POV Freddie

Eu fiquei sem saber o que fazer ou como reagir.

Carly ficou nos olhando com um sorriso no rosto.

- Bem, eu preciso ir. – falei nervoso.

- Mas já. Fica mais um pouco. – falou Carly.

- Eu preciso fazer um trabalho. Até amanhã.- menti.

Sai rapidamente dali e rezei pra que pelos menos dessa vez a Sam resolvesse as coisas.

Fui pra casa e notei que minha mãe não estava.

Comi alguma coisa sem sentir o gosto.

 Fui tentar dormir e tirar aquele beijo da cabeça.

Fiquei revirando na cama até umas três horas da manhã.

Por mais que eu tentasse eu não conseguia esquecer o beijo.

Então, finalmente eu peguei no sono.

Acordei cedo e ainda morrendo de sono pela noite mal dormida.

Hoje teria aula então não poderia ficar até mais tarde em casa.

Não sabia o que iria falar para Sam quando nós dois estivéssemos sozinhos.

Levantei e fui me arrumar.

Tomei um café com minha mãe e depois resolvi sair.

Assim que ia fechar a porta saiu a pessoa que eu menos queria ver agora.

Ela me olhou por alguns minutos e parecia muito envergonhada.

- Como você está? – perguntei pra quebrar o gelo.

- Mais ou menos. E você? – ela perguntou baixo.

- Bem, só dormi um pouco mal. Sam sobre...- eu ia começar.

- Olha Freddie, eu não quero falar sobre isso. – ela falou.

- Sam, nós já nos beijamos antes e não ficou esse clima estranho, não precisa isso acontecer agora. – falei calmo.

- Precisa sim, pois dessa vez a culpa foi meia que minha. – ela falou.

- Então vamos ficar quites. – falei sem pensar.

- O que? – ela perguntou confusa.

Não respondi com palavras apenas com gestos.

Me aproximei dela e a beijei.

No inicio ela parecia surpresa, mas depois correspondeu.

Ficamos nisso até sermos interrompidos por alguém que estava tossindo.

- Vamos pra aula ou vocês dois vão ficar se agarrando no corredor? – perguntou Carly.

- O que foi Carly? Não se pode mais dar um oi pra namorada não? – perguntei com um sorriso.

- Uma coisa é um oi. Outra totalmente diferente é se agarrar em um espaço que passa muita gente. Não é mesmo Freddie? – ela perguntou.

Eu ia responder, mas alguma coisa estranha me puxou.

Eu olhei em volta assustado, mas não encontrei nada.

- Freddie você tá bem? Freddie. – falava minha mãe assim que eu abri os olhos.

Eu estava sonhando.

Respirei fundo e balancei minha cabeça pra tirar o sonho da minha cabeça.

Ele parecia tão real.

- Mãe posso ficar em casa hoje? – perguntei com minha voz falhando.

  - Por quê? – ela me perguntou preocupada.

- Eu não estou me sentindo muito bem. – menti. Se antes eu não podia encontrar a Sam, agora depois desse sonho eu nem sei sequer se eu ficaria em Seattle.

- Eu posso te levar ao hospital. – falou minha mãe alarmada como sempre.

- Não precisa. Eu tomo um chá e fico deitado. Deve ser só um mal-estar passageiro. – falei.

- Tudo bem, mas cuidado. Qualquer coisa me liga e vai ao hospital. – falou minha mãe paranoica como sempre.

- Ok mãe. Tchau. – falei e ela saiu do quarto.

Fiquei lá um tempo lembrando do beijo e do sonho.

Por que será que ela não sai do meu pensamento agora?

Resolvi mandar uma mensagem pra Carly.

Carly. Não posso ir a escola hoje, pois não me sinto bem. Avisa os professores e diz a Sam que eu estou bem e que eu espero que com ela também. Obrigado.

Escrevi e mandei pra Carly. Só falei da Sam para não deixar a Carly desconfiada.

Desci e fui comer alguma coisa.

Depois de preparar um café da manhã decente, sentei no sofá pronto para assistir alguma coisa.

Fiquei a manhã inteira em frente à televisão.

Resolvi sair um pouco de casa antes que as garotas voltassem da escola e vissem que eu estava mentindo.

Na hora que eu estava saindo encontrei com a Sam também saindo do apartamento da frente.

- você não foi à aula? – perguntei surpreso.

- Isso é pergunta que se faça. E bom dia pra você também Benson. – ela falou sarcástica.

- Bom dia! Eu só estranhei o fato de você não esta na aula agora. – falei.

- E você muito menos. – ela falou.

- Eu não estava muito afim. – falei.

Ela pareceu se lembrar de algo e ficou um pouco envergonhada.

Não pude evitar me lembrar do sonho.

- Como você está? – perguntei.

Isso mesmo Freddie. O que você pretende fazer?

- Mais ou menos. E você? – ela perguntou baixo.

- Bem, só dormi um pouco mal. Sam sobre...- eu ia começar.

Eu só poderia tá ficando louco mesmo. O que eu queria? Que aquele sonho louco se repetisse?

- Olha Freddie, eu não quero falar sobre isso. – ela falou.

O déjà vu nessa hora foi incrível.

Eu já sabia o que tinha que falar.

- Sam, nós já nos beijamos antes e não ficou esse clima estranho, não precisa isso acontecer agora. – falei calmo.

Agora só era esperar pelo que ela fosse responder.

Eu realmente não sei se eu teria a mesma coragem que eu tive no sonho, mas agora que eu comecei vou até o final, ou pelo menos eu acho isso.