Minha Namorada Por 1 Mês escrita por Kyllol


Capítulo 1
Sempre o mesmo...


Notas iniciais do capítulo

Hey :3
Bem, sinceramente, espero que gostem da fic, porque a escrevi com muito amor e etc (melação -q)
Enjoy guys ;)



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Mais um dia comum e entediante na escola, que divertido! Como sempre, estava sentada com minhas amigas na escada de acesso ao segundo andar, rindo e falando sobre coisas desconexas. Todo o ano, sempre a mesma coisa.

– Bell! - o garoto de cabelos longos e lisos chegou até mim.

Georg Listing, engraçado, bonito, cabelos invejáveis, sorriso seduzente, olhos verde-acinzentados (a coisa mais linda do mundo), e meu melhor amigo. Eu até casaria com ele por essa descrição, mas não, ele é meu melhor amigo, quase irmão, então...

– Coisa feia da Bell - abracei Georg e ele fez uma careta sobre o apelido que tinha dado à ele - E aí? Novidades?

– Nada, só preparando tudo pra formatura. Você tem sorte de ainda estar no primeiro ano, é tudo tão mais fácil.

– Fácil nada, viu as equações que eu tenho que fazer? Vou matar aquela gorda bigoduda- fiz bico e Georg gargalhou.

– Relaxe, depois te ajudo... Já soube da festa dos Kaulitz?

– Claro, todos ficam falando sobre isso repetidamente, até enche meu saco, mas beleza.

– Você tem saco? - perguntou com um tom de riso na voz.

– Quieto, é segredo - nós dois gargalhamos - Bill tentou me convidar, até convidou as meninas, mas eu recusei, não gosto de festas.

– Festas, ou festas com um certo Kaulitz mais velho?

– Tanto faz, é a mesma coisa. Prefiro ficar em casa comendo brigadeiro e vendo Jogos Mortais.

– Amigas bizarras, a gente vê por aqui - Georg riu novamente e fez uma careta quando bati em seu braço - Vou indo, boa sorte, Tom disse que vinha te convidar pessoalmente.

– Foda-se ele.

Georg saiu de perto de mim, e voltei a sentar com minhas amigas, falando sobre coisas tolas como rodas de skate e tênis estilosos.

Eu me misturava com todo o tipo de gente da escola, e minhas melhores amigas eram uma mistura de todos os grupos ali. Annie, a nerd engraçadinha, um pouco quieta, mas que se der corda, entra na brincadeira de boa. Sue, uma das populares, não só por ser como uma Barbie, mas por ser do Grêmio Estudantil, onde ajudava em tudo. Ela era legal demais com todos, e muito gentil. Liz, companheira de Sue, nunca desgruda dela. É super fofa, mas é um pouco estressada, afinal, trabalha e estuda ao mesmo tempo. Queria ter a energia dela. Valerie, a esquentadinha, todos tinham medo dela, e felizmente, consegui fazer amizade com ela, por descobrir que, por dentro, ela é uma garota frágil e divertida. E eu, Isabelle, a maluquinha e palhaça da turma, sempre fazendo piada e caindo por aí.

Nós éramos muito unidas, apesar de algumas brigas, como verdadeiras amigas tem às vezes. Mas tudo era por sermos diferentes, o oposto uma da outra. Talvez o que dizem "os opostos se atraem" seja verdade.

– Bell, conseguiu ganhar a briga com seu querido cubo mágico? - perguntou-me Annie

– Claro que não, aquilo é coisa do capeta, não resolvo de jeito nenhum. Nunca mais peço pra minha mãe comprar algo que necessite de raciocínio, não é pra mim. - nós rimos.

– Vocês não sabem quem me convidou pra festa?! - Sue chegou toda saltitante e com um sorriso que podia ser visto da lua. Não, nem tanto.

– Deixa eu adivinhar, Foi um ser irritante de dreads que parece um pinguim andando e me irrita profundamente? - perguntei, já sabendo que a resposta era "Siiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiim, ai ai" com suspiros e mais suspiros apaixonados.

– Siiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiim, ai ai- eu sabia - Tom é tão liiiindo.

Sue tinha uma queda por Tom desde o ginásio, era até irritante o jeito que ela babava por ele. Será que ela não percebia o quanto ele era irritante e hipócrita? Ah, claro, não é ela que é vizinha dele, que pena.

