— Ino- Ino! Por favor! Acorde!!! — Hinata sacode a Yamanaka pelos ombros. A Hyuuga se torna temerosa. Ela se levanta e sai mancando até a porta. Ela chama por Naruto e Menma. Os dois vão até a perolada. Sequer pisam degrau por degrau. Basta os dois pisarem no degrau do meio para saltarem e pousarem na frente da azulada.

— Ino me atacou!!! Caímos da escada e agora não sei se ela está viva!!!

— Vou verificar. — Menma passa correndo pelo lado da Hyuuga. Ele não tem demora em avistar o corpo feminino quase totalmente descoberto pela toalha. Os braços de Naruto entornam o corpo da azulada. E leva uma mão para trás da cabeça dela. Para empurrá-la contra o corpo dele. Hinata fecha os olhos. Quando ela faz isso, ela processa os últimos momentos vividos dessa noite. Menma se alivia após verificar os sinais do corpo da Yamanaka e confirmar que ela ainda vive. Tanto ele quanto Naruto se acostumaram a verificar se um corpo ainda respira. O Uzumaki era quem mais se encarregava em andar entre os cadáveres após uma guerra. De vez em quando encontrava um que ainda tinha salvação.

— Ela ainda está viva. Os batimentos que enfraqueceram. Mas ela ficará bem. Agora só está dormindo. Vou leva-la para o quarto dela. — Menma avisa em voz alta. Ele não se deixa admirar a nudez feminina. Com foco na seriedade da situação, ele trata de cobrir corretamente o corpo da Yamanaka com a toalha. Hinata se afasta de Naruto e decide guiar o Namikaze para o quarto da Yamanaka. O Uzumaki vai atrás da namorada preocupado com o andar um pouco cambaleante da azulada.

— Doce Hinata! Estás machucada?!

— Minhas canelas estão doloridas. — A perolada olha para as pernas desnudas. Os riscos vermelhos são as marcas dos degraus:

— não estou sangrando. — Ela tenta tranquilizá-lo. Ela ultrapassa Menma que a esperava. Ela vai subindo na escada segurando firmemente o corrimão. De cara longe de agradável o Uzumaki os segue a passos pesados. No quarto de Ino, após a loira ser deixada na cama, Hinata sozinha trocou a roupa da amiga e a cobriu. A Hyuuga e os loiros se guardam calados durante alguns minutos observando a adormecida. O Namikaze quer perguntar o que esperam para sair dali, mas tem vergonha. Naruto está sério. Respeitando o momento da namorada. Ele quer está ao lado dela a todo instante e ainda está preocupado com a condição física dela. 

— Menma. — A perolada abandona o silêncio.

— Pois não? Hinata?

— Pegue o bloco de notas e a caneta. Estão no bolso menor da minha mochila. — Ela não aponta. Esperando que o próprio Namikaze encontre.

— Ok. — Menma anda um pouco pelo quarto e reconhece a mochila da Hyuuga. Ele se abaixa e verifica os bolsos menores. Em um deles encontra os objetos.

— Ainda pode usar o seu dom. Não é? Menma? — ela pergunta.

— Não por muito tempo. Mas posso tentar.

— Se vai usar o dom dele por que não o fez escrever sobre o futuro da Yamanaka ao invés de vir aqui? — Naruto não controla o descontentamento na voz:

— quando ele começa a escrever sobre o futuro de alguém, ele adquire o conhecimento sobre o passado da pessoa também. — O Uzumaki repete o que aprendeu sobre o dom do irmão. Teria sido muito melhor do que Hinata tentar buscar a verdade por conta própria. Ela poderia ter morrido!!!

— Eu queria arrancar a confissão de Ino. Sem ajuda de dom nenhum. Sinto muito a preocupação que causei. Naruto. — A voz dela está baixa e impassível. O Uzumaki continua bravo, porém ele não consegue ser severo com ela. A dor que ela está carregando no momento deve ser imensa. E ele não quer piorar a situação. Os olhos perolados estão sem brilho. Eles permanecem fitando a face adormecida que está na cama. Hinata com Ino. Ambas sorrindo. Divertindo-se. É tudo o que passa pela mente da Hyuuga:

— preciso que escreva algumas coisas e que apague outras. Menma. 

O Namikaze assente e se prepara para escrever no bloco de notas. Tanto ele quanto Naruto vão se surpreendendo conforme escutam o que Hinata vai ditando.

