Finalmente, chegara o dia em que matariam o Bicuço.

–É hoje Sirius!

–Mas o pessoal do ministério ainda não chegou.

–Ainda! Não quer dizer que não irão vir.

–Vai dar tudo certo Avada, você vai ver.

–O carrasco não vai ter dó Sirius.

–Ele é um ser humano, como qualquer outro, ele pode recuar. Matar uma criatura é uma coisa horrível de se fazer...

–Ele é um comensal.

–O ministério está contratando comensais?!

–Eles dizem que estavam enfeitiçados, que se arrependeram...Depois que papai caiu eles fazem muito isso.

–Pera aí, depois que quem caiu?

Ai, droga! Lembrei que não havia contado nada sobre "meus pais" para o Sirius...

–Quem mais pode ter caído Sirius?

–O que você disse Avada?! Você o chamou de pai, foi isso que eu ouvi?! -ele disse levantando da cama.

–Desculpa... Da mesma forma que você teve medo de me contar que era animago, também tive de te contar sobre "meus pais"... - me levantei também e fui até a janela. Esfreguei os olhos para não chorar.

–Hey! Olha 'tá tudo bem, é só que... Eu não esperava.

–Meu nome é Avada Kedavra, você achou o quê? Que eu era filha do Dumbledore?

–Você é tão apegada a ele e sua alma é a Lilian e o Thiago... Dumbledore podia estar em um surto, talvez...

–Se Dumbledore tivesse uma filha, ela se chamaria Ariana.

–Por quê?

–Porque para ele - disse me virando - esse é um nome importante. - dei de ombros.

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P.O.V. Rúbeos Hangrid

Estava no fim da tarde, logo o ministro e o carrasco chegariam.

Ouvi a porta ser aberta com brutalidade.

–Por Merlin! - exclamei, me virando para a porta - Avada?

–Ah, Hangrid... - ela veio, me abraçou com força e então senti meu casaco molhar.

–O que houve querida?

–Eu tentei, eu juro que eu tentei, mas falhei. Falhei com você Hangrid!

–Do que está falando?

–Tentei falar com o pessoal do ministério, mas ninguém quis ouvir.

–Ora criança... Isso não era necessário...

–Bicuço não fez nada! Isso é uma injustiça do ministério! Mais uma!

–Mais uma? - então o que aconteceu a seguir foi "meio" estranho. A orelha dela deu uma "levantada", como um lobo ou um cão ouvindo um inimigo.

–Tem gente vindo.-ela me abraçou e saiu.

Dois minutos depois Harry, Rony e Hermione se encontravam em minha cabana.

P.O.V. Avada Kedavra

Saí correndo para o castelo, precisava impedir isso a qualquer custo.

Na entrada do castelo, trombei em alguém e teria ido ao chão, se não tivessem segurado meu braço.

Olhei para cima e vi aquele que menos queria ver. O carrasco.

–Você não pode matá-lo!

–Por que parou carrasco? - ouvi a voz do ministro.

–VOCÊ NÃO PODE MATÁ-LO! - senti o carrasco me puxar para trás. - Me solta! - ele largou meu braço, meio relutante.

O ministro deu um passo e me olhou de cima a baixo.

–Quem não posso matar? Aliás, quem é você?

–Sou...

–Querida! O que faz aqui? - Dumbledore.

Corri e o abracei.

–Diga ao ministro que não pode matá-lo.

–Perdão Dumbledore. Quem não posso matar?

–O hipogrifo! Bicuço não fez nada!

–Esse animal é uma ameaça ao mundo bruxo.

–O ministério é uma ameaça ao mundo bruxo. - sussurei.

–O quê?! -perguntou o ministro.

–Nada - disse seca.

–Então vamos Dumbledore. Vamos ver Hangrid.

Dumbledore me soltou e seguiu com o ministro para a cabana.

Corri até a beira do barranco e vi Harry, Rony e Hermione correndo para fora da cabana de Hangrid e se escondendo.

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Continuei correndo e parei em um lugar próximo à beira do barranco, onde pensei que pudesse ver a execução... do Bicuço.

Harry, Rony e Hermione vieram a um lugar bem próximo, então, tive de tomar cuidado para que eles não me vissem, afinal, não queria que pensassem que eu sou uma enxerida.

