Love RB escrita por R_Che


Capítulo 5
Perfume


Notas iniciais do capítulo

Bem, cá estou eu de novo! Peço desculpa pela demora, mas com a passagem de ano, os trabalhos de faculdade e as frequências, foi-me impossível vir mais cedo!
Tenho duas coisas a acrescentar:
1- Chegamos ao capitulo 5, ou seja, exactamente o meio da história!
2- Prometo que o capitulo 6 vai chegar mais depressa! Até porque no 7 existe finalmente o tão esperado encontro. No entanto eu não quero que achem que este 5 e o próximo 6 não são importantes, pelo contrário, são muito importantes para o desenvolvimento da relação delas e o entendimento de algumas atitudes da Quinn.
Eu tenho esta história postada em dois sítios, no fanfiction .net e no Nyah, admito que se continuo a escrevê-la é porque no Nyah vou recebendo comentários, no Fanfiction (no capitulo anterior) recebi 1, e neste recebi 2 é um bocadinho desmotivante, mas pronto. Obrigada a quem comentou, de todos os modos, nos dois lados.
Enjoy, e encontramo-nos lá em baixo.



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Duas semanas se passaram desde que Rachel começou a conversar com a, para ela, misteriosa personagem identificada pelas siglas “A.S”. Todas as noites desde então a morena recebe religiosamente um ramo de flores diferente no seu camarim após a apresentação dessa noite. Mas esta era uma noite diferente nesse aspecto, a morena recebeu, não um ramo de flores, mas um pequeno jarro com terra e um cartão. “Cuida desta semente, ela vai crescer e tornar-se tão bonita quanto aquilo que eu sinto por ti. A.S”. Rachel Berry mentia se dissesse que nunca saiu do camarim em busca de um possível rosto para o/a seu/sua admirador/a secreto/a, na realidade ela já o tinha feito, mas ao perceber que não seria assim que iria ter o prazer de conhecer aquela misteriosa personagem, todos os dias após as apresentação, Rachel preparava-se rapidamente e saia em direcção ao seu apartamento onde a esperava o seu portátil e a companhia das madrugadas daquele pessoa. A morena sempre foi de paixões rápidas, no entanto, o interesse que A.S demonstrava nela não era um interesse comum, e o tempo que ele/a dispensava com Rachel deixava-a deliciada. Se perguntassem a Rachel o porquê de ela todos os dias querer falar com A.S ela respondia honestamente que aquele mistério a fazia viver todas as noites.

Entrou em casa e descalçou-se, pousou a mala no bengaleiro e sentou-se com as pernas cruzadas no sofá enquanto pousava o computador portátil nas pernas. A morena não estava minimamente preocupada em ir comer ou vestir o pijama, a única preocupação dela era encontrar A.S online. Quando ligou o computador uma nota apareceu na barra de tarefas. “Ligar para o estúdio de Quinn.” Já se tinham passado duas semanas desde que a morena prometera a si própria falar com Quinn, no entanto, todas as vezes que olhava para a nota alguma coisa dentro dela a convencia a adiar esse telefonema. Rachel que é uma mulher de sentimentos intensos esqueceu novamente a ideia e conectou-se no facebook onde A.S a esperava.

RB – Desculpa o atraso! Olá! :)

Não recebeu qualquer resposta e voltou a tentar.

RB – Ei, estás aí?

RB – Acho muito mal que me estejas a ignorar.

Passados cerca de cinco minutos e sem qualquer resposta Rachel desanimou e voltou a tentar novamente.

RB – Vim eu a correr do teatro só para ter mais tempo para conversarmos e tu estás a borrifar-te para mim. Eu tinha saudades tuas! Estou profundamente desiludida, eu sabia que tu não podias ser tão perfeito, algum dia eu ia descobrir-te um defeito. Ignorares-me é um defeito muito grave.

Rachel esperou pacientemente mais cinco minutos e ao não receber resposta foi até à cozinha buscar alguma coisa para comer. Quando voltou continuava sem uma resposta e decidiu entrar no seu e-mail. Passados cerca de 20 minutos ouve o ruído da janela do facebook.

