Avada Kedavra -Hiatus- escrita por Gaby e Leh S2 BFF, Bella Di Lua, Ciça Snape


Capítulo 33
Querida Rita Skeeter...




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P.O.V. Avada Kedavra

O baile correu como esperado, nada fora do normal. Claro que o peso em meu estômago pelo o que eu teria de fazer depois não permitiu que eu aproveitasse tanto quanto esperado, mas Harry também não pode, já que Rony sentara em um canto com ciúmes de Hermione e recusara-se a sair, logo Harry também estava lá.

No fim da noite, quando as intrigas entre Rony e Hermione se tornaram piores, Harry decidiu intervir, mas antes que pudesse ir segurei seu braço e disse:

–Não importa o que aconteça ela está certa, não responda e obedeça.

–O que quer dizer com isso?

–Que ela está com raiva e magoada, simplesmente obedeça às ordens que ela lhe der.

–Tudo bem. Farei isso. –ele se virou e começou a ir em direção aos gritos, estava quase saindo do meu campo de visão...

–Harry! –gritei.

–Sim?

–Podemos conversar depois? A sós?

–Claro. Ainda hoje?

–É. Não posso mais adiar. Me encontre na torre de astronomia.

–Tudo bem, quando todo mundo dormir eu vou te encontrar.

–Estarei esperando.

O peso em meu estômago se tornava cada vez pior dando-me náuseas. Não podia fazer isso com ele, mas devia. Ele merecia saber por pior que fosse. Ele merecia. Minha cabeça começava a latejar. Eu me sentia a pior pessoa do mundo.

As conseqüências serão maiores se eu não fizesse isso agora.

–-*--*--

Por ser o lugar mais alto do castelo, não era possível se ouvir a musica, mas ainda assim eu sabia que não havia acabado o baile. Por esse motivo estranhei quando vi Harry se aproximando.

–Todos já dormiram? –perguntei estranhando o horário.

Rony já dormiu. O que havia de tão importante para falar comigo?

–Você é uma ótima pessoa, Harry.

–Obrigada.

–Não irei culpá-lo se me odiar.

–Por que eu te odiaria?

–Porque meu pai é Lord Voldemort. –centenas de emoção passaram por seus olhos, até que uma prevaleceu: Incredulidade.

–Perdão, eu acho que não entendi.

–Na noite em que seus pais morreram o amor da sua mãe por você o salvou da morte, mas ele não se limitou a isso. As almas dos seus pais se uniram e formaram uma criança. Criança, essa que foi encontrada junto a Bellatriz Lestrange, antes de ser presa.

–Agora, definitivamente, eu não entendi. Seu pai é o Voldemort e sua mãe é a Bellatriz?

–Essa foi à parte fácil, certo?

–Foi. Pode repetir o que aconteceu com os meus pais?

–As almas dele se uniram e geraram uma criança... Eu sou essa criança, Harry. Eu sou seu pai e sua mãe ao mesmo tempo e para piorar filha dos seus maiores inimigos também.

Harry estava chocado, podia perceber seu cérebro maquinando enquanto tentava associar todas as informações. Através de seus olhos pude ver toda a raiva e confusão, acho que eles demonstram mais do que ele realmente quer.

–Você tem as almas dos meus pais?

Como resposta, estendi a mão para ele e a abri lentamente deixando a palma para cima, nela se formou uma imagem que eu tinha certeza que reconheceria: Lilian e James dançando.

Ele olhava encantado para a imagem.

–Você... Você pode me fazer falar com eles? Pode trazê-los de volta? –seus olhos brilhavam de expectativa.

–Eu não sei... Nunca tentei. Eles estão sempre indo e vindo. Eles têm vontade própria. -percebi seu olhar baixar e se focar nos próprios pés. Ele estava arrasado. –Eu sinto muito. De verdade.

–Tudo bem. Deve ser difícil pra você e eu ainda fico pedindo essas coisas... –ele parecia confuso, triste, decepcionado e me machucava muito vê-lo assim.

