nome de “Hell”, e logo apertei a tecla “Enter” novamente, isso prova que você pode ter o poder de levar alguém para o inferno, no entanto não é seu esse poder, pois se não quando eu atualizei o nome você já teria sabido que eu coloquei o seu nome, e o boneco faria você levar a minha alma.

-Entendo, você foi a primeira a tomar essa medida.

-É, mas como você mesmo disse, a vingança é uma faca de dois gumes, e o preço que vou pagar por matar a própria Hell Girl é dar minha vida a você e você e dar o seu “objetivo” para mim, pois o seu “chefe” pode perder uma “funcionária”, mas tem que ganhar outra em troca. Eu só peço a você para que peça às pessoas que não me contratem, pois a vida de todos é valiosa, se não fosse, nós não a teríamos.

E essa é minha história, a história de alguém que tinha uma vida insignificante e ainda tem, mas deu alguém uma vida.

Fim!