Snake Fangs escrita por Vic Teani


Capítulo 8
Party in the Slug Hole




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  Snake Fangs - Capítulo Oito

  Yvez comia em silêncio, enquanto todos os outros conversavam animadamente. Ninguém, fora ele, parecia ter notado a ausência de Farell. Exceto o pequeno garoto loiro sentado ao seu lado, quieto, brincando desinteressado com a comida em seu prato, o copo de suco de abóbora ainda cheio.
  - Flyn, você... - ele começou, preocupado, mas o garoto o encarou com aqueles olhos azuis penetrantes, e fez Yvez se calar. Ele sabia que havia algo realmente diferente naquele olhar, capaz de calar qualquer um. Uma força, um brilho tão forte... Aquele era um garoto que lutaria até a última fibra do seu ser pelo o que ele quisesse - e, fosse o que fosse, não era algo pequeno. Ele poderia ser apenas uma criança, ainda com a ingenuidade protetora da juventude, porém os anos passariam e revelariam a verdadeira ambição ainda dormente no fundo de sua alma. Um olhar capaz de fazer qualquer um ceder a sua vontade. Ele não seria mais sonserino nem se o sangue do próprio Slytherin corresse em suas veias. 
  Yvez se arrepiou ao lembrar como aquele olhar se assemelhava ao olhar do Farell de onze anos; aquelas orbes esverdeadas que eram seus olhos eram capazes de deixar qualquer um sem fôlego, e não por causa da beleza, mas da força e confiança que elas transmitiam. Ele odiava lembrar em quê aquele garoto tão cheio de vida havia se transformado. E, secretamente, temia que o mesmo pudesse acontecer à Flynn.
  - Não estou com fome - disse o garoto, desviando o olhar de volta para o prato.
  - Você precisa comer - ele insistiu - Eu sei que está preocupado com seu irmão mas... - Perspicaz, Flynn apontou para o prato do mais velho, praticamente intocado. Vencido, Yvez somente suspirou e deu de ombros. Seus olhos percorreram a mesa de sua casa, parando somente em sua irmã, que conversava animada com Milo. O garoto de cabelos castanhos apenas fingia interesse e isso era nítido para Yvez, mas aparentemente, sua irmã não fazia muita questão de enxergar esse detalhe. Sua irmã falava pelos cotovelos, tentando impressioná-lo, esquecendo-se de seu jantar. Ele não pode deixar de se perguntar o que Milo pretendia com Stella, mas esses pensamentos se desfizeram quando seu olhar caiu sobre a mesa da Grifinória. Toda a vez que via um dos cachecóis vermelhos, se lembrava de como as pessoas as vezes comentavam que ele poderia ter ido parar naquela casa; se lembrava também de como essa idéia lhe dava aversão.
  Quem lhe chamou atenção nessa mesa foi uma jovem loira, mas não loira como uma Dixon ou uma Malfoy. Seus cabelos, indecisos entre um liso e um leve ondulado, eram de uma cor viva, quase como ouro derretido. Seus olhos castanhos ocasionalmente paravam em Milo, mas só por um instante, antes de voltarem aos pergaminhos que ocupavam o lugar de seu prato. Apesar de lhe chamar atenção, sua curiosidade logo passou para a mesa dos estudantes que vestiam o bronze azulado da Corvinal. Dessa vez, se deteve a observar um garoto de cabelos quase brancos, com olhos de um azul exótico, que chamou sua atenção por causa de estranho chapéu que usava, que se assemelhava bastante a um elmo da época medieval. Era prateado, e na frente estava escrito, em um dourado chamativo: Praesidium Finiarius. Yvez se manteve olhando para aquela inscrição por um bom tempo, tentando adivinhar seu significado, em vão. A primeira palavra com certeza provinha do latim, mas ele nunca havia ouvido nada parecido com a segunda. Ele seguiu o olhar do garoto, que estava fixo em algum ponto mais distante... Em uma risonha garota da Lufa-lufa que conversava com algumas amigas, sem se dar conta que agora era observada por dois garotos.
  Yvez não pode deixar de ficar ligeiramente vermelho ao olhar para ela. Umedeceu os lábios, que de repente haviam ficado secos, e sem se dar conta, sua mão esquerda, que repousava sobre a mesa, se fechou. Ele praticamente não havia notado Loreena Hamish durante toda a sua vida escolar, mas naquele ano ela era uma presença constante. Se lembrou do dia anterior, da festa em que Slughorn praticamente se correu de raiva; a festa em que a equipe de quadribol da Lufa-lufa lotou a sala do diretor da Sonserina; a festa em que ele viu Milo agarrado com sua irmã em um canto... Sim, provavelmente a festa mais estranha que Hogwarts já viu.

