Gabrielle escrita por BULL3TPROOF


Capítulo 15
Eu sei que vai ser errado usar alguém.


Notas iniciais do capítulo

Eu estou muito inspirada para continuar a fic. Muito mesmo.



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   Eu pensei muito, muito mesmo, e decidi: ele precisa mesmo de um choque, o problema é que eu não sei como fazer isso. Já pensei em pedir para ficar com alguém da turma, mas não, eu não sou levada a sério. Pensei também em pedir para alguém do meu bairro, mas o Diego não mora lá perto... Eu estou boiando completamente. E o problema é que eu disperdicei os dois primeiros periodos de hoje pensando, e pensando, e eu vou me ferrar agora, porque era matemática.

Mas tudo bem, é melhor eu esfriar a cabeça agora, e ficar com a mente limpa. Depois da aula eu vou com a Dai na casa da Lu, a criança conseguiu quebrar a perna subindo em uma árvore, e não me perguntem como, esse tipo de coisa só ela consegue. E ainda por cima, eu vou me divertir lá, vai ser só eu, a Dai e a Lu, a tarde inteira.

- Gabi, acorda. - a Dai sacudiu meu ombro.

- O que? O que houve.

- O ouvido. - que piadinha besta, só ela mesmo. - Já é intervalo, vamos lá, rapido.

Eu estava pensando tanto que nem vi bater. Devia tá saindo fumaça pelas ventas de tanto raciocinar.

Descemos as escadas, e para minha felicidade - ou não - não vimos o Diego. Eu pelo menos não. Eu não me entendo, por mais que eu esteja braba, ou magoada com ele, eu não resisto, tenho que ver ele. Isso me machuca bastante, mas... nem eu me entendo.

Sentamos nas arquibancadas, ou mini arquibancadas, da quadra. Ela já estava falando pelos cotovelos, de como ela achava o menino que ela conheceu anteontem, lindo e maravilhoso. Ela achava melhor não me contar, para eu não lembrar do que aconteceu, mas eu nem me importei, eu ia lembrar de quelquer jeito mesmo. Passamos o recreio conversando, de vez em quando o Lipe passava ali e dava um tapa na minha cabeça e na da Dai, mas coisa de amigo mesmo.

Eu não falei com o Diego desde anteontem, nem dei oi, nem tchau. Se nós nos cruzavamos, eu fingia que nem via ele. Eu queria mesmo é que ele... a, sei lá, desse um jeito nele mesmo.

O sinal bateu e nós subimos para a sala. Quando eu estava entrando na porta, o Diego resolve entrar ao mesmo tempo, e nós nos batemos de ombros. Eu sussurrei um "não sabe o que faz?", e ele ele se paressou e saiu ligeiro de perto.

Na aula ocorreu tudo normalmente chato e entediate, e no final, todo mundo guardou rápido os materiais e foram embora. Então só depois de tudo pronto nós fomos na Lu.

Dava para ir apé mesmo, a casa dela é na mesma rua da escola, ou melhor, apartamento. Ela se mudou a algumas semanas, eles acham mais "facil", eu não acho.

Pelo que lembravamos, é o apartamento 205. O prédio é pequeno, tem 5 andares só. Nós interfonamos e ela disse que já iria pedir para alguém abrir o portão para nós. Ela disse que estaria só ela e a avó dela, não entedemos o alguém, mas tá legal.

Ouvimos alguém rodear a chave, nós esperavamos que uma velhinha atendesse, mas foi um garoto, alto e bem magro, de cabelos loiros e olhos pretos, bonitinho, mas não passava disto. Ele quase sussurrou um "oi" e para variar nós duas fazemos o mesmo. Subimos as escadas silenciosamente. Chegamos ofegantes ao quarto da Lu.

- Quem é aquele ali? Não ia ser a tua avó que atenderia? - eu perguntei baixo para que ninguem escutasse.

- Meu primo. Ele vive pendurado na véia.

- Isso é que é carinho com a tua avó. - falou a Dai, rindo.

Almoçamos e depois passamos a tarde toda conversando, escutando música e se 'bestiando'. Já era umas 5h quando eu e a Dai fomos para as nossas casas.

Eu até pensei nesse primo da Lu, que eu nem sei o nome, para dar o choque no Diego, mas pensando bem, eu não imagino como conseguiria, eles nem se conhecem. Eu sei que é errado o que eu estou pensando em fazer, em usar uma pessoas assim, mas é nescessário, é melhor eu pensar nisto como um teste. Vai ser tão rápido que nem vai dar tempo de nós nos gostarmos, se é que é possivel eu gostar de outra pessoa. Então é melhor colocar nesses termos: vai ser tão rápido que nem vai dar tempo dele gostar de mim.


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Notas finais do capítulo

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