Sunset escrita por Little Flower


Capítulo 14
Juntos novamente...


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem...
Bjuss... Bua!Ta acabando...



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Cada um brigava com um vampiro. Todos já estavam distraídos, mas não encontrei Caleb. Eu sentia que ele ainda ia aprontar alguma coisa. Peguei a mão de Giulia e a levei para dentro da cabana sem que ninguém visse.

O lugar era horrível. Como aquele desgraçado ousa trazê-la a este lugar?Rosnei enraivecido, Caleb vai pagar caro de mais!Subimos as escadas e tinham muitas portas ali.

– Lizzie! – eu gritei. Escutei um barulho, como se batessem na porta.

– Henri! – ouvi o som mais lindo. Meu coração deu um pulo e acelerou-se. Giulia olhou-me tristemente, mas não disse nada.

– Lizzie?!Onde você está? – eu gritei novamente procurando como um louco em todos os cômodos daquela cabana nojenta.

– Aqui! – disse ela apenas. Só restara uma porta.

– Se afasta da porta! – eu gritei.

Eu andei um pouco para trás e corri para frente me chocando com a porta. Fez um alto barulho e caiu no chão, então eu a vi. Encolhida num canto, seus olhos achocolatados estavam vermelhos e inchados. A me ver correu ao meu encontro e a abri os braços para recebê-la. Ela começou a chorar. Eu beijei tudo o que encontrei ao meu alcance. Então encontrei seus lábios. Foi um beijo calmo, mas ardente e cheio de amor.

– Henrique!Você veio me... Salvar! – disse ela entre lágrimas.

– Sempre meu amor. – eu disse e beijei sua testa. Ela deitou a cabeça em meu peito e ficamos um tempinho assim, esquecendo da luta lá fora.

Ouvimos um pigarro.

– Desculpe atrapalhar, mas se não se lembra Henrique. Está acontecendo uma luta lá fora! – disse Giulia com os braços cruzados.

– E quem é você? – perguntou educadamente Lizzie.

– Sou Giulia, a ex-namorada do Henrique. Prazer. – disse Giulia sorrindo.

– O que? – perguntou Lizzie e se desprendeu de mim. Olhando-me com as mãos na cintura. - Por que nunca me disse de uma ex-namorada? – perguntou ela com a expressão indecifrável.

– Depois eu explico. – eu disse. Ela assentiu e voltou a me abraçar – agora temos que sair daqui!

– Mas, é o Caleb? – perguntou Lizzie com medo.

– Ele fez algo com você Lizzie? – perguntei entre dentes.

– Na uh. Ele só disse a mim que nunca mais veria você, por que ele me mataria depois que matasse vocês... – disse ela com os olhos marejados. – ou até antes. Para vingar o que seu pai fez ao mestre dele no passado!

Não estava entendendo muita coisa. O que meu pai fez a Zenon?Ou a Tairus? Isso não tinha o menor cabimento. Zenon me odiava desde criança, eu também nunca simpatizei com ele!Mais quando ele vinha conversar com meu pai a respeito dos negócios do reino, me mandava olhares estranhos...

– Henrique, vamos embora! – disse Giulia pegando em meu braço. Vi Lizzie semicerrar os olhos, então tirei gentilmente a mão dela de meu braço. Lizzie passou o braço em volta de mim e assim descemos as escadas. Olhei pela janela e ainda estavam lutando.

– Acho melhor sairmos pelos fundos. – eu disse a elas e caminhamos até a cozinha. Nossa, aquilo estava um nojo, pratos sujos, baratas em cimas dos pratos. Tive a impressão ter visto um rato.

– Credo, aqui fede! – disse Giulia.

– Henrique... – disse num sussurro Lizzie.

– Hum?

– Eu quero ir embora daqui! – disse ela, as palavras estavam um pouco soltas.

– Você dormiu? – perguntei preocupado.

– Na uh. Não consegui e ele também não trousse comida para mim. – disse ela com a voz fraca.