Encostei-me em uma árvore e fiquei esperando. O carrasco saiu e, de repente, sua foice acertou algo... Bicuço...

P.O.V. Hermione Granger

Bicuço...

Eu... eu... não podia acreditar!

De qualquer forma, eu não sabia o que pensar. Aquelas pessoas não tinham sentimentos?!? Então, sem perceber, enquanto procurava algum consolo, acabei por me agarrar na única coisa que me confortava... Rony... Mas não sei se isso foi uma boa ideia, especialmente, depois que Harry acabou tomando minhas dores e se auto incluindo em nosso abraço. É claro, eu adoro o Harry, mas... ele tem que entender que, em alguns momentos ele é bem inconveniente!

P.O.V. Harry Potter

Coitado do Bicuço, sinto-me mal por ele... Eu sei, ele era só um bichinho, mas... Esses comensais não vão parar por aí, é óbvio que não!

O quê? Ah, não! Fala sério, eu sou a “vela” de novo?!? Eu sei que esses dois, ultimamente, tem andado muito estranhos um com o outro, mas eu não tenho nada a ver com isso. Agora, tenho que ficar aqui olhando tudo isso e fingindo não só que não estou vendo, como fingindo que nem sequer estou aqui!

Eu vou dar um jeito nisso!

P.O.V. Sirius Black

Ah! Não acredito que o Harry fez isso! Que pateta! Ele ainda não percebeu que não é muito bem-vindo no meio daqueles dois? Ora! Pelos calções de Merlin! Esse garoto precisa mesmo aprender algumas coisas com o padrinho!

Hey, Sirius, foco! Não esqueça que você não pode perder o seu foco... Pedro! Ai, mas esse moleque só me faz passar vergonha mesmo!

P.O.V. Pedro Pettigrew

Ora! Quanta gente ridícula! Olha, no meu tempo de escola eu não era lerdo igual você hein, Rony?! Nossa, que vontade de virar gente e dar uns tapas aí nessa sua cara!

É... seria bom poder voltar a ser gente... Se Sirius Black não estivesse solto por aí, eu até poderia sair para esticar um pouco as pernas, mas com ele por aí, todo cuidado é pouco!

Mas isso já virou palhaçada, né? Não me basta um lerdo que não vê que a garota está caidinha por ele! Me aparece outro, mais lerdo ainda, e com problemas de carência, tentando achar um pouquinho de carinho no meio de tudo isso!

Ah! Vou dar um jeito nisso, até mesmo porque, esse me parece um ótimo momento para fugir!

–Ai! – gritou Rony, enquanto eu o mordia!

P.O.V. Ronald Weasley

Que droga! Mataram mesmo o pobre bicuço!

O quê?Hermione me abraçou! Ah meu Merlin, o que eu faço? Será que eu fico aqui parado ou a abraço também?

Hey! Quando eu pensei em não abraça-la, não era para que o Harry fizesse isso por mim! Dá para acreditar nesse cara? Quer dizer, eu sou meio lento, mas... Harry ainda fica me atrapalhando, acho que vou tentar tirá-lo daqui discretamente...

–Ai – Que droga! Por que o Perebas me mordeu?!

*------------------------*

P.O.V. Avada Kedavra

Minhas pernas doíam pelo esforço de ter corrido todas aquelas escadarias sem parar.

Abri a porta com força e me joguei na cama chorando, esperando que Sirius viesse falar comigo, mas ele não estava no quarto.

Corri até a janela a tempo de ver um enorme cachorro preto arrastando Rony para o Salgueiro.

Aquele não era o Sirius. Não podia ser...E se fosse, que motivo teria para fazer isso?

FLASHBACK ON

–Uma hora eu vou ter que falar com eles.

–Sobre o que?

–Sobre o assassinato da Lilian e do James.

–Harry acha que foi você.

–O mundo acha que fui eu!

–Qual é a verdade Sirius?!

–Eu nunca teria coragem de matá-los.

–Eu sei que não.

–Quando soube que Voldemort ia atacar, eu não pensei, só peguei a moto e fui. Encontrei o Pedro no caminho, aquele rato, ele... Ele... - Sirius fechou os olhos com força e colocou as duas mãos na cabeça. Parecia prestes a chorar. - Ele simulou a própria morte! Pedro os entregou, Avada! - eu o abracei e senti que ele havia começado a chorar.

