Gabrielle escrita por BULL3TPROOF


Capítulo 24
Tome na cara menino, eu venci!


Notas iniciais do capítulo

Sem inspiração :s o final está melhor.



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    O que? É isso mesmo que eu to vendo? Uma pessoa alta, morena, forte, lindíssima e trouxa entrando pela porta do salão? Eu não acredito nisso, uma noite em que eu tenho a chance de esquecer ele, ele aparece. É isso mesmo produção? Mas fazer o que, eu amo ele, e todos podem ter certeza disto.

    - Ei Gabi, viu quem acabou de entrar? – a Dai cochichou no meu ouvido, e depois mostrou seus dentes em   um sorriso malicioso.

    - Meu sonho, e também meu maior pesadelo? É eu vi sim... – suspirei – Mas a Gi sabe disso? Eu não me lembro de ele ter sido convidado. – com dificuldade tirei os olhos dele e mirei minha amiga.

    - É uma besta mesmo – riu – não te lembra de que eu falei que ele ia tentar vim de penetra, mas só na festa? Eu também to de penetra. Bem, eu falei pra ela que eu vinha, mas de qualquer forma... – deu de    ombros.

    - Realmente não me lembro, amiga.

    - Ai burrinha, vamos logo, adoro essa musica.

    Ela agarrou meu braço quando começou a tocar um eletro, não sei quem canta e nem o nome, mas tinha uma batida legal. Procuramos nossos amigos no meio da enorme pista e começamos a dançar em um ritmo bem louco. Eu sei que a maioria ali já estava meio grogue, mas quem se importa? Estava divertido.

    - Gatinha! – o Diego veio e me abraçou por trás. Vamos combinar, dois acontecimentos constrangedores no mesmo dia é demais. Primeiro a tolha, e agora o abraço que com certeza o deixou alegrinho.

    Olhei para o Gustavo e ele me mirava com o canto do olho, uma expressão séria, enquanto as mãos bobas do Diego passeavam pela minha barriga.

    - Para com isso Diego, tu não aprende nunca? – e sai a passos firmes.

    Ao longe eu só o escutei gritando um “o que deu nela?” para alguém ali perto. Isso já estava me deixando furiosa, ele só sabe me provocar, o que é isso?

    Olhei no meu celular e já era passada da meia-noite. Nessa hora eu tive a ideia de ligar para o Rafa (N/A primo e melhor amigo) ele sim poderia me dar uma luz. Entrei em um Box no banheiro, baixei a tampa de um vazo e sentei. Chamou uma, duas, três vezes e ninguém atendia, já estava desistindo de ligar quando na sétima chamada eu escutei um “alô” sonolento.

    - Rafa, te acordei? – falei baixinho.

    -Sim. – falou, prolongando a palavra.

    - Não era pra ti ter vindo na festa da Gi? – lembrei ele, eu realmente estava o esperado, adoro ir em festas com ele, é super divertido.

    - Era, mas a minha preguiça falou mais alto né... Agora, me fale seus problemas. – ele disse e esperou eu começar a contar. Sempre sabia que pra mim ligar a uma hora dessas, era por que eu precisava de uma luz.

    - Sabe quem chegou aqui e me deu um mega abraço por traz que depois eu xinguei e vim correndo ligar pra ti e te contar? – ok, assim fica fácil dele descobrir.

    - Diego. – falou, frio.

    - Na mosca menino,e o Gustavo ficou olhando de canto de olho ainda. – contei tudo que tinha acontecido.

    - E o Gustavo é... – esperou que eu completasse

    - O primo gatíssimo da Lu que ficava dando em cima de mim, e hoje resolveu me agarrar. – expliquei.

    - Não da moral pro Diego, fica com esse tal de Gustavo ai e não da moral pro outro, ele precisa saber como que é se sentir assim, e talvez algum dia ele crie vergonha na cara e de valor pra essa deusa ruiva que corre atraz dele. – rimos.

    - Obrigada pelo “deusa ruiva”. Mas sabe, eu não desgrudo os olhos do Diego, e o Gustavo ta me deixando sem ar, ele é lindo demais também, mas eu prefiro o Di. – o Rafa achou graça do apelido carinhoso que eu dei.

- Que fofo! – exclamou – E o Di...

- Só eu posso chamar ele assim, amigo. – cortei, bem na hora. Mas realmente, só eu posso. Imagina se alguma vadia o chama assim também? Eu ficaria pirada, demais. – Mas tá, vou voltar pra festa ou vão achar que eu to com uma diarreia já – nojo – beijos e boa noite.

    - Boa festa amiga, juízo em?             

    - Juízo é o meu nome.

    Desliguei.

    Passei pelo espelho e aproveitei para dar uma ajeitada. Meu cabelo estava um terror, todo bagunçado. Terminei e fui para a pista novamente, mas não sem antes pegar uma bebida.