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24: 30H. No quarto da Hyuuga. O casal de namorados se deita na cama. A luz do abajur acesa. Menma dorme no sofá. O Uzumaki trouxera a namorada nos braços depois que os três saíram da casa da Yamanaka. Diferente da casa de Hinata, a casa de Ino não fica perto das casas dos vizinhos. E a loira preferia morar sozinha. Tendo ela despedido os empregados do falecido tio. Sem testemunhas. A loira acordará na manhã seguinte achando ter tido um sonho confuso para o qual ela não dará a mínima. Em casa, Naruto não deixou Hinata fazer nada. Só a deixará em paz quando as marcas nas canelas dela sumirem. Até banho ele deu nela. Ele se manteve o banho inteiro sério. E também a colocou no vaso sanitário. Não ligando ele de vê-la realizar o número 2. A Hyuuga teve que gritar com ele, para ele parar de querer fazer cada coisinha para ela. Se ela não se impusesse ele limparia até a bunda dela. E ela não tem problema nenhum nos braços. Pode ela usar as mãos perfeitamente. Mas Hinata não liga que todo o comportamento super protetor do Uzumaki a fez fervilhar entre as coxas. Ele emite uma energia muito sensual quando está de fisionomia séria. Agora, a Hyuuga está acalmada. Prazerosamente, ela ouve a leitura do namorado. Ele lê o livro "O Jardim Secreto" para ela. Ele a escutou ler o livro durante tantos dias que ele tem o imenso prazer de ler para ela. Pela voz do loiro ser muito rouca, a azulada não achou que seria atrativa para escutá-lo ler, mas se enganou e acabou gostando. Ela descansa o lado do rosto contra o peitoral masculino. O momento a acalma de toda a perturbação que foi a noite. A Hyuuga fica tão entregue à esse momento que o que aconteceu na casa de Ino sequer parece ter acontecido. 

— Hinata? — ele pausa a leitura.

— Hum?

— Nada. Quis eu confirmar se você dormia.

Ela sorrir. E ergue a face para fita-lo. Naruto fecha o livro.

— O que achou do futuro que Menma reservou para sua mãe?

— Bom. Ele fez o que foi o possível. Ele não podia coloca-la como uma rainha. Traria muitos problemas e ele podia não dar conta de contornar a situação.

Kushina Uzumaki foi escolhida para ser concubina do próprio Rei de Samas. Ela recebeu a melhor das acomodações. Continuou bem acomodada depois de dar à luz. De acordo com Menma, o bebê, com seis anos demonstrava que seria um excelente guerreiro. O nobre Minato Namikaze almejou Kushina de volta, pois ele colocou na cabeça que ela dava sorte em trazer bons guerreiros. Mas obviamente ele não se atreveu a fazer esse pedido ao rei. O rei tinha um grande apreço pela ruiva.

— Ela viveu bem da melhor maneira possível. Dentro da realidade dela. Isso me conforta. — Naruto abraça o livro com a mão esquerda. A mão direita se afunda em carinho nos cabelos azuis. Hinata se emociona vendo o sorriso leve do namorado. Ele segue nutrindo carinho pela mãe. Mesmo não recebendo o amor maternal dela:

— já posso fazer aqueles exames? Hinata? — o Uzumaki muda de tom confortante para um super ansioso.

— Ainda não. — Ela está surpresa com o interesse dele. Ele não demonstrou gostar de saber que deveria passar pelos exames que ela o explicou na última vez que comeram no Ichiraku:

— Menma me disse que lhe conseguirá documentos de identificação. Quando você tiver tudo isso poderá fazer os exames.

— Está bem. — Ele está feliz.

— Por que essa animação de repente? Naruto?

— Porque quero contribuir o quanto antes para a vida que teremos juntos.

A azulada sorrir e se senta sobre o corpo do Uzumaki. As mãos dela espremem as bochechas do loiro e o deposita um selinho nos lábios espremido de Naruto. Ele solta o livro e a segura pela cintura. Os corpos deles esquentam e eles sorriem quando reconhecem o quanto estão desejosos um pelo outro. Porém, os dois conseguem se controlar. São pacientes um com o outro. Rápido, o rosto do loiro se aterroriza, e com cautela retira a namorada de cima dele. Ele a deita ao lado.

— Não se mova muito. Hinata. — O Uzumaki retorna a lembrar das canelas doloridas dela. 

E a Hyuuga se abismou. O calor que os dois elevaram a fez esquecer momentaneamente que as canelas dela doíam.

