Work Of Fire escrita por Clessi Magalhães


Capítulo 28
Penalidades ou regalias?


Notas iniciais do capítulo

Olá, recrutas! Sim, sou eu de novo. A General aqui está rezando para que isso seja constante. Hahaha. Muito obrigada por todos os lindos comentários! Amei cada um e estou tentando responder a todos.

Espero que gostem do capítulo.



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♪♫ Eu tenho brincado com meus demônios.

Fazendo problemas para si mesmo,

E nesses dias estão longe de acabar.

Você sabe que eu não posso me ajudar.

Eu adoro vir para você, querida.

E isso está me matando por dentro.

Eu estive morrendo por você, querida.

Quase todas as noites. ♪♫

 

— Pray - Jry (feat. Rooty).

 

 

Passamos o resto da tarde em meio à discussão de qual seria a melhor estratégia, todos tinham várias ideias, muitas até um pouco absurdas.

— Separar a equipe de infiltração pelo prédio? Você está louco, Liam? — Jacob pergunta indignado — Isso só irá nos enfraquecer!

— Mas vocês poderiam ter mais chances espalhados, é mais fácil para cada um. — ele declara se achando o dono da razão.

— Estamos em uma missão de equipe, Liam, não individual. — intrometo-me na conversa, já prevendo que Liam viraria fera para o meu lado. — Se a minha equipe entra comigo, ela vai até o final.

— Mas, Isabella...

— Nada de “mas”. Você cuida das estratégias da sua equipe e eu cuido das minhas. — respondo taxativa, vendo-o bufar como uma criança emburrada. Levanto-me do banco onde estávamos aglomerados e saio do refeitório seguida por meus amigos.

— Mandou bem, Bella. — elogia Jacob, arrancando-me um pequeno sorriso.

Caminhamos por um tempo até chegarmos próximo aos prédios situados lado a lado. Sete andares no total. Os dois pareciam parcialmente abandonados, a pintura descascava e mesmo de longe se dava para perceber alguns vidros quebrados. À nossa esquerda, o nosso prédio. À direita, nosso alvo de invasão.

— O que vocês acham? — perguntei ainda analisando o edifício.

— Seria ótimo ter a planta dele, mas acho que eles não vão facilitar nem para o grupo de Assistência. Eles até podem tentar acessar os computadores da N.S.A. em busca das plantas do quartel, mas se o Major Whitlock estiver à frente da missão também, acho que em menos de quatro horas não será possível conseguir essa proeza. — responde Erick.

— Entramos pelo térreo? — indaga Angela.

— Impossível, Darling. As portas da frente, as saídas de emergência e a dos fundos serão as mais visadas por eles. E o topo? — Mike questiona. — Podemos pegar o grupo da Guarda de surpresa.

— Acho arriscado. O que acha, Bella? — Jacob olha-me questionando.

— Térreo, meio e topo do prédio serão os mais visados. — repondo depois de alguns segundos — Podem achar que somos imprudentes e optarmos pelo térreo, razoáveis e formos pelo meio, ou loucos de ir diretamente atrás do núcleo.

— E então, o que faremos?

— Pense, Jacob. São sete andares, os cinco primeiros andares a partir do térreo estarão reforçados e, claro, o terraço. São neles que estarão focados e espalhados, pode até ser que coloquem agentes por todo edifício, mas uma ou duas pessoas contra uma equipe inteira... O grupo da Assistência irá precisar de um dos andares como sede, provavelmente estarão concentrados na equipe que estará em nosso prédio e, por consequência, desprotegido. — faço uma pausa na fala para que eles assimilassem o plano e continuei, virando-me para eles — Então, que andar nos resta?

Touché. — Jacob exclama sorridente.

 

***

 

Apresso meus passos até meu quarto, louca por um banho depois de toda a confusão de hoje à tarde. Preciso estar com a mente relaxada para não por em risco essa missão, eu que não quero me arriscar em acionar a ira de todos do grupo A por um fracasso meu. Assim que chego ao meu quarto, retiro rapidamente a farda e corro até o banheiro. A água escorre por minhas costas relaxando os músculos tensionados e eu finalmente me permito pensar no comportamento de Edward. Pensei que tudo estava bem entre nós, pelo menos hoje de manhã estava. Será que fiz algo ou aconteceu alguma coisa para ele triplicar seu sarcasmo para o meu lado? Aquela indiferença e insolência de Edward me magoaram de certa forma, não esperava que ele fosse tão bipolar.

Minha mente parecia que iria explodir com tantas especulações sobre o comportamento do Cullen, isso já estava me enlouquecendo. Assim que termino o banho, enrolo-me em uma toalha e encaro-me no espelho enquanto solto os cabelos no coque obrigatório durante os treinamentos. Suspiro cansada ao ver a confusão de sentimentos expressa em meu rosto.

— Você ainda vai me deixar louca, Cullen. — sussurro para o espelho.

— Espero que seja de prazer. — pulo assustada ao ouvir sua voz rouca, quando me viro em busca de onde saiu sua voz, encontro-o relaxadamente encostado ao batente da porta do banheiro.

— O que faz aqui? — pergunto irritada.

— Vim te ver. — responde como se fosse óbvio.