A peguei nos braços, como a um bebê. Ela estava piscando cada vez mais devagar. Parecia que a qualquer momento desmaiaria. Estava bastante pálida. Idiota do Caleb ainda ia ver!Eu queria muito ser quem o destruísse!Quando voltei a olhar Lizzie já não estava mais acordada.

– Lizzie! – eu disse um pouco alto. Ela nem se mexeu.

– Céus!Ela está bastante fraca, temos que sair daqui o mais rápido possível! – disse Giulia. Ela e eu apressamos o passo e encontramos a porta dos fundos. Estava pregada com tabuas, Giulia bateu nelas e rapidamente quebraram, fazendo um alto barulho.

Saímos dali e era bom respirar ar puro.

– Credo! – disse Giulia – que cheiro horrível é esse? – perguntou ela fazendo careta.

– Não sei, não sinto nada! – eu disse. Escutamos barulhos vindos da cabana e corremos para a floresta, Lizzie era muito leve. Para mim era. Escutei passos logo atrás de mim, e corri mais ainda.

Ele se aproximava, olhei para o lado. Onde estava Giulia?Olhei para todos os lados, céus!Não podia perdê-la novamente!Lizzie balbuciou algo e deduzi que estava voltando ao normal.

– Lizzie! – eu disse e balancei-a delicadamente. Lentamente ela abriu os olhos. – está melhor? – perguntei. Seu estômago roncou.

– Na uh. – disse ela bem baixinho.

– Calma, quando tudo isso ter... – eu ia dizendo, quando senti ela sendo tirada bruscamente de meus braços. Eu fiquei desnorteado e olhei para todos os lados. O vazio novamente formou-se em meu peito. E uma raiva me inundou.

– Henrique! – gritou ela, sua voz estava perto e aflita.

– Caleb!Se mostre seu covarde!E deixe-a em paz! – eu gritei enraivecido.

Ele ria divertido e num piscar de olhos estava a minha frente e segurava Lizzie, que se debatia em seus braços. Eu tentei me aproximar, mas ele deu dois passos para trás.

– Oh, achava que seria assim tão fácil Henri? – perguntou e deu seu sorriso de sempre. Irônico. Que dava mais raiva. – fique quietinha Lizzie! – disse ele a ela que tentava se livrar de seus braços. Cheirou seus cabelos e depositou um beijo.

– Não toque nela! – eu rosnei.

– Se não percebeu ela está em meus braços, então isso é impossível! – disse ele e sorriu.

– Não se faça de ingênuo!Diga-me o que quer e eu farei. – eu disse por fim. Tudo menos machucá-la!

– Assim que eu gosto. Venha! – disse ele e correu. O segui.

[...]

Paramos em frente a uma espécie de penhasco. Eu arregalei os olhos, temendo o propósito de nos levar ali.

– Henrique, sabe o que fazer para se livrar logo disso... – disse ele a mim. Não!Não posso, eu tenho um amor agora. Não posso deixá-la sozinha. Como se lesse meus pensamentos Lizzie olhou-me com os olhos marejados e negava com a cabeça.

– Não posso! – eu disse e parecia estar sufocando.

– Então... – deu de ombros e ergueu Lizzie na beirada do penhasco, ela soltou um grito agonizante. Doeu meu coração, olhei para o outro lado. Estava Giulia. Então algo me surpreendeu...

“Distraia ele, não deixe ele jogá-la” disse a voz de Giulia em meu pensamento.

“Como isso...?”

“Não pergunte nada! Ele vai querer fazer isso e vai querer a prova de que faria tudo por ela, você faria?”

“Mais é claro!”

“Então diga que irá morrer em seu lugar, então eu a tiro dele!” disse ela e eu levemente acenei com a cabeça. Para ele não suspeitar de nada.

– Sabia que esse é o medo dela? – perguntou Caleb.

– O que? – perguntei ainda em choque pelo que aconteceu minutos antes.