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Cinco anos depois. Konoha está no auge primaveril. Cerejeiras e ameixeiras enfeitam a cidade. O vento retira milhares de pétalas para ajudar no colorido da região. Após muitos protestos, finalmente, as fábricas adotaram medidas para reduzir a poluição do ar. Naruto foi quem iniciou campanhas para combater a poluição de Konoha. De namorado grego da Hyuuga a fama dele foi para o novo morador que é um forte candidato para compor a Assembleia Popular da cidade. Com a redução da poluição, Konoha está sendo muito mais visitada e consequentemente isso representa um ganho para a economia local. O Uzumaki já se sente pertencente à cidade e goza do crescimento dela. A cerimônia de casamento é simbólica e acontece no quintal dos fundos da casa da Hyuuga. Naruto e Hinata construíram um pequeno altar amadeirado. A cúpula de teto é bem alta para o Uzumaki poder ficar totalmente de pé quando estiver no altar. Em cada pilar de madeira há um bebedouro para passarinho. Tanto o quintal da frente, quanto o de trás da casa está bem florido. Lírios e girassóis predominam a coloração em torno da casa. O vestido branco de Hinata é simples. Sem muito enfeite. As mangas transparentes e algumas pedrinhas brilhosas no busto é o máximo de decoração. O véu chega nos ombros. O cabelo dela que está chamativo. Hanashi caprichou no visual com tantos trançados na filha. A maioria dos presentes se maravilha com o penteado da noiva. Na contramão o Uzumaki está louco para desfazê-lo e assistir todo o cabelo da Hyuuga despencar pelas costas dela. Ela deixou crescer ainda mais e agora o cabelo chega na bunda. Ela pensa em cortar na próxima primavera, mas ele implora para ela não fazer. Ele quer até encher a casa de ar condicionado. Só para a perolada suportar as estações mais quentes sem precisar cortar o cabelo. Hinata cede ao pedido dele. Pois ele também cede aos pedidos dela. O último pedido dela ao qual ele cedeu foi não usar terno laranja. Ele queria se casar, inteiramente, de laranja. A perolada insistiu que não. Ela permitiu que somente a camisa sob o terno e a gravata fossem alaranjadas. E durante a cerimônia ao vê-lo satisfeito, Hinata até se arrependeu. O que importaria se ele se casasse todo extravagante? Se o deixava feliz, era o que importava. Porém, mal sabia ela que durante a cerimônia Naruto sequer estava ligando para o próprio visual. Bastou ele olhá-la para esquecer de todo o resto. O público do casamento senta em cadeiras pequenas e dobráveis de madeira. A cerimônia conta com a família da noiva. Da família paterna, há a presença do pai e Hiashi apenas. Da família materna, os pais de Hanashi e a própria Hanashi. Da família do noivo há apenas Menma. Os irmãos seguem mantendo a história de que por conta de problemas pessoais mantêm os pais distantes. O resto dos convidados são pessoas de Konoha cativadas pelo Uzumaki que quanto mais se adaptava às atualidades, mais conseguia criar laços. Após o reverendo terminar a parte dele, ele orienta as falas do casal e depois, antes mesmo de o reverendo permitir que se beijassem, Naruto agoniado agarra à esposa pela cintura e a ergue até o rosto dela alcançar a altura do rosto dele. Eles se beijam e Hinata sorrir enquanto aprofundam as línguas. Ela sente toda agonia do marido. Naruto não gostou do negócio de não poder ver a noiva antes do casamento. E ficou horas sem vê-la. A perolada acha fofo o apego imenso que um demonstra pelo outro, mesmo depois de cinco anos juntos. O romantismo está no pico quase todos os dias. E claro que já desfrutaram de momentos mais íntimos. Na primeira vez dos dois, a azulada se sentiu como se fosse a primeira vez dela. Que o fogo que os envolva nunca apague.

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Para o banquete mesas longas são montadas. As pernas delas são do tipo dobrável. As toalhas brancas são estendidas nas mesas. Hanashi com ajuda das pessoas que contratou foi servir cada mesa. Naruto e Hinata têm que pousar durante uma hora para as fotos antes de cortarem o bolo de casamento. Quando finalmente podem sentar, Hanabi se aproxima deles:

— Hinata. A tua "amiga" e o namorado dela chegaram. — A Hyuuga está com as bochechas cheias de salgadinho que roubou da cozinha. Ela está de vestido azul bebê. É a dama de honra. Os cabelos também estão trançados, mas com uma coroa mais simples que a da noiva.

— Estou indo! — mesmo cansada, a azulada se levanta sorrindo.

— Quer que eu vá com você? Doce Hinata?

— Não precisa. Seu estômago está roncando demais. Vá tratando logo de comer alguma coisa. — Hinata põe uma mão no ombro da irmã:

— Hanabi se certifique de encher o bucho do Naruto.

— Agora mesmo! Eu vou encher o bucho com ele. — Hanabi puxa uma cadeira e se senta à mesa.