AS – Olá Rach. Desculpa, eu sei que demorei mas o Mass chamou-me para ir resolver uma coisa ao restaurante e eu não pude ignorar. Eu fico tão feliz que tu queiras falar comigo todas as noites ao ponto de te apressares.

Quinn não recebeu nenhuma resposta de Rachel e voltou a escrever.

AS – Eu sei que tu devias estar primeiro, aliás tu estás, mas ainda não tinhas chegado quando o Mass me chamou. Não sejas assim fala para mim, eu tive uma boa desculpa.

RB – Só mesmo porque tiveste uma boa desculpa.

AS – Como estás? :)

RB – Bem e tu?

AS – Tinha saudades tuas.

RB – Eu também. :)

AS – E então? Conta-me lá, gostaste da prenda de hoje?

RB – Adorei, eu vou cuidar muito bem desta semente, eu prometo! Aliás, eu acho que tu me devias dizer qual é a flor, assim eu sei como tratá-la e quantas vezes tem de ser regada. Essas coisas, sabes?!

AS – É de facto muito inteligente da tua parte essa desculpa para descobrir qual é a flor. Mas eu simplifico-te o trabalho. Tem de ser regada duas vezes por semana!

RB – Com que intervalos?

AS – Não sejas assim. Eu não te vou contar qual é a flor. :)

RB – Bom, o que me descansa é saber que tu tens bom gosto e que nunca me ofereceste flores feias.

AS – Elas são todas feias quando chegam às tuas mãos.

RB – Porque dizes isso? Isso é uma espécie de indirecta?

AS – Porque tu apagas a beleza delas com a tua.

RB - Oh! Estou corada.

AS – Este foi um piropo muito básico, peço desculpa, eu prometo que não trabalho na construção civil nem sou camionista.

RB – LOL. Eu gosto quando tu me elogias.

AS – Eu vou elogiar sempre. Então e novidades? Eu adorei a peça hoje, estavas radiante, não tens nenhuma novidade para me contar?

RB – Como é que sabes?! Odeio que me leias tão bem.

AS – Conta-me tudo.

RB – Barbra! Ela respondeu ao meu twitter hoje de manhã.

AS – Ah, é verdade! Eu vi. Parabéns!!! Eu imagino a tua felicidade.

RB – Estou tão radiante, sabes? É assim MARAVILHOSO.

AS – Eu fico verdadeiramente feliz por ti. :)

RB – Obrigada! Então e tu? Tens alguma novidade? O que aconteceu para o Massimo te chamar?

AS – Oh, foi um erro qualquer no ar condicionado do restaurante, e como sou sempre eu que o ligo e desligo eles não sabiam como trabalhar com aquilo. Mas já está tudo bem.

RB – Deixaste-me plantada por causa do ar condicionado? – o tom de Rachel era de brincadeira, mas com aquela simples frase Quinn não conseguia decifrá-lo.

AS – Os clientes estavam cheios de calor.

RB – É inverno.

AS – Rach por favor. Não sejas assim, aquilo é um restaurante grande, leva muita gente e a cozinha tem muitas máquinas.

RB – Eu sei, estava a brincar. Então e como é que disseste que se chamava o restaurante?

AS – Outra vez? :) Não disse! Não vais conseguir que eu me descaia.

RB – Ainda vai demorar muito para que nos encontremos?

AS – Ohhhh! Eu quero muito, eu quero muito mais do que tu, acredita em mim, eu só ainda não tenho coragem.

RB - Baby eu não mordo. Mais rapidamente me mordes tu a mim, tu é que podes ser o psicopata!

AS – Eu não sou Rach, eu sou só alguém que vai viver a vida inteira a amar-te (ainda que de longe).

RB – Eu fico encavacada quando tu dizes essas coisas. E só gostava de saber como é que é possível que me tenhas conseguido cativar. Sabes? Eu sou uma pessoa que gosta muito de pessoas, mas isso é derivado ao meu crescimento.

AS – Queres falar sobre isso?

RB – Não é nada que eu já não te tenha contado nos outros dias. Como eu passei muito tempo sem amigos, eu dou muito valor às pessoas que gostam de mim. Sabes, eu no fundo não tenho muitos amigos hoje em dia.