–Está tudo bem, você não fez nada de errado. Seus pais te amam muito e querem que você saiba disso. Nunca duvide disso.

–Eu não duvido. –disse sorrindo levemente.

–Acho que já é hora de você ir dormir. –ele revirou os olhos, deu um “boa noite” discreto e foi embora.

–-*--*--

–Onde você estava? –Kathy perguntou com a voz embargada pelo sono.

*Alguns Dias Depois*

Sentei-me na mesa do café e percebi as gêmeas com expressões um tanto quanto receosas, mas Luna avoadamente, simplesmente, pegou uma folha de jornal e entregou para que eu pudesse ler.

Basicamente o texto falava sobre como Dumbledore não era mais tão sensato, pois Moody já era um tremendo erro na escola e agora o alvo era Hangrid. Como ele era assustador e mestiço de bruxo com gigante, sobre como não sabia dar aula, como era um perigo.

Essa mulher estava brincando com fogo. E, definitivamente, estava pedindo para se queimar.

–Prometa que não fará nada. –Annabelly disse rapidamente.

–Não sei do que você está falando. –disse sorrindo amavelmente. Aquela mulher iria pagar por cada matéria escrita.

–Você está com cara de psicopata.

–Nós vamos para as aulas e esqueceremos esse assunto. Tudo bem?

–Se você diz.

–-*--*--

As aulas correram normalmente, bom... Para quem não estava prestando atenção, eu acho que foi tudo normal. Mas durante as aulas compartilhadas com a grifinória pude sentir o olhar angustiado de Harry, talvez eu, realmente, estivesse com uma cara ruim.

O professor nos dispensou porem antes que pudesse sair, senti uma mão segurando meu braço.

–Posso falar com você? –era a voz de Harry.

–Claro. Aconteceu alguma coisa? –perguntei preocupada.

–Você viu o que a Skeeter escreveu sobre o Hangrid?

–Vi.

–Você... –ele apertou as mãos fortemente e se balançou nos calcanhares, demonstrando o quão nervoso estava. –Hã... Pode... Sei lá... Falar com ela? Você sabe que o Hangrid não é mau.

–Claro. Vou falar com ela. Não se preocupe, ela não será um problema, não mais. –respondi, fazendo com que ele sorrisse.

–-*--*--

Estava jogada em minha cama encarando o teto e pensando no que fazer com a Skeeter, quando ouço um barulho na lareira.

–Avada? –senti o colchão se mexer, representando que Sirius sentara ao meu lado, mas não deixei de encarar o teto. –Vi a reportagem e te conheço o suficiente para saber que você vai cometer um atentado à vida da Skeeter.

–Você quer ajudar? –perguntei virando meu rosto para encará-lo.

–Eu quero que você esqueça essa idéia. É loucura e não vai ajudar ninguém.

–Eu vou fazer com que ela pague por cada reportagem escrita.

–Isso não vai dar certo.

–Vai sim. E não só porque eu quero que dê, mas porque todo mundo quer que ela pague.

–-*--*--

Querida Rita Skeeter,

Queria falar primeiramente que sou uma grande fã sua. Eu leio todas as suas reportagens e venho acompanhando sua carreira desde os nove anos.( coisa que se você por pensar não é tanto tempo.) É incrível como você sempre tem notícias ótimas. (E como sempre as destorce.) Você parece ser uma pessoa incrível, inteligente e, pelas fotos que saem no jornal, também é incrivelmente bonita. (a beleza está nos olhos de quem vê e mentir nunca matou ninguém.) Todos os meus amigos vivem falando de você. (Não bem, mas ainda assim falam.)

Vou ser bem breve com você, sou uma grande admiradora do seu trabalho e queria muita encontrá-la. Talvez pudéssemos nos ver no Três Vassouras, sexta, às 18h00min. Sei que vai estar lá.

Com amor,

Uma grande fã.


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