Wishes And Dreams escrita por Naaticps


Capítulo 49
Capítulo 49 Benefit dinner or convention enimies?


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas, é eu sei, voltei antes do programado, mas é que a Mari é muuuito chata, e ela encontrou todas as formas de me azucrinar pedindo o capítulo, kkk ~adoro você manola. Enfim, eu tenho de confessar que AMEI os reviews de vocês! grande novidade. Entretanto não os respondi porque meu nyah não está entrando :( Então, eu até pedi para a Mari postar para mim, mas ai eu entrei pela internet explorer ao invez do google crome e a budega entrou, nem imaginam quanto eu e a Mari ficamos surtando no face kkkk lol Enfim,quando meu nyah voltar DIREITO, eu respondo todos os reviews. Boa leitura (:



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- Q-Quem é? – perguntei com a voz sonâmbula/tremula, arrumando-me na cama de forma que pudesse encostar as costas nos travesseiro. A pessoa não respondeu, apenas soltou um riso irônico pelas narinas, e ao invés de parar, apressou o passo. – Eu v-vou chamar alguém! – disse séria e estava preparada para tal quando uma bufada de ar me atingiu em cheio. Era doce, mas ao mesmo tempo refrescante. Era forte, mas não enjoativo. Era bom, mas ao mesmo tempo mexia com minha cabeça de uma forma que eu não gostava. No mesmo instante que minhas idéias começaram a fazer sentido, aquele sorriso foi iluminado pela pouca luz que ainda saia da luminária ao lado da cama. – Justin! – sussurrei, mas ele não se manifestou. – O que você está fazendo aqui? Sua mãe sabe que você está aqui? Alguém sabe que você está aqui? O que você quer afinal?

- Você! – foi tudo o que ele disse. Com a voz firme e determinada. VOCÊ. Foram as últimas palavras que ecoaram em minha cabeça antes que eu tentasse reagir a qualquer coisa. Eu realmente queria tentar reagir? Justin encostou seus joelhos na cama e então pude vê-lo por inteiro. Ele estava apenas com uma box preta, seu corpo totalmente nu se não fosse por aquele pequeno pedaço de pano, que no momento me parecia cobrir partes de mais daquele corpo escultural que invadia minha mente todos os dias, em cada pensamento meu. Justin apoiou seu braço direito ao lado de meu corpo, e arrastou seu corpo para cima da cama, de forma que pudesse ficar praticamente em cima de mim. Não sei o que estava acontecendo comigo, mas de repente meu corpo teve espasmos de alegria, como se clamassem pelo que estava por vir, como se minha mente não fosse a única que esperava por aquele momento novamente. Meu coração começou a bater mais lentamente, eu tentava acompanhar meus batimentos e tentar respirar mais de vagar, mas eu não conseguia pensar em respirar, não com aquele corpo quente em cima do meu. Não com nossas peles se tocando depois de tanto tempo. Não depois de tanto tempo sem aquele toque. Não depois de tantos dias sem aqueles olhares que transbordavam desejo. Não depois de tanto tempo sem ele. Os lábios de Justin abriram, e ele esboçou um sorriso cheio de segundas intenções. Seus olhos estavam fixos nos meus, entretanto, eu não conseguia encará-lo. Não quando minha mente dizia que o certo era eu afastá-lo enquanto meu corpo clamava por mais. Ele sabia, meu corpo sabia, eu sabia que precisava daquilo. Minhas mãos começaram a transpirar, eu estava ficando inquieta enquanto Justin avaliava-me. Fechei os olhos, mas só para me preparar para o que se seguiria.

- Justin, para! – murmurei, e não sabia se ele tinha escutado até ele parar de avançar e encarar-me fixamente, como se naquele momento ele pudesse – a partir de meus olhos- enxergar todo meu ser, toda minha essência, minha alma na forma mais pura.

- Não Alice. Você não quer e eu não consigo. Estou cansado de joguinhos, quando nós sabemos que o que queremos está ao nosso alcance. – ele disse frio. Aquelas palavras me deixaram boquiaberta. – Você pode não entender, mas eu não pretendo de perder, não assim, não agora, nem amanhã. – disse sério. Seus olhos estavam frios, mas ele estava sendo sincero. Meu estomago gelou. Eu estava gostando daquele olhar ameaçador, estava gostando daquele Justin sério.  Eu estava? Sim, eu estava! Meu corpo respondia por si só.

