Em plena sexta feira eu me encontrava na minha cama, mais detalhadamente, chorando. Chorando por aquele ser, que fez meu coração bater mais forte, mas também quase o fez ter um infarto. Eu estava odiando ele, na verdade, eu estava me odiando por odiar ele. Ele não tinha culpa, nem sabia que eu gostava dele... Mas e se soubesse, será que seria diferente? Des de o começo eu sabia que essa paixão não ia dar certo, ele era muito para mim. Mas ás vezes nossos olhares se encontravam, e eu me iludia. Pensava que ele finalmente tinha se interessado por mim... Eu o recriava na minha mente, imaginando que um dia ele ia chegar de fininho, me abraçar tão apertado que eu não conseguiria sair, e sussurrar no meu ouvido: “Meu amor”. Ficaríamos apreciando aquele momento por um tempo, e depois daríamos um beijo gostoso, com adrenalina, mas ao mesmo tempo calmo, e tão viciante que mesmo sem ar, continuaríamos. Outra ilusão boba minha cabeça.

  O que eu quero dele? Falo para minhas amigas três simples palavras: “Eu o odeio”. Mas por que eu fico pensando o tempo todo nele? Eu fico querendo que chegue logo o outro dia para vê-lo, me iludir novamente, voltar para casa chorar, e novamente botar a palavra odeio em cima de amo. Ouço músicas que me lembram ele, fico olhando horas e horas fotos dele, tento combinar o meu signo ao dele. Eu odeio amar ele.  Mas é engraçados, quando eu o vejo penso “Acho que já acabou, todos tinham razão, foi só uma paixão passageira...” e quando eu chego em casa eu sinto que ele é o cara com quem eu passarei minha vida inteira.