   A sala de Slughorn fervilhava de alunos de todas as casas, porém não se via quase nenhum sonserino dentre os presentes. Dentre os poucos, estava Yvez, sentado em uma cadeira, sem muita vontade de estar ali, enchendo um copo novamente com cidra de maçã. Totalmente contrariado, o diretor da sua casa havia acrescentado toques negro-amarelados à decoração de sua sala, por uma questão de etiqueta, segundo ele. O assunto da noite era como Loreena Hamish, uma das artilheiras da Lufa-lufa havia marcado, sozinha, 80 pontos contra a Sonserina. Falava-se também sobre como o goleiro daquela mesma casa havia impedido todas as tentativas dos artilheiros sonserinos de marcar pontos, e como os artilheiros da Lufa-lufa marcaram mais 90pontos, totalizando um placar de 170 contra 150, quando o apanhador da Sonserina capturou o pomo-de-ouro. 
  Pela primeira vez em anos, a Lufa-lufa havia ganhado uma partida de quadribol, e isso somado à realização de um fato quase histórico: marcar pontos suficientes para que, mesmo capturando o pomo, a equipe adversária perdesse a partida. Como Slughorn havia oferecido a festa à equipe vencedora, agora ele tinha que agüentar sua sala cheia de lufanos, como se perder para os azarões não tivesse sido o suficiente.
  Porém, a verdade era que a maioria dos lufanos estava comemorando em seu salão comunal. Na festa de Slughorn, estavam basicamente o time de quadribol e uma meia dúzia de lufanos que haviam decidido se juntar a eles. Comemorando a derrota da Sonserina, os grifinórios se faziam presente em maior quantidade, e alguns alunos da Corvinal podiam ser vistos aqui e ali.
  Fora Yvez, Milo e sua irmã eram os únicos alunos daquela casa que havia, comparecido a festa; Milo só apareceu por educação, pois como capitão do time sonserino, se viu na obrigação de parabenizar a equipe adversária. Stella, por sua vez, tinha sido convidada pelo próprio Milo, e fez questão de aparecer com seu melhor vestido. Ele viu uma garota loira e alta da Grifinória discutir com Milo, e Stella a fuzilava com o olhar.
  Totalmente desinteressado, Yvez ficava sentado na mesma cadeira, enchendo o mesmo copo repetidas vezes, sem saber direito porque estava ali. Até que ela apareceu.
  Se espremendo entre a multidão, surgiu Loreena, com um vestido de alças longo preto que ia até pouco abaixo dos joelhos, bordado na barra com finos detalhes em amarelo forte. Usava saltos pretos, e os cabelos cacheados lhe caiam soltos sobre as costas. Os olhos castanhos fitaram-o cheios de alegria.
  - Me desculpe! - ela disse - Eu te convidei, não queria te deixar sozinho, mas uns grifinórios começaram a...
  - Gritar seu nome e te jogar para cima, eu vi - ele falou, sorrindo com o canto da boca.
  - Olha, eu te chamei aqui para você se divertir, e não para afundar as mágoas em cidra de maçã. Vamos, estão dançando As Esquisitonas lá do outro lado. É uma banda muito antiga, mas surpreendentemente boa.
  Ela o puxou pelo braço, tirando-o da cadeira.
  - Por que? - foi tudo que Yvez disse. Ela o olhou, sem ter certeza a que ele se referia.
  - Isso é uma festa, se supõe que as pessoas dancem.
  - Não - ele falou, sério - Por que me convidou? Nós mal nos falamos, tirando aquelas vezes...
  Ela sorriu, não só com os lábios, mas com os olhos e todo o corpo. A cabeça se ergueu, os ombros se levantaram; o corpo inteiro sorria para ele.
  - Eu te disse, vocês subestimam demais os lufanos.
  - Loreena! - veio uma outra voz, e um garoto surgiu de algum lugar entre todas aquelas pessoas - Eu estava vendo eles comemorarem com você, e então você sumiu... - ele usava um paletó prateado e uma calça azul escura; nos pés, sapatos sociais pretos e, coroando aquele vestuário exótico, uma gravata azul clara.
  - Ah, Lorcan! - ela disse - Eu vim falar com o Yvez. A propósito, Yvez Reagam, esse é Lorcan Scamander.
  - Ouvi falar de você - disse o moreno, apertando a mão do loiro - Parente de Newt Scamander. Me impressiona que nunca tenha se destacado nas aulas de Trato com as Criaturas Mágicas. Tenho certeza que deve ser a sua melhor matéria.
  - Ah, é - ele disse ele, desinteressado.
  - Um corvieno que não gosta de se sobressair por sua inteligência, interessante - ele comentou.
  Lorcan deu de ombros, colocando a mão nos bolsos.
  - Nem todos os alunos da Corvinal são iguais - os olhos azuis penetrantes analisaram Yvez por um momento tão rápido que ele não teria notado, se não fosse um ótimo observador - Pelo visto, nem todos os sonserinos também - ele acrescentou. Pegou o braço de Loreena e sorriu para ela - Vamos dançar?
   Sem graça, ela olhou para Yvez.
  - Eu já tinha chamado o...
  - Eu sou uma negação dançando, não se preocupe - o sonserino disse - Pode ir com ele, vai passar menos vergonha - ele acrescentou uma risada. Loreena ia falar alguma coisa, mas Lorcan a puxou pelo braço, se despedindo de Yvez.
  Ele se virou, querendo ir embora dali, mas se perguntando se não seria grosseiro com Loreena. Porém, ela parecia estar se divertindo com Lorcan, talvez nem notasse sua ausência... Mas logo deu de cara com sua irmã, agarrada ao braço de Milo.
  - Está se divertindo, maninho? - ela perguntou, sorridente. Stella não era assim agradável com ele em praticamente nenhum ocasião, mas deveria estar tentando impressionar, ou pelo menos não afastar o garoto pelo qual dizia estar completamente apaixonada.
  - Não parece estar se divertindo muito - disse Milo, sem dar a chance de Yvez falar - Mas acredite, não vai querer voltar para o nosso dormitório agora, está um clima tão tenso que eu posso jurar que alguém vai disparar uma maldição imperdoável só com o olhar a qualquer momento. 
  - Bom saber - Yvez falou, aproveitando o momento que um grupo de alunas da Corvinal foram até Milo para consolá-lo pela derrota no jogo, para se afastar. Ele nunca tivera nada contra o Campbel, mas havia algo nele que o incomodava. Talvez, ele pensou,  fosse só a presença recente e constante de Stella junto dele.
   