O Uzumaki se avermelha, tendo ele acreditando antes que a esposa não escutou o quanto o estômago dele reclamou. Sem deixar de sorrir a azulada se dirige para o quintal da frente. O motivo do sorriso é pensar o quanto lindo é que o único hábito de fala que o esposo não perdeu foi chamá-la com o apelido carinhoso. Claro que tem exceções. Quando ele tem algo sério para contá-la ou quando os dois pegam fogo na cama, ele a chama pelo primeiro nome somente. De bochechas corando, ela se esforça para se livrar desses tipos de pensamento. Hinata avista Ino e Sai. A Yamanaka segura um presente nas mãos. A loira está com um celestial vestido de saia transparente que deixa evidente a saia apertada e de azul escuro que ela usa por baixo. O decote é bem cavado e em torno do pescoço há um colar de pingente com a letra S. Sai também usa um, mas de letra I. Os cabelos loiros estão soltos e com a franja que ela quase sempre usa. Os lábios pintados de roxo brilhoso. Sai usa terno preto e a camisa sob o terno é branca.

— Tentamos chegar o mais cedo que conseguimos. — Sai se desculpa.

— Não se preocupem com isso. Entrem e aproveitem a festa. O banquete está sendo servido. — A noiva abre o portão.

— Só mesmo a Hinata para não se incomodar da ausência dos padrinhos de casamento. — A Yamanaka comenta divertida.

— Vocês avisaram com antecedência que poderiam não chegar a tempo para a cerimônia. — A perolada argumenta:

— a partir daí a decisão foi minha. O importante é que estão aqui agora.

Ino abraça a perolada e quando se afastam a loira a entrega o presente. A azulada agradece. A anfitriã faz o casal ir na frente. Cinco anos atrás, o que Hinata pediu para Menma escrever no bloco de notas foi livrar Ino da inveja. E quando ele teve o acesso ao passado da Yamanaka, a Hyuuga o pediu que apagasse as lembranças que envolviam o sentimento dela pelo Uchiha. Sendo assim, na memória de Ino, Sasuke foi apenas um aluno bonito. Na nova concepção sobre o passado, Ino entende que ela não chegou a morrer de amores pelo Uchiha. E quando os dois se reencontraram, ela teve apenas a sensação de rever um antigo colega de sala de aula. Livre da inveja, Ino também não se incomodava de Hinata ter sido o centro das atenções quando passou a morar em Konoha. Ino não continha mais nenhuma lembrança odiosa pela amiga. Prevalecendo apenas o lado da loira que se felicita pela perolada. Também a pedido da Hyuuga, muitos momentos entre as duas foram apagados pelo Namikaze. Pois assim, atualmente, o que a Yamanaka sente pela azulada é que são amigas. Mas não melhores amigas. Apenas uma amizade saudável que mesmo depois de meses sem se verem se tratavam com educação e traziam altas conversas divertidas e interessantes. Somente há um ano essa “nova” amizade começou a ganhar maior força. Tendo recebido o convite para ser madrinha de casamento, Ino se surpreendeu, acreditando ela que a Hyuuga tinha muitas amigas. A Yamanaka desconfia que foi convidada por ser namorada do grande artista de Konoha. Sai continua sendo um artista que Hinata admira. Porém, independente de o motivo da Hyuuga tê-la convidada para madrinha, para ter Sai como padrinho, a Yamanaka percebe que Hinata a aprecia. E Ino gosta disso. A loira está com vontade de aprofundar essa amizade.

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A maioria das pessoas termina o banquete. O contratado grupo instrumental entra em cena. Neji e a namorada Tenten Mitsashi arranjam espaço para a dança do casal principal. Hinata segura a mão de Naruto. Os dois se levantam. Sorrindo, ela guia o loiro ao espaço de dança. O público assiste a dança do casal. N*ruto e Hinata sorriem para mais fotos. Hanashi toda emocionada os acompanha com o olhar lacrimoso. Ela pega um lenço e lima a face. Hiashi não sorrir, mas tem um olhar calmo sobre a filha. Genma e Izumo estão vislumbrados com a beleza da Hyuuga. Mas se vislumbram de um modo respeitoso. Os dois estão no casamento como convidados. Cada um está com uma acompanhante. Chouji Akimichi está como convidado. O presente de casamento dele foi fornecer os aperitivos a um preço baixo. O Akimichi está sentado com uma mulher que ele conheceu na festa. Depois de meia hora é que o casal pode aproveitar um ao outro. Sem que os dois se preocupem com as fotos. Trocam beijos. Olhares. Sorrisos. O Uzumaki se avermelha quando o estômago dele ronca. Sim. Ele ainda está faminto. A Hyuuga o deixa retornar à mesa e aceita a próxima dança. Menma é quem a convida. Quando Menma e Hinata começam a dançar, os casais vão preenchendo o espaço de dança. O Namikaze assiste a Yamanaka dançar com o Pejon.