– Ela tem medo de altura. – disse ele e via divertido ela gritar e suplicar para que ele a puxasse de volta. Eu me contive para não ir buscá-la, mas se eu desse este deslize ele a jogaria.

– Caleb deixei-a!Eu... Eu faço o que pede! – eu disse. Olhei para Giulia de relance – mas deixei-a a salvo!

– Como quiser. – disse ele. Ele a puxou novamente e colocou no chão. – sem olhar para trás garotinha. – quando disse isso eu avancei em cima dele e Giulia pegou Lizzie pela mão. Afastando-a.

Eu desvencilhava de seus ataques, e eles dos meus. Eu lhe dei empurrei com meu pé e ele foi parar uns cinco metros longes, já estava de volta ao meu lado e me jogou contra a árvore.

– Não é páreo para mim Baudelaire! – disse ele chegando perto de mim novamente. Eu estava sangrando muito, mas não fraco. Ele avançou para cima de mim novamente e eu rodei para o lado me desvencilhando. – por que não desisti logo?!

– Por que há alguém que precisa de mim! – eu disse e olhei para Lizzie que estava uns sete metros longe de mim. – você jamais entenderia isso!Não ama ninguém, nem tem vida! Existe por que serve para seus mestres, mas já parou para pensar sem seus dons que seria um inútil?E eles matariam você! – quando eu terminei ele pulou em meu pescoço. E eu agarrei seu pescoço, apertando de mais. Mordi sua nuca, mas o desgraçado ainda me jogou contra as árvores, perto onde Lizzie assistia tudo, estava com a expressão assustada. E de seus olhos escorriam lágrimas.

Caleb me imprensou contra o chão. E senti que seria meu fim, mas Lizzie correu em nossa direção.

– Não faça isso!Por favor! – gritou aturdida. Ela correu até nós, mas Caleb a jogou longe. Vi quando os Cullen e os lobos chegaram à campina. Bella e a mãe de Lizzie arregalaram os olhos diante da cena. Caleb tinha a jogado com tanta força que ela foi para perto da beirada do penhasco... Seu corpo pareceu deslizar como se o chão fosse feito de gelo.

– Lizzie! – gritou sua mãe e eu ao mesmo tempo. Jasper e Edward lançaram Caleb para longe e foram terminar o que comecei... Eu nem pensava direito, só que Lizzie estava prestes a cair do penhasco. Ela chorava e gritava, pois tinha medo.

Corri até ela, vi aflito seus dedos um por um escorregar no lodo. Mas, quando eu ia pegar sua mão ela soltou.

– Lizzie! – gritei e minha voz saiu sufocada. A mãe dela correu na direção em que a filha caia chorando com Bella a seguindo, eu me joguei atrás de Lizzie. O mar estava agitado, as ondas estavam violentas e eram fatais a quem mergulhasse num temporal como este. Estava tão concentrado em matar Caleb e salvar Lizzie que não tinha percebido que a chuva caia forte.

Senti como facas atravessassem meu corpo, a água estava bastante gelada. Eu procurei por Lizzie, e nada estava ficando aflito e angustiado.

– Lizzie!Lizzie!Responda! – e eu a vi antes de uma onda a engolir. Nadei apressadamente e mergulhei, ela estava afundando... Fui até onde estava e a peguei pelo seu braço. Segurando-a firme quando eu prendi contra meu corpo. Nadava contra a correnteza que insistia em nos puxar para o fundo, de certa forma ela me salvou. Se não fosse ela distrair Caleb ele teria me matado...

Eu já enxergava a margem da praia, estava um pouco longe, mas eu nadava com mais rapidez. Logo já tínhamos chegado, eu não estava nenhum um pouco cansado. Pelo contrario, estava preocupado com a garota ao meu lado.

– Vamos Lizzie! – eu disse e pressionei seu peito com minhas mãos, tentando fazê-la cuspir a água que engoliu. Estava muito pálida. Eu pressionava mais seu peito, para bombardear seu coração...

