Superfreddie escrita por Beto El


Capítulo 1
O início


Notas iniciais do capítulo

Espero que alguém leia isso. É muito diferente de qualquer história deste site, mas vou fazer uma coisa não tão voltada pra aventura, vão haver vários momentos creddie e seddie, tudo misturado com a mitologia do Superman.



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Agora - Estados Unidos, Cidade de Nova Iorque

Todos dizem que quando você está perto da morte, sua vida passa como um filme logo à sua frente. Enquanto ele luta contra a dor que domina cada fibra de seu corpo, buscando desesperadamente forças para continuar a batalha, fica se questionando se isso também acontecerá com ele, mesmo não sendo humano. Lutando para manter sua consciência, ele perde alguns milésimos de segundo para fitar as duas mulheres mais importantes da sua vida, Carly e Sam, que olham em desespero em sua direção, no meio das toneladas de escombros e cadáveres resultantes da luta que pode determinar a sobrevivência do planeta. Como ele esperava, elas não obedeceram o que ele havia lhes implorado que fizessem.

Mais um forte golpe na cabeça, e ele sente que está perto do limite, jamais alcançado anteriormente. E o filme começa.

Vários anos atrás - Outro sistema solar

Um planeta muito distante da Terra, chamado Krypton, estava à beira da morte. O povo kryptoniano não estava preparado para a tragédia repentina. Terremotos brotam em todos os continentes, vulcões nunca antes registrados explodem por toda a superfície.

Um casal da renomada família de cientistas El - Jor-El e- Lara-El - argumenta sobre as futuras ações que determinarão o futuro de seu primogênito e do planeta Terra.

“Jor-el, meu marido, não podemos enviar nosso único filho àquela terra selvagem! Há de existir outra saída!”, fala Lara, enquanto segura um pequeno bebê em seu colo.

“Você sabe que não há, amada esposa. Nosso planeta está condenado e nossas medidas de segurança falharam. Não temos meios de fugir. Apenas nosso pequeno Kal-El tem uma pequena chance, e o único planeta adequado que eu achei foi esse, do sistema 2814.”

“71% do planeta é coberto por água, marido. E quais são as chances de que algum nativo localize nosso filho? E pior, quais são as chances de que deem uma educação adequada a ele?”

“A chance é maior do que ficando conosco, querida. Dentro de quatro horas não mais existirá o planeta Krypton. Ademais, verifiquei que o planeta Terra é banhado por um sol imaturo, amarelo. Sob tal condição, nosso pequeno será um semideus em poucos anos, terá muito mais capacidades que um nativo. Com os poucos sobreviventes de nosso planeta, é uma esperança da cultura kryptoniana prosseguir. Para evitar problemas com aterrissagem em local impróprio, eu programarei o computador de bordo para localizar o local mais adequado para ele.”

“Eu... concordo com sua proposição, meu amado marido. É melhor arriscar uma pequena chance do que nosso filho perecer conosco.”

“Junto com nosso filho encaminharei este banco de dados com tudo o que sabemos. Kal-El há de se tornar um homem honrado.”

Relutantemente, a mãe coloca o bebê em uma pequena nave espacial, enquanto Jor-El finaliza as coordenadas em seu monitor. Ela aproveita para embalá-lo em uma coberta que mescla as cores azul e vermelha, ostentando também o símbolo da família, que se parece com um S em um trapézio.

“Adeus, pequeno Kal-El, o último filho de Krypton.” o casal se abraça e acompanha a nave, que começa a singrar o universo.

Dentro da nave, o pequeno bebê apenas sorri, sem entender o dramático momento. Poucos minutos após o lançamento, a nave automaticamente o coloca em animação suspensa para que suporte a longa viagem, que provavelmente durará anos.

“É chegado o momento, minha amada. Encontraremo-nos no outro plano.”

“Com toda a certeza, meu marido.”

O jovem casal se beija e perece sob o laboratório, que desaba devido aos terremotos.

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Março, 1994 - Estados Unidos, Kansas

Jonathan Clark Benson e Marissa Benson estão sobre um túmulo improvisado que não possui nem lápide. Na verdade, no buraco feito precariamente no seu quintal, jaz um pequeno feto que não chegou a ver a luz do dia. Seu nome deveria ser Fredward Clark Benson.

Eles moram em um local afastado da cidade, bem no interior do Kansas, na pequena área rural de Pearl. A família Benson não possui muitos recursos, e os parcos rendimentos vêm da mão de obra do pai, que trabalha em fazendas por uma quantia miserável de dinheiro. Marissa anseia por ter um filho, mas, aparentemente, ela tem algum problema físico que a impede de dar à luz. Com Fredward, já são quatro abortos seguidos. Como o pequeno feto foi abortado muito antes de se tornar um bebê, eles resolveram não seguir os trâmites legais para registrar o óbito. Dava muito trabalho e não compensava o esforço.

