Capítulo 55: O começo da batalha contra os tritões, rock e espinhos

- Destruam eles! – o vice-capitão fala quase gritando, os marinheiros correm pra cima dos dois jovens impetuosamente. Eram vários e de diferentes formas, alguns lembravam cavalos marinhos, outros peixes espada, outros pareciam moluscos, todos corriam furiosamente pra cima de Jonas e Gabriel.

- E eu pensando que nosso único problema aqui seria fazer o Hellt voltar. – Jonas fala carregando suas armas.

- Go to hell, agora a gente vai ter que lutar com esse circo de horrores todo! – Gabriel fala posicionando melhor suas mãos na guitarra.

- Reverbere a caixa craniana deles Gabriel! – Jonas fala e o músico não entende. – Quis dizer: estoure a cabeça deles com sua música! – o atirador explica.

- Agora sim eu entendi go to hell! SOM DO INFERNO! – o guitarrista grita dedilhando seu instrumento musical, a barreira de som é lançada nos tritões, a maioria se desvia, contudo os acertados caem com seus ouvidos sangrando.

- Agora é comigo! – Jonas se põe a frente de seu colega, empunha suas duas armas sentido aos inimigos. – Munição de explosão, carga média. – fala calmamente e começa a disparar, tiros certeiros que buscavam a cabeça dos homens peixe. Eles iam caindo um a um, porém muitos continuavam seguindo pra cima dos jovens impetuosamente.

- São muitos... – Jonas fala diante da aproximação dos piratas adversários, subitamente um pula até ele, o monstro visava um golpe com sua mão no atirador, no entanto Gabriel se apoia no ombro de Jonas e num impulso pula por sobre ele.

- SOM DO INFERNO! – a onda sonora atinge em cheio aquele primeiro homem peixe e vai derrubando os demais que se aproximavam. Gabriel cai de pé um pouco a frente de seu colega, ambos observam aquela enorme quantidade de homens peixes caídos e os capitães mais atrás.

- Agora só faltam aqueles, por estarem perto dos capitães devem ser os mais fortes. – o atirador fala.

- Parecem crianças, mas são bem fortes, agora é com vocês, vão! – o capitão fala a três homens peixes que se põem a frente e partem pra cima dos jovens. A velocidade e a destreza deles era de se admirar, se desviaram de todos os ataques de Gabriel e Jonas.

- Go to Hell! Como conseguem ser tão rápidos?! – Gabriel fala surpreso, subitamente um dos tritões aparece a frente dele e de Jonas desferindo um furioso soco para baixo, Jonas e Gabriel se desviam um para cada lado.

- Filhos da puta! Eles querem nos separar! – Jonas fala quase gritando.

- Você é esperto, resta saber se essa esperteza vai salvar sua vida! – a voz de outro homem peixe chega aos ouvidos de Jonas vinda de trás, o jovem se vira rapidamente empunhando sua arma, entretanto o monstro passa por baixo dos braços de atirador e desfere um furioso soco em seu abdômen o lançando pra mais próximo do mar.

- JONAS! – o músico grita diante daquela cena, porém na sua distração uma espécie de espinho é disparada contra ele, o garoto consegue desviar, mas aquele espinho passa rente ao seu rosto fazendo um pequeno corte.

- Preocupe-se com você moleque! – um homem peixe falara com seus braços a frente de seu corpo. Tinha um tom de pele mais amarronzado, olhos negros e grandes, boca com dentes serrilhados, uma grande barbatana começava em sua cabeça e descia por suas costas, sua única vestimenta era uma bermuda cinzenta, de seu corpo podia se ver alguns orifícios negros, principalmente na região do antebraço.

- Eu sou Cris, eu serei seu adversário músico. – o monstro falara com um sorriso demoníaco na face, de repente seus braços se incham e vários espinhos são lançados dos orifícios daqueles membros. Gabriel mal continha sua surpresa diante daquela situação, mas não poderia se dar ao luxo de apenas observar, estava diante de mais uma batalha de vida ou morte.

- REPULSA SÔNICA! – ele grita dedilhando sua guitarra e criando sua barreira, os espinhos batem e são rebatidos, são jogados a várias direções.