AS – Desculpa!

RB – Desculpo o quê? :S

AS – Mas porque é que não tens amigos? Tu és talentosa, bonita, cativante, tens um coração gigante, isso não faz qualquer sentido para mim.

RB – Oh! Obrigada, e tu és um cavalheiro. Mas eu não sei explicar bem, eu acho que eu simplesmente não consigo manter as pessoas na minha vida, eu não tenho os mesmos gostos que elas.

AS – Tu não tens os mesmos gostos que eu e no entanto eu nunca quero desaparecer da tua vida, percebes? Não faz sentido para mim.

RB – Tu é diferente. Se tu estiveres a ser sincero comigo, tu gostas mais de mim do que os meus amigos. Não podes misturar as coisas.

AS – Certamente que eu gosto mais de ti do que os teus amigos.

RB – Tonto! :)

AS – Ou tonta! :P

RB – Pronto, vamos começar com o eterno dilema do menino/menina.

AS – Não vamos não. Eu quero perguntar-te uma coisa que não te perguntei das outras vezes, achei que não era oportuno.

RB – Podes perguntar o que quiseres.

AS – Já conheceste o amor da tua vida?

RB – Essa pergunta para alguém que supostamente gosta de mim, é um bocadinho estranha ou masoquista.

AS – Tens razão, no fundo eu acho que não quero saber.

RB – Mas eu posso te responder… eu não sei se conheci. No fundo eu acredito que se conheci ainda terá de se cruzar comigo de novo para eu perceber, se não se cruzar… eu acho que eu não conheci então.

AS – Não tens nenhuma história caricata que me possas contar?

RB – Tu tens alguma?

AS – Eu tenho várias, mas só conto como moeda de troca. :)

RB – Ok, então começo eu. Eu tive um namorado no ensino médio, ele chamava-se Finn, e era três vezes mais alto do que eu. Uma vez, ele era jogador de futebol e  membro do Glee Club da escola, como eu, mas ele não sabia dançar, ele era péssimo, eu juro que nunca vi nada parecido, e quando estávamos numa das práticas de dança ele virou-se e só com o movimento do braço partiu-me a cana do Nariz.

AS – Que horror! E depois?

RB – E depois eu tive de ir ao médico e tal, e foi uma época em que eu pensei seriamente em fazer uma operação ao nariz.

AS – Ainda bem que não fizeste!

RB – Pois, mas se não fiz foi com o poder de GaGa! :)

AS – Gaga? :)

RB – Lady Gaga!

AS – Sim eu percebi, eu só pensava que tivesse sido porque alguém te tivesse convencido, sei lá.

RB – Na realidade foi, alguém me convenceu, uma colega de escola na realidade. Sabes, essa é talvez a história mais estranha que eu tenho. Ela chamava-se Santana, e fazia-me a vida num inferno, e quando eu estava decidida a fazer a operação, outro colega meu juntamente com alguns membros do Glee Club fizeram um Flashmob no centro comercial lá em Lima, eu admito que gostei e me diverti, mas a principal razão pela qual eu não fiz a operação foi porque essa tal colega de escola, Santana, ela era o diabo já disse isto?, ela encontrou-me sozinha na casa de banho do centro comercial e ameaçou-me!

AS – Como assim?

RB – Ela disse que se eu fizesse a operação ela me partia o nariz outra vez! Bom, basicamente foi a maneira mais simpática que ela arranjou para me dizer que eu não precisava de mudar sem me elogiar. Ainda hoje sorrio com essa história. Ela tinha sido a primeira pessoa a dizer para eu fazer a operação, mas eu sei que ela só o fez porque estava em frente a toda a gente.

AS – Mentira! Eu não acredito nisso.

RB – Porquê? É verdade! Eu juro. Eu não sou mentirosa.

AS – Não meu amor eu sei. É uma maneira de eu dizer que é surreal. Eu não sabia disso!

RB – Eu não contei em nenhuma entrevista! :)

AS – Pois, exacto. – Quinn abriu o maior sorriso que podia esboçar naquela altura, Santana Lopez afinal de contas tinha interferido naquela situação.

