Superfreddie escrita por Beto El


Capítulo 9
Como posso melhorar?


Notas iniciais do capítulo

Opa.
Atualização na superfic.
Feliz pra cara#$% com os comentários! Valeu!



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Setembro de 2008

Freddie está andando pelo corredor da escola, quando vê Wendy passando ao seu lado; cumprimenta-a, mas a ruiva mal lhe dá atenção, passando reto por ele. Wendy está com uma expressão vazia, como se fitasse o nada.

O garoto estranha essa atitude. De todas as garotas da escola, Wendy era a mais parecida com Sam, podia-se dizer que ela era uma ‘bad girl’ menos, diria Freddie, ‘aguda’ do que Sam; ela nunca o havia ignorado antes, eles se davam muito bem.

Por curiosidade, Freddie a acompanha com os olhos e a vê encontrar Sam, que é sua melhor amiga na escola, e lhe dar um abraço desesperado, começando a chorar.

De uma distância segura, ele foca sua audição nelas.

“E-ele me obrigou a fazer coisas... nojentas... aquele porco...”

“Wends... meu Deus, o que você foi fazer com um sujeito daqueles de 18 anos?”

“Snif... você sabe, eu adoro bad boys... ele parecia tão forte... mas eu nunca imaginei que ele fosse me estuprar...”

Freddie para de escutar. Quem seria aquele cara de 18 anos?

Algum tempo depois, no intervalo entre uma aula e outra, Freddie encontra Sam e a chama pra conversar.

“Ih, qual é, hein, nerdpira?”

“Eu ouvi a conversa entre você e a Wendy.”

“Deu pra me espionar agora, seu esquisito?”

Ela o pega pela camisa e o puxa para perto. Ele nunca esteve tão perto da pedra e a dor é imensa. Mas ele a suporta e fala:

“S-Sam... p-por favor. Eu quero ajudar.”

Sam foca em seus belos olhos castanhos e o solta, escutando o que tem a dizer.

“Eu ouvi que alguém abusou da Wendy. Quem foi?”

“Um carinha mais velho, chamam ele de Ox, é da zona norte. É um mau elemento, nem eu me atreveria a chegar perto dele.”

“Por favor, Sam. Tenta fazer a Wendy denunciar esse cara na polícia, é o único meio dele ser punido.”

“Já falei, ela não quis.”

“Eu sei que você consegue ser mais persuasiva, tenta de novo, por favor.”

“Tá. Só não sei do que isso vai servir.”

“Vai dar alguma coisa. Vai por mim.”

Ele coloca sua mão direita sobre o ombro dela, e a olha austeramente. Ela não consegue deixar de sentir uma enorme confiança com o que ele acaba de dizer, e acaba deixando sair um sorriso.

o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o

São dez da noite daquele mesmo dia. Freddie está em cima de um prédio, observando sua presa; o vento frio da noite move seus cabelos, e é possível ver um brilho vermelho em seus olhos. Ele está vestindo uma jaqueta, jeans e botas coturno, todos da cor preta.

O tal Ox está em um beco escuro e assustador, no meio de uma roda de amigos, cada um mais mal encarado que o outro, gabando-se do feito com a garota ruiva no dia anterior. Freddie aperta seus punhos, jamais sentira tanta raiva de alguém. A pressão exercida provavelmente conseguiria transformar carvão em diamante.

O garoto coloca o capuz da jaqueta sobre sua cabeça, respira fundo, concentrando-se principalmente em não exagerar e acabar machucando Ox, e salta do prédio, aterrisando suavemente em uma calçada distante do seu alvo. De alguma forma, nos últimos meses, ele parecia estar amortecendo sua queda. Freddie imaginava que era devido à experiência adquirida com os anos de prática.

Com o capuz bem baixo, de forma que não é possível identificá-lo, ele se aproxima do bando mal encarado.

“Olha, galera... um garotinho aqui, na nossa parada. Acho que vou cobrar pedágio dele...”

Freddie nada fala.

“O que foi, otário? O gato comeu a tua língua? Passa a carteira aí, vai.”

Um dos rapazes agarra forte o braço direito de Freddie; como resposta, ele pega esse rapaz pelo colarinho e o atira contra a parede, nocauteando-o.