– Acho que vou vomitar hein - reclamou Valerie.

– Isso aí, nós duas vamos vomitar - eu e Valerie simulamos um vômito e Sue nos fuzilou com os olhos.

– Pare Bell! Diz isso porque não o conhece e não vê o quanto ele é - ela adocicou a voz - lindo.

– Vou no banheiro, com licença - me levantei zombando de Sue, e Valerie entrou na brincadeira.

– "Ele é tão lindo!" - disse Valerie fazendo uma voz enjoativa, tentando imitar Sue

– "O ego dele é tão inchado, fica tão sexy. Ai ai." - continuei a brincadeira.

– Bell... - Sue chamou olhando para uma direção atrás de mim.

– "Ele é tão lindo quando pega outras meninas e fica se achando." - continuei ignorando Sue.

– Bell, ele tá vindo pra cá. - parou Valerie, olhando pra mesma direção que Sue.

Quando todas elas olharam para algo que parecia estar atrás de mim, arregalando os olhos, e, Sue, suspirando e babando. Eu só podia estar num pesadelo. Me virei e deparei com o ser irritante me olhando com um olhar sarcastico. Retrubuí seu olhar sarcástico com um sorriso irônico.

– Ora, ora, Bell. Que coincidência te ver por aqui.

– Pra você é Isabelle. E eu sempre estou aqui e você sabe disso, Kaulitz.

– Pra você é Tom, gatinha - Tom mexeu seu piercing no lábio inferior maliciosamente. Aquilo me irritava profundamente.

– Gatinha é o protozoário na sua bunda. - arranquei risos de alguns garotos que estavam junto à Tom, mas eles logo pararam quando Tom olhou para eles - Fale logo o que você quer, tenho mais o que fazer.

– Como você sabe, vai ter uma festinha lá em casa, e Bill queria que você fosse, então, como não posso negar um pedido do meu querido irmãozinho, vim te convidar, princesa.

– Primeiro: pare de me chamar de princesa, gatinha, ou qualquer coisa assim, conquistador barato. Segundo: seu irmão já me convidou, e como eu gosto muito dele, disse que não vou, mas muito educadamente. Terceiro: um convite vindo de você? Nunca que eu aceitaria.

– Nunca diga nunca, meu amor. Bom, o convite está aqui. - Tom entregou o convite para Sue, que parecia que ia molhá-lo de tanta baba por aquele ser - Te vejo na janela. - ele piscou e apertou minha bochecha. Logo dei um tapa em seu braço, que doeu não só para ele, mas para mim também, porque minha mão começou a doer e formigar.

– Que janela? - perguntou Sue.

– Lembra quando eu falei que os Kaulitz se mudaram pra casa ao lado da minha? - ela assentiu com a cabeça, e eu prossegui - Pois é, a sacada do quarto dele é bem em frente a minha. Por isso que eu coloquei cortinas no meu quarto.

– Mas que sorte, Bell. Quer mudar de casa comigo?

– Eu adoraria Sue. - ri sem humor algum.

O sinal tocou e seguimos para nossas salas. O tédio e sono se instalou na aula de física, me fazendo dormir a aula inteira, sendo acordada algumas vezes por Annie para prestar atenção em algo que cairia na prova da semana que vem. Provas finais, meu pior pesadelo.

O pior não eram as provas finais, e sim as duas aulas de Física seguidas que eu estava tendo antes de ir embora. Annie ficava me cutucando para não dormir, mas era impossível não o fazer, tanto por a aula ser chata, como por eu já estar muito cansada.

– Senhoria Willians - gritou meu professor de química- preste atenção na aula!

– Estou prestando - respondi sonolenta.

– O que eu disse então?

Repeti tudo o que ele disse, palavra por palavra, deixando-o pasmo e envergonhado, e fazendo meus colegas de classe rirem. Ele apenas assentiu e continuou com sua aula entediante.

Quando a aula finalmente acabou, eu estava morta de sono, e me arrastando pelos corredores até meu armário. Annie ia me falando sobre as lições de casa, e tudo que estava anotado em sua agenda. Não conhecia ninguém mais organizada do que ela, eu mal arrumava minha cama, e ela conseguia deixar tudo sempre tão organizado. Abri meu armário, e Annie fez uma careta de desaprovação sobre a minha bagunça.