– Deixe-me vê-la! – disse Carlisle atrás de mim. Dei espaço e ele foi examiná-la. – temos que tirá-la daqui, pode ter uma hipotermia. – concluiu ele. Pegou Lizzie nos braços e correu, eu o segui. Quando estávamos na metade do caminho da mansão Cullen os outros se juntaram a nós. Giulia franzia o nariz.

– Por que aqui está fedendo? – perguntou Giulia para ninguém em especial. Rosalie foi quem respondeu com desprezo.

– São os cachorros, são eles que exalam este odor repugnante. – disse ela com o nariz franzido igual a Giulia.

– Que cachorros? – perguntou Giulia inocentemente.

– Eles! – apontou para os lobos, se eu não estivesse tão preocupado com Lizzie teria rido bastante das caretas que as duas faziam, e os lobos ainda rosnavam para Rosalie. Já que Giulia não fazia nem falava nada sobre o cheiro deles. Eu não sentia nada.

Chegamos à mansão. A mãe de Lizzie sempre ao lado dela, Carlisle subiu com ela as pressas e mandou que todos esperassem no andar de baixo. Mandou-me subir junto para me examinar também, antes de subir eu vi que Edward e Jasper chegavam, nem pareciam que foram a uma luta, estavam ilesos ao contrario de mim.

– Sente ali, já vou vê-lo. – disse Carlisle indicando uma cama de hospital igual a que Lizzie estava deitada. Vários aparelhos de hospital estavam ali, parecia uma sala preparada para emergências. Como essa.

– Demore o tempo que quiser para melhorar o estado de Lizzie! – eu disse apenas. Olhou-me por um tempo e deu uma leve risada. – o que foi?

– É que, Lizzie não vai me perdoar por contar a você, mas merece saber. – disse Carlisle.

– O que é? – perguntei curioso.

– Ele nos contou o que sentia por você. Depois da briga de vocês, quando beijou aquela garotinha. Taylor não é?

– É sim, senhor antes que pense que eu sou um aproveitador, não é nada disso... Eu também sinto a mesma coisa por Lizzie, Taylor me agarrou e eu nem imaginava que Lizzie chegaria a ver. E minha intenção jamais foi magoá-la. – eu disse.

– Entendo jovem, eu sei disso. Jasper nos contou que o que vocês sentem um pelo outro é muito além, é intenso e puro. Ele manipula os sentimentos. E sabe o que você sente... – disse Carlisle. O eletrocardiograma avisava que o coração de Lizzie estava estável e ela ficaria bem.

– Ela está bem? – perguntei me aproximando.

– Está sim, a água que ela engoliu, saiu toda de seu corpo. – disse ele. – agora vamos ver como você está... – disse e me mandou deitar na cama de hospital. Limpando o sangue e as feridas que estavam quase cicatrizadas...

Henrique Baudelaire.


Abri os olhos lentamente. Minha garganta estava seca, olhei ao redor e só o que vi foi o eletrocardiograma que estava ligado a mim medindo meu coração. Percebi que estava na sala que Carlisle mantinha para emergências. As lembranças voltaram a mim numa rapidez que me desesperei, meu coração bateu num ritmo acelerado, Caleb... Ia... Matar... Henrique!Fui impedida de me levantar por estar com agulhas na costa de minha mão, eu chorei. Não gostava de agulhas, doía!Quando me mexi a agulha cutucou e eu soltei um grito de dor...

– Lizzie! – disse Henrique. – o que foi?Está sentindo dor? – perguntou já ao meu lado.

– Está vivo! – eu disse entre lágrimas e tentei me levantar, mas ele me impediu.

– Não, tem que descansar. Não faça esforço!

– Oh!Henrique pensava que nunca mais veria você! – eu disse e funguei. Abri os braços e ele me abraçou. Beijou meu cabelo – e Caleb?

– Está morto, Edward e Jasper o mataram.

– O que aconteceu exatamente? – perguntei, pois não me lembrava muita coisa.