Justin, sem mais nenhuma palavra, tomou meus lábios. Colou seu corpo suado ao meu de modo que ao encostar seu abdômen em mim, este levantou o pouco do baby-doll que cobria minhas cochas. Justin passou sua língua entre meus lábios e sorriu, descendo sua mão esquerda pela lateral de meu corpo, apalpando toda sua extensão. Gemi baixo quando suas mãos apertaram o interior de minhas pernas. Justin riu novamente, mas logo voltou sua atenção para meus lábios. Justin travava uma batalha entre nossas línguas. O gosto de menta provindo de seus lábios descia-me pela garganta com um tom adocicado. Nossas línguas ásperas se enroscaram, o momento mais íntimo, mais único, e era como o primeiro, e igualmente único. Jus procurou-me dar tempo de respirar enquanto brincava com minha clavícula. Eu já estava entregue. Não iria negar, aquilo era o que eu queria, aquilo era o que eu precisava. Não era certo, não era o que eu faria, não inteiramente sã, mas entendido que nunca terei pleno controle sobre meus sentimentos/atitudes próxima à Justin, é cabível afirmar que nunca estarei sã quando estiver sendo tentada à uma oferta provinda deste. Justin era o oitavo pecado capital. Deus criou o homem e o diabo criou este garoto, porque é impossível que algo com tamanha perfeição tenham outro sentido. Justin é o meu carma! Justin é a minha prova de pecadora, e se assim for, acho que continuarei pecando, pois não resisto aos encantos que este me coloca. Seu feitio é minha perdição. E no momento serei contra a todos que dizem que o demônio nunca fez algo bom, pois se foi ele quem colocou Justin em meu caminho, como uma prova de que sou facilmente tentada, foi ao mesmo tempo, ele quem me fez aprender a amar, e talvez o único problema, seja que eu o ame demais. Justin puxou-me pelas costas para mais perto de si, o suficiente para sentir o quanto ele também queria aquilo. A pele branca entrava em contraste com a cueca preta, e foi pensando em seu corpo que senti mais um pouco de meus pensamentos se extravasarem em forma de grunhidos. Justin passou seus dedos pela minha calcinha, afastou um pouco o elástico e escorregou-os para dentro, de forma que pudesse sentir por si próprio o quanto me excitava. Justin procurou olhar em meus olhos e sorriu satisfeito. Eu poderia dizer que havia corado, mas no momento meu corpo tinha preocupações maiores do que apenas levar meu sangue para minhas bochechas. Justin tirou seus dedos de mim, mas apenas para poder colocá-los de volta com mais força. Dei um tranco para trás, mas apenas porque precisava me acostumar com a sensação de seus dedos em mim, e isso não demorou. Seus dedos acariciavam e massageavam-me. Podia escutar o barulho provindo do choque de seus dedos com minha vagina, mas não me importava. Puxei os cabelos de Justin, e tomei seus lábios com ferocidade. Mordi seus lábios ao sentir meu corpo estremecer sob seus dedos e senti vestígios de um líquido enferrujado e doce em minha boca. Justin tirou seus dedos de mim no instante em que meu líquido escorreu por seus dedos, e tirou minha calcinha junto. Passei minhas pernas por sua cintura e inverti as posições. Passei meus cabelos por seu rosto, empinei minha bunda e fui passando meus lábios de sua clavícula até o elástico de sua box. Sorri maliciosa, e puxei o elástico escrito algo com que não me preocupei com os dentes. Justin soltou um grunhido de desespero, e por mais que quisesse brincar um pouco mais, não acho que o “Jerry” agüentaria muito mais tempo naquela situação. Terminei de tirar sua box com as mãos e rebolei em seu membro agora nu. Justin soltou um ar pesado pelo nariz, aquilo me fizera rir. Quando seu olhar voltou-se para mim, percebi que ainda estava com aquela camisola praticamente transparente. Justin levantou-a até minha cintura e depois ajudei-o a tirá-la completamente. Agora nada mais nos separava, apenas eu e ele.