— Ah! Agora você tem tempo para me ver e conversar comigo? No refeitório você parecia estar com pressa para começar seu querido treinamento.

Passo por ele indo em direção ao meu armário, não evitando bater raivosamente meu ombro no seu. Ele queria o quê? Me fazer de idiota novamente para depois me esnobar? Está mexendo com a pessoa errada, Cullen!

— Bella, não diga asneira.

— Asneira? — viro-me irritada para ele, jogando na cama a farda preta que eu havia tirado do armário — Como acha que me senti quando me humilhou na frente de todos? Achou divertido ficar os ouvindo rir de mim?

— Bella, me deixa explicar o...

— Explicar o quê? Que eu sou uma idiota por sempre acreditar em você? Por cair na sua lábia e depois quebrar a cara com o seu sarcasmo e seu ego inflado? — continuo a interrompê-lo.

— Chega, Isabella! — ele levanta a voz e não evito o leve pulinho de susto pela intromissão. — Será que dá para me ouvir antes de começar as acusações? Acha que foi fácil pra mim te tratar daquela forma? Não, Isabella, não foi e nunca vai ser, mas é preciso! Ou você esqueceu-se da missão? Esqueceu que não podemos confiar em praticamente ninguém e estamos sendo observados o tempo todo? Não sabemos direito quem são os nossos inimigos e os aliados que eles têm aqui dentro, eles não podem sequer pensar que estamos nos dando bem, quer dirá que estamos juntos. Eu sei que eu deveria ter te avisado antes, mas não deu. Enquanto a missão estiver apenas no começo, não podemos nos dar o luxo de abaixar a guarda, ou então você, Jasper, Alice, Emmett, Tanya, seus amigos e sua família estarão em perigo. — encaro-o atônita quando sua fala reverbera em minha mente. Ele suspira cansado ao sentar em minha cama e sussurra — Eu não posso deixar isso acontecer.

— Eu... — engulo em seco sem saber bem o que responder. Admito que não tinha pensado nisso, inúmeras coisas passaram por minha cabeça, mas não chegaram a esse fato. Nós poderíamos colocar todos em perigo se agíssemos sem pensar. Aproximo-me dele, ficando entre suas pernas e enrocando os dedos nos cabelos pequenos de sua nuca quando ele encostou sua cabeça em minha barriga. — Me desculpa, Edward, eu simplesmente não pensei dessa forma. Eu só conseguia pensar que você era um bipolar fodido que queria destruir minha sanidade.

Ele ri levemente e puxa-me para sentar de frente em seu colo, a toalha subiu quase abrindo completamente. Eu nem ao menos ligava para isso, estava confortável demais ali.

— Minha Bella, sempre sendo absurda. — ele murmura em minha boca, seus lábios roçando nos meus, provocando arrepios por todo o meu corpo e um sorriso preguiçoso em meu rosto. E então ele me beija, e tudo some.

 

***

 

— Já sabem o que vão fazer?

Ele pergunta no escuro do quarto. O dia já escurecia e daqui a pouco daríamos início à missão, mas nós estávamos ali, despreocupados, ele com aquela farda quente pra caralho e eu ainda de toalha, trocando beijos e carícias nada inocentes enquanto conversávamos.

— Temos um plano, mas andei pensando em um alternativo. Não quero correr o risco de ter imprevistos. — planto um beijo em seu queixo, sentindo sua barba bem pequena arranhar minha boca.

— Isso é bom, não ficarão perdidos. — seus dedos deslizavam por minhas costas nuas antes de voltarem para meu cabelo em um carinho muito gostoso, eu estava quase dormindo em seu peito. Pele arrepiando e o cérebro enviando mensagens de necessidade para o meio das minhas pernas? Que nada! — Se tiver que deixar sua equipe para trás para poder concluir a missão, Bella, não hesite. A outra equipe não irá hesitar, de maneira nenhuma, vão atacar sem nem pensar se estarão machucando ou não.

— Pode deixar. — murmuro preguiçosamente.

— Bella?

— Hum?

— Não é hora de dormir — ele repreende divertido.

— Uhum. — minha resposta mistura-se com um suspiro enquanto me aconchego mais em seus braços fazendo Edward rir.

— Acho que tá na minha hora. — ele diz e empurra-me levemente para levantar da cama.

— Nãããão... — choramingo tentando puxá-lo de volta.

— Você tem uma missão agora, Swan, é bom estar bem desperta. Não vai querer conhecer as punições do quartel.

Isso me faz abrir um olho curiosa, questionando sua fala.

— São tão pesadas assim?

— Você nem imagina. — ele ri sem humor, fazendo meu corpo estremecer em alerta. Certamente não é uma boa ideia conhecê-las.

— E as regalias?

— São várias, mas se você vencer essa missão, Bella... — ele responde malicioso e inclina-se em minha direção, falando em meu ouvido. — Tenho umas exclusivas para você.

Porra.

Caralho.

Com certeza vou querer conhecer essas regalias.

Antes que eu questionasse mais a Edward, ele já tinha saído do quarto, deixando-me totalmente desperta.

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e não deixem de me dizer o que acharam!


Até mais!


General C. Magalhães.