Após vários anos atravessando o espaço sideral, a pequena espaçonave em que descansa o bebê Kal-El se aproxima da atmosfera terrestre. Ela detecta sinais de satélites e automaticamente levanta um escudo que a torna invisível para eles. Ao mesmo tempo, calculando o tempo que levará para a aterrissagem, ela começa a cortar o fornecimento dos produtos químicos que mantêm o bebê alienígena em êxtase. O computador de bordo calcula onde há uma baixa taxa de nativos residentes, algo que Jor-El pensou minutos antes do lançamento. Locais com muitos habitantes não eram apropriados, pois a cena de uma espaçonave oriunda de outro planeta deveria provocar pânico entre aquela população atrasada.

Jonathan e Marissa estão abraçados na frente de sua isolada casa. O terreno não é muito fértil, mas mesmo assim o homem mantém uma pequena plantação próxima à cabana, e também um pequeno galinheiro, ambos para sustento próprio. Não fosse isso, eles já teriam morrido de fome. O casal se ama, mas nesta noite a tristeza se sobrepõe a tudo.

A noite está mais densa do que o normal. Há muitas nuvens no céu. Jonathan olha para o nada, abraçado a Marissa.

De repente, ele percebe ao longe uma miríade de luzes. Amarela, Verde, Azul, Vermelha... ele pensa que pode ser um carro de polícia, mas lanternas de viaturas têm apenas duas cores: azul e vermelho. Ele cutuca a esposa.

“Marissa, o que é aquilo?”

“Parece um carro de polícia... mas tem cores demais!”

Curioso, o casal se levanta e ruma em direção às luzes. Qual não foi a sua surpresa ao ver um objeto que parece saído de um filme de ficção científica. O objeto parece ser de metal, em formato oval, e está flutuando enquanto solta uma espécie de vapor. Tão logo o casal se aproxima, uma luz os escaneia e o objeto solta um ruído que parece uma espécie de linguagem, da qual ambos não entendem absolutamente nada.

“Oh, meu Deus, é uma espaçonave, estamos sendo invadidos por alienígenas!”

“Mulher, até acredito que é uma espaçonave, mas só se tiver um exército de duendes aí dentro, isso é muito pequeno. Melhor chamar a polícia!”

Mal o homem terminou a sentença, e um compartimento se abre em frente deles, revelando o pequeno bebê kryptoniano, que acaba de acordar. Ele tem alguns cabelos da cor castanha, olhos também castanhos, e tem um rosto adorável.

“Céus, é uma criança! Será alienígena?”

“Eu não sei Marissa, mas a gente precisa sair daqui e avisar a polícia!”

“Eu não vou abandonar esse bebê aqui ao relento!”

O bebê percebe a presença dos dois adultos e esboça um sorriso. “Gahhh guuhhh...”

“John, não vamos deixar esse menininho aqui!”

“Tá bom, pega ele e leva pra casa!”

A mulher, de forma destemida, aproxima-se da espaçonave e retira o bebê dela. Ao fazer isso, a espaçonave imediatamente cessa as luzes, sela  o compartimento e se enfia na terra, deixando para trás um grande buraco.

Assustado, o casal corre até a cabana.

Uma vez lá dentro, eles começam a discutir sobre o que fazer.

“Eu vou ligar pro Delegado Quintum, ele deve saber o que fazer com isso...”

“Ele não é isso, John! É uma bebezinho, veja, não tem nada de diferente pra um bebê normal.”

“É um alien, mulher! Pode ter vindo pra dominar o planeta!”

O bebê estica sua pequena mão em direção ao homem, e sorri quando o toca no braço. Jonathan não consegue deixar de sentir uma ponta de alegria após isso ocorrer.

“Você quer saber, eu sinto que é apenas um bebê normal que merece uma chance. Vai saber o que vão fazer com ele, dissecar, estudar... quer saber mais? Eu vou ficar com ele. E vou chamá-lo de Fredward Clark Benson.”

“Marissa, isso não é razoável, você tá pensando em fazer essa besteira por causa do aborto.”

“Não, John. Deus nos mandou esse menininho por algum motivo. Ele precisa da nossa ajuda. E vai ter, vou tratá-lo como trataria meu pequeno Freddie, que está ao lado do Senhor agora.”

Jonathan pensa um pouco. O que a mulher acabou de dizer faz sentido. Provavelmente estudariam este pequeno bebê, dissecando-o ou fazendo coisas piores para estudá-lo. E ele é tão adorável, não parece trazer nada ameaçador.

“Certo, Marissa. Seja benvindo à família Benson, pequeno Freddie.”, o homem diz, enquanto a criança pega seu dedo indicador direito.


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Notas finais do capítulo

Algum leitor? Mereço review? Obrigado!