Justin segurou firmemente em minha cintura após jogar minha camisola para algum lugar daquele quarto imenso, jogou-me para o lado e subiu em mim novamente.

- Quero ver se você resiste! – disse com uma voz malévola, e logo em seguida penetrou-me com força. Muitos dizem que sexo é algo masoquista, onde a partir da dor as pessoas sentem prazer, mas essas pessoas deviam ser virgens, pois a dor é algo bom. Ok, talvez eles estivessem certos. Afinal, o que seria o masoquismo além de a dor boa? Mas naquele momento, quando nossos corpos se fundiam em um só, eu não parecia me importar com a dor, apenas com o prazer. Justin penetrava-me com força, ele não tinha dó. Os gemidos escapavam de minha boca antes mesmo de eu percebi que os pronunciei. Justin, sempre que parecia prestes a parar retomava o ar e voltava com mais velocidade e mais força. A cama abaixo de nós mexia, mas pressuposto que havia um tapete, ela não fazia barulho. Meu corpo estremeceu, antes que pudesse avisá-lo, minha vagina mastigara seu pênis e liberara meu líquido. Seu gozo logo me preencheu-me, mas Justin não parecia satisfeito, e eu estava pronta para outra, e mais outra e outra. Quantos rounds fossem possíveis apenas para recompensar o tempo perdido.

[...]

- Drew! – chamei Justin que agora estava esparramado ao meu lado na cama tentando retomar sua respiração normal.

- Hm... – murmurou exausto.

- Você precisa ir! São 5:58 e não quero que ninguém desconfie de nada. – disse ajeitando o lençol sobre meu corpo, mesmo que ainda estivesse quente, não queria que Justin encarasse-me.

- Alice, deixa de besteira! Ah, e pode ficar tranqüila, não vou de agarrar de novo, primeiro porque você acabou com minhas forças e segundo porque da próxima você que me agarrará. – deu de ombros e eu revirei os olhos.

- Ok Bieber, mas é melhor você ir. Até mesmo porque você mesmo disse ontem que precisaria estar descansado para os ensaios de hoje. – disse sentando-me e observando o garoto, agora de box, esticado em minha cama encarando-me.

- Em termos isso foi um descanso, tomo um banho e estou novinho em folha. – disse sorrindo. – Falando nisso, você não quer ir comigo? – perguntou arqueando as sobrancelhas.

- Ao ensaio? – perguntei fingindo inocência.

- Não Alice, ao banho. – disse debochado. E eu abri a boca em um perfeito ‘O’ e ele sentou-se ao meu lado.

- Tu não cansa não? – perguntei empurrando seus ombros e derrubando-o novamente.

- Ah é assim? – perguntou puxando-me para si, e logo pus-me a rir de sua expressão.

- Você é idiota!

- Você que é! – retrucou.

- Você é um imbecil.

- Você me ama! – disse revirando os olhos.

- Nos seus sonhos.

- Não, neles você ama outro. – disse sério e então arregalei os olhos. Não estava falando sério. – Á propósito são outros, e eles me chamam de papai. Ah, e só para constar, eu não canso, tanto que em meus sonhos temos 6 filhos. – disse sorridente, mas eu o encarei chocada. – Boba, é brincadeira! – disse beijando meus lábios.

- Ufa! – suspirei aliviada.

- Menos a parte do papai e de eu nunca cansar. – sorriu malicioso e eu o emburrei, saindo de perto dele e caminhando até minhas roupas espalhadas pelo quarto.

- Tchau Drew! – disse apontando para a porta. Ele me encarou descrente, mas depois levantou-se derrotado. Aproximou nossos corpos e selou nossos lábios mais uma vez, nessa vez apertando minha bunda com força.

- Tchau Lice! – riu pelas narinas e eu lhe dei a língua.

Assim que Justin fechou a porta um sorriso brotou em meus lábios, e foi o mesmo que perdurou durante toda a manhã. Enquanto ajudava Anna a se trocar, enquanto ajudava Pattie com alguns pratos de comida. Enquanto caminhava, falava, agia e pensava. O sorriso que fez com que todos percebessem que algo havia acontecido. O mesmo que fez com que Anna começasse a rir descontroladamente quando Kenny disse que eu devia estar apaixonada. Ryan, que estava por perto sorriu para mim feliz, e eu retribui. Deveria a ele, se em algum momento parei-me para refletir. Obrigada Ry! Sibilei um obrigado e ele apenas assentiu.

