Nico acordou ansioso. Levantou-se, tomou banho e até passou perfume. Foi tomar café da manhã, estava morrendo de fome. Viu Thalia de longe, e ela piscou para ele, como se dissesse "Coragem, é hoje!" .  Isso fez com que ele ficasse mais nervoso do que já estava. Entrando no pavilhão, Nico sentou-se em sua mesa. Procurou por Hanna, mas não a viu na mesa dos filhos de Athena. Então lembrou-se do que Hanna contara a ele no dia anterior. O rolo com Percy. "Será que ela ainda gosta dele?" pensou Nico. Tentou afastar esse pensamento. Então Quíron apareceu na frente de todos e começou a falar:

- Bom dia, semideuses. Hoje, teremos Captura da Bandeira. - Quíron continuou falando, mas Nico estava com os pensamentos bem longe dali. Só conseguia pensar em Hanna, em seus olhos incrivelmente lindos, o cabelo loiro levemente cacheado nas pontas e sua pele macia como seda. Poderia muito bem ser uma filha de Afrodite. Mas o que ela tinha de inteligência era o dobro de sua beleza.

Terminando de comer, Nico foi encontrar-se com o time azul. E ainda nada de Hanna.

Hanna não fora tomar café, não estava com fome. Ficou deitada em sua cama. De repente, outra filha de Athena entrou no chalé e avisou-a do jogo. Hanna nunca tinha jogado Captura da Bandeira antes no Acampamento. Estava com um pouco de medo. Vestiu-se e foi.

Quando encontrou-se com seu time, eles explicaram-lhe a estratégia que pretendiam usar. Hanna entendeu tudo, e até ajudou. Quando o jogo começou, ela seguiu seu caminho, indo diretamente à bandeira do time azul. No caminho, lembrou de Nico, e que não havia o visto ainda hoje. Lembrou-se da risada dele, e de como ele a fazia se sentir especial. Involuntariamente, um sorriso se formou em seu rosto.

Ela continuava correndo em direção à bandeira, mas não estava prestando muita atenção. De repente, um jogador do time azul surgiu de trás de uma árvore e a surpreendeu com um golpe no rosto. O ferimento sangrava e doía muito. De repente, esqueceu-se totalmente de Nico. O ódio tomava conta de sua mente. Sem pensar, disferiu-lhe vários golpes no corpo, até que ele caiu no chão, desnorteado. Hanna não sabia de onde veio aquela força, mas não baixou a guarda. Então, vários jogadores do time azul começaram a chegar perto, e de repente, Hanna estava cercada. Rapidamente, uma estratégia se formou em sua cabeça. Foi realizá-la, mas fracassou. Todos começaram a atacá-la. Ela ficou tonta. Gritava de dor. E quando ia cair no chão, já perdendo os sentidos, alguém segurou-a. Era Nico. 

- Todo mundo para trás! - Gritou ele.

- Nico... - Hanna arfava.

- Calma, vai ficar tudo bem, eu estou com você. - Nico tranquilizou-a.

- Chamem o Quíron! Parem o jogo, ela está muito machucada! - Ele gritou. Rapidamente, vários campistas largaram suas armas e vieram ajudar. 

- Deixa que eu seguro ela, Nico. - Um campista surgiu no meio de todos e segurou Hanna.

- Per... Percy. - Hanna murmurou. Logo depois, desmaiou. Tinha cortes profundos por todo o corpo. Percy e Nico a pegaram e levaram à enfermaria. 

- Nossa - Disse Percy, olhando os cortes. - A coisa tá feia.

- Obrigado pela ajuda, Percy, mas você já pode ir agora. - Nico disse, meio grosseiro. Não queria que Hanna acordasse e o visse ali. Isso faria ela esquecer Nico completamente.

Quando Hanna acordou, Nico estava ao seu lado, passando uma esponja úmida em seus ferimentos. 

- O que aconteceu? - Disse Hanna. Não se lembrava de nada.

- Você foi surpresa por alguns campistas do meu time. - Disse Nico. - Os jogos aqui no acampamento são levados bem a sério.

- Agora eu estou me lembrando. Eu estava caindo e você me segurou. - Disse Hanna. Nico agora olhava no fundo dos olhos dela. - Depois, eu vi o Percy também. - Ela suspirou. Nico não gostou do rumo que a conversa estava tomando.

- Ele me segurou também... Achei que ele estava bravo comigo. 

- Não sei, mas o importante é que você está bem. - Disse Nico, mudando de assunto.

- Graças a você. Meu herói! - Disse Hanna, fazendo charme. Nico riu e depois ficaram em silêncio por um tempo, até que os dois falaram ao mesmo tempo:

- Preciso te dizer uma coisa. - Os dois riram.

- Fala você primeiro, o meu não é tão importante. - Disse Hanna.

- Não, fala você! - Disse Nico.

- Tudo bem. - Concordou Hanna. - Eu só queria falar que você é muito importante pra mim, Nico. De verdade.

- Você também é muito importante pra mim Han. Você nem imagina o quanto. - E a beijou suavemente. Foi um beijo delicado, mas bastou para deixar os dois nas nuvens.

- Promete que nunca vai me abandonar, Nico? - Perguntou Hanna. Estava cansada de sofrer por amor.

- Claro que prometo Hanna. Você é incrível. - Eles se abraçaram e ficaram assim, só ouvindo a respiração um do outro.