Amor E Ódio - Parte 2 escrita por Cah03


Capítulo 2
Acordo


Notas iniciais do capítulo

Infância, Adolescência, Vida adulta... Essas etapas todos nós já passamos ou ainda estamos por passar. Pois é, agora é hora de Zoe olhar para Shirou e Atsuya e agradecer por tudo aquilo que eles lhe proporcionaram.
Sobre Luna e Shindou... Um amor bem estranho não acham?!
Mas amor é amor, independente de sexo ou o quê.
Que tal agora um acordo entre Nagumo e Hiroto?



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Começava a escurecer, eram aproximadamente cinco horas e trinta minutos da tarde. O pôr-do-sol já começava a se formar. Zoe e Kouji chegaram e quando eles viram, Shirou e Atsuya estavam dormindo no sofá.

- Olhe Kouji – diz Zoe. Aponta para o sofá.

- Devo acordá-los? – pergunta Kouji.

- Não, não. Deixe que eles durmam – suspira – Pensar que há alguns anos eles não sabiam nem andar...

- O tempo passa muito rápido querida – abraça Zoe.

- É eu bem sei... – o abraça.

Solta ela – Querida, eu vou tomar um banho, certo?

- Tudo bem meu amor – dá um beijo

Kouji corresponde o beijo, e depois sai.

                Zoe ainda olhando para seus filhos, vê que aproveitara bem as etapas que eles tinham passado. Infância, adolescência, e agora ela os veria na fase adulta. Mas para Zoe, Shirou e Atsuya seriam sempre seus bebês. Aliás, acho que pra toda mãe, sempre os filhos, são seus bebezinhos não importa a idade nem o tamanho.

Zoe se aproximou e deu um beijo na testa de cada um. Eles espernearam, mas continuaram a dormir. Zoe fez algumas coisas na casa. Não demorou muito para que Kouji saísse do banho.

Enquanto os meninos dormiam, Luna e Shindou estavam zelando por seu sono e sonhos, ou pesadelo, afinal, nunca se sabe o que vamos pensar, nem muito menos sonhar.

                Vamos agora, falar um pouco de Luna e Shindou.

Depois das brigas, eles se reconciliaram junto com Shirou e Atsuya. O que era muito bom. Eles nunca conseguiram se esquecer no final das contas, mesmo. Infelizmente eles tiveram que se separar por obra do destino. Pra eles, o maldito destino. Felizmente depois de três anos eles se reencontraram. Foi graças a eles que Shirou e Atsuya assumiram seus sentimentos, senão, o que está acontecendo hoje, literalmente não estaria. Mas e se Luna e Shindou não tivessem aparecido? Bem, não pensemos nisso, afinal, os meninos estão bem do jeito que estão. Mas toda essa felicidade acredite meus caros, logo vai acabar... Ou não.

                A ausência de Luna e Shindou não fazia muita diferença porque Shirou e Atsuya já se entendiam, então... Eles passavam semanas fora. Mas quando eles precisavam, eles apareciam.

                Luna se sentia mais viva ao lado de seu amado. Ela apesar das coisas que já tinha enfrentado por causa de Shindou, hoje ela podia dizer que havia perdoado ele.

                Shindou não sabia mais o que era viver sem alguém que ele realmente ama. Se ele passasse alguns anos sem Luna, com a mais absoluta certeza: ele piraria.

É, Luna e Shindou.

Loba e feiticeiro.

Amor estranho não acha? Pois eu digo, quando se trata de amor, não existem barreiras, e as que existem conseguem ser quebradas por uma força tão grande que só Deus sabe. Amor é simplesmente um sentimento maravilhoso. Sentimento que pode machucar e ao mesmo tempo te deixar imensamente feliz. Quem nunca teve um amor? Digo que quando uma pessoa diz muito que odeia a outra... Ah... Pode ter certeza que alguma coisa, aí tem... Surpresas bem interessantes vão aparecer por aqui, mas... Retomemos onde paramos, sim?

                Os meninos ainda dormiam, e seus pais... Bem, andando pela casa...

                Já enquanto a Nagumo, Hiroto e Suzuno...

- Dá pra prestar atenção, por favor? - resmunga Hiroto.

- Sinceramente... - olha com cara de sono. Boceja – Não... Desculpe – diz Nagumo.

- Hiroto, Suzuno. Hora de voltar pra casa – disse Karina, a mãe deles.

- Tá mãe, já vou – respondeu Suzuno.

Suzuno então se levanta.

- Já vai?- pergunta Hiroto.

- Você não ouviu as ordens da mamãe?