- Alice, querida, separei alguns vestidos para você caso não saiba o que vestir nesta noite. – Pattie disse irrompendo pela cozinha com mais um livro de receitas em mãos.

- Obrigada Pattie, nem havia pensado nisso. – admiti e ela sorriu.

- Está em seu quarto. Depois se precisar te ajudo a escolher. – disse e eu apenas assenti. Pattie era um anjo.

Já devia passar das 16h, e o jantar começava às 18:30h. Tinha passado minha manhã e parte da minha tarde na cozinha com Pattie ou na sala com Anna. Praticamente não parei um segundo. Pattie disse que ficaríamos somente nós na casa e os empregados, já que Selena estava na casa da amiga – Jullie, suponho- e Justin e a equipe foram se preparar para a turnê. Ou seja, se muito, veria Justin quando ele viesse se aprontar para o jantar, se não, nos encontraríamos apenas lá. E com que cara iria olhar para ele? Eu deveria agir com indiferença? Deveria voltar a ignorá-lo e ignorar meus sentimentos? Deveria dar continuidade à nossa maravilhosa noite/madrugada de ontem? Ou não deveria fazer nada disso, antes de saber como ele agiria? Preferi não pensar muito no assunto, aquilo me deixava parecendo uma garotinha de 15 anos que ainda dará o primeiro beijo. Insegura e amedrontada.

- Liceeeeeeeeeeeee! – gritou Anna da sala.

- Já estou indo! – disse limpando minhas mãos no papel e caminhando até a dona dos gritos. – Diga!

- Eu vou me arrumar, você também vai? – perguntou sorridente.

- Vou sim. – disse sentando ao seu lado.

- Posso te ajudar? – ofereceu-se.

- Sim, quando for escolher minha roupa eu te chamo. Quer ajuda no banho? – perguntei acariciando seus cachinhos.

- Não, já sei tomar banho sozinha. – disse com a mão na cinturinha. Eu disse que ela havia crescido?!

- Tudo bem... Então vamos! – disse desligando a TV e ela empoleirou-se em minhas costas.

- Cavalinho, igual o titio Cot faz!

- Titio o que? – perguntei confusa.

- Scotter! Eu chamo ele de Cot, é mais fofo! – disse indiferente e eu ri. Crianças!

[...]

- E então, o que acham? – perguntei rodopiando pelo quarto para que minhas avaliadoras pudessem enxergar-me de cima em baixo. Elas já estavam prontas, estavam apenas à minha espera. Fizeram com que eu colocasse e tirasse uns dois vestidos, mas agora já havia decido, seria esse mesmo, e eu adoro a cor. Anna estava linda, com um vestidinho franzido que a deixava ainda mais meiga, mas ao mesmo tempo com um ar de mais velha – ela deve ter gostado- os cabelos soltos, caindo em cachos nas costas, e sua bolsinha, que não sei o que é possível ela carregar lá. Talvez sua boneca? Não, acho que ela não tem uma boneca que caiba ali. (http://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=58052275)

- UAAAAAAAAAAAAAAAAAL! – disse Anna boquiaberta.

- Tenho dó das mulheres que forem nesta festa. Os homens só terão olhos para você. – disse Pattie admirada.

- Obrigada, eu acho. – disse tímida e virei-me para o espelho.

Quase não reconhecia a morena dos olhos claros, destacados pela maquiagem, ao espelho. Aquela era eu? O vestido rose havia  ressaltado o tom de minha pele – agora um pouco mais morena- valorizado minhas curvas, que nem eu mesma sabia que tinha, e o salto me deixara alguns centímetros menos baixinha. Os cabelos soltos caiam até minha cintura em cachos mal feitos. A luz refletia no espelho o colar que ultimamente não tenho tirado. E admirando-me um pouco mais, senti minha auto estima melhorando um pouco mais. Pattie acertou na medida, acertou na cor, acertou no estilo, acertou tudo! Não me reconhecia naquele corpo. Será que eu costumava ser assim, ou só quando me produzia toda? Será que é assim que Justin me vê quando diz que sou bonita? Justin... O que ele achará disso? (http://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=58049038)

- Ótimo, então vamos! Justin avisou que nos encontra lá. – Pattie disse e eu assenti, peguei minha bolsa e acompanhei-as até o carro/limusine.

