Crônicas da Semideusa - A Deusa Perdida escrita por Soh, BiaHoTomato


Capítulo 9
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

-Oi
~le leitores apontam armas e facas e flechas e machados e lanças
-Pessoas do meu coração não me matem ou eu não vou mais poder escrever
~le leitores abaixam as armas
-Ok, deixem eu me explicar... Em primeiro lugar, fiquei um tempão sem ter tempo para postar, principalmente agora que a biblioteca do colégio proibiu que entremos no nyah, o que é uma droga. Em segundo lugar, eu tive um bloqueio de criatividade, e vocês devem saber bem como é isso, então eu não ia escrever de qualquer jeito porque eu estou escrevendo de novo justamente para que os capítulos escritos quando eu estava sem criatividade sejam melhorados.
~lê leitores ainda não convencidos mandam eu calar a boca
-Em terceiro lugar, eu também comecei a escrever uma viva fanfic (eu boto o link nas notas finais)
~le leitores começam a ficar convencidos
-E em quarto, as férias acabaram por aqui e minha internet ainda tá uma merda, o que dificulta bastante pra eu postar.
~le leitores me perdoam
-Então é isso... Eu vou passar a postar mais rápido agora, já que pelo menos metade dos problemas acima já foram solucionados. Obrigada a quem leu tudo isso. Agora eu vou deixar vocês em paz. Boa leitu...
~le treinador Hedge Joga o bastão de baseball na minha cabeça



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POV Sara:

