Capítulo 21 – You have stolen my heart

POV Klaus

–Tem certeza disso? - Perguntei ao entrarmos no quarto. Sara assentiu com a cabeça e sorri, trazendo seu magro corpo para mais perto do meu. Nos levei até a cama do quarto de hóspede dos Salvatore e ri ao ouvir Damon tirar todos da casa para nos dar privacidade. – Me avise se eu te machucar. Eu posso ser um pouco feroz.

–Está bem. – Ela disse entrelaçando suas pernas em minha cintura e levando seus lábios aos meus com vontade. Seu beijo me mantinha em algum outro mundo. Um ao qual eu não dava as ordens. Um qual era um simples servo. Passei minhas mãos aindas presas em sua cintura para suas costas, tirando sua roxa blusa e exibindo seu perfeito corpo.

Distribuí beijos por seu pálido e macio pescoço, fazendo-a arrepiar. Girei nossos corpos, colocando-a deitada na cama. Rapidamente, Sara tirou minha blusa, jogando-a no chão. Seus dedos começaram a desenhar as linhas de meu peito suavemente, enquanto eu acariciava aquele lindo rosto. Seus claros e expressivos olhos azuis prenderam-me por longos segundos em sua hipnose quando dei conta que ela tirava minha calça.

Sem hesitar, fiz o mesmo ao tirar seu justo jeans e exibir suas perfeitas pernas. Sara usava uma langerie vinho, mais ousada do que jamais pensei que usaria, tirando meu fôlego.

Nos coloquei de joelhos na cama e ela entrelaçou seus dedos por meus cabelos, fitando-me com ternura, e um amor nunca sentido em meu rochoso coração me atingiu brutalmente. Coloquei minhas mãos em suas rosadas bochechas trazendo sua boca lentamente à minha. As linhas de nossos lábios pareciam ser feitos ao encaixe do outro. Eu nunca me cansaria.

Passei minhas mãos a sua coluna, deslizando meus dedos e Sara enterrou sua cabeça em meu ombro, rindo arrepiada. Desabotuei seu sutiã e rapidamente o joguei do outro lado do quarto.

Meus lábios foram a seu nu peito, acariciando suas pequenas perfeições e ela rosou envergonhada, deixando-a mais linda.

–Lembra da parte feroz? – Perguntei e ela assentiu maliciosamente. A deitei na cama, beijando sua boca e segui o movimento até chegar em sua calcinha, rasgando-a com os dentes rapidamente. Sara arregalou os olhos e soltou sua mais contagiante gargalhada. Segui a linha de meus beijos, não parando em sua virilha, indo direto a suas coxas. Passava minhas mãos freneticamente por seu corpo, sentindo cada pedaço. Cada parte que a formava.

Sem hesitar, e com uma desconhecida ferocidade em seus movimentos, Sara tirou minha box preta, atirando-a longe e mostrando meu membro. Como homem, eu tinha orgulho dele.

Seu corpo juntou-se ao meu e sua mão deslizava por meu minhas costas, apertando levemente minha bunda, o que me fez rir.

Nos girei rapidamente, colocando- a na melhor posição para nosso próximo movimento. A penetrei com meu membro lentamente, certificando-me que ela não se machucaria. Eu entrava e saía dela com facilidade, nossos corpos se encaixavam em uma assustadora sincronia.

Um alto gemido rasgou seus maravilhosos lábios ao sentirmos nossos quentes gozos misturando-se. Sem me controlar, enterrei meus dentes em seu pescoço, fazendo-a dar um pequeno grito de prazer. Suas unhas arranharam-me levemente, deixando-me ainda mais satisfeito. Retirei meu membro de Sara e beijei sua boca ferozmente.

–Eu... – Sussurrei em seu ouvido, dando um beijo no topo de sua cabeça. – Eu… - Era mais difícil dizer do que jamais imaginei - Eu te amo, irritante.

–Eu também te amo, imbecil. – Ela respondeu entrelaçando seu corpo ao meu, formando ali, um único ser, e mais do que nunca, eu a amava e não deixaria nada lhe acontecer.

POV Damon

–Fique parada. – Disse à Elena enquanto tirava um pouco de sorvete que meu desastrado amor deixou cair em sua blusa. – Tem sorvete.

–Nada sexy. – Ela resmungou ao ver Caroline e Bonnie tomarem os seus graciosamente.

–Muito sexy. – Corrigi levando meu dedo sujo com seu sorvete à minha boca. Elena sorriu, levando seus lábios aos meus.

Estávamos perambulando pela cidade enquanto Sara e Klaus se divertiam em minha casa. Quem diria, eu deveria abriri um motel. Liam permanecia irritado ao saber que tinha perdido a garota de vez, mas não tinha jeito. Aqueles dois sempre se encontravam.