Susto foi mais ou menos o que eu levei quando o motorista estacionou em frente à mansão de Jullie, medo foi quando a vi com Selena, pavor foi quando me dei conta de que quem estava organizando tudo isso eram os pais de Jullie que por acaso, se lembram-se de mim, não vão com a minha cara, mesmo que – sem saberem- eu tenha passado parte dos meus anos, na casa deles em sua ausência. Pattie não parecia surpresa, na verdade ninguém parecia ter se dado conta do que estava acontecendo. Eu iria entrar na casa de Jullie, onde Selena a acompanha. Isso não é uma coisa muito boa. Eram os pais de Jullie quem estavam arrecadando fundos para um hospital que trata de crianças com câncer, e eu não era bem vinda ali. Avistei muitos carros pretos, mas um chamou-me mais a atenção. Ele estava chegando e o garoto que acabara de descer dele estava de smoking e cabelo arrumado, mas parecia distraído ao celular. Não deu para ver seu rosto, mas os seguranças que desceram depois não me pareciam estranhos. O motorista abriu a porta para nós e descemos. Anna de mãos dadas comigo e com Pattie, que a todo instante parava para cumprimentar alguém.  Entrei no salão principal da casa, que agora estava todo decorado para a ocasião. Em pensar que a ultima vez que estive aqui, só me lembro de adolescentes bêbados, e eu chorando por ter visto Justin com minha suposta melhor amiga. Claro, tinha Henri também, que por um acaso conheci aqui. Pattie guiou-nos até o quintal, onde estavam as bebidas e aperitivos. Um garçom nos conduziu até nossa mesa e logo se retirou. Anna parecia entretida com algo em suas mãos, que logo percebi ser o celular que Pattie usava em casa mais cedo. Pattie nos pedira licença para cumprimentar as outras pessoas. Assenti e fiquei a observar a todos que vinham e iam. A festa estava cheia, pessoas rindo, conversando, tirando fotos, e aumentando cada vez mais a poluição sonora ao misturar as diversas vozes com a música de fundo, que por sinal era muito boa. Nada daquelas caretices, mas também nada brega/atual demais. As mesas estavam enfeitadas com as mais variadas flores, todas condizentes com a decoração sofisticada e delicada. As pessoas eram dos mais diversos escalões, mesmo que ali, as de renda mais baixa não aparentavam ser de um classe inferior à média. Havia adolescentes, adultos, crianças e idosos. Alguns me chamam mais atenção que os outros. Fosse pela roupa, pelos gestos, pela voz, pelo sorriso ou risada, mas algo fazia com que olhassem para eles. A alguns metros de mim, sentados em um banquinho branco no meio da grama, estava um casal idoso, aparentemente cerca de uns 70 anos, mas eram seus sorrisos, e a forma como ele a fazia rir que me prendeu à imagem. Eles estavam de mãos dadas, e ela sorria abertamente enquanto ele olhava em seus olhos e citava palavras bonitas. Eles se amavam, e não era apenas a imagem dos dois de mãos dadas que provava isso, era a troca de olhares. Um amor terno, carinho fraternal, eles se amavam sem igual, sem limites, e próximos pareciam se completar, aparentavam mais jovens com aquele sorriso esboçado naturalmente em suas faces. Ele passou seus braços pelos ombros de sua mulher, e ela encostou sua cabeça no ombro dele. Sua mão pousou na cocha dele, mas sem malicia, sem segundas intenções, apenas um toque, um toque de amor. Um toque que dizia sem precisar de palavras, um toque que deixava claro que ela estaria sempre ali para ele e como em resposta, ele beijou o topo da cabeça da senhora em seus braços e cobriu a mão dela com a sua. Será que eu teria um amor assim? Eu ficaria velinha e com alguém para me amar e cuidar de mim? Eu teria alguém com quem dividir minha vida e passar o resto dela ao meu lado? Eu, algum dia, poderia experimentar o amor, o prazer, a amizade, e o carinho que esta senhora tem?! O casal que a pouco olhava as estrelas foi surpreendido por um casal jovem que passavam rindo