Cheguei ao salão principal com a Pansy, mas pouco durou a companhia dela. À medida que nos íamos dirigindo para a mesa dos Slytherin ela ficava cada vez mais entusiasmada porque tinha um lugar vago ao lado do Draco. Assim que chegamos à beira deles, ela sentou-se logo nem deu tempo ao Blaise para dizer que o lugar era dele.

- Olá desaparecida. – Disse-me o Blaise ao dar-me um beijo na testa, como ele era ligeiramente mais alto do que eu, ele fazia praticamente sempre aquilo o que me irritava profundamente porque eu não gosto de me sentir pequena.

- Desaparecida? Eu? Tu ontem é que não esperas-te por mim na sala comum. – Disse-lhe ao mesmo tempo que tirava uma torrada do prato do Draco. Eu sei que não gostava dele, mas estava cheia de fome e era o que estava mais à mão. É claro que a Pansy olhou para mim de imediato, agora sim é que vai pensar coisas.

- Obrigada também se usa, sabes?! – Disse o Draco ao virar-se para trás para olhar para mim. – E ele ontem à noite não esperou por ti porque eu disse-lhe para não esperar porque podia demorar o que o teu pai tinha para nos dizer.                

- E eu por acaso perguntei-te alguma coisa? Eu perguntei ao Blaise e … - fui interrompida pela Pansy.

- O que é que o professor Snape queria? – Perguntou numa tentativa de o Draco lhe responder, mas é claro que foi sem sucesso, ele dava-lhe para trás quanto podia. – O que é que ele queria? – Como ninguém lhe respondia tentou outra vez.

- Nada. – respondi-lhe, sabia que não ia obter resposta do Draco e como ela já sabia do que se travata nem valeu a pena.

-Por falar nisso temos de falar Snape. - Disse-me o Draco. Olha que bom isso só serviu para por a Pansy ainda mais desconfiada, aquele loiro sabia mesmo como por as pessoas contra mim.

- Quando? – perguntei-lhe, tentando ignorar o olhar matador de Pansy.

- Eu depois digo-te, é melhor.

- Ok, mas vela se é depressa que eu não quero ter nada haver contigo.

- É o que tu mais queres. – Respondeu-me o Draco em tom de gozo e ele sabia como estava a por a Pansy ainda mais irritada.

- Isso querias tu loiro. – Ao acabar de dizer isto o Crabbe que estava ao lado dele levanta-se eu sento-me. Ok, eu sei o que vocês estão a pensar, assim só irritas mais a Pansy, mas é mesmo por isso que eu me sentei. Eu sei que é confuso mas eu já vos vou explicar, é assim, lembram-se de eu ter dito que somos as melhores amigas? Isso é mentira, ela andou a falar de mim e a dizer que eu andava com todos só para fazer ciúmes ao Draco, como é que eu sei disto? Bem, foi o Blaise que me contou porque lhe foram perguntar se era verdade, e vingativa como eu sou ela vai ver o que é bom, eu não gosto de pessoas falsas e ela já farta de o saber, ela só vai colher aquilo que semeou.

- E sentas-te à minha beira como se nada fosse, queres mais torradas? – Perguntou o Draco ao olhar para mim e afastar o prato dele com as torradas de mim.

-Não, não quero. És mesmo agarrado.

-Sou agarrado? Tu é que és! – Quando o Draco acabou de dizer isto, só vi a Pansy a por a mão por cima do ombro dele, como de género a dizer: ele é meu!

-Eu? Porque dizes isso loiro? Eu sou um amor de pessoa.

- Tira o braço Pansy, não sou nenhum encosto. – Chegou-se para a minha beira de modo afastar o braço de Pansy. – E digo que és agarrada porque da outra vez não me emprestas-te a tua vassoura!

-Olha que lata! Tu também não me emprestas-te a tua varinha! - Neste momento senti o olhar de Pansy quase a matar-me, aquilo era tão divertido. Bem a diversão durou pouco tempo já que tive de ir para poções com o resto dos Slytherin e dos Gryffindor, aquela aula prometia, alias como todas, quando o meu pai tem de tirar pontos a Gryffindor é o mais divertido de se ver.