Tinha acabado de passar pela plataforma 9/3 quando soou o apito do Expresso de Hogwarts a dizer que ia partir. Olha que bom parecia que ia ficar em terra se não me despacha-se o que ia ser um bocado difícil já que estavam todos os pais chorosos a olhar para os filhos que estavam no Expresso. Aih como eu odiava aquilo, eles não iam morrer nem nada assim parecido, mas enfim …

Mas lá consegui entrar no Expresso a tempo, percorri os vagões até chegar aos últimos, onde estavam os da minha casa, Slytherin.

Mal entrei no vagão vi o pomposo do Draco Malfoy com o meu melhor amigo, Blaise.

- Hey, Alexndra !!! – Chamou-me o Blaise – Anda para aqui… - Bonito serviço, por alma de quem é que ele me chamou para a beira deles? Ele sabe que não suporto aquele loiro.

- Não me apetece muito, eu fico por aqui. – Respondi com um sorriso forçado.

- É o melhor que fazes. – Disse-me o Draco a pegar comigo, para variar.

-Olha arroz?!

-Não, estou bem assim, mas obrigado.

- És tão parvo quando queres.

- Mas tu gostas ou não? – Pisca-me o olho.

- Não.

-Parem com isso e vem-te sentar aqui que eu tenho de falar com vocês os dois. – Disse o Blaise já quase a começar a passar-se connosco, é que 6 anos a levar comigo e com o Draco não deve de ser nada fácil, tendo em conta que eu e o Draco já nos conhecemos desde que nascemos.

- Ok, ok… Mas ele que não me chateie! – Apontei para o Draco.

- Se não o que? – Perguntou-me o Draco com ar de mau.

- Logo vês e não me faças esse ar de mau que eu não tenho medo!

- CALEM-SE !!!!!  - Gritou o Blaise. - Ainda nem a meio caminho vamos e já estou farto de vos ouvir. 

- Concordo com ele. – Disse uma voz do fundo do vagão, mas foi facilmente identificada.

- CALA-TE GOYLE !!! – Gritei juntamente com o Draco, olhamos de imediato um para o outro, porque acreditem ou não esta foi a primeira vez que eu e ele concordamos em alguma coisa, mas logo de seguida desviamos o olhar e eu fui-me sentar á beira deles.

- O que se passa Blaise? Aconteceu alguma coisa? – Perguntei ao meu melhor amigo com um certo tom de preocupação na voz.

- Não é nada, esta tudo bem, não te preocupes. Só vos queria fazer um convite. – Dito isto olho para mim e sorriu.

- Eu não vou a lado nenhum com ele. – Olho para o Draco.

- Então porque? Até parece que mordo.

- Deixem-me falar tudo de uma vez. Sim? – Ele fez uma pequena pausa para ver se e o Draco íamos falar, melhor discutir, mas ficamos caladinhos. – Bem, vocês já devem de saber que nestas férias de Natal vai haver a Taça Mundial de Quidditch, certo?

Eu e o Draco assentimos.

- Eu queria saber se vocês os dois queriam ir comigo, é que surgiu um imprevisto e a minha família não pode ir, por isso eu fiquei com os bilhetes deles e é um desperdício não os aproveitar.

- Eu vou. – Disse com um sorriso de orelha a orelha. – E tu, vais? – Perguntei ao Draco com esperança que ele disse-se que não.

- Vou. – Respondeu o Draco. – MAS …

- Mas o que?! Já vais para meter nojo e ainda vais impor regras?

- Arroz? Já estou farto de te aturar.

- Já somos dois e não uses as minhas frases, eu sei que não tens inteligência nem criatividade para fazeres as tuas, mas sempre podes usar as do resto do pessoal.

- Primeiro arroz não é uma frase mas sim uma palavra, segundo eu digo o que quero e bem me apetece e ninguém tem nada haver com o assunto e terceiro eu tenho MUITA inteligência e criatividade, já outras pessoas…

- Deve de ser isso deve… - Pego no profeta diário eu estava em cima da mesa e começo a ver as novidades.

O tempo foi passado e eu e o Draco estivemos a discutir a viagem toda, tanto que quando chegamos a Hogwarts o Blaise mandou-nos para lados opostos, coitado, já não nos podia ouvir.