alto atrás deles. Instintivamente olhei-os. Tão o oposto dos senhores ao lado... Estava tão claro que o que havia entre eles era algo estritamente carnal, algo simplesmente momentâneo... Era tão claro que eles não se amavam que comecei a perguntar-me o que se passava na mente deles. Será que é assim que os outros me vêem? Ela era loira, tinha os cabelos enrolados e a pele bem branca. Não sabia dizer a cor de seus olhos, já que estes e parte de seu rosto estava coberta peça sombra de algum vaso de cristal, ou alguma árvore nas redondezas. Seu vestido era preto com detalhes em branco e favorecia suas curvas. Um laço, também preto, destacava sua fina cintura e ressaltava seus seios. O resto estava em babados e estavam bem acima do joelho. Com um salto vermelho de pelo menos 10cm, suas pernas aparentavam ser ainda mais compridas. Ele, com um estilo mais despojado do que os outros que eu havia reparado até agora, mas que ao mesmo tempo parecia querer passar uma imagem de bom moço, o que com aqueles olhos claros e repletos de malícia ficava difícil, vestia uma calça jeans da Peebles – reconheci pelo logo tipo- suéter escuro, e um sapatênis de marca. Ele mantinha uma mão no bolso enquanto a outra brincava com a garota e seus fios levemente bagunçados pela brisa.  Mas ambos eram tão idênticos quanto ao fato de seus olhos transmitirem suas ambições, que os sexos pareciam algo sem sentido para diferenciá-los. Peguei-me pensando no futuro daqueles dois. Será que daqui alguns dias eles ainda estariam juntos, ou seria algo apenas de uma noite ou outra? Revirei os olhos quando ela fez sinal para subirem e então sumiram de vista. Tão adolescente, tão previsível... Algumas garotas posavam para um fotógrafo que tentava tirar uma foto em que valorizasse as três belas garotas sorridentes e ao mesmo tempo apreciasse a paisagem – flores e show de luzes sobre os vasos de cristais em que as flores descansavam. O fotógrafo, que parecia esconder sua identidade atrás das câmeras, estava bem arrumado, mas não como todos os outros. Ele não estava de smoking, nem de gravata ou algo do tipo. Ele não parecia ser de Atlanta, pois usava uma espécie de boina caída no topo de sua cabeça. Usava uma camisa social azul clara, dobrada nas mangas, sob um colete preto com os botões fechados, permitindo mostrar um pouco de seu peito desnudo – charmoso. Usava calças jeans escuras com uma lavagem meio diferente, cinto marrom e um sapato de camurça. As meninas, que eu jurava que estavam apostando quem conseguia ficar com o fotógrafo primeiro, mudavam de posições à cada clique da máquina. A da direita, a loira, parecia ser a mais simpática e a mais simples. Seus cabelos estavam soltos e caiam em cachos sobre os ombros. Sua pele era bem branca, contrastada pelo tom azul Royal  de seu vestido. Ela não tinha um salto alto muito grande, entretanto ela, por si só, já aparentava uns 1,80cm. Sua maquiagem era leve, diferentemente das outras que tinham os olhos bem marcados por sombras e delineadores e os lábios bem rosados. A do meio parecia ser a mais velha. Morena, com as feições um pouco mais deterioradas pela idade e roupas mais largas para não marcar suas gordurinhas a mais. Usava um vestido Pink de seda, que ia até os joelhos e sua extensão continha pequenas pregas. Ela usava uma sandália dourada que combinada com a presilha que enfeitava seus longos, lisos e sedosos cabelos castanhos. A da esquerda, e a que parecia mais disposta em ganhar a possível aposta, era a que aparentava uma idade intermediaria entre as outras duas. Também morena, mas com os cabelos mais escuros que a última, esta mantinha parte de seu cabelo preso por uma presilha enquanto o resto caia ondulado sobre os ombros. Ela usava um vestido branco, que em sua pele morena bronzeada, ficava até bom, se não fosse pelo modelo vulgar.   