  Durante a festa,  Serafina Malfoy continuava sentada no corredor, paciente. Ou talvez um pouco impaciente, mas ela estava firme em sua decisão.
  - Vou te soltar - ela murmurou para o irmão, que ainda estava sobre o efeito do feitiço - Perdi o jogo de quadribol e estou perdendo a festa por sua causa, então quando eu o fizer, você vai me dizer o que houve, certo? O que aconteceu com você, porque esse não é meu irmão. Finite Incantatem.
  Os braços e pernas de Scorpius relaxaram, e ele inspirou profundamente, como se estivesse sem ar. Se apoiou nos cotovelos, olhando furioso para a irmã.
  - Me devolva minha varinha - foi tudo que ele disse, estendendo a mão direita.
  - Sim, eu vou devolver, para meu irmão, quando eu reconhecer que é ele a pessoa com quem estou falando. No momento, você é um total estranho.
  - Serafina, mão estou brincando, me devolva minha varinha agora ou...
  - Ou o quê? - ela perguntou, arqueando uma sobrancelha, com o sorriso sarcástico dos Malfoy. Independente de sua casa em Hogwarts, e, certos aspectos o sangue da família falava mais alto.
  - Me devolva logo isso! - ele gritou, se pondo de pé. Ela deu um passo para trás, colocando a varinha dele atrás das costas e erguendo a sua própria.
  - Se você pode pegar a varinha de mim, vamos, venha. Se você pode fazer alguma coisa, estou esperando. Caso contrário, você tem que fazer o que eu estou dizendo.
  Scorpius riu, sem humor, erguendo as mãos.
  - Maldito sangue Malfoy que corre nas suas veias.
  - Nas suas também - ela disse.
  - Mas você é a ovelha negra, que foi parar na casa errada...
  - Eu não estou na casa errada. Estou na casa certa para mim. O meu sobrenome pode carregar uma marca verde-prateada, mas meu nome agora carrega o rubro-dourado da Grifinória, e me orgulho muito disso!
  - Se orgulha de ser a vergonha da família...
  - Eu não sou! - ela gritou - Papai diz que está tudo bem, que ele conheceu grandes pessoas da Grifinória...
  - Óbvio que ele tem que dizer isso, é seu pai, não é mesmo? Ele não vai ficar jogando na sua cara a desgraça que você é!
  - Chega! - Serafina jogou a varinha de Scorpius com força contra ele, apertando os punhos. Abaixou a cabeça, tentando conter as lágrimas que estavam querendo fluir - Você não é meu irmão! O Scorpius que eu conheci era bom, gentil, amável... Não devia ter caído na Sonserina! Essa casa destruiu você! Foi um erro, só pode ter sido...
  - O Chapéu Seletor não erra - ele falou, a ira de repente desapareceu de sua voz e as palavras soaram frias.
  Serafina levantou o rosto. Os olhos verdes estavam marejados, mas ela não deixava nem uma única lágrima cair.
  - O que quer que seja, eu nunca vou aceitar que esse é você, porque eu sei que não é - ela disse - E eu vou descobrir o que te fez mudar, pode esperar.
  - Você pediu para ir para a Grifinória? - Scorpius perguntou quando ela se virou de costas para ele, a voz agora cheia de uma emoção que ele tentava disfarçar.
  - Não. Eu apenas sentei ali e pedi que ele não me julgasse pelas cores de minha família - ela se virou para ele novamente - Se você odeia tanto a Grifinória, porque sua namorada e seu melhor amigo são de lá? Por que você não fala com ninguém da Sonserina?
  - Albus não é mais meu melhor amigo - ele disse, as palavras lhe causaram uma dor inesperada.
  Serafina correu até ele, e olhando para cima, encarou-o nos olhos. Ele ficou preso ao olhar dela, ainda afogado nas lágrimas não derramadas.
  - Seu olhar - ela disse - Continua o mesmo. Todo o resto pode ter mudado, mas esse ainda é o jeito como você me olhava a anos atrás. Por que você está se escondendo atrás dessa fachada? Do que você está se escondendo?
  Uma lágrima solitária rolou pelo rosto de Scorpius. Ele ergueu a varinha e abraçou a irmã com o outro braço.
  - De mim mesmo - ele disse, sussurrando - Obliviate.
  Sua varinha emitiu uma luz branca translúcida, e Serafina se afastou, piscou e balançou a cabeça. Quando ela olhou em volta, estava sozinha, no meio de algum corredor de Hogwarts.