FLASHBACK OFF

Olhei para o céu, seria noite de lua cheia. Desci calmamente cada uma daquelas escadas, eles precisariam de tempo.

Chegando perto do barranco, onde ficava a Casa dos Gritos, ouvi um uivo.

"Lupin"

–Droga! - corri, mas quando cheguei no topo... Tarde demais . Só pude ver o corpo de Sirius rolando ladeira abaixo. -NÃO! - senti o rosto quente. Eu estava chorando.

–Avada! - olhei para o lado, vi Snape inconsciente e Hermione tentando acalmar um Rony machucado.

–O que aconteceu?!

–Ele tentou parar o Lupin.

Comecei a descer o barranco sem me importar com os gritos de Hermione e de Rony.

–Sirius! - Harry também estava lá e estava morrendo. Quando comecei a me aproximar fui "cegada" pela luz de um patrono. - Harry...

Os dementadores começaram a se afastar, ouvi passos atrás de mim e me escondi entre as árvores.

Snape apareceu e levou os dois em uma maca.

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Esgueirei-me entre as árvores e corri para encontrar o ministro, Dumbledore, ou qualquer um que pudesse me ajudar.

Bati na porta da sala de Dumbledore e entrei sem esperar resposta. Somente o ministro se encontrava na sala.

–Dumbledore saiu. Parece que Snape trouxe um aluno ferido.

–E por que o senhor ainda está aqui? Já mataram o Bicuço. - dei a volta na mesa e me sentei na cadeira do diretor.

–Snape também trouxe o Black. Estou esperando Dumbledore para ver o que vamos fazer.

–Black é inocente. Ele não teria coragem de matar o MELHOR AMIGO DELE! - bati as mãos na mesa e me levantei, avançando sobre a mesa.

–MATARIA! CLARO QUE MATARIA! - ele gritou depois sussurrou a última parte - Um psicopata não mede as vitimas.

P.O.V. Cornelio Fudge

–Assim como o Ministério da Magia. - ela disse de forma firme, voltando e se sentar e cruzando os braços.

–E quem você pensa que é para difamar o Ministério da Magia?

–Filha das pessoas que você mais temeu na sua vidinha infeliz! - ela disse arqueando uma das sobrancelhas.

–O que quer dizer com isso?

–Eu quero dizer que meu...- a porta se abriu e Dumbledore entrou.

–Perdão pela demora ministro.

–Claro Diretor. Sem problemas. -respondi ainda olhando para a garota.

Ela tinha uma expressão firme e fria no rosto, que logo se modificou quando olhou para Dumbledore. Sua expressão se tornou dócil e delicada, mas ainda era possível ver um brilho de raiva ali.

–Querida o que faz aqui?

–Vim falar com o senhor! Falar que Sirius é inocente! O senhor sabe que ele nunca mataria Lilian ou James!

–Gostaria de poder fazer algo, meu anjo, mas isso agora é caso do ministério. - ela virou lentamente a cabeça em minha direção, em seus olhos pude ver o ódio.

–Ótimo! - disse se levantando. - Então não façam nada! - ela jogou os braços para cima e quando estava saindo Dumbledore disse.

P.O.V. Avada Kedavra

–Harry está na ala hospitalar, queria poder voltar no tempo para que isso não houvesse acontecido.

O vira-tempo da Hermione...

–Vou ver como ele está. - fechei a porta, mas antes de sair puder ouvir o ministro dizer.

–Ela deve ser uma garota difícil de lidar.

Corri em direção a sala do Lupin e peguei um pouco da poção que estava em cima de sua mesa, então voltei a correr para a barranco que permitia ver onde Bicuço seria executado, conforme corria as imagens ao meu lado ficavam desfocadas, como se passasse por elas em velocidade anormal, estava voltando no tempo.

Parei quando cheguei a um dos corredores, já podia ver meu corpo parado de costas. Voltei a correr, agora contra meu próprio corpo, cambaleei um pouco com o baque, mas havia conseguido, voltei ao meu corpo, só que agora no passado.

Me escondi em um lugar qualquer, vi Harry e Hermione chegarem perto de onde eu estava.

–Avada! O que você está fazendo aqui?!

–O mesmo que vocês? - disse em duvida do que dizer. Perto de onde estávamos, pude ver a "outra" Hermione dar um soco em Draco.