O vestido era tomara que caia, e acho que o nome diz tudo, pois o resto dele parecia que faltava pano. O comprimento não chegava nem aos 10 dedos acima do joelho, era bem mais que isso. Já achei de bem feito cobrir a bunda! Ele era todo agarrado até a cintura, depois soltava um pouco formando um laço ao lado do quadril. Ela usava argolas penduradas nas orelhas e pulseiras chamativas para contrastar com o vestido ‘simples’. Ela tinha a cara de piriguete nata, e pelo que pude perceber, não fui a única que reparou nisso. A garota ao lado do fotógrafo, que parecia sua ajudante e também fotógrafa, ria disfarçadamente, provavelmente aquela cena seria motivo de chacota com o colega depois. Nova Iorquinas dando em cima de um típico fotógrafo estrangeiro. Tão clichê! A garota fotógrafa, que aparentava no máximo uns 24 anos, estava com o que eu considerei, o melhor vestido da festa. Na verdade, ela era a mais linda até então. Sua maquiagem estava impecável! A sombra um pouco mais forte nas pálpebras, as maças do rosto claramente pintadas e os lábios pintados num tom de vinho. Sua pele era branca, num tom bem próximo às pétalas brancas de uma rosa. Seu vestido era revestido de renda preta, mas além do laço grande que cobria a parte dos seios, ele era bem simples. De sapatilha, provavelmente em busca de maiores confortos para poder se locomover melhor ao bater as fotos, a ruiva dos cabelos sedosos era sorridente e se pudesse ouvi-la, diria que teria a risada mais gostosa do mundo. Comecei a passar meus olhos pelas pessoas que ainda estavam entretidas, sem nem ao menos se darem conta de que estavam sendo observadas. Ali eu via de tudo, duas amigas claramente fofocando sobre a roupa da rival, alguns garotos conversando e debatendo sobre basquete – percebi isso pelos gestos que faziam como se acabassem de ter feito uma cesta. Havia uma mulher grávida tentando dançar com o marido, mas com a barriga obviamente atrapalhando, mesmo que de longe, isso não parecesse um problema para o esposo, que passou uma mão pela cintura da mulher e a outra pousou na barriga. Será que eles estavam ansiosos pela chegada de um bebê? Qual seria o sexo? Eles se amavam tanto quanto eu imaginava? Passei meus olhos por uma ruiva solitária que a principio achei que estava chorando, até perceber que na verdade ria. Um menininho da idade de Anna correndo ao redor das mesas, um lindo garoto de smoking, uma loira de vestido amarelo que fazia-a parecer a gema de um ovo... Espere! Um garoto lindo de smoking. Ele era o garoto do carro. Ele era moreno, usava uma gravata azul clara sobre uma camisa branca e o smoking e calça social preta. Ele estava totalmente à caráter, nem parecia quem eu achava que era. Andrew? Sim, não tinha como confundir aqueles olhos frios, aquela barba por fazer que o deixava com um ar de mais velho. Mas, o que ele fazia ali? E ele parecia sóbrio, e aparentemente fora convidado. Ele acabara de cumprimentar a Senhora Simms com um beijo no rosto, e ela – mãe de Jullie- parecia gostar muito dele. Ele era bem vindo ali! Que palhaçada era aquela? Ele cumprimentava à todos que chegavam perto dele, como se já estivesse familiarizado com todos, e quando ele finalmente passou seus olhos por mim, Jullie entrou na sua frente, passando seus longos braços pelo pescoço dele e lhe beijando. Fiquei pasma. Andrew e Jullie? Eles... Não! Eles, eles estão juntos?! Não dava para acreditar naquilo, afinal que porra é essa? 


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Notas finais do capítulo

AAAAAAAAAAAAH, e então, o que acharam? Ficou bom?Não? O que vocês querem para o próximo? Me inspirem suas divas, porque se não eu só vou postar mês que vem, se eu tiver tempo kkk ~provas me consome haha EU QUERO SABER TUUUUUDO o que acharam desse capitulo, TUDO! Espero que tenham gostado, fiz com muito carinho (66
Ok, vou indo nessa, amo vocês bitches of my life (:
QUERO MUUUUUITOS REVIEWS QUANDO EU VOLTAR HEIN :DDD RUUM!