- Incrível! Essa “coisa” serve para defesa também, genial! – o monstro fala.

- Go to hell! Minha guitarra não é uma coisa, coisa é você seu... – uma forte dor no corpo faz Gabriel não terminar sua frase, ele se abaixa.

- Vejo que já está fazendo efeito, sabe meus espinhos carregam um veneno natural que meu corpo produz... – essas palavras de Cris fazem Gabriel se lembrar do espinho que o pegara de raspão no rosto.

- Desgraçado! Só um raspão já me fez isso... – o músico olhava tentando analisar seu adversário, “devem sair espinhos de todos esses buracos, mas que inferno eu só luto com os mais problemáticos!” pensava enquanto se levantava. – SOM DO INFERNO! – o músico grita disparando sua barreira, o monstro se desvia primorosamente.

- Infelizmente pra você eu sou muito mais ágil! – Cris fala inchando seus braços e disparando os espinhos no garoto, o peixe esperava mais uma defesa do garoto, no entanto foi surpreendido, pois Gabriel pula para lateral se desviando e atirando seu som do inferno.

- Agora eu te acerto, você não tava esperando essa! – o garoto fala. O monstro, durante seu pulo, vira-se de costas, seu corpo incha e quatro grandes espinhos são disparados contra a barreira sonora, eram tão grandes e foram disparados com tanta força que ao entrarem em contato com a barreira a destroem, os espinhos também são destruídos, mas Cris escapa sem ferimentos do ataque de seu adversário.

- Mais que merda go to hell! Ele ainda tinha uma dessas escondida... – o garoto fala na areia, ao tentar se erguer sua visão fica desfocada e ele cospe sangue. – Veneno... Go to hell!

- Você achou mesmo que seu ataque surpresa ia me pegar? – as palavras do peixe são acompanhadas de uma gargalhada. – Seu ser inferior! Lembre-se que você está enfrentando a sua evolução, você não tem a mínima chance de vencer alguém como eu! – Cris pensava: “moleque desgraçado! Eu só posso usar quatro arpões gigantes por dia e ele me fez gastar todos de uma vez! Pelo menos ele não me acertou senão seria o fim. Mas agora meu veneno deve estar tomando conta do corpo dele, esse músico mal conseguirá se mexer... A vitória é minha!”

O homem peixe tinha total certeza de sua vitória, ele ergue seus braços em sentido a Gabriel, ostentava um leve sorriso, contudo se surpreende ao ver o jovem roqueiro se levantar com dificuldade.

- Eu sou um pirata da tripulação do Navio ACD, eu não vou entregar a nossa caravela assim tão fácil! Também não vou deixar que vocês destruam a vida das pessoas dessas ilhas novamente. – o músico pensava sobre a história de vida de seu colega desenhista. – Toda a dor que vocês trouxeram para cá não pode ser apagada, mas se depender de mim esses dias nunca mais voltarão go to hell! – depois de tais palavras o jovem corre pra cima de seu adversário.

- Nós somos superiores humano! Nós ordenamos, vocês obedecem lixo! Se quer tanto assim morrer que morra! – o monstro argumenta quase gritando e dispara seus vários espinhos pelo braço, o guitarrista continua correndo, ele dedilha sua guitarra criando sua barreira e repelindo os espinhos, porém o fato de correr tira um pouco de sua concentração e o faz criar pontos mais fracos em sua barreira, alguns espinhos a perfuram e o acertam.

- Idiota! – o peixe fala com um leve sorriso, no entanto o jovem guitarrista que parara por um instante volta a correr. – Mas que merda é essa?! – Cris fala surpreso se armando para atirar novamente.

- Esses seus espinhos de merda não vão me vencer go to hell! – o garoto fala à medida que suas passadas aumentam.

- Morra sua peste! – a criatura fala atirando novamente, Gabriel faz sua barreira e desvia os espinhos do inimigo, surpreendentemente todos os espinhos são desviados. – Você quer intensidade não é? ENTÃO TOME! – o monstro grita inchando todo seu corpo, o músico sorri de leve e salta o mais alto que consegue.