RB – Agora tu.

AS – Há dois anos atrás em L.A eu fui a uma reunião com uma empresa que me queria a estagiar lá, eu não fiquei porque tinha planos em Nova Iorque, mas fui à entrevista agradecer na mesma o facto de estarem interessados em mim, e quando sai do edifício esbarrei com uma mulher alta, ruiva e de olhos claros. Ela era assim daquelas mulheres que chamam a atenção na rua. Ela tinha um ar imponente. Ficou a olhar para mim cerca de dois minutos sem exagero, com um ar super sério, e eu não queria fazer má figura e retribui o olhar. Quando eu já estava sem saber o que estava a acontecer ali, ela solta uma gargalhada rouca e eu percebo que ela não tem os três dentes da frente. Foi uma desilusão!

RB – Isso é uma história engraçada?!

AS – Se tu tivesses visto a mulher à tua frente, com tudo no sitio, perfeitinha a todos os níveis. Ias fazer uma imagem dela completamente artística. O problema não foi os três dentes, o problema foi que eu desatei à gargalhada na cara da mulher e tive de fugir dali com vergonha.

RB – Tu não tens piada. E escusas de me contar essas histórias de mulheres lindas.

AS – Bemmm, já viste as horas? Tenho de ir dormir. Há duas semanas que só durmo 3 horas e o meu corpo não aguenta. Amanhã tenho trabalho às sete e meia da manhã. Já são três e meia.

RB – Hã? Já?

AS – Eu prometo que amanhã te compenso, pode ser?

RB – Mas eu ainda não tenho sono.

AS - E eu se fico aqui não me levanto amanhã! :S Desculpa, tenho mesmo de ir.

RB – Acho muito mal.

AS – Tu também devias ir descansar! Ninguém aguenta. :)

RB – Até amanhã então.

AS – Não fiques chateada comigo, não?! Eu gosto mais de ti do que daqui ao céu! :)

RB – É melhor que gostes. Até amanhã.

AS – Dorme bem, beijinho.

RB - :/ Bah!

AS está agora offline.

Por muito que custasse a Quinn ter de se despedir de Rachel, aquele era um compromisso importante ao qual não podia faltar. Foi deitar-se com uma força de vontade caída do céu e aos poucos minutos adormeceu. Rachel por seu lado ficou desiludida, não queria ter de ir dormir já, ou melhor, não queria despedir-se de AS tão cedo. No entanto fez exactamente o mesmo processo que Quinn. Na manhã seguinte Quinn levantou-se e foi direita ao estúdio de fotografia sem tomar o pequeno-almoço, e essa foi uma rotina que ela adoptou nos últimos três dias.

Era segunda-feira de manhã e Quinn acordou bem-disposta. Naquele dia tinha vontade de pegar na máquina fotográfica e ir passear por Nova Iorque e actualizar o seu álbum da cidade. Tinha ficado na conversa com Rachel até às cinco da manhã, mais coisa menos coisa, na madrugada anterior mas mesmo assim conseguiu acordar por volta das oito. Preparou-se e tomou o pequeno-almoço, por volta das nove da manhã estava pronta para sair de casa, mas antes, queria postar um estado novo no facebook. Abriu o portátil, ligou o facebook e escreveu:

“Hoje é primavera em Nova Iorque, e a minha lente acordou com vontade de a captar.”

Após ter publicado o estado, uma janela do facebook abriu e lá estava Rachel novamente.

RB – Já? Não dormiste nada até ao meio dia como disseste que ias fazer.

AS – Bom dia! Não fazia ideia que estavas aqui, tu não costumas vir pelas manhãs. Dormiste bem?

RB – Ainda não dormi.

AS – Porquê?

RB – Hoje como não há peça à noite posso dormir de tarde, estive a planear as minhas mini-férias.

AS – Férias?

RB – Sim, amanhã depois da peça estou oficialmente de férias. Já estava a precisar.

AS – Não me tinhas contado.

RB – Não tinha visto a confirmação do e-mail que me tinham enviado, só vi quando te foste embora.