— Tem certeza que quer manter a loira por perto? Sem meu dom o único jeito será o difícil: força-la a fazer terapia.

A perolada rir despreocupada. Ela descansa o rosto no ombro do cunhado. Com os dois girando lentamente, em um embalo, ela passa a ter a vista da Yamanaka com o Pejon.

— Ino traçou uma nova história. — Hinata descansa o rosto contra o ombro do cunhado:

— sabia que antes de ela começar a namorar Sai, o Sasuke a convidou para sair?

— Mesmo?!

— Com toda certeza. Mas ela estava super envolvida com o Sai e rejeitou o convite. E fez bem, pois não deu uma semana e Sai a pediu em namoro. Só faltou ela desmaiar.

— O Uchiha ainda voltou a lhe importunar?

— Não. Acho que ele está com o ego ferido. Por isso anda sumido. Quem está assumindo o lugar dele na empresa da família é o irmão mais velho. Itachi Uchiha.

Sasuke foi atrás de Hinata depois de três anos desde que foi perdoado por ela. Ele pessoalmente confirmou que ela continuava muito feliz com Naruto. Desesperado, ele implorou que ela desse mais uma chance a ele, porém Hinata não olhava para Sasuke com o amor que ele reconhecia quando eram namorados. Ela o olhava com o carinho e educação que dedicava a todos. Exceto para Naruto. Para Naruto, dos perolados saltavam um brilho intenso, quase o tempo todo. E perceber isso foi algo imensamente doloroso para o Uchiha. Hinata suspeita que quando Sasuke recebeu a notícia da data marcada do casamento, foi o dia que ele perdeu a esperança de tê-la. Ele a enviou uma mensagem, desejando, sinceramente, que ela fosse feliz. Foi em uma reunião de antigos colegas que ele reencontrou mais uma vez Ino. Ele sabia que ela tinha amizade com Hinata e por isso ele começou a prestar mais atenção nela. Para o azar dele, o coração da Yamanaka já estava domado pelo Pejon.

— Você apagou as lembranças de Naruto que envolvia os momentos de vocês dois juntos. Mas bastou ele revê-lo para fazê-lo recordar desses momentos. Já Ino. Mesmo ela recebendo a atenção total do cara pelo qual ela foi super apaixonada, não foi o suficiente para fazê-la recordar do sentimento que ela criou por ele. Estou segura de que ela não se dominará por nenhum sentimento ruim. E caso venha a ocorrer, eu sou forte o suficiente para lidar com a situação.

Menma sorriu. Amando a autoconfiança da cunhada. Hiashi está dançando com Hanashi. Depois de apreciar a dança com a esposa, ele vai até a filha. Pedindo a vez para dançar com a noiva.

— Dança aí. Vou convidar Hanabi para dançar. — O Namikaze fala para o senhor Hyuuga.

— Que seja só uma dança. — Hiashi mortalmente encara o Namikaze. Menma é mulherengo e muito velho para Hanabi. O senhor Hyuuga pensa assim.

— Credo. Claro que será só uma dança. — O Namikaze se sente ofendido com a insinuação do senhor Hyuuga. Ele vai até a Hyuuga entediada e permanecida sentada à mesa. Ela se anima com o convite dele, mas ela não nutre interesse amoroso em Menma. Ela o viu saindo com várias mulheres. E ela compreende que ele não a vê como alguém com quem gostaria de se relacionar. Mas tê-lo como companhia é divertido. Ele inicia a dança com uma pergunta:

— E aí? Quando vai pintar o cabelo?

— Só esperando o meu aniversário. Eu me considero com 21 anos, mas vou esperar a data que oficializa minha idade. Quero ver se meus pais vão arranjar desculpas.

Ela manteve o comportamento exemplar como filha e como estudante. Ela progride bem na faculdade de moda.

— As mulheres solteiras estão no cio por você. — Hanabi repara nos olhares perseguidores sobre o Namikaze.

— Prometi ao meu irmão que não ficaria de agarramento na festa. Tenho que me manter longe delas.

— Nossa. Está falando com nervosismo. É tão difícil se manter longe delas?

— Claro! Elas são muito gostosas! A de vestido vermelho sentada perto do altar está sem calcinha. Ela levantou a saia para mim quando eu saía do banheiro.

— Credo.

— Você está se segurando também para se comportar até o seu aniversário?

— Claro. Se não eu já teria pintado o cabelo.

— Não estou me referindo ao cabelo. Os amigos de academia de Naruto estão todos na sua cola.

— Quem são eles?

— Estão recostados na cerca. Perto do conjunto de violetas. Da direita para a esquerda são Konohamaru, Kawaki e Udon.

Hanabi espera ter a visão do lugar referido pelo Namikaze.  

