POV Freddie

Abri meus olhos e senti muita dor de cabeça.

Senti que havia alguém deitado ao meu lado esquerdo segurando minha mão direita e fazendo pequenos movimentos circulares com o polegar.

Olhei pela janela e vi que era de noite.

Olhei para baixo e vi somente cabelos loiros.

- Sam? – minha voz saiu totalmente estranha.

- Até que enfim, já estava ficando preocupada. – ela falou me olhando.

- Que horas são? – perguntei.

- Ela soltou minha mão e virou a cabeça rapidamente.

- Já são 7 da noite. – ela falou.

Eu tentei levantar, mas minha cabeça doía muito, rapidamente coloquei minhas duas mãos na minha cabeça.

- Droga! – reclamei.

- Você não deveria se esforçar depois da febre alta que você teve durante o dia todo. Quase te levei ao médico. – ela falou.

Eu fiquei fazendo massagem na minha cabeça para ver se a dor diminuía.

- E o que você fez para ela diminuir? – perguntei de olhos fechados.

- tive que pegar gelo pra diminuir sua temperatura. Sabe eu sempre achei que era mentira essa história de que as pessoas deliram quando estão com muita febre. – ela falou.

- O que você quer dizer com isso? – perguntei cauteloso.

- Que você teve pequenos delírios enquanto estava com febre. – ela falou com um sorriso de quem havia acabado de aprontar algo.

- O que exatamente eu disse? – perguntei com um pouco de medo.

- Algo sobre comer coisas estranhas, banhos esquisitos, prova de Geografia. – ela falou e eu respirei aliviado.

- Mais alguma coisa? – perguntei.

- Sim, na verdade algo bem constrangedor, para você talvez. – ela falou.

O que será que eu falei?

- O que eu falei? – perguntei ansioso.

- Você não vai descobrir tão cedo lindinho. – ela falou com um sorriso e me deu um selinho.

Ok, isso foi estranho.

Ela já ia saindo do meu quarto.

- Aonde você vai? – perguntei.

- Vou pegar algo para você comer, já que desde ontem você não come nada. – ela falou.

- Você pode trazer algo para eu beber também, por favor? – perguntei.

- Tudo bem. – ela falou e saiu.

Eu estava pensando no que eu deveria ter falado para ela enquanto estava delirando quando ela entrou com uma bandeja.

- Canja de galinha feita pela Carly. – ela falou e ai eu lembrei.

- Droga temos que gravar o iCarly hoje. – falei já pronto pra levantar da cama.

- Não se preocupe nós já cancelamos o programa dessa semana. Agora come isso logo. – ela falou.

- tudo bem. – falei e comecei a comer.

Depois que terminei, Sam levou a bandeja para a cozinha, depois voltou e sentou na beira da cama.

- O que vamos fazer? – ela perguntou.

- Não sei. Eu não estou com vontade de dormir agora. – eu falei.

- que tal assistimos alguns filmes? – ela sugeriu.

- Pode ser. – falei e dei de ombros.

Ela levantou e saiu do quarto.

Depois de alguns minutos voltou.

- Vamos para a sala. – ela falou.

Peguei um cobertor e a segui.

Nos sentamos no sofá.

Ela pegou o controle e deu play.

Depois de um tempo ela acabou pegando um pouco do cobertor para se embrulhar também e encostou a cabeça em meu ombro.

Assim que o filme terminou notei que ela havia dormido.

Era de se esperar.

Atravessei o corredor e bati na porta da frente.

-Oi – falei assim que a Carly abriu a porta.

- Freddie o que você está fazendo aqui? Era pra você tá descansando depois da febre alta que teve hoje. – ela falou.

- a Sam dormiu e eu quero saber se ela vai dormir aqui ou pode dormir lá? – perguntei.

- Acho melhor não mexer com ela. – Carly falou.

- Tudo bem, te vejo mais amanhã. – falei.

- Tchau e melhoras. – ela falou antes de entrar no meu apartamento.

Ajeitei a o cobertor sobre a Sam e lhe dei um pequeno beijo em sua testa.

Depois fui para o meu quarto descansar um pouco.

Três dias depois:

Eu havia acabado de acordar quando de repente a Sam entra no meu quarto sem bater.

- Ainda bem que você está acordado. – ela falou.

- Bom dia pra você também Sam. – falei ironicamente.

- Como você está se sentindo hoje? – ela perguntou se jogando na cama sem se importar que eu ainda estava nela.

- Melhor, pelo menos a febre não voltou.- Falei.

- Ótimo. Tive uma ideia pro meu presente para a Carly e você vai me ajudar. – ela falou.

- E o que seria? – perguntei.

- Uma música. Como você toca podemos compor uma juntos. – ela falou.

- Então seria um presente meu e seu. – falei.

- não é só meu, pois eu que tive a ideia. – ela falou.

Respirei fundo.

- Tudo bem. Quer tomar café? – perguntei.

- Não precisa nem perguntar. – ela falou com um sorriso.

Depois que tomamos café, peguei meu violão e me sentei no chão da sala.

Sam estava sentada no sofá.

- o que você quer falar na música? –perguntei.

- Algo que fale sobre nossa amizade. – ela falou.

- Começa com algo e depois eu encaixo uma melodia. – falei.

Ela ficou quieta por alguns minutos e depois falou.

-Cause one and the same

We're anything but ordinary

One and the same

I think we're almost legendary

You and me

The perfect team

Shaking at the scene

One and the same

-Acho que realmente parece vocês duas. – falei.

- Agora encaixa a melodia. – ela quase ordenou.

Eu pensei por alguns minutos e coloquei algo.

- agora vamos continuar com a letra. – falei.

Ficamos a maior parte do domingo compondo.

- Acho que ficou legal. – ela falou.

- Com certeza – falei e fui guardar meu violão.

- Canta comigo no dia? – ela pediu.

- Não mesmo. – falei.

- Freddie. – ela falou.

- Não Sam. – falei.

- Toca Freddie. – ela continuou insistindo.

- Então me conta o que eu te falei enquanto estava delirando. – falei.

- Não mesmo. – ela falou.

- Então não.- falei quase cantando.

- Seu chato. – ela falou emburrada.

- acho melhor você ir pra casa amanha temos aula. – falei.

- Eu vou te convencer. – ela falou.

- Sonha. – falei assim que ela saiu.

Mas o presente “dela” me deu uma ideia.

Abri meu notebook e mandei um e-mail.

Logo depois meu celular toca.

Era a garota com quem eu queria falar.

- Freddie? – ela falou.

- Preciso da sua ajuda. – falei com um sorriso.

Com certeza a Carly vai gostar desse presente.