Mais cinco rapazes partem para cima de Freddie, que, golpe a golpe, vai deixando todos desmaiados pelo chão, até restar apenas Ox.

Ox saca um canivete do bolso.

“Eu vou te furar! Se afasta de mim, eu vou te furar!”

O rapaz avança e dá uma estocada com a arma branca bem no meio do peito de Freddie. Com terror estampado no rosto, ele olha para a lâmina de seu canivete, que havia se entortado ao encostar no garoto mais novo.

“Oh, meu Deus... o que é você?”

“Justiça e vingança.” Os dois olhos de Freddie ficam vermelhos, dando-lhe um ar ameaçador. Ele pega o bad boy pelo colarinho e o levanta; neste momento, Ox urina em suas calças, chorando de soluçar.

“P-p-por favor... me deixa ir... n-n-não me mata...”

“Eu soube que você estuprou uma garota ruiva chamada Wendy ontem. É verdade? Não adianta mentir para mim, eu vou saber.”

Ox assente com a cabeça, ainda soluçando.

“Sabe, Ox... eu odeio estupradores. Agora, estou com uma vontade insana de te virar do avesso, e depois arrancar seus membros um a um. Seria tão fácil... ninguém jamais saberia disso, e, não sei, mas tenho a impressão de que ninguém se importaria com a sua morte.”

Ox começa a tremer e chorar mais ainda.

“Mas eu vou te dar uma última chance. Escute bem e atentamente. A garota já te denunciou na polícia. E você, isso mesmo, você vai se entregar na delegacia agora. Eu vou saber se você se entregou ou não.”

“S-s-sim, s-s-senhor...”

“Se você não se entregar, eu vou te achar tão fácil quanto te achei agora, entendeu o que eu disse? E o que você fez àquela pobre garota vai ser um passeio no parque perto do que eu vou fazer com você.”

“T-t-tá bom...”

“AGORA VAI!!!”

Freddie solta Ox, que sai correndo. Freddie escala um prédio e segue Ox, que realmente vai direto à delegacia mais próxima.

Freddie escuta o que ele diz e confirma que ele se rende às forças policiais. Ox é preso.

Ele se senta no terraço de um prédio, chateado. Se ele tivesse uma forma mais ostensiva para monitorar problemas, talvez pudesse ter evitado o que ocorrera com Wendy, alguém tão próxima dele. Ele suspira e se conforma. Há coisas que nem um supergaroto consegue fazer.

o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o

Alguns minutos depois, Freddie se encontra à frente da porta das Puckett. Ele aperta a campainha e é recepcionado por Sam, que estranha a visita. Ele nunca havia vindo sozinho à sua casa.

“Nerd? Isso são horas?”

“Preciso falar uma coisa com você. Posso entrar?”

Relutantemente, ela concorda, dando espaço para que ele entrasse. Os dois jovens se sentam no sofá da sala.

“Queria te pedir uma coisa, Sam.”

“Você? Precisando de algo de mim?”

Freddie coloca seus cotovelos nos joelhos, amparando seu queixo com suas mãos.

“Não pra mim. Pra Wendy. Fiquei sabendo que o tal Ox foi capturado. Mas Wendy... vai ser duro pra ela aguentar esta situação. Ela vai precisar de amigas, e é a você quem ela considera como melhor amiga. Será que você poderia dar um pouco mais de atenção a ela?”

“Eu sei qual é a sua jogada, nerd. Você quer me afastar da Carly, pra poder pegar ela!”

“Não é isso, eu juro.  Eu até prometo ficar longe da Carly, só vê-la quando você estiver por perto.”

“Não precisa. Eu vou fazer o que você pediu, pela Wendy.”

Os dois se levantam, Freddie vai em direção à porta.

Mesmo sentindo uma dor terrível, ele se aproxima da loira e lhe dá um beijo na testa.

“Eu sabia que alguma coisa dentro da Samantha Lang Puckett era boa. A gente se vê.”

Freddie vai embora, deixando para trás uma Samantha até certo ponto feliz com as recentes atitudes do amigo cada vez menos disfarçado de inimigo.


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Notas finais do capítulo

Muito obrigado galera!



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