A Primeira Viagem a Gente nunca Esquece escrita por Aioloskun


Capítulo 1
Vamos rumo ao acampamento




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Capítulo I

Vamos Rumo ao Acampamento

 Não havia qualquer indício de barulho no Santuário. Isso porque era um horário tão cedo que o sol sequer nascera. Entretanto, Camus já estava de pé e movia-se silenciosamente, imaginando que qualquer ruído seria capaz de acordar todos os outros cavaleiros, coisa que definitivamente não desejava.

 

- HORA DE ACORDAR, CAMUS! – Berrou Milo ao entrar na casa do amigo sem a menor cerimônia.

- Milo, seu anormal! – Tremeu Camus enquanto durou o susto. – Eu já estou acordado. Que você quer?

- Não, assim me sinto mal – Milo sentava-se na cadeira branca. Estavam na cozinha, um local impecavelmente limpo e organizado. E, se apoderando de um copo, continuou – Chego aqui e você me recebe assim? Vou embora assim que tomar esse suco.

- Detona logo, Milo – Camus então pegou um pouco de café.

- Já que é para detonar... Vamos todos viajar daqui a pouco.

- QUÊ?! – Camus então quase cuspiu seu café. – E você me avisa só agora?

- Não me culpe – Milo passava um pouco de manteiga no pão. – Eu, o Saga e o Máscara decidimos faz poucos minutos.

- Ora não me venha com essa Milo. Não deve nem ser 5 da manhã, eu acordado buscando um momento de paz sem vocês e ainda me diz que estava com aqueles dois até agora pouco?

- Sério! Está fresca? – Argumentava Milo enquanto pegava uma maçã na geladeira. Camus apenas acenou um sim com a cabeça. – A gente tava tomando umas coisas e jogando baralho. Aí decidimos.

- Vocês e esse novo vício de beber e jogar baralho. Bom... E pra onde a gente vai?

- Uma espécie de acampamento. Saga era amigo do dono, só que o cargo já está sendo ocupado por outro. Uma pena, perdemos um desconto.

 

Então Camus saiu coçando a cabeça, pensando em todas as possibilidades assombrosas que o aguardava nessa viagem. Sentia-se estranho, uma vez que tentava se manter um pouco longe daquela loucura, mas acabava não resistindo e se juntava a todos. Pensando que seria de fato divertido, foi ao quarto arrumar as malas.

 

- Deixa eu ver sua mala? – Perguntou Milo entrando no quarto. – No bom sentido, quero dizer.

- Vem cá me ajudar, vai.

- Por que você demora tanto pra arrumar essas coisas?

- Gosto de tudo no seu devido lugar – Contrapôs Camus, dobrando uma camisa.

- O único lugar pra essas roupas é na mala. Eu, por exemplo, arrumei a minha em menos de cinco minutos. Bom – Milo então esfregou suas mãos – vou ver se Saga e o Masca já avisaram o resto.

- Milo – Chamou Camus quando o amigo já estava quase na sala. – Pega um negócio aqui pra mim, por gentileza?

- Quê? Nem se fosse por misericórdia. Já to muito longe.

- Ei, Milo, última coisa. Lá é quente e confortável? Uma vez viajei com você e ficamos num lugar frio, úmido e escuro... Quase um útero.

- É quente sim – Gargalhava Milo com o relato do amigo.

- Não ria de algo tão sério. Eu saí engripado depois de passar umas noites naquele alojamento de bactérias.

 

Assim Milo finalmente saiu da casa de Aquário e foi de encontro aos outros dois amigos. Ambos já haviam feito a tarefa de acordar gentilmente todos cavaleiros e passar a mensagem. Não eram nem 8 horas da manhã quando as malas já estavam quase prontas.

 

- Agora que alugamos o ônibus e extorquimos dinheiro suficiente da Saori, é só esperar que o motorista chegue. – Anunciou Saga enquanto todos estavam reunidos em frente à casa de Áries, o local combinado.

 

Cada um deixara sua mala ao lado de si, enquanto conversavam e esperavam um tanto ansiosos a chegada do veículo. Afrodite chegara num momento de silêncio. Fora o último porque teve de arrumar três malas, além de estar com alguns bobs na cabeça.

 

- Que isso, Dite? – Perguntou Máscara da Morte intrigado. – Parece um carrinho de rolimã virado de ponta cabeça.

- Falou o paliteiro. – Esbravejou Afrodite em tom sarcástico. Então, tocando nos bobs, explicou – Estamos entre amigos e não vi problema em ficar com isso na cabeça. Tenho que ficar bonito pra viagem.

 

Mais um tempo de silêncio formara-se. Obviamente, já estavam ficando tensos com a tamanha demora do ônibus. Porém suas preocupações não duraram muito após o dado, uma vez que o veículo chegou em pouquíssimo tempo. Logo todos embarcaram e cumprimentaram gentilmente o motorista.

 

- Muito bem – Bradou Shaka, olhando as poltronas do corredor. – Quem vai sentar com quem e onde?

- Dite vai sentar em todos, e no colo. – Especificou Máscara debochado.

 

Afrodite ignorou o comentário, mesmo sob a risada dos outros cavaleiros. Estavam curiosos, no entanto. Era a primeira viagem que faziam desde que todos estavam vivos novamente.

Assim sentaram as duplas: Mu e Aiolia, Aldebaran e Shura, Dohko e Shaka, Saga e Aiolos, Camus e Milo, Afrodite e Máscara da Morte.

 

- Não resmungue, Peixes – Começou Máscara, já sentado, enquanto o amigo estava em pé ao seu lado. – Não tenho culpa se ninguém me quer. Sobrou você.

- Ta bem, eu te aturo. – Falou Afrodite ao sentar-se. Queria esconder a risada. Máscara era realmente um bom companheiro, apesar de suas provocações.

- Gosto da sua camisa ecológica.

- Jura? Mas... Ecológica por quê?

- É porque tem um veado dentro.

- Tsc, tsc... Nessa você me decepcionou. Eu esperava uma piada nova, Masca.

- Olia... Por que você está com cheiro de plástico? – Mu puxava assunto com seu parceiro Aiolia, sentados mais para frente, numa conversa paralela à de Dite e Masca.

- Bom... Er... – A pergunta pegara Aiolia desprevenido. – É uma amiga minha, mas ela ficou em casa. Ela é meio estourada, sabe. Vou ficar com saudades... Eu, meus dois braços e minhas três pernas.

- Ela é de plástico? – Perguntou Mu inocentemente.

- Por que não mudamos de assunto? Você está com sua câmera fotográfica aí, não está?

- Estou.

- Então bate uma pra mim? FOTO, quero dizer.

 

E, com conversas como essas, partiram viagem.


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