– Caleb ia me matar, então você correu em nossa direção, ele jogou você e foi parar na beira do penhasco então você não conseguiu segurar por muito tempo e caiu. Eu pulei atrás de você e te salvei. – disse ele.

– Hum, nossa. Eu disse que tenho medo de altura? – perguntei. As lembranças voltaram a mim em questão de segundos. Eu gritava e pedia a Caleb para me puxar de volta, ele ia me jogar do penhasco. Então ele e Henrique começaram a lutar e eu chorava sem parar e tinha a...

– Eu soube. – disse ele.

– E a Giulia?E os outros?Estão todos bem? – perguntei, minha mãe!Meu pai!Eu arregalei os olhos. Se algo acontecesse a eles eu não me perdoaria. Por que eu tinha culpa no meio, eu não tinha nada que fazer na floresta naquele dia... Aliás, que dia era hoje, parecia uma eternidade!

– Estão bem sim. Preocupados na verdade.

– Por quê? – perguntei sem entender.

– Ora Lizzie, você está aqui há uma semana! – disse ele e arregalei os olhos.

– Uma semana?Nossa... E a escola?Joane?Céus! – eu disse.

– Acalme-se está tudo certo, Joane pensa que está doente, por isso não foi à aula. Pedimos para que ela espalhasse a noticia. Então as pessoas pensam que está doente e no hospital... – disse ele.

– Hum... – eu me lembrei do que vovó Esme me disse. – então, é um meio-vampiro...

– Sim, olhe se eu...

– Soubemos através de outras pessoas... Se tivéssemos confiado realmente um no outro teríamos evitado muita coisa. – eu disse.

– Tem razão, de hoje em diante jamais esconderemos segredos um do outro. – citou ele com a mão na frente fazendo juramento. Eu ri.

– Tudo bem, então... Já que não temos mais segredos, vai me contar sobre a Giulia? – perguntei, quando eu disse o nome dela bateu um frio na barriga.

– Hum, Giulia foi a primeira garota que amei... Começamos a namorar anos atrás, muitos anos. Vivíamos felizes, seus pais me aceitavam e não desconfiavam de nada...

– Ela sabia que você era... – deixei a frase morrer.

– Sim, eu contei a ela. Meu amor era muito forte... – disse ele e o frio de novo voltou a minha barriga, ele contou a ela de primeira. Isso queria dizer que ele a amava mais que a mim?Tentei disfarçar minha tristeza, mas ele notou.

– Lizzie?Disse algo errado? – perguntou preocupado. – sem segredos lembra?

– Não é nada. – eu disse e sorri forçadamente. Por que essa garota tinha reaparecer?Eu tinha medo de perdê-lo!Tentei me tranqüilizar, pois meu coração estava acelerado e com o eletrocardiograma denunciando meu estado Henri suspeitaria!Tinha que confiar.

Olhou-me sem se convencer.

– Henrique, por favor!Tenho direito de manter meus pensamentos em sigilo!Não manter segredos é uma coisa totalmente diferente de contar os pensamentos...

– Tudo bem, quer ouvir o resto da história ou não? – perguntou me interrompendo.

Assenti.

– Ela sabia que eu era um híbrido. Aceitava-me, então... Eu estava longe, caçava junto de Kevin e um amigo nosso. Eu devia protegê-la! – disse ele revoltado de repente, tentei manter a calma – Quando eu retornei disseram que ela tinha sido atacada por ursos, tinha saído para fazer trilha e foi morta por um urso. Aquilo me destruiu bastante, nem saía para caçar direito, ficava ao lado do memorial de Giulia, já que ninguém encontrou seu corpo, mas deduziram que ela depois de ser atacada, foi devorada por lobos... Depois de um tempo eu fui melhorando, mas não totalmente curado da dor, mas depois de conhecer você tudo mudou...

– Nossa... E como ela se transformou em vampira, ela é um não é? – perguntei. Assentiu.