- Acha que no alto pode escapar de meu golpe? – pergunta retórica feita em meio a gargalhadas. – Nem sua barreira mais poderosa te salvará disso, MORRA! – Cris grita se desinchando e disparando aqueles incontáveis espinhos no músico ao ar. Gabriel faz sua barreira, mas ela é destruída pelos vários disparos, vários espinhos se cravam no garoto, o sangue se espalha.

- Mas que merda! GABRIEL! – o atirador grita assustado por seu colega.

- Agora ele é só um cadáver caindo. – o peixe fala.

- Você acertou no fato de eu estar caindo, mas to longe de ser um cadáver! – o músico fala com ímpeto, vários espinhos estavam atravessados em seu corpo, mas nenhum em algum órgão vital.

“Ele fortaleceu a própria barreira aonde ela protegia os órgãos vitais, mas o que ele quer com isso? Espera ele ta caindo em cima de mim...” Cris pensa, pensou também em tentar fugir ou se defender, mas o garoto caia rápido demais.

- Vá comer minhocas homem peixe! – o músico fala segurando firme o braço de sua guitarra com as duas mãos. – GO TO HELL! – grita desferindo um furioso golpe com o corpo de seu instrumento na cabeça do monstro, os dentes do tritão iam se espalhando pelo local enquanto ele ia caindo.

- Mas o que foi isso? – o vice capitão pergunta.

- Óbvio, o garoto imaginou que se Cris disparasse com todos os poros do corpo ele abriria sua guarda então esperou que ele o fizesse, assim o moleque poderia golpeá-lo sem problemas. Se Cris tivesse um corpo mais resistente ou uma arma secreta escondida esse garoto estaria morto agora. Ele teve muita sorte. – o capitão responde.

- N-não p-pode s-ser... – o homem peixe fala, uma sombra o cobre nesse instante e ele começa a suar frio.

- Ainda insiste em ficar acordado é? Então sinta meu rock! – o garoto grita golpeando novamente, de cima para baixo, com sua guitarra na cabeça do peixe, repetiu o gesto mais duas vezes até ter certeza que o monstro estava desacordado. A face de Cris ficou toda inchada e com vários galos espalhados, havia tantos galos que até os galos tinham galos.

- Veneno desgraçado, go to hell! – o guitarrista fala caindo para trás.

- Do que adianta vencer uma batalha e perder a vida? Morreu pra defender esse barco e essas pessoas ridículos! – o vice-capitão fala.

- Quando a gente acabar com vocês eu vou rir muito e muito do bando de homens peixe que apanharam aqui e voltaram pra apanhar de novo! – o atirador fala olhando para um frasco com um líquido roxo que um de seus adversários carregava. Pensava: “Não se preocupem pessoal, eu vou proteger o navio e as pessoas da sua cidade Hellt, também não vou deixar o Gabriel morrer porque vou pegar o antídoto desses monstros!”

Gabriel venceu sua batalha, porém o veneno de Cris está o matando, resta ao atirador salvar seu colega pegando o antídoto de seus adversários.

Preview: 

- Meus óculos estão ruins, são dois iguais? – o jovem fala olhando os dois homens peixe que o atacaram lado a lado.

- Somos os gêmeos peixe, Liss e Hans, os melhores navegadores da tripulação de Erlec Jr! – um deles fala e é subitamente golpeado pelo outro na cabeça.

- Seu idiota, você fala demais, não é da conta desse humano quem somos e o que fazemos! – o tritão que golpeou fala furioso...

...................................

“Calma, eu preciso ter calma, o que eu sei sobre os tritões?” Jonas fala se colocando em postura firme, “Eles são mais fortes que um homem comum e, a julgar pelos golpes que levei, eles são bem treinados... Aquele golpe da doendo demais, mas vou fingir que estou bem, se eu demonstrar fraqueza eles me destroem, só tenho medo do que possa acontecer se eu receber outro desses!” no instante que o atirador termina seu raciocínio ele é atacado por Liss...

Próximo capítulo: O atirador e os gêmeos peixe, o estrategista, o furioso e aquele que fala demais