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Sinto que levei uma facada no coração. Sinto um vazio no peito, tiraram parte de mim. Eu tirei. Eu tive que tirar. Eu não quis tirar, mas aquilo me fazia mal. Se bem que, no estado que estou agora, não ficaria muito pior... Coisa clichê, falar de um amor que te faz mal. Mas eu tenho necessidade de amar e ao mesmo tempo sinto que nunca amarei mais ninguém, que só estou procurando o mesmo Thom Yorke em diferentes bandas. Não foi certo o que eu fiz, será? Mas ele me fazia tão mal, fazia eu me odiar, cheguei a cortar minha própria carne por raiva de mim.

Mas ele sempre me pareceu tão certo.

Ele sempre me pareceu tão... pai dos meus futuros filhos.

Ainda hoje sinto isso. Depois de tantos meses. Será crise de abstinência de amor? Isso existe?

Queria ver aquele sorriso tímido novamente. Ouvir ele gritando no meio da rua que me ama. Queria ficar tímida só por que ele me olhou.

Argh como eu sinto sua falta.

Aquele viado filho da puta.

Quem sabe um dia farei uma tatuagem do Radiohead, em sua homenagem, Thom.

Estranho a idéia que Thom e Bjork ainda estar na minha cabeça? Estanho eu não ter esquecido nada? Nem que você é o Joey e eu sou a Phoebe? Estranho eu achar que nunca nunca nunca nunca nunca amarei mais ninguém além de você? Estranho eu ter certeza que você nem lembra mais de mim?

Eu estou em crise.

Não consigo dormir, não consigo acordar.

Consigo chorar. E pelo jeito, escrever.

Consigo ficar pensando nessas coisas todas ao som de Pink Floyd e Radiohead.

Quem sabe pinto uma pequena arvore na minha parede, que nem você fez.

Quem sabe, um dia eu esqueço isso e continuo a vida.

Quem sabe.