— Meu Deus. São eles? Pensei que eles estariam acompanhados. São tão bonitos.

— Eles vieram juntos.

Hanabi fica toda animada e passa a jogar charme com o cabelo. Encantando seus admiradores. Mais tarde. Com o final do festejo. Hanashi proibiu de Hinata em ajudar a arrumar o lugar. A viagem para a lua de mel acontecerá no dia seguinte. Naruto e Hinata viajarão para a ilha de Samos. Grécia. Por enquanto eles não se importam de iniciar a lua de mel no quarto. Tiveram a primeira noite de amor na cama de Hinata, como namorados. E agora terão a primeira noite de amor, na mesma cama, como marido e mulher. Antes de se banharem juntos, eles decidem abrir os presentes. A Hyuuga começou pelo de Ino e se emocionou ao ser um álbum de fotos de capa dura. Por fora, o álbum parece um livro antigo e tinha o cheiro de deixar Hinata anestesiada. A Yamanaka não teve dificuldade de aprender sobre o gosto da Hyuuga. É um conhecimento que está enterrado no íntimo da loira. O presente que Naruto mais gostou foi o do irmão. Sandálias laranjas com tiras a imitarem o estilo que ambos usavam no reino de Samas. A diferença é que o modelo atual é de um material muito mais confortável. 24: 00H. O casal se deita na cama. Ambos nus. Ele a observa com o olhar namorando os cabelos destrançados e bem penteados; e as formas dignas de uma deusa. Hinata está admirando as formas perfeitas do Uzumaki. Elas seguem dignas de um deus grego. Eles amam suas formas físicas, mas não importa como fiquem dali a vários anos de casamento. Os dois têm certeza de que seguirão amando cada pedacinho um do outro. Ficando por cima dela. Encaixando entre as pernas. Sob o cobertor Naruto se declara, optando pelo modo antigo de falar, por achar mais romântico:

— Amo-te. Hinata.

A perolada sorrir. Tendo saudades de ouvir essa forma dele se declarar.

— Eu também o amo. Na-Naruto. — Ela geme o nome dele ao senti-lo iniciar a penetração. Os dois se perdem em prazer. Aí está mais um momento no qual eles intensificarão o amor deles.

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Mais cinco anos. Naruto está no terceiro emprego. Ele trabalhou como carteiro e em uma das fábricas perto de Konoha - fábrica que cumpre corretamente a política de redução de poluição de ar - e atualmente trabalha no restaurante Akimichi. O bar do Akimichi se transformou em restaurante com pratos um tanto incomuns no Japão. Naruto quem os prepara inspirado no que ele caçava em Samas. Fazendo empréstimos com Menma, o Uzumaki importa os ingredientes e as carnes exóticas. Naruto estuda a noite. Ele quer ser historiador. Teria muito sucesso como atleta. Ele recebeu vários convites, mas se seguir por esse rumo, ele teme se tornar alguém famoso que não tem tempo para a família. Ele escolhe por funções que não o deixem em evidencia para quem é de fora da cidade. Pois na cidade mesmo ele é bastante conhecido. O maior prazer da vida dele é curtir esposa e filhos. Boruto de 4 anos e Himawari de 2 anos. É sexta após meia dia. Naruto chega do restaurante Akimichi e estranha a casa silenciosa. Ele vai verificar se as crianças dormem, mas não há ninguém no quarto delas. Ele procura pela casa inteira. Ele encontra um bilhete grudado na geladeira. Hinata avisa que ela teve que levar Boruto para uma consulta pediátrica e ela acabou levando Himawari também. Naruto sorrir e vai tomar um banho. Depois ele desce para pôr o lamen para esquentar. Quem acha que ele só se alimenta de fartura em casa, por causa do emprego que tem, mal imagina que ele segue apegado às refeições rápidas. Principalmente tendo uma esposa tão louca por lamen quanto ele. Mas eles têm dias marcados na semana para comer algo saudável. Eles devem dar bons exemplos aos filhos. Depois de se alimentar, ele vai ao quintal dos fundos. O jardim segue bem cuidado. Naruto descansa na sombra da cúpula amadeirada e contempla as flores. Ele fecha os olhos em apreciação. A boca dele se move devagar. Ele pronuncia palavras que nem o absoluto silêncio permitiria alguém ao lado dele ouvir. Descansado, ele retorna para dentro de casa e ao fazer a curva, ele percebe a porta do ateliê aberta. Ele pensou que esqueceu de fechá-la. Quase a fecha, mas decide observar as últimas artes de Hinata. Dentro do ateliê, ele sorrir com a coleção de novos jardins pintados. Todos o fazem lembrar do jardim secreto em Samas. Um dos quadros emite um brilho forte. Os orbes azuis dilatam. Naruto franze a testa recuando um passo. Após um minuto, ele domina a surpresa que o consumiu. Ele se reaproxima. Estica o braço e encosta na tela. A mão atravessa o quadro e os dedos do loiro são soprados por um vento frio. É um portal! Como o que o Uzumaki avistou, quando esteve dentro do livro.