AS – Ah. :) E já sabes o que vais fazer?

RB – Já! Vou a Lima ver os meus pais.

AS – Hum… quanto tempo estás de férias? Se não for muita intromissão…

RB – Não sejas parvo, sabes que tu podes perguntar-me tudo. Vou ficar em Lima dois dias, mas estou de férias uma semana.

AS – Ou seja, só voltas à peça na próxima quarta a seguir a esta?

RB – Nem mais. Escusas de ir esta semana! LOL

AS – Pois, e escuso de enviar coisas que depois ficam a estragar.

RB – Não inventes! Podes enviar-me essas coisas quando eu voltar!

AS – Posso claro! :)

RB – Então e o teu estado? Vais fotografar?

AS – Sim, estava a pensar nisso. Mas agora não tenho tanta certeza! :)

RB – Eu tenho de ir dormir e fazer as malas.

AS - Rach, tens o dia de amanhã inteiro para fazer malas!

RB – Não interessa, eu gosto de planear as coisas com antecedência.

AS – Só vais dois dias!

RB – Sim, mas tenho algumas coisas que tratar. Tenho de levar qualquer coisa apresentável.

AS – Ok. Vais ver os teus colegas do Glee Club?

RB – Não me parece, talvez o Finn e o Noah que são os únicos que ainda estão em Lima, mas só se for de passagem. Não os vejo há uns anos já.

AS – O Finn é o tal que te partiu o nariz? Não gosto dele.

RB – LOL ele não fez por mal.

AS – Tu gostavas dele?

RB – Ele foi o mais perto que eu tive de um grande amor. Eu gostava realmente muito dele, mas nós não estávamos destinados a ficar juntos.

AS – Se pudesses escolher, ele ainda seria uma opção para ti?

RB – Uma opção vai ser sempre, afinal fez parte da minha vida e eu fui feliz com ele. Mas não acredito que o escolhesse a ele se tivesse outras opções. :)

AS – Espero que não.

RB – Tu só vais ser uma opção no dia em que te encontrares comigo! :) :) :) :P

AS – Vais ter internet em Lima?

RB – Sim, mas não mudes de assunto.

AS – Não ia mudar, pelo contrário, ia dizer-te que nos próximos dias podemos marcar isso!

RB – A sério?

AS – E se eu for uma criatura feia? :)

RB – Não acredito nisso.

AS – Também não acreditas que eu seja uma mulher.

RB – Pois não! :P Mas estás a falar a sério? Vamos finalmente marcar um encontro?

AS – Ainda que eu continue a achar que é cedo, vamos sim.

RB – Cedo porquê?

AS – Tu vais perceber.

RB – Não comeces com isso. Odeio quando dizes essas coisas. Eu não te quero obrigar a encontrares-te comigo, se não quiseres não marcamos.

AS – Tu é que não comeces com isso! :) Se dizes isso muitas vezes eu ainda adio. :P

RB – Já não está cá quem falou. Para quando então???

AS – Eu vou planear isso para quando tu vieres de Lima, mas dou-te a confirmação na sexta-feira talvez.

RB – Sexta-feira é o dia em que eu venho de Lima.

AS – Sim coração mas eu confirmo-te na sexta, não estou a marcar para sexta. :P

RB – Ok! Nem penses em desistir.

AS – Eu não desisto. Eu prometo!

RB – Eu vou sentir falta do teu perfume! :$

AS – Do meu perfume?

RB – Sim, os cartões que vêm com as flores todos os dias cheiram todos da mesma maneira, eu suponho que seja o teu perfume porque nem todos são o mesmo tipo de papel.

AS – Eu não fazia ideia que tu reparavas nesse tipo de pormenores, mas eu fico feliz! E eu vou sentir falta de os escrever todos os dias.

RB – Mas não deixes de os escrever, mesmo que não compres flores, podes escrevê-los. Eu gosto de te ler.

