Chegamos á aula de poções, os Gryffindor já estavam todos no lado deles da sala e nós dirigimo-nos para o nosso.

Eu e o Blaise sentamo-nos lado a lado, coisa que já faziamos desde que o nosso 1º ano em Hogwarts. O Draco sentou-se no meu outro lado e a Pansy ao lado do Draco, como sempre fazia.

– Hoje decidis-te ficar ao meu lado? Sim, senhor... Estamos a fazer progressos loiro. - Disse ao Draco depois de esboçar um sorriso de gozo.

– Sabes como é que é Snape. - Põe o braço dele há volta da minha cintura e puxa-me para ele. - Eu não te resisto.

– Ainda bem que admites. - ri-me. Eu sabia perfeitamente onde ele queria chegar com aquilo tudo. Irritar a Pansy o mais possivel para ela sair da nossa beira. - Mas deixa tar baby, que tu também não me és indiferente. - Dou-lhe um beijo na bochecha, o que fez com que Pansy me odiasse ainda mais. Quando o Draco ia falar o meu pai começou a dar a aula e sendo assim não aconteçeu mais nada de importante no resto da aula.

Quando o meu pai nos deixou sair ele chamou-me para falar comigo a sós. "Mas o que é que será agora?!" pensei.

Cheguei ao pé dele. - Olá pai. Passa-se alguma coisa? - perguntei-lhe inocente.

– Não, nada. Eu só queria perceber uma coisa, tu e o Draco namoram? - perguntou-me com um ar de severo.

– Achas que eu era capaz de namorar com aquela doninha?! - perguntei-lhe indignada com aquilo que ele disse. O Draco Malfoy era a pessoa que eu mais odiava a seguir à Pansy, e no que tocasse de a irritar eu juntava forças com o Draco por muito que me custasse.

– Como eu te vi a dar-lhe um beijo no principio da aula, pensei que ....

– Pensas-te mal, aquilo era só para irritar a Pansy, ou já te esqueçes-te o que ela andou a inventar por causa de eu ter passado aquele Verão em casa dos Malfoy?. - interrompi.

– Não, não me esqueçi. É pena que ela seja Slytherin porque senão tinha-lhe tirado uns belos de uns quantos pontos.

Quando eu ia responder ouço a voz do Draco. - Peço desculpa professor Snape, mas eu precisava de falar com a Alexandra sobre ontem...

– Há sim, claro. Porta-te bem. - deu-me um beijo na testa e depois dirigui-se para a porta, fechando-a para que eu e o Draco ficassemos mais á vontade.

– O que temos para falar? - perguntei ao Malfoy, enquanto me sentava em cima de uma mesa.

– Nada. - Sorriu. - Só me queria ver livre da Pansy.

– Ah bom. - Sorri ao imaginar Pansy naquele preciso momento á procura de Draco pelos corredos do castelo. - Sabes o que é que ela me perguntou esta manhã?

– Se nós namoramos? - perguntou-me ao aproximar-se de mim.

– Sim, como é que sabias? - perguntei-lhe intrigada enquanto ele se sentava na mesa que estava à minha frente.

– Ela fez-me a mesma pergunta hoje de manhã antes de ir ter contigo...

– Porque não lhe das uma oportunidade Draco?

– Alto lá, chamas-te me de Draco ou foi só impressão minha? - notava-se um certo tom de divertimento na voz dele.

– Sim chamei, mas não te habitues muito loiro. - sorri-lhe.

– Já devia de calcular que não ia demorar muito tempo para voltares a chamar-me de loiro. - disse com beiçinho.

– Escusas, eu não caiu nessa. - pisquei-lhe o olho.

No momento em que ele ia falar, a porta abre-se e ouvimos a voz de Pansy.

– Draco? Estas aqui? - perguntou enquanto entrava e olhando para tudo o que era sitio.

No momento em que ela entrou, Malfoy apressou-se a sair de cima da mesa para vir para a minha frente. Num movimento rápido abriu as minhas prenas e pôs no meio delas e beijou-me.

Nesse preciso momento vi que a Pansy nos estava a olhar, rapidamente fechei os olhos e pos os meus braços em volta do pescoço dele enquanto nos beijavamos calorasamente.

Senti que a Pansy ficou a olhar-nos durante uns momentos, e depois foi-se embora batendo com a porta devagar para que não precebecemos que ela tinha estado ali.

Quando ela, saiu os lábios de Draco afastaram-se dos meus, mas não tinha saido do meio das minhas pernas, ele continuava ali a olhar-me nos olhos. Ficamos em silencio durante uns minutos, não sabia o porque mas não queria que ele se afasta-se, e aquele beijo, óh aquele beijo .... Eu queria mais daquilo, mas não podia dizer, não podia ser a primeira a dizer que sim, não podia e não queria. 

- O que se passa Snape? - Perguntou-me finalmente quando ao quebrar aquele silencio constrangedor e ao afastar-se de mim. - Não me digas que o beijo mexeu contigo. 

- Isso querias tu menino do pápá. - ri-me. - ainda tens muito que aprender a meu respeito. 

- Não me queres ensinar? - perguntou-me com olhar sedutor enquanto se sentava em cima da mesa de onde tinha saltado por causa de Pansy. 

- Nem por isso, tenho a minha agenda muito cheia. - sorri e depois desci da mesa. - Temos de ir para a aula. 

- Pois temos. - desceu também da mesa onde estava e ficou frente a frente comigo, estivemos separados por meros milimetros, até que eu me dirigi para a porta. 

- Pronta para a Pansy e as suas coisas? - perguntou enquanto se dirigia até mim. 

- Já sabes que sim. - sorri e abri a porta quando ele estava ao meu lado e fomos para a aula de transfiguração.