     Eu mal podia acreditar, eu finalmente estava de férias. Tudo bem, era só um mês, eram as férias do meio do ano, mas ainda assim, só de pensar na ideia de não ter aulas durante um mês, não ter que acordar cedo durante um mês, não ter que aturar professores durante um mês e não se preocupar com provas durante um mês, era realmente estimulante. Peguei a chave de casa no bolso da frente da minha mochila e abri a porta. Lar doce lar. Ou não. Eu não era exatamente bem vinda ali, mas ainda assim, aquela era a minha casa.
     Subi as escadas para o meu quarto e larguei a mochila em cima da cama. Peguei minha toalha em meio aos casacos e bolsas do cabideiro e fui tomar um banho. Esperei a água ficar fervendo, como eu gostava, e entrei debaixo do chuveiro. Fiquei refletindo sobre o que eu faria durante as férias. Normalmente o meu pai viajava para visitar a família, enquanto eu, felizmente, tinha a oportunidade de ficar em casa basicamente conversando com minhas amigas e usando o computador, mas algo me dizia que esse ano algo iria mudar.
     Depois do banho coloquei um short, daqueles que só se usa para ficar em casa, e peguei minha escova azul. Liguei a televisão e comecei a pentear o cabelo enquanto assistia "Os Simpsons". Comecei a escutar um barulho de conversa no andar de baixo e rapidamente desliguei a televisão para escutar melhor. Abri silenciosamente a porta do meu quarto e já ia começar a descer as escadas, quando me lembrei de uma coisa: Eu estava completamente desarmada. Não que eu tivesse armas em casa, mas eu precisava de algo como... A escova azul de plástico. Seria uma cena cômica ver uma garota descendo cautelosamente a escada com uma escova azul de plástico em mãos, mas as pessoas não sabem o quanto dói levar uma daquelas na cabeça, e eu falo por experiência própria, ficou um galo por dois dias.
    Eles estavam na cozinha. Me aproximei da porta a passos lentos.
     - É melhor que ela vá logo hoje, antes que eles cheguem. Quanto mais cedo melhor.- disse o homem. Eu não sabia a quem ele estava se referindo, muito menos quem eram "eles", mas não me parecia nada bom. Resolvi continuar escutando.
     - Ela está aqui?
     - Sim. Deve estar lá em cima. Vou chamá-la.- Foi aí que caiu a ficha. Eles estavam falando de mim.
     Seria pior se saíssem da cozinha e dessem de cara comigo, por isso entrei lá. Eu só não esperava a cena que iria encontrar.
     - Pai?- ele estava sentado em uma cadeira e na sua frente havia um garoto, muito gato, também sentado. Abaixei a escova.- O que você está fazendo aqui? E quem é esse?- Perguntei apontando para o garoto.
     - Ah, oi filha. Há quanto tempo você está aí?
     - Apenas alguns segundos. Mas você ainda não respondeu minha pergunta.
     - Desculpe. Esse é o Nico, eu tava falando com ele... Sobre a sua ida para um acampamento de férias.
     - Hã?
     - Você vai para um acampamento. Hoje de preferência.
     - Como assim? Você nem me disse nada! Nem me perguntou se eu queria!
     -Você não tem querer, vai e pronto. Pode ir arrumando suas coisas
     -Você não pode me obrigar assim. Eu não quero ir pra droga de acampamento nenhum!
     -Sara, vá arrumar suas coisas. Agora. Isso é uma ordem.
     -Não vou.
     -Eu sou o seu pai! Estou mandando você ir arrumar suas coisas agora e exijo respeito! - Ele berrou
     -Ah, claro - Disse sarcástica - Aliás, que ótimo pai é você né?
     Ele levantou a mão de forma ameaçadora.
     -Vai. Me bate, vamos lá superpai. Faça isso e eu lhe denuncio. Agora da pra entender porque a mamãe saiu de casa. Eu não iria querer me casar com alguém assim
     Por um momento ele me pareceu ter ficado triste, mas eu estava realmente com muita raiva dele, essa fora exatamente a minha intenção.
     Subi apressada as escadas e fui para meu quarto. Ao passar bati a porta com força para que ele pudesse ouvir claramente. Me joguei na cama, ainda estressada. Um acampamento. Ele sabe muito bem que eu prefiro ficar em casa. Além do mais ele praticamente me ignorou por todos esses anos e agora quer bancar o pai legal que leva a filhinha pra um acampamento de férias. Ele pensa que eu sou idiota ou é o quê?
     Ainda estava pensando nas intensões de meu pai quando ouvi uma batida de leve na porta.o que ele queria agora?
     -O que é? - Perguntei de má vontade.
     -Ah... Bem... Eu posso entrar? É o Nico. - Meu deus. Eu havia ficado tão nervosa que chega tinha esquecido do tal garoto. O que será que ele quer? Meu pai deve ter pedido pra ele falar comigo. Azar dele, por que não vai dar certo. Eu não mudei de idéia, não vou pra lugar nenhum. Mas se ele quer perder o tempo dele o problema não é meu.
     -Pode.
     Ele abriu a porta. Meus deus. Por que tem que existir homens tão gatos? Ok, eu sei que eu não deveria falar assim, melhor existirem gatos do que horrorosos. Ele se virou para fechar a porta. Geeeeeeeente, olha só aquela bunda. Ele parece um deus grego com aquele cabelo negro e os olhos escuros como o céu noturno. Não! Foco Sara. FOCO. Desse jeito quando ele abrir a boca pra falar você vai acabar babando.
     Mas... Espera aí. Por que mesmo ele estaria aqui? Esse garoto deve ter a minha idade. Não deveria ser o diretor ou algo do tipo a vir até aqui?
     Uma teoria começou a se formar na minha cabeça. E se meu pai tivesse contratado ele para vim falar comigo de propósito só pra eu não conseguir dizer não diante da beleza dele e acabasse indo para o tal acampamento pra deixar ele em paz de uma vez?
     -Antes de mais nada... Não foi o seu pai que me pediu pra vim aqui.

POV Nico:

