Ame Simplesmente, Mas Ame Diferente escrita por Anna Morgan, AmyKaulitz


Capítulo 1
Passado


Notas iniciais do capítulo



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Annelise Morgan voltava para sua cidade natal. Era uma mulher em plenos 26 anos, bem sucedida e sim, ela era feliz. Afinal, por que não seria? Tinha seu emprego dos sonhos como médica, um belo apartamento no Rio de Janeiro  e...Não conseguia esquecer Ele. Ela sempre o amou, mas...

- Eu te amo! Te amo desde a quarta série!...

- Não me interessa o tempo que você me ama só me interesso pelo por que. Afinal, por que você me ama? Pela minha beleza? Minha inteligência? Ora, vamos! Diga de uma vez!

- ...

- Eu acertei não foi? E vou te contar um segredinho... Eu não te amo. Não sinto nada por você.

- Por quê?

- Porque eu deveria sentir? Você é igual a centenas de outras garotas no mundo, você é descartável, não tem nada que me atrai, nada que me interesse, você é absolutamente um nada,uma ninguém.

Parecia que esse incidente tinha acontecido ontem. Fora o pior dia de sua vida, depois que ele despejou essas palavras terríveis, ela saiu chorando da escola... A escola que ela nunca mais porá os pés. Mas era tempo de retorno, ela veria seus antigos colegas, e principalmente veria ele.

O céu estava nublado quando Annelise atravessou os portões da imponente escola. Nostalgia. Tudo continuava igual. Tudo. Annelise olhou para os estudantes ao seu redor não conhecia nenhum deles, começou a andar por aqueles corredores que há muitos anos atrás foram testemunhas de seu pesadelo, até que parou em frente ao bebedouro no fim do grande pátio. Lá estava ele. Mais velho, mais bonito, mais charmoso do que nunca. Por um momento o coração de Annelise falhou, mas recomeçou a bater ao ouvir aquela voz.

- Annelise? Mas que surpresa! Nunca esperava vê-la por aqui de novo!

-Olá Brian. – disse Anne enquanto via o corpo de Brian vir em sua direção e inesperadamente abraçá-la. Tum-Tum-Tum, seu coração batia descompassado e embora Anne quisesse que ele diminuísse o ritmo, ele não o fazia.

- Hum, vejo que você cresceu, é médica não é mesmo?

- Neurologista.

- Ha, agora você me surpreendeu, mas o que te traz aqui? Não acredito que tenha viajado uns 5 mil quilômetros só pra me ver. –Era nessas horas que Anne se perguntava se Brian podia ler mentes.

- Claro que não! Na verdade vim porque senti saudades. Não consegui me despedir direito dos meus colegas e... – A frase de Anne morreu no ar, de repente ela se lembrou de tudo...Sentiu raiva de Brian, era culpa dele. Ele era o garoto insensível, ele destruiu tudo!

- Foi sua culpa! Por causa de seu egocentrismo! Só via a si mesmo, se preocupava somente consigo mesmo! Por sua causa nunca mais vi meus amigos! Nunca mais vi essa escola! Nunca mais vi minha cidade! Seu crápula, ordinário! – Anne começou a descontar toda sua raiva em Brian, enquanto ele a apertava contra seu peito, parecia terrivelmente calmo, como se não tivesse uma garota chorando e batendo em seu peito o mais forte que podia.

- Não Anne, você entendeu tudo errado – me deixe terminar – Anne eu sempre te amei. Desde que me entendo por gente, quando éramos vizinhos,lembra? Eu ficava na minha janela te observando. Eu não deixava nenhum garoto aproveitador chegar perto de você, eu ajudava todos os dias sua mãe com as compras, na esperança de ver você.

 - Mas então por que você...

- Porque era necessário. Eu te amava mais do quer qualquer coisa no mundo, mais do que a mim mesmo,por isso não podia deixar você daquele jeito. Você não entendeu não é mesmo? Diga-me, depois daquele dia, suas notas melhoraram? Você deixou as baladas, deixou de brincar o tempo todo, e começou a estudar, não foi? Você se tornou autoconfiante e fez um objetivo em sua mente, e melhor, o alcançou. Diga-me a verdade, isso teria acontecido se eu tivesse apenas aceitado seu amor?  Você era especial para mim, mas você não era nada para o resto do mundo, e talvez você diga que não se importa com o que o mundo pensa, mas ele também não se importaria nem um pouco com a Anne do passado. Sinto muito se a fiz chorar, não era minha intenção, só Deus sabe o quanto odeio te ver triste, mas era preciso, sabe a vida é uma professora cruel, porque ela passa a prova primeiro e depois da à lição, eu só... Não queria que você fosse reprovada.

- Você me amava?

- Não sua boba, eu te amo. E não tenho medo de dizer isso, mesmo que seu namorado venha atrás de mim com um revolver, eu vou dizer que eu te amo, mesmo que você me odeie e me repugne pelo resto da vida... Eu te amo.

 -Obrigada.

- Por ser mau com você?

- Não, obrigada por dizer a verdade para mim. – Anne aliviou seu coração, ela compreendia, ela avaliara cada atitude dele, e elas pareciam tão cheias de amor e preocupação. E pela primeira vez em nove anos, Anne chorou. Chorou de felicidade. Chorou de amor.

“Se o amor não serve para fazer de você uma pessoa melhor, ele é dispensável.”

“Só a maturidade pode entender a voz de um grande amor


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Notas finais do capítulo

Own, please se já chegou até aqui clica lá em baixo, vai...:)