- Escutei, mas eu vou ficar aqui mais um pouco. Tentar ensinar matemática pra esse aqui – aponta pra Nagumo.

- Eu tenho nome, sabia disso? – implica Nagumo.

- Tá bom maninho só não vai demorar muito, tá? – diz Suzuno.

- Tá a avisa por mim, tá?

Suzuno apenas fez um sinal com a cabeça e depois disso começou a se encaminhar para casa. Eles eram vizinhos, portanto não moravam longe um do outro. Hiroto acompanhou com a cabeça o trajeto de seu irmão e por um momento ele virou-se.

Era engraçado, pois Hiroto não costumava ajudar outras pessoas, quem dirá Nagumo.

Depois que Suzuno saiu de lá, e Hiroto não conseguiu mais vê-lo...

“vira-se e olha para Nagumo – Tá legal... - pega no pescoço dele e aperta – Ou você aprende matemática, ou você...”

- Hiroto?

Hiroto se perdeu em seus próprios pensamentos por um breve e infortúnio momento.

- O quê? - assusta-se

- Tá bem? - põe a mão na testa dele.

- Sim... Sim... Faz um favor?

- Diga...

- Tira a mão da minha testa!

- Desculpe... – tira a mão

- Bem, vamos tentar de novo... Tá?

- É, pode ser...

- O que você não entendeu aqui?

Olha pra ele com cara emburrada – Tudo serve como resposta?

- Servir, não serve, mas...

- Esquece Hiroto... – fecha os olhos e coloca as mãos sobre a cabeça – Não adianta, eu odeio matemática, não vou conseguir aprender.

- Nada é impossível.

Abre os olhos – É mesmo? Então me ensine... Aliás, tente – tira as mãos de trás da cabeça.

Suspira – olha, se você ficar assim desinteressado também não vai adiantar muita coisa.

- Aff... Eu não gosto e pronto – cruza os braços

- Posso saber o porquê?

- O que é que eu quero com números?! Poupe-me...

- Nagumo...

- Fala... – olha pra ele – O que foi?

- Tenta se interessar, pelo menos uma vez.

- Me dá um motivo

- Você só dorme nas aulas de matemática, e quando não dorme, bagunça...

Nagumo interrompe Hiroto – mas...

Hiroto o interrompe – Não terminei de falar ainda, espera...

- Tá bom – responde Nagumo

-... Se você continuar nesse ritmo Nagumo – começa a falar Hiroto -... Você vai acabar reprovando, sabia disso? – encara

Espantado – Re-reprovar?! Eu não posso Hiroto, não mesmo!

- Então Nagumo, presta mais atenção – levanta

- Vai pra onde? – encara

- Vou pra casa. Se você não quer aprender, vou estudar. Tenho mais coisas pra fazer... – começa a andar.

- Ei!? Vai embora mesmo? – levanta e fica parado

- Vou... – continua andando

- Ah, você não vai não... – vai por trás dele, pega na blusa, e o faz cair no chão

- Ficou louco?! – pergunta Hiroto

- Você vai me ensinar matemática, e eu não quero nem saber!

- Não sou obrigado a fazer isso... – levanta

- É sim! Ou você quer que eu bata em você?!

Hiroto dá uma risada – você nem mata mosquito, e tá querendo me bater?! Poupe-me!

“Ah, então é assim?” se aproxima de Hiroto e dá um murro em sua barriga.

Pronto, depois disso eles realmente começaram a brigar. Eles davam socos um no outro, mas era só na barriga. A briga deles só terminou quando Hiroto segurou os braços de Nagumo para trás.

- Ai meu braço! Me solta! Tá doendo...

- Quer continuar brigando feito um idiota?!

- Não, tá bom, já chega. Me solta!

Hiroto então soltou os braços de Nagumo, o que fez ele se sentir muito aliviado, pois a dor era muito grande.

- Vamos parar com a palhaçada, né? – diz Hiroto.

- Humpt! Tá doendo, sabia? – passa a mão nos braços.

- Você mereceu...

Nagumo apenas o encara – Vai ou não me ensinar matemática?

- Só vou te ensinar se você começar a se esforçar nas aulas e não fazer mais bagunça

- O quê?!

- É um acordo. Vai fazer, sim ou não?

- Ai droga! Tudo bem, mas então você vai me ajudar no resto das matérias quando eu precisar

- Sem problemas...

- Tá... Só que eu acho melhor se a gente fosse pra dentro de casa, porque tá ficando escuro.

- Hum... Certo. Só vou ali em casa avisar minha mãe e volto aqui, tá?

- Tá.


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Notas finais do capítulo

E aí gente, tá ficando legal?
;D