– Parece um menino de tão desorganizada. Ah, não, nem um menino é mais desorganizada do que Isabelle Willians.

– Muito cômico da sua parte, Annie querida.

– Bom, vou indo. Georg está vindo aí, então não precisa reclamar sobre ficar sozinha. Beijo.

– Beleza, até mais.

– Bell, você vai jogar não é? - perguntou-me Georg antes de me cumprimentar com um beijo no rosto.

– Claro, tenho que esfregar na cara daquelas Barbies quem é que manda nisso aqui.

– Essa é minha garota - ele bagunçou meu cabelo - ou melhor, garoto - Georg riu e eu bati em seu braço, rindo também.

– Vá pro vestiário, estarei na arquibancada com todo mundo... E... Tom também.

– O QUE? - perguntei incrédula. Aquela ameba estaria no meu jogo?

– A "ficante" atual dele vai jogar, e ela é do time adversário.

– Uma Barbie... Ótimo, adoro quebrar unhas de patricinhas.

– Dizem que elas jogam muito mal, por serem todas delicadinhas - ele imitou uma garota andando com o nariz empinado, me fazendo gargalhar.

– Vamos ver quem comanda esse jogo.

Entrei no vestiário e vesti o uniforme pro jogo, uma camiseta azul, um shorts branco e minhas inseparáveis chuteiras pretas. Pronto, estava pronta pra ganhar.

Nosso treinador passou todas as instruções e esquemas para o jogo,e por fim, adentramos o pequeno campo de nossa escola, recebendo gritos da platéia da arquibancada.

Depois de alguns minutos o jogo começou, foi fácil demais passar por aquelas garotas que não davam a cara pra bater no jogo, e em menos de 10 minutos fizemos o primeiro gol.

– Yeah! - comemorei pulando no colo de Valerie - isso, minha garota! Muito bem!

Nossa comemoração foi cheia de provocação, rebolamos sincronizadamente e mostramos o dedo do meio disfarçadamente pra a suposta ficante de Tom, a capitã do time.

O jogo se seguiu cheio de gols, algumas expulsões do nosso time por as pequenas Barbies reclamarem de violência contra elas, e o juíz podre aceitar. Quando, nos minutos finais do jogo, derrubei a capitã do time, mas seria uma falta leve, apenas cartão amarelo. Mas o juíz levantou o cartão vermelho, me deixando irada.

– Qual é, velho? Nem encostei nessa garota pra me dar cartão vermelho!

– Essa garota joga que nem uma brutamontes. - disse a loira engomada e chatinha.

– Você cale a boca, Barbie barata.

– Vem calar, moleque.

Não me segurei e logo dei um soco na fuça maquiada daquela garota, fazendo-a cair no chão e rolar de dor. Pura frescura. O treinador me segurou para que eu não partisse pra cima dela, e me tirou de campo. Georg me esperava na porta do vestiário com um olhar reprovador.

– Bell, por que fez aquilo?

– Qual é Ge? Vai defender ela também? Me poupe. - disse irritada entrando no vestiário e o puxando.

– Me poupe você. Poderia ter se segurado.

– Mas não o fiz - tirei minha blusa e a troquei. Não me preocupava com Georg ali, já éramos íntimos o bastante para isso. - E não estou nem aí também, tomara que o nariz dela esteja deformado.

– Isso tudo aí é ciúmes do Tom, é?

– Mas o que? Georg... Tá maluco? Fumou uma? Estou pouco me fodendo pro Kaulitz, tomara que ele pegue AIDS com essas garotas aí.

– Sabe o que dizem, "os opostos se atraem".

– Fique quieto, já falou muita merda por hoje.

Coloquei uma blusa xadrez de abotoar, uma calça jeans larga, um boné branco com detalhes em preto, colocando meu cabelo dentro dele e deixando apenas minha franja para fora, e um tênis preto com detalhes em branco. Georg me ajudou a organizar tudo rapidamente e saímos do vestiário, encontrando Tom apoiado no batente da porta de saída.

– Você machucou minha garota, sabia? - disse brincando com um de seus dreads.

– É mesmo? Nossa, que legal, estou muito feliz por saber disso.