  Yvez foi para a cama naquela noite cansado. Depois de dançar, Loreena passou o resto da festa junto dele e de Lorcan. A comemoração se estendeu pela noite, terminando somente quando quase ninguém se aguentava de pé. Os três seguiram juntos até um certo ponto e se despediram, rumando cada um para seu dormitório. Ele não tinha visto a irmã ou Milo o resto da noite, mas esbarrou em Scorpius, que estava parado à entrada do salão comunal.
  Ele ia ignorá-lo, mas algo no jeito que o garoto o olhou o fez mudar de idéia. Algo por trás daquele olhar que tentava ser frio.
  - Tudo bem com você? - foi tudo que ele conseguiu falar, ainda pensando que, de alguma maneira, Scorpius havia contribuído para o que aconteceu com Farell, embora soubesse que fosse pouco provável.
  - Vá embora, Reagam - Scorpius disse, a voz pesada. Estava cansado, quase dormindo sentado quando Yvez o encontrou.
  - Não precisa dizer duas vezes - Yvez retrucou - Mas devia entrar antes que Filch passe por aqui.
  Ele não trocou mais palavras com Scorpius naquela noite. Estava com sono demais para discutir. Tudo que sabia era que, quando conseguiu dormir, o Malfoy ainda não havia entrado no dormitório.

  Flynn estava deitado em sua cama, sem conseguir dormir. Não sentia frio, mas puxou o cobertor até o queixo, em busca de qualquer proteção. Mas o que tanto o amedrontava, ele não sabia dizer. Sempre se sentiu seguro com Farell ao seu lado. Mesmo quando o irmão estava calado, mesmo quando ele não lhe dava ouvidos. Agora, com o irmão desaparecido, se sentia sozinho, desprotegido, até mais fraco.
  Sem conseguir dormir, se levantou e saiu do dormitório, ascendendo a lareira do salão comunal e procurando na sala o primeiro objeto que prendesse sua atenção. Quando, porém, ia até uma carta dos sapos de chocolate que alguém deixou cair no chão, teve a impressão de ouvir um barulho. Um som bem fraco, quase imperceptível. Parou o que estava fazendo, esperando. O som se repetiu, parecia vir de algum canto próximo a entrada do salão comunal. Foi até a parede e encostou o ouvido na pedra fria. O barulho estava lá, constante. Era como se algo muito leve estivesse se chocando várias vezes contra a parede, do outro lado. Esperando não encontrar Filch do outro lado da porta, ele abriu a entrada do salão comunal, e um objeto voou rapidamente para dentro, passando perto de seu rosto. Assustado, ele fechou a porta com força, caindo no chão quando recuou. Sentado, viu o objeto fazer uma curva no ar e ir até ele, caindo em seu colo.
  Era um avião de papel, com a ponta suja e amassada. Sabendo que era aquilo que havia provocado os ruídos, o pegou com cuidado e começou a desfazer o avião. A mensagem escrita com sangue o assustou, porém a assinatura foi o que chamou sua atenção. Farell estava voltando para Hogwarts.

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