–Belo soco. - disse junto com Harry.

–Obrigada. - ela agradeceu. - Vem! - eles correram para perto do Bicuço.

–O que vocês vão fazer?

–Soltar ele, antes que o matem. Harry vai lá! - Hermione disse.

–O quê?!Por que eu?

–Porque você "treinou" com o Hangrid. Agora vai! Rápido! - Harry foi andando meio incerto, fez a reverência e tentou puxar o hipogrifo.

–Hermione... - disse baixo.

–Sim?

–Não é melhor pegar aqueles bichos que o Hangrid joga para ele?

–Boa ideia! Espera aqui que eu vou lá. - ela foi o mais silenciosamente possível, pegou os animais mortos e mostrou para Bicuço, que reagiu imediatamente, se levantando.

–Vamos para a floresta!

–O que a gente faz agora? - Harry perguntou.

–Agora, temos que esperar.

Depois de um tempo esperando, Harry nos chamou.

–Hermione... Avada... - nós duas viramos a cabeça em sua direção.

–O que foi, Harry ? Pode falar. - disse começando a ficar preocupada.

–Lá no lago, eu vi um patrono. Era meu pai! Acha que isso é possível?

–Acho que não, Harry! - disse Hermione.

Não mesmo!Como assim, "MEU PAI"?! Eu não posso ajudá-lo! Avada! Avada! –James estava desesperado- Eu não sei o que Harry viu ou o que está pensando, mas eu não estarei lá! –Sentia que James estava chorando- Eu não vou ajudá-lo! Infelizmente... Eu não posso...

O quê? Como assim? Ótimo! Como digo ao Harry que o pai dele, que está morto, mandou dizer que não pode ajudá-lo, justamente porque ele ESTÁ MORTO?! Mas algo chamou minha atenção... Desviei meus olhos para a parte onde estava o salgueiro.

–Aquele ali - disse apontando para cima - não é o Snape?! - Senti algo bater nas minhas costas. - Bicuço!

Me distrai um pouco com o Bicuço. Sei que mesmo sendo amiga, ou pelo menos conhecida, do Harry e da Hermione acho que eles preferiam conversar sozinhos.. Até que eu ouvi um uivo do Lupin.

–Vão! Podem ir! Eu fico com o Bicuço.

Eles deram um ou dois passos, até que Hermione uivou para salvar Sirius.

Ótimo.

Mas e a gente, como fica?

–Corram! Corram! Eu distraio o Lupin! - eles correram, mas o Lupin foi direto à direção deles. Ele os viu. - Droga! Bicuço, consegue parar ele?

Só deu tempo de ver as asas se abrindo, ele avançando e acertando o lobisomem com uma das patas.

–Corram! -Harry e Hermione foram para um lado, Bicuço e Lupin para outro e eu não sabia o que fazer. Podia sentir os dementadores perto. - HARRY! - gritei, ele se virou. - INDEPENDENTE DO QUE ACONTEÇA... NÃO DEPENDA SOMENTE DO SEU PAI, VOCÊ PODE FAZER ISSO!

–DO QUE VOCÊ ESTÁ FALANDO? - ele gritou de volta.

–VAI! VÃO ALCANÇAR O SIRIUS DAQUI A POUCO! - ele se virou e voltou a correr.

O hipogrifo.

Corri ainda mais para o meio da floresta. Encontrei os dois brigando.

–CHEGA! - os dois pararam e me olharam. - Vai Bicuço! Hangrid deve estar te esperando. - ele virou e saiu desconfiado. - Lupin 'tá tudo bem... - recebi uma espécie de rosnado. -Eu sei que você não quer fazer isso! 'Tá tudo bem! Vai ficar... mas você precisa se acalmar! - era como falar com alguém tendo um ataque de nervos - o lobisomem parou de rosnar e me encarou. - Me deixa ajudar você... -estiquei a mão, quando ia tocar no seu rosto, ele rosnou alto e levantou uma pata. - Você não quer fazer isso! - eu disse querendo acreditar e segurei sua pata. - Não quer... - aos poucos o corpo foi se tornando mais humano, depois de uns minutos ele estava completamente humano.

–O que você fez?!

–São meus poderes, assim que eu te soltar, isso vai te manter por uma ou duas horas. - mexi no bolso interno da minha capa e de lá tirei uma poção. - Para você. - estendi o frasco.