     -Antes de mais nada... não foi o seu pai que me pediu pra vim aqui.
     Ela semisserrou os olhos, como se tivesse avaliando a possibilidade de detectar uma possível mentira.
     -Não?
     -Não, e também não foi ele que quis que você fosse pro acampamento
     -Mas... Como assim?
     -Bem. É uma longa história. - Ela fez sinal para que eu continuasse - Hã... Escuta, por que você não se senta?
     -Não, não precisa. Pode falar assim mesmo.
     -É que... Hum... As pessoas normalmente ficam um pouco confusas ou estressadas então... Hum... Eu acho melhor...
     -EU acho melhor ficar em pé. Explique logo isso.
     -Você conhece os deuses gregos?
     -Sim, mas o que isso tem?
     -Se eu lhe falasse que eles ainda existem e as vezes têm filhos com mortais  e esses filhos são semideuses?
     -Bom, em primeiro lugar, respondendo à sua pergunta, eu diria que esses coisas são mitos, e se você acredita nisso você é maluco. E, Hum... Em segundo lugar, eu ainda não sei que ligação isso tem com o meu pai, comigo, e com um acampamento de férias.
     -Acontece, - Eu já ia ficando estressado - que essas histórias são reais, e esse não é um acampamento comum... É um acampamento para o treinamento de jovens semideuses. Como eu e você.
     -Você acha mesmo que eu tenh... Espera aí. O que você quis dizer com Eu e você?
     -Queira você ou não, você é uma semideusa. Seu pai é mortal, e sua mãe é...
     -Eu não tenho mãe. Depois que eu nasci ela vinha pouquíssimas vezes aqui, quando eu fiz dois anos ela parou de nos visitar. Simplesmente nos deixou... Eu nunca tive realmente uma mãe.
     -Bom, na verdade você tem sim uma mãe. Ela é uma deusa, mas não poderia se casar com o seu pai, ou mesmo manter contato com você. Ela precisou voltar para o Olimpo. Com todos os semideuses é assim, o parente divino, no seu caso a sua mãe, têm de voltar, então eles simplesmente desaparecem sem explicação. Ou contam a verdade e inventam uma morte, ou uma fuga, ou um desaparecimento. - Ela agora me encarava com raiva. - Eu sinto muito, mas é essa a realidade.
     -E porque eu acreditaria nisso?
     Dessa vez fui eu a ficar com raiva. Eu ia ali, para levá-la ao acampamento meio-sangue, convencia o pai dela (o que não fora particularmente fácil), a deixar que ela fosse, e então finalmente, depois de aturar o estresse dela, depois de lhe contar sobre a realidade sobre o seu parentesco com os deuses, Sara lhe perguntava "porque deveria acreditar nele"!
     -Porque essa é a verdade! - gritei enfurecido- E se você não acredita em mim, sinceramente, tente ignorar tudo o que eu lhe disse e acabe se tornando jantar de monstros!
     Eu preferia não realizar a missão e deixar ela ali do que tentar convencê-la de qualquer coisa. Me virei para sair do quarto.
     -Espere. Eu... Eu acho que devo acreditar em você. Mesmo que seja loucura tudo o que você diz... Você não parece estar mentindo...
     Tornei a olhar para ela, que estava sentada na cama abraçando as duas pernas. Havia uma mistura entre confusão e tristeza no rosto de Sara, e não pude deixar de me lembrar de quando eu descobri que era um semideus. De repente me senti um pouco mais compreensivo em relação a ela.
     -Olha, desculpa, mas eu não sou exatamente paciente e...
     -E eu também não sou uma pessoa fácil de se lidar. - ela sorriu, e me dei conta do quanto era bonita - É seu pai ou sua mãe?
     -Hã? - Eu ainda estava admirando-a, por isso nem entendi a pergunta.
     -É seu pai ou sua mãe? O parente divino?
     -Bem... Meu pai.
     -Quem é? Qual dos deuses?
     Perfeito, toda a conversa civilizada que havía começado entre nos iria se extinguir assim que eu respondesse à pergunta dela. Era sempre assim. Ninguém queria ficar falando com o filho do deus dos mortos.
     -Hades. Deus dos mortos
     Ela sorriu.
     -Não vai sair correndo, ou ficar estressada, ou me mandar embora?
     -Porque eu faria isso? Eu gosto de Hades. É um bom deus, eu acho.
     -Você me ouviu direito? Ele é o deus dos mortos.
     -Ah, sim. Eu ouvi, e mesmo sem ter ouvido eu reconheceria. Eu sei sobre mitologia grega, é um dos poucos assuntos que eu gosto.
     -Bom, isso facilita as coisas. Eu acho. Menos explicação.
     -Você tem poderes? Tipo... Como os heróis das antigas histórias?
     Chamei Bianca em minha mente e ela apareceu imediatamente do meu lado.
     -Como você...?
     -Bom... Bianca, essa é Sara, ela acabou de descobrir que é uma semideusa, e Sara, essa é Bianca, minha irmã que... Hum... Morreu.
     -Nico! - disse Bianca em um tom acusador
     -O que foi?
     -Ela com certeza não esta acostumada com fantasmas em sua frente!
     -Ah, bom, eu não estou... Mas eu não me importo. - Disse Sara - Isso foi realmente legal.
     Bianca olhou curiosa para Sara
     -Não?
     -Bia, ela disse que Hades era legal.
     Bianca pensou, e por fim falou:
     -Nico, se não se importa, eu quero falar com ela a sós um momento.
     Na verdade eu me importava, eu queria ouvir o que elas iam conversar, mas ainda assim saí do quarto e desci as escadas. Na sala, sentado no sofá o sr. Harriet estava um ar preocupado.
     -E então? O que ela disse?
     -Bom, eu expliquei que ela era uma semideusa, agora ela está lá em cima...Hum...pensando sobre isso. - Por algum motivo eu achei que ele não tinha a mesma opinião de Sara com relação a Bianca, então preferi omitir essa informação.
     Me sentei no sofá e fiquei esperando.