— Por favor. Venha. Naruto.

A aceleração domina o coração do Uzumaki.

— Essa voz- Deusa Kishah!

—  Não irei machucá-lo. Escutei-o durante todos esses anos. Tu ainda oras por mim. Por qual motivo?

— Me escutava! — os orbes azuis brilham intensamente:

— Menma acreditava que os deuses estavam tão distantes que eles nunca mais manteriam contato com o mundo humano.

— Eu estava distante. Naruto. Mas sua voz me alcançou. No início era um sussurro. Um sussurro tão baixo que pensei que fosse o vento soprando. Depois. Uma voz rouca. Hoje. Suas orações para mim me alcançam como uma bela canção.

O Uzumaki se sente feliz que as orações dele não foi em vão.

— Responda-me. Naruto. Por que todos esses anos orastes por mim?

— Porque eu podia não ter certeza se os deuses ainda existiam, mas sei que existiram. E oro por todos. Especialmente a você, uma divindade da Terra, a mãe da natureza. Quando amo a natureza. Eu sinto amar uma parte sua. Por isso. Desejo que a Deusa Kishah tenha a mesma paz que eu tenho, quando estou na natureza. Independente de onde a Deusa Kishah esteja.

Um silêncio é alongado pela divindade feminina.

— Não estás rancoroso comigo?

— Deusa Kishah pensa isso? Depois do que acabei de dizê-la? Quando meu irmão ainda tinha o dom dele, eu o pedi que escrevesse um bom futuro para Deusa Kishah, não importando onde ela estivesse. Ele me avisou que o dom dele não funciona com deuses, mas eu tive que tentar.

Kishah permanece não aparecendo em forma física, porém pelo som que ela emite, Naruto sabe que ela chora.

— Naruto. — Quando ela se recompõe o revela docemente:

— eu assisti sua família.

— O que achou dela? — ele pergunta animado. E essa animação comove a divindade. Esse ser humano é precioso. Ela reconhece.

— Linda. E eu tenho um presente para vocês.

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Hinata chega da visita pediátrica com os filhos. Ela pensa que Naruto está no escritório estudando. Porém, depois de banhar as crianças, ela vai ao escritório e está vazio. Ela arruma os filhos e pede ajuda deles para procurar o pai. O pequeno loiro de olhos azuis e dois riscos em cada bochecha é quem acha primeiro. Himawari está procurando o pai debaixo da mesa de centro. Ela tem os dois riscos também. Dois de cada lado do rosto. E os olhos bem azuis. De Hinata mesmo ela só herdou a cor do cabelo. A menina para de procurar ao escutar o irmão gritando “Eu achei! Eu achei!”.

— Mamãe. O papai está dormindo no quintal! — Boruto esbarra contra as pernas da mãe no caminho. Himawari sai da sala e alcança a mãe. A menina arrasta um panda rosa e branco pelo chão.

— Seu pai está dormindo no quintal? — a perolada estranha e quando chega no quintal, ela o observa estirado no gramado. Ela se abaixa e os filhos a imitam. Os três ficam acocadinhos. As mãos delicadas de Hinata balançam o marido.

— Naruto. Acorde. — Ela o chama carinhosamente.

As pálpebras dele se abrem devagar. Quando ele visualiza a família, ele sorrir e rápido se senta. Puxando os três contra um abraço forte. Boruto e Himawari rir. Hinata segue estranhando o comportamento dele.

— Que bom que chegaram! Boruto! Suba no meu pescoço!

O menino risonho vai para as costas do pai e se agarra firme em torno do pescoço do Uzumaki. Naruto se levanta carregando a esposa em um braço, e Himawari em outro.

— Amor. — Hinata se assusta. E a filha rir se divertindo. Himawari confia muito no pai. Hinata também confia, mas está achando algo estranho no comportamento do marido:

— o que está acontecendo?

— Vocês verão. — Naruto anda para dentro da casa e vai para o ateliê da esposa. Hinata não tem muito tempo para observar o lugar. Um dos quadros emitem o mesmo brilho que Naruto viu. E os três acabam indo parar em outro lugar.

É um jardim imenso. As cores do outono rodeiam tudo. Ao serem deixados no chão, Boruto e Himawari rindo saem correndo entre as folhas secas. Os dois se jogam em um amontoado de folhas, fazendo “anjo de folhas”.