– Não sei, disse que depois contaria a mim. – disse ele.

– Ainda sente algo por ela? – perguntei. Olhou-me indignado pela pergunta direta.

– Não Lizzie, eu amo muito você jamais duvide disso... Por você eu faria qualquer coisa... Morreria se preciso! – disse ele pegando minha mão e depositando um beijo ali.

– Na uh! – eu disse.

– Por quê? – perguntou confuso.

– Isso é tão... Edward e Bella! – eu disse e fiz careta. Ele riu, não que eu não goste da frase “ eu morreria por você”, mas é que... Ia ser repetitivo demais!Mesmo gostando!

Toc, toc, toc

– Então, já posso entrar?! - perguntou Demi do outro lado da porta. Ansiosa.

– Pode sim. – eu disse me ajeitando melhor na cama.

Abriu a porta devagar e entrou com um buquê de rosas nos braços.

– Oh!Não precisava! – eu disse.

– Claro que precisa. Você é minha futura cunhada! – disse ela sorridente.

Sorri largamente com sua aprovação.

– Henrique, deixe-me conversar com ela a sós! – disse ela o empurrando porta a fora.

– Mas... – ia dizer ele, mas ela fez sinal para ele se calar. Fechou a porta rudemente e veio até mim em questão de segundos.

– O que tem para falar a mim Demi? – perguntei estendendo meus braços para deixar–me ver o buquê. – e obrigada é lindo. – eu inspirei o perfume. Amava esse aroma.

– Por nada. – olhou-me minuciosamente – Lizzie, não gosto e nunca gostei da Giulia.

– O que?Por quê? – perguntei surpresa. Comigo ela é tão legal.

– Não sei bem, desde que a conheci não fui com a cara dela. Precisava ver, ela tinha obsessão por Henrique, não gostava que as outras meninas o olhassem, ficava com raiva e ainda brigava com ele. Por ele simplesmente dizer que não tinha nada demais em elas o olharem, que só tinha olhos para ela e tudo mais. Eu fiquei até aliviada quando ela “morreu” – fez aspas com os dedos – mas, agora ela reapareceu e eu não gosto nada disso...

– Nossa Demi, ainda bem que você gosta de mim! – eu disse fingindo tirar o suor da testa e ela riu.

– Lizzie, eu cheguei a brigar com ela. Foi um dia antes de ela ir fazer a tal trilha. De alguma forma eu sabia que ela não tinha morrido, mas mesmo assim estava mais aliviada. Pelo menos estaria longe de nossas vidas por um bom tempo e foi até que o Henrique conheceu você... Tem algo em você que me... Não sei explicar, você é legal e enfrenta todos que atrapalham sua vida...

– Hã, está falando da Taylor não é? – perguntei sorrindo.

– Com certeza, sabe, eu tenho um dom.

– Serio?Qual é? – perguntei curiosa.

– Posso plantar ilusões nas mentes das pessoas. Tanto boas ou não. Ou posso mostrar meus pensamentos se eu mantiver um contato visual...

– Foi assim que mostrou aquela cena à tia Alice. – eu deduzi.

– Exatamente. E eu vi uma lembrança dela, em que estava caçando com o Jasper. Com o tempo você descobre coisas que seu dom é capaz de proporcionar. Eu aprendi muitas coisas...

– Que bom, mesmo. – eu disse sorrindo.

Conversamos sobre muitas coisas antes de todos irem até o quarto fazerem uma visita. Minha mãe fez uma cena. Giulia ficou um pouco distante, me mandou um sorriso, mas não chegou aos seus olhos... Tudo o que Demi me disse voltou à mente àquela hora. Eu a agüentaria ali?Convivendo comigo e principalmente com Henrique?Sabendo que esta tem uma obsessão ou tinha por meu Henrique...


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Notas finais do capítulo

Mandem reviews please... Eu sei que muita gente que escreve ama receber reviews, então por que vocês que escrevem não deixam também?
Bjuss.