–Nós vamos resolver isso tudo antes da data. – Tyler sussurrou nos ouvidos de Caroline o que a acalmou. A voz de Tyler fazia com que sua preocupação fosse embora, da mesma maneira que Elena fazia comigo.

Virei meus olhos, voltando a minha atenção a Elena que para minha surpresa, havia ouvido o sussurro de Tyler. Beijei sua cabeça, entrelaçando nossos dedos.

–Vai dar tudo certo. – Ela murmurou, mas eu sabia que aquelas palavras não eram para mim e sim um alto-insentivo para sua cabeça.

[…]

Após três horas fora, voltamos para casa. Não era possível que ainda estivessem ocupados. Ao entrarmos na sala, nos deparamos com Sara deitada no colo de Klaus, enquanto brincava com sua mão. Para minha integridade mental, os dois estavam vestidos novamente.

–Hey… - Sara disse tantando levantar para nos ver direito, mas Klaus a manteve ali em seu colo.

–Está tudo bem por aqui? – Perguntei levantando as sombrancelhas e os dois riram afirmando. Olhei para Elena que mantinha um lindo sorriso nos lábios ao ver a felicidade da amiga. Nunca imaginaria ver o tão temido Klaus assim, amolecido pelo toque de uma garota. Passei minha mão pela cintura de Elena, trazendo-a para mais perto. Seus olhos eram atentos a qualquer sinal de Stefan. Desde de nossos primeiros minutos de reencontro, ele havia sumido.

–Liam… - Sara disse saindo de perto de Klaus, o que pareceu não o deixar contente. Ela foi em sua direção mas ele virou as costas e partiu. Ela abaixou a cabeça entristecida e passei levemente a mão por seu braço, dando-lhe apoio. Uma fraco sorriso mostrou a dor da possível perda de um amigo. Ela caminhou novamente em direção à Klaus que esticou seus braços para alcançá-la.

–Então… - Jeremy começou, procurando alguma maneira de mudar de assunto. – Iremos ainda hoje pegar a outra metade da adaga?

–Sim. – Klaus respondeu firmemente. – Acho melhor nos apressarmos.

–Está bem. – Elena disse pegando uma bolsa largada no canto da sala.

–Onde pensa que vai? – Perguntei ironicamente.

–Vou junto. – Ela respondeu convencida de que iria. Virei meus olhos em negação. – Não comece.

–Não comece você. – Falei com um pouco de bom humor, fazendo-a bufar. – Klaus, Stefan e eu iremos, os outros ficarão aqui.

–O quê? – Caroline perguntou decepcionada. – Eu quero ir.

–Qual é o problema de vocês? – Perguntei confuso. – Vamos tirar a adaga do peito de dois vampiros e pagar a de Benjamin. Eba, que divertido.

–Queremos ir, Damon. – Caroline retrucou.

–Não. Sara e Elena precisam de alguma proteção. Você, seu noivo, Bonnie, Alaric e Katherine têm a função de protegê-las caso algum “imprevisto” ocorra. – Disse, lembrando a todos qual seria esse imprevisto.

–Não sou babá de ninguém. – Katherine disse voltando de sua caçada.

–Não precisamos de babá Katherine. – Elena respondeu firmemente e Sara concordou.

–Já chega. Vocês cansam. - Klaus bufou olhando para mim. - Partiremos em quinze minutos.

–Ok. – Concordei indo pegar algumas armas que poderíamos usar se preciso. Stefan entrou silenciosamente na casa, e demorei alguns minutos para perceber sua presença. Ele apenas observava nossos movimentos, principalmente os de Elena, que agia como uma estranha ao vê-lo. Aquilo me causou um terrível desconforto: saber que ainda sentiam algo pelo outro. Mas eu já estaria me acostumando com a ideia que mesmo com Elena junto à mim, sempre haveria uma parte dela que amaria meu irmão e isso era inevitável.

–Vamos. – Klaus disse ainda entrelaçado ao corpo de Sara que mantinha sua cabeça enterrada em seu peito.

–Tente não se matar. – Ela sussurrou ironicamente e ele levou seus lábios aos dela.

–Voltarei hoje de madrugada. – Disse a Elena, trazendo-a para perto de mim.

–Tome cuidado. – Ela respondeu colocando suas mãos em minha nuca e levando sua boca à minha.

–Eu tomarei, amor. – Respondi beijando-a pela última vez. Stefan passou por nós sem ao menos desviar o olhar e aquilo nos causava uma enorme culpa. Entramos no carro e Klaus dirigia rapidamente, para algum local ao qual ele não queria revelar. Pelo menos não por enquanto.

[…]

–Chicago. – Falei logo ao reconhecer o início da cidade. – Então é aqui que sua família mora.

–Tecnicamente. – Ele respondeu dando de ombros. Não era muito uma moradia e sim um cemitério.