— Mas- mas-

Hinata não consegue perguntar nada. Ela vai andando devagar. Girando devagar. No quinto giro ela para de frente para uma fonte com muita água pura escorrendo. É uma fonte que ela conhece de cor.

— É o jardim secreto!

— Sim. Não é o jardim verdadeiro. É uma cópia de como ele ficou alguns anos depois que eu deixei para sempre o reino de Samas. Descobri que minha mãe se refugiava nele quando ela era criança. Depois que ela se tornou concubina do rei, ela fez um pedido humilde de restaurar o jardim. O rei louquinho por ela atendeu ao pedido.

— Como soube disso? Amor?

— Kishah me contou.

— A deusa Kishah??!!

— Sim. Ela falou comigo hoje. Eu a perdoei e ela me presenteou com isso. Podemos entrar aqui, quando quisermos, por meio de seu quadro. Doce Hinata.

Ele aponta para um quadrado brilhante. Que está parado no ar. É um portal. Ele sempre se manterá aberto.

— Co-como-

Hinata está demorando para processar tudo.

— Crianças! Não vão para longe! — ela grita quando escuta as vozes dos filhos se distanciando. Eles voltam e começam a correr em torno da fonte. Himawari cambaleia várias vezes. Ela precisa diminuir a velocidade para não cair. O panda dela está se perdendo nas folhas outonais.

— Não gostou? Doce Hinata? A gente pode ficar aqui o tempo que quiser. O tempo passará devagar fora do quadro.

— E-eu gostei. Só estou surpresa. Foi algo muito inesperado. — Quando enfim Hinata consegue assimilar toda a nova situação, ela se entrega à diversão dos filhos. A família brinca toda juntinha. Naruto pensa no quanto o lugar será especial para eles. O Uzumaki poderá aproveitar melhor o momento em família caso venham dias que se sobrecarregará de trabalho.

— Acha que posso falar com a deusa Kishah? — Hinata pergunta baixinho. Em um momento que Boruto e Himawari dormem sob a sombra de uma árvore. O panda está deitado entre as duas crianças.

O Uzumaki arregala um pouco os olhos quando percebe que a deusa não falou mais nada desde que passou com a família pelo portal.

— Deusa Kishah? — ele chama baixinho. Repetidas vezes. Mas não é atendido. O portal continua aberto para eles saírem a hora que quiserem:

— eu não entendo. Tenho certeza que ela me perdoou.

— E se levarmos nossos filhos para a cama e aproveitássemos um passeio por esse jardim? Quem sabe a Deusa retorne com o tempo.

— É pode ser. É uma boa ideia. Quero muito que ela retorne a se comunicar comigo.

O Uzumaki sorrir. Os dois passam pelo portal. Hinata segurando a filha. E Naruto, o filho. Passou-se apenas um minuto no mundo externo. Os dois deixam as crianças bem embrulhadas no quarto delas. O outono está mais perto do inverno do que do ultimo dia de verão. A maioria das pessoas de Konoha anda de casaco pelas ruas. O presente de Kishah agora se denomina como “O jardim secreto da família Uzumaki”. Kishah fez um trabalho esperado de uma deusa. Ela criou um mundo imenso de pura natureza apenas para eles. A deusa nunca mais se manifestou. O Uzumaki acredita que ela não se acha merecedora de conviver com ele, depois do que ela fez. Mesmo tendo o perdão de Naruto, Kishah não se perdoou. Ela mesma se pune. Ainda com isso, o Uzumaki continuará orando pela paz dela. Explorando cada canto do mundo criado por Kishah, os dois não se preocupam em se distanciarem do portal. É notado que o portal os segue de uma distância razoável. Eles andam de mãos dadas. Ela está de casaco creme e acabamento branco. Uma calça azul marinha, colada nas pernas e botas marrons. Naruto está com casaco preto e laranja com dobras grandes pelos lados do pescoço. A calça e as botas também são laranja. Ao contrário do casaco da azulada que está de zíper fechado, o do loiro está aberto na frente. Dá para ver a camisa sob o casaco. A camisa é totalmente branca. Os cabelos de Naruto não mudaram tanto nos últimos anos. Os de Hinata, chegou o dia que ela preferiu cortá-los. Naruto não imaginou que ela pudesse ficar tão sexy de cabelo curto. Entre troca de beijos eles seguem pelo imenso e lindo lugar. Hinata ganhou buchinho depois da segunda gravidez e Naruto reduziu de massa muscular, não de forma exagerada. Mas se dá para notar quando ele está com pouca roupa. Mesmo assim, os dois permanecem achando um ao outro extremamente sexy. É um ardor que não para. É bom assim. Desfrutam do amor que germinaram e cuidaram para florescer. E têm certeza que o amor deles seguirá crescendo nos futuros anos que restam.  

FINAL