AS – E eu gosto de escrever para ti, e gosto de ti também! :O

RB – LOL… eu também gosto de ti. :O

AS – Gostas? – Quinn sentiu um aperto enorme no peito, ela sabia de onde ele vinha, ela tinha certeza absoluta que no momento em que Rachel descobrisse que era ela, que a morena ia fugir a sete pés e que aquelas palavras iam deixar de ser reais. O medo apoderou-se dela, mas ela tinha prometido não desistir.

RB – Estupidamente muito, por isso é bom que vás bem vestido ao nosso encontro! Estou a falar a sério!

AS – LOL e se eu vestir o traje de cozinheiro/a?

RB – Não inventes, não quero que cozinhes para mim, o Mass cozinha! Tu cozinhas no segundo encontro! :) Eu quero companhia no primeiro… E além disso tenho curiosidade em provar a comida do Massimo, afinal se ele é italiano ele deve ter jeito para a coisa!

AS – 2 coisas: 1º Eu sei cozinhar, a receita mais famosa do restaurante é minha, invenção minha! 2º Se o facto de eu não cozinhar para ti te faz vir novamente para um segundo encontro, então podes ter a certeza que eu não o faço. :)

RB – Não disse que cozinhavas mal. És um bocado convencido, já agora! :P

AS – Não sou. Mas prometes que voltas? :)

RB – Claro, se eu gostar da comida vou virar cliente. Aliás, só à minha pala vais tirar o ordenado do Massimo. :P

AS – Nunca te cobraria nada por cozinhar para ti ou por qualquer coisa que quisesses comer lá! E nem vale a pena discutirmos isso, por isso podemos mudar de conversa. Já compraste o voo para Lima?

RB – És um doce, mas isso nós veremos! Já, já comprei.

AS – A que horas é?

RB – Porquê? Vais-me visitar ao aeroporto? :P

AS – Talvez da próxima vez. :)

RB – Pois, como eu só vou lá uma vez por ano, só para o ano. Quem sabe não vás comigo?! Estou certa de que os meus pais iam adorar alguém que cozinhasse para eles. :)

AS – Estás a convidar-me para ir contigo a casa dos teus pais da próxima vez?

RB  - Uma coisa eu tenho a certeza, seja como for, tu vais continuar meu amigo, certo?

AS – Sempre.

RB – Então acho que estou! :) Eles iam ficar felizes, eles sabem que eu tenho muito poucos amigos aqui.

AS – Eu teria todo o gosto em ir contigo fosse onde fosse. Mas teria muito mais gosto em conhecer os teus pais. :)

RB – Combinado então. Estamos a evoluir, já viste? Há bocado era uma incógnita quando é que te ia conhecer, agora além de estar para breve até já planeamos uma viagem juntos. Eu devo estar louca, tu promete-me que não és um psicopata ou um jornalista a tentar sacar informação, promete, promete, promete!!!

AS – Eu juro e prometo que não sou ninguém que te possa fazer mal, a nenhum nível.

RB – Ok. Ainda bem, senão provavelmente os meus pais matavam-te! LOL

AS – Se eu algum dia o fizer, eu próprio/a procurarei os teus pais para o fazerem. Prometo!

RB – E a tua família? Nunca falamos dela.

AS – Eu não tenho uma relação muito próxima com a minha família, sou muito independente. Não há nada de interessante para contar.

Rachel e Quinn ficaram a conversar por mais algumas horas, o que invalidou completamente a ideia inicial de Quinn de ir fotografar a cidade. Já a Rachel o sono não lhe vinha e as horas passavam sem que ela desse por elas.

Nas últimas semanas elas tinham adoptado a rotina de conversar todos os dias, Quinn (como AS) nunca tinha escondido de Rachel o quanto gostava dela, e Rachel que não tinha uma vida social muito agitada, ou melhor dito, não tinha vida social, adorava aqueles momentos com AS e pouco a pouco se encantava mais com aquele personagem. Ela sempre achara que a internet ou os chats não podiam fazer ninguém apaixonar-se por um desconhecido, mas afinal essa teoria cada vez mais estava a perder força na sua mente. AS era sem dúvida quem mais a cativava e a fazia sorrir. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, e peço desculpa se não entenderam alguma coisa!
Posso pedir que comentem? :)
Beijinho
Twitter: @R_Che