Saímos do carro e sem demora, entramos no velho galpão onde os caixões eram guardados. Stefan permaneceu calado durante toda a viagem, deixando- me mal. Não queria machucar meu irmão dessa maneira.

Klaus caminhou até um caixão preto envernizado e seus dedos deslizavam por ali. Seu rosto era confuso e entristecido. Não conseguia entender o por que ele mantinha sua família morta, mas sem dúvida, seu olhar mostrava o quanto sentia falta.

Sem hesitar, ele abriu o objeto, mostrando Elijah ressecado. Sem nenhuma dificuldade, Klaus puxou a adaga do peito do irmão e caminhou para um outro caixão, este sendo marrom.

–Acho que se lembra de minha irmã Rebekah. – Ele disse olhando diretamente para Stefan.

–Agora eu lembro. – Ele respondeu mal humorado.

–Como assim? – Perguntei confuso. Eu não entendia nada daquela conversa.

–Aa, meu caro Damon. – Klaus disse com ironia. – Eu e seu irmãozinho caçula já nos conhecemos faz muito tempo.

–O quê? – Perguntei tentando assimilar.

–Em 1920, em uma de minha recaídas… - Stefan começou lembrando-me des seus obscuros períodos. – Eu conheci Klaus e sua irmã Rebekah aqui na cidade.

–Já somos amigos faz tempo. – Klaus disse sorrindo.

–Que fofo. – Zombei e os dois mandaram-me olhares de reprovação. Virei meus olhos, encarando Stefan. – E por que nunca me disse isso?

–Porque eu não me lembrava. – Ele respondeu sinceramente.

–Eu o hipnotisei para que não se lembrasse da nada ocorrido aqui em Chicago. – Klaus disse com certo orgulho.

–Que seja. – Respondi indiferente. – Então Stefan conhece essa Rebekah…?

–Mais do que imagina. – Klaus respondeu ironicamente, começando a rir. Abriu o caixão e uma charmosa vampira ressacava ali, com seus loiros cachos sobre o vinho estofado. Novamente, Klaus tirou a adaga.

–E agora? – Perguntei impaciente.

–Agora esperamos. – Ele respondeu sentando-se ao lado dos caixões.

[…]

POV Sara

Mexia nos cabelos de Elena que se mantinha deitada em meu colo assistindo a televisão.

–Quer parar quieta? – Ela reclamou de minha constante movimentação. – Eles estão bem.

–Como consegue ficar tão calma? – Perguntei indignada.

–Meu namorado é Damon Salvatore…se eu pirar toda vez que ela faz uma loucura, sinceramente não sei o que será de mim. – Ela respondeu dando de ombros e não conti o riso ao pensar nas atitudes de Damon. A campainha tocou e Elena se levantou para atender.

–SARA! – Ela gritou e em um pulo eu estava ao seu lado. Elena fitava assustada um lindo rapaz de cabelos loiros formando pequenos caichos e seus olhos azuis prendiam qualquer mulher em uma hipnose. Sua perfeita boca era tingida do mais puro vermelho sangue. Vampiro.

–O que quer? – Perguntei irritada. Ele sorriu mostrando seus afiados dentes.

–Você. – Sua sedutora voz saiu em um sussurro.

–É uma pena que não pode entrar. – Retruquei ironicamente e rapidamente ele empurrou Elena, pegando-me pelos braços. Ele passava da barreira.

–É uma pena papai ser tão inocente e convidar um vampiro a entrar. – Ela respondeu fechando-me em um aperto. Me dabatia para sair dali, mas era em vão.

–Deixe ela em paz! – Elena gritou aproximando-se vagarosamente.

–Elena corra. – Falei sentindo a quente respiração dele em meu cabelo.

–Não vou machucá-la. – Ele respondeu e virei meu rosto para fitá-lo. – Só quero testar uma coisa… - Ele me puxou para mais perto de si e passou seus dedos levemente por meu pescoço, fazendo-me arrepiar. Senti duas afiadas navalhas serem cravadas e meu sangue ser sugado. Eu perdia minhas forças em seus braços. Tudo que ouvia eram os gritos de Elena.

Ainda conciente senti as mãos de minha amiga segurarem-me.

–Sara? – Ela perguntou aflita.

–Estou bem… - Respondi abrindo lentamente meus olhos. Virei meus olhos, deparando com aquele vampiro caído, ao que parecia, sem vida no chão. – Ele…?

–Acho que sim. – Ela respondeu dando me um copo de água. – No momento que ele tomou seu sangue, caiu no chão e começou a se revirar. Até agora não reagiu.

Permaneci calada no chão junto à Elena, enquanto minhas forças voltavam. Meus olhos não saim daquele ser morto no chão de minha sala. O que havia no meu sangue para lhe causar isso?