     POV Bianca

     Nico saiu e fechou a porta. Esperei até ouvir os passos dele se distanciando para falar.
     -Bom... Ele lhe explicou tudo?-Perguntei à garota
     -É. Ele falou sobre os deuses, e disse que eu sou uma semideusa, embora isso ainda seja um pouco confuso para mim.
     -Você tem o pai ou a mãe mortal?
     -Hum... Eu moro com meu pai, porque?
     -Bom, porque isso reduz as possibilidades. Você tem quantos anos?
     -Vou fazer quinze daqui a dez dias.
     Droga, pensei. Ela vai fazer quinze anos e com certeza é filha de uma deusa menor. Oitenta por cento de chances de ser a semideusa da nova profecia, mas é claro, não disse isso à ela.
     -Ah...
     -Você está... Hum... Morta mesmo?
     -Estou. Nico tem esse poder, ele pode trazer os fantasmas do mundo inferior.
     -Nossa.
     -Você já sabe o que é o acampamento meio sangue?
     -É como um acampamento de verão, só que as atividades são um pouco diferentes sabe. Lá tem barreiras mágicas que só permitem a entrada de semideuses, por isso é o único lugar seguro para vocês... Fora o acampamento Júpiter...
     -Acampamento Júpiter?
     -É um outro acampamento, só que para semideuses romanos. Está pronta para fazer as malas?
     -Estou. Eu acho. Essa história toda é muito louca, mas algo me diz que é verdade.
     -Não precisa levar muitas roupas porque lá você vai usar basicamente a camisa do acampamento e jeans.
     Começamos a arrumar a mochila dela quando ouço alécto me chamando no mundo inferior - Lugar de onde eu não deveria ter saído se Nico não me chamasse - E rapidamente me despeço de Sara.

POV Nico

     O sr. Harriet havia me entregado uma bolsa para que eu entregasse a Sara quando fosse para o quarto. Era um objeto mágico que sua mãe havia deixado para ela. Bati na porta.
     -Quem é? - Ela pergunta do outro lado
     -Nico.
     Ela abriu a porta, já vestida em outra roupa.
     -Quando vamos?
     É, então Bianca realmente havia convencido ela de ir para o acampamento.
     -Se você estiver pronta, agora.
     -Então tá. Como é que a gente vai para lá?
     -Poderíamos pegar um avião, mas não acho que Zeus me queira no território dele (N/A: Não acha? Eu tenho certeza que não), ou poderíamos ir de ônibus, mas eu tenho uma opção mais rápida.
     -Qual?
     -Viagem de sombras.
     -Ahn... Ta bom.
     Fechei as cortinas. Assim ficava muito melhor para fazer isso (N/A: Eu sei que vocês pensaram muita merda com isso) (N/Nico: Cala a boca! Deixa eu narrar em paz). Peguei sua mochila, que me pareceu incrivelmente leve.
     -Segure-se em mim.

POV Sara

     Segurei no braço dele e ele começou a se desfazer nas sombras. Senti que estava no subterrâneo e começamos a ganhar velocidade. Em pouco tempo eu estava agarrada a Nico. Eu tinha que admitir, aquilo era assustador.

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Notas finais do capítulo

Ok, talvez agora vocês tenham me perdoado. A nova fanfic que eu tô escrevendo é de jogos vorazes, o link ta aqui >>> https://www.fanfiction.com.br/historia/237971/Jogos_Vorazes_-_Nova_Geracao



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