– Qual é a tua, Willians?

– Se liga, sua querida Barbie jogava futebol feito uma molenga, só dei um sacode nela - sorri ironicamente.

– Sempre me surpreendendo. Muito bem Belly, continue assim.

– Vá se foder, Kaulitz.

– Vamos Bell - Georg me puxou para o lado esquerdo - Licença Tom.

– Toda Georg. Te vejo daqui a pouco, gatinha. - Tom saiu de perto de nós, e o vi conversando com Bill ao longe.

– Mas que saco!

– Isso vai virar amor, estou dizendo.

– Quieto Listing.

– Ok, Bell.

Georg me levou para casa, e, como sempre, subi diretamente para meu quarto, conferindo se a cortina estava devidamente fechada, e deitei em minha cama. As lições de casa, expulsão do jogo e as frases de Georg ecoavam na minha mente.

"- Isso tudo aí é ciúmes do Tom, é?"

"- Isso vai virar amor, estou dizendo."

"- Sabe o que dizem, "os opostos se atraem".


Os opostos se atraem...

Balancei a cabeça, me livrando de qualquer pensamento, e fui esquentar minha querida lasanha no microondas, e pegar um pouco de Coca-Cola. Meu irmão mais novo estava comendo algumas bolachas enquanto me olhava.

– Bell.

– Fale Paul.

– Mamãe disse que ia sair e que era pra você ficar aqui, e me dar meu remédio na hora certa.

Nem minha mãe irresponsável saindo, e deixando meu irmão doente comigo, me fez ficar brava. Eu adorava meu irmão mais novo, ele era uma fofura. Paul tinha 6 anos de idade, mas já era uma criança muito esperta, conseguia entender praticamente tudo o que acontecia em volta dele.

– Você está brava?

– Não, apenas chateada. Me expulsaram do jogo por causa de uma menina aí.

– Tá brava comigo? Por que você tem que ficar aqui pra cuidar de mim?

– Claro que não. - agachei até ficar da altura dele e sorri, olhando fundo em seus inocentes olhos - Eu adoro cuidar de você.

Vi alguns desenhos com meu irmão, dei o remédio para ele no horário certo e o coloquei pra dormir. Fui para meu quarto e troquei de roupa, colocando uma blusa preta de uma banda qualquer e uma calça de moleton preta, bem surrada, e prendi meu cabelo num rabo de cavalo desarrumado.

Quando ouvi barulhos de uma música do lado de fora, estava alta o bastante para que eu a ouvisse. Parecia ser um rap, e eu sabia muito bem quem estava o ouvindo.

– Kaulitz. - cerrei os punhos e abri a porta da sacada do meu quarto, indo para o lado de fora.

Ele estava lá, na sacada do quarto dele, apenas com uma calça larga e fumando um cigarro. "Mas já fuma, tão novo assim?" pensei. Tom parecia estar submerso em pensamentos, e olhava para o nada.

– Kaulitz! - chamei - Abaixe essa música, meu irmão está dormindo.

Tom me olhou, mas tinha algo diferente em seu olhar, parecia que aquela expressão de sarcásmo e egocentrismo haviam desaparecido, parecia que ali tinha apenas um garoto normal. Apenas pareceu, logo a máscara cheia de sarcasmo voltou ao seu rosto e o sorriso irônico se abriu.

– Venha até aqui abaixar, te desafio a fazer isso.

– Não duvide de mim, seu inútil.

– Vou abaixar apenas porque gosto do seu irmão - Tom adentrou seu quarto e o som do rap alto desapareceu. Ele voltou para a sacada. - Não resistiu em vir me ver sem camisa, Willians?

– Na verdade, isso só me dá mais vontade de vomitar - respondi seca.

– Mentirosa - o sorriso em seu rosto já começava a me irritar.

Me virei para entrar em meu quarto e o ouvi gritar algo como "te vejo amanhã", mas não respondi. Me deitei na cama e dormi em pouco tempo, estava muito cansada e o dia seguinte seria cheio.


"Tudo que eu quero é bagunçar

E eu não me importo

Se você me ama, se você me odeia" (What The Hell - Avril Lavigne)


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Notas finais do capítulo

E aí?
Deixem reviews, me xingando se for o caso, mas deixem ok? :3