    - Qualquer uma que tenha morango, por favor. – pedi ao barman.

    - Pode ser essa aqui? – ele me mostrou uma que parecia um suco mesmo, por cima tinha gelo e uma calda de morango.

    Peguei e puxei a bebida pelo canudo branco. Forte, mas também muito boa. Sai do meio da multidão que esperavam pelos seus pedidos e fui pra perto dos meus amigos. Infelizmente (ou felizmente) o Diego estava lá, e quando me viu ao lado do Gustavo, logo se intrometeu no meio de nós dois. Ele já estava me puxando quando eu fui para o outro lado do garoto. Eu acho que perceberam, pelo menos a Lu e o Márcio, não paravam de dar risadinhas. Só acho que não tem graça, mas pela quantidade de bebida que eles tomaram, não devem estar muito bem.

    - Porque ele ta assim? – o Gustavo perguntou no meu ouvido, apontando pro Diego.

    - Nada, deixa pra lá. – falei.

    Ele me olhou desconfiado e logo depois olhou para o Diego com um olhar que eu deduzi que dizia “fica longe dela”. Olhei para o lado e ele mirava o Gustavo com a mesma expressão. Eu estava virando as costas e prestes a sair dali quando eu sinto duas mãos me puxando, e sem ver nada eu já estava beijando um dos garotos. Sentia olhares nas minhas costas, mas não sabia de quem era não sabia nem quem estava beijando. Abri um dos olhos e logo vi que era o Gustavo. Nos afastamos um pouco pra tomar fôlego. Ele abriu um sorriso estonteante pra mim, eu nunca havia notado o quanto ele é bonito. E ele tem sardinhas, poucas mas tem, e eu acho isso mega fofo. Não podendo resistir, o puxei para outro beijo.

    Devemos ter ficado assim por uns quinze minutos. Depois de mais uns instantes nós voltamos para a pista. Fiz questão de parar bem do lado do Diego, na mesma formação de antes. Começou uma musica com uma batida mais marcada, dancei sem preocupação nenhuma, mas bem perto dele, pra ver se ele se tocava do que estava perdendo.

    - Cadê meu copo? – perguntei para eles. Logo a Daí me entregou, com a quantidade que não dava nem um gole.

    Tomei e coloquei em cima de alguma coisa que eu não prestei atenção no que era.

    - Pegando então? – o Diego perguntou apenas do jeito que eu pudesse ouvir. Me certifiquei de que o Gustavo não estivesse olhando, ou percebendo.

    - Sim. – abri um sorriso irônico.

    - Hm. – apenas deu de ombros e voltou a dançar como se nada estivesse acontecido. E ele sabe que eu detesto quando ele fala em tom de indiferença.

    - Por que a pergunta? Achei que tu já estivesse sabendo disso. – tentei recuperar o assunto.

    - Eu sei sim, mas queria ver se tu ia falar a verdade nua e crua na minha cara ou ia me enrolar. – eu simplismente não acredito que ele falou isso.

    - Como assim? Eu por acaso te devo satisfações? – parei de dançar e olhei pra ele com as mão apoiadas nos quadris.

    - Sim, me deve sim. – aumentou o tom e parou de dançar.

    - E eu posso saber o por quê? – acho que a essa altura o Gustavo já deveria ter escutado.

    - Por que sim. Por que sou eu que gosto de ti e não ele, eu te conheço a mais tempo do que ele e com certeza é de mim que tu gosta também, ou agora vai me dizer que é mentira. Tu por acaso ta ficando com ele por que gosta? Ou por que só quer me fazer ciúmes? Vou te dizer uma coisa, se era essa a tua intenção tu está conseguindo, por que agora eu to me remoendo e desejando ser esse guri. – e apontou para o Gustavo, que só percebeu o que estava acontecendo depois que o dedo do Diego encostou em sua nuca. Ele saiu a passos firmes em direção à porta. Olhou uma ou duas vezes para traz pra ver se eu estava o seguindo, assim que percebeu que eu continuava parada, apressou mais o passo e se sentou num degrau da escada.

    Eu fiquei de boca aberta com o que ele falou, fiquei sem reação nenhuma até depois de uns cinco minutos.. E pelo jeito todo mundo da rodinha estava pasmo com o que ele falou. Onde já se viu isso? Eu estava meio nervosa mas ao mesmo tempo triunfante por dentro, é tão bom essa sensação de “eu estou fazendo ciúmes em alguém” e olha só, deu certo. Meu coração batia acelerado, e quando eu imaginava ele falando que gosta de mim, me dava um frio na barriga. Agora, só depois de muito tempo, esse jogo está invertendo. 



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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam? Se alguma alma boa quiser me ceder um review eu aceito ok?
Beijos :*



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