–Aonde arranjou isso?

–Estava na sua mesa. Pensei que seria útil!

–Obrigado.

–Preciso ajudar o Sirius, ver o que o ministro vai fazer com o Bicuço. Volte para a casa dos gritos. Eu prometo que vai ficar tudo bem.

–Eu que devia estar prometendo isso a você, não é? - ele riu seco.

–Só prometa que ficará bem! Eu preciso ir.

Voltei a correr, cheguei à enfermaria e encarei a porta indecisa. Ouvi passos. Estava chegando a hora. Abri a porta ao mesmo tempo em que Harry e Hermione chegavam, mas ainda pude ver os "outros" sumindo.

–Isso é impossível! Vocês estavam aqui agora... eu vi! - Rony parecia indignado.

–Eu estava aqui Rony? - perguntei me aproximando da cama e me sentando perto de seu pé machucado.

–Não você, mas eles sim!

–Vi quando chegaram.

–Ninguém pode estar em dois lugares ao mesmo tempo, Rony. - disse Hermione rindo, acompanhada de Harry.

–Como foi? - perguntei preocupada.

–Eles estão bem. - afirmou Harry.

–Eles?! Eles quem?! - perguntou Rony, desentendido.

–Eles?! Do que você está falando?! -perguntei fazendo cara de confusa, eu acho pelo menos, pois estava difícil segurar o riso.

–Vocês estavam falando disso! - ele se alterou.

–Não sei do que se trata, mas você está enlouquecendo! - afirmou Hermione, balançando a cabeça como se estivesse inconformada. - Melhoras. - e saiu seguida de Harry. Os dois ainda prendiam o riso.

–Avada... - olhei para ele de esguelha.

–O que foi? - disse me virando.

–O que aconteceu? - perguntou inclinando a cabeça para o lado.

–Não sei do que está falando.

–É claro que sabe! Me conta!

–Rony... O mundo GIRA, o TEMPO passa e são poucas as pessoas que podem VOLTAR e mudar as coisas.

–O que isso quer dizer?!

–Que você não sabe ler nas entrelinhas e nunca vai entender uma indireta. E olha... Até que foi bem direto o que eu disse. - disse batendo com toda minha força em sua perna machucada, ele deu um gemido baixo de dor, apertei a perna e finquei as unhas nos mesmo lugares que os dentes, ele mordeu o lábio inferior, abafando um gemido. Soltei a perna e o machucado já não estava mais tão feio, estava até cicatrizando. - Preciso ir.

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Acordei com o barulho da porta sendo aberta e Annabelly e Katheryn, invadindo o quarto.

–Você soube Avada?!

–Do que?

–Sirius Black... Está foragido novamente.

Sorri internamente. Eu sei exatamente onde ele está.

–O que acham?

–Que você está bem feliz com isso. - disse outra voz, que não era de Kathy ou da Belly. Olhei para a porta, Luna estava escorada lá.

–Ele é um parente meu não é? Acho que é normal ficar feliz, e, além disso, ele é inocente.

–Pelas cuecas de bolinha de Merlin! Belly esqueci de arrumar minhas coisas! Vem me ajudar! - e simplesmente saiu puxando a irmã, que reclamava sobre como ela era irresponsável.

–Já arrumou suas coisas, Avada?

–Já, e você?

–Uhun... - disse desanimada - Por que eu tenho impressão de que você não está feliz pelo Sirius só porque ele era um parente seu?

–Não sei do que está falando Luna.

Luna riu e simplesmente saiu do quarto, balançando a cabeça negativamente.

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Abri a porta de casa com tudo.

–Srtª Riddle!

–Monstro! É... - não sabia como perguntar sobre Sirius. - Senti saudades! - não era totalmente mentira.

–Também senti srtª! - ele deu um sorriso, mas logo o desfez. - Ele está lá em cima. Está te esperando. - virou e foi para a cozinha.

Corri para meu quarto, mas antes de entrar fui barrada por uma asa.

–Ah! SAI DE MIM! O QUE É ISSO?!

–Ei! Calma! - ouvi a voz dele.

–Sirius! E... Bicuço?!

–Sim! Mas precisamos trocar o nome dele.

–Depois vemos isso. Vou desfazer as malas.