Whos That Girl? escrita por SmilerDream


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.
Ps: Na história as famílias (e todos em geral) aceitam e até apoiam a bissexualidade dos personagens.



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– Wow! - Zac se surpreendeu quando eu contei pra ele o que havia acontecido. O cenário agora era a sala de estar da casa dele. - Mas porque a mãe dela não tava tão arrasada quanto ela?

– Porque ela já desconfiava e eles brigavam quase todo dia. Ela já tava pronta, foi só uma confirmação. - Expliquei.

– Mana, isso é horrível. - Ele disse. Ficamos em silêncio. - Mas então, o que você vai fazer com a Miley?

– Como assim? - Me fingi de desentendida.

– É só um caso ou você pretende pedir ela em namoro ou algo do tipo?

– Ah, eu gosto muito da Miley, mas as coisas ainda tão delicadas. Vai depender de como ela reagir a essa bomba.

– Eu acho que tudo que ela precisa agora é uma namorada. - Ele me disse com um ar de "Se Toca!"

– É. Bom, a gente vai sair amanhã, quem sabe eu não faço o pedido aí.

– É, mas bola alguma coisa bem legal pro encontro e pro pedido. Miley não gosta de coisa meia boca não. - Ele me alertou.


(...)


Bati na porta da casa dela. O sol escaldante do verão machucava minha cabeça. Eu esperava com um buquê de flores, igual ao primeiro que dei pra ela. Miley abriu a porta, meio sonolenta e com o cabelo bagunçado.

– Dem? - Ela perguntou confusa. - Nosso encontro não era só mais tarde?

– Mudança de planos babe. - Falei bem sorridente. Como estava muito quente, eu usava um short jeans, uma blusa branca, uma camisa xadres preta com vermelha e par de óculos aviador .

– Claro, entra. - Ela sorriu. - Espera na sala, vou me arrumar.

Como indicado, fiquei na sala vendo fotos de família nos porta retratos de uma estante. Vi fotos da Miles bem pequenininha. Bem bonitinha. Hehe. Já tinha visto todas as fotos umas 20 vezes quando Miley desceu pela escada. Ela estava linda. Usava um vestido branco, bem simples e uma headband branca. Não sei como fiquei tanto tempo sem ela.

– Vamos? - Ela disse com um sorriso de orelha a orelha.

– Vamos! - Afirmei. Ela segurou a minha mão, fomos até o carro, abri a porta pra ela e comecei a guiar o carro. Ela insistia em saber aonde estávamos indo e eu continuava dizendo pra ela esperar para ver. Chegamos num local repleto de árvores. Parei o carro e de novo abri a porta pra ela. Tapei os olhos dela com uma mão e guiei-a com outra.

– Demi! - Ela ria. - Onde a gente tá?

– Você vai ver.

Andamos um pouco mais e revelei o local pra ela. Era um lugar alto, com muitas árvores, deserto e podiamos ver Los Angeles inteira. O sol começava a se por. Uma mesa com flores, velas e duas cadeiras estava ali, bem no meio da paisagem. Um garçom alto saiu de trás de uma árvore e de trás de outra, saiu um violinista, tocando uma bela música.

– Puxa Demi! - Ela falou. - Isso é incrível. Você é perfeita.

– Só fiz o que senti que era minha obrigação.

– Você adora esse discurso. - Ela brincou. Puxei a cadeira pra ela na mesa e sentei-me em frente a ela. Ela segurou minha mão e acariciou-a por um tempo. Ficamos conversando sobre vários assuntos e de novo, contava piadas. O garçom então chegou com uma bandeja e levantou a tampa dela. Ele revelou um belo prato de Gnocchi. Estava bem decorado e parecia delicioso.

– Desculpa por ser massa de novo, não consegui pensar em algo melhor. - Disse enquanto o garçom colocava os pratos na mesa.

– Não tem problema, eu amo massa. Se fosse outra coisa não sei se iria gostar tanto. - Ela falou com um sorriso arrebatador.

Nós comemos entre muitas risadas, ainda no clima de piadas. Quando acabamos, peguei a mão dela e sentamos num banco de frente pra vista da cidade. O sol já havia sido quase inteiramente engolido pelo mar distante. O garçom então apareceu com uma pequena cesta e nos entregou. Eu abracei ela enquanto olhávamos o fim do pôr-do-sol.

– Agora, a sobremesa. - Falei abrindo a cesta. Revelei vários morangos cobertos de chocolate. Peguei o primeiro e botei na boca dela. Ela mordeu devagar a ponta do morango e eu comi o que sobrou.

– Você fica sexy mordendo um morango. - Ela brincou.

– Você fica mais. - Eu não brinquei.

Aos poucos, ela foi se soltando. Peguei um morango, dei metade pra ela e a outra metade pus na minha boca e me aproximei dela. Ela pegou o resto e se afastou um pouco. A cesta estava quase vazia. Só sobrara um morango.

– É seu. - Falei sorrindo.

– Obrigada. - Ela agradeceu enquanto pegava o morango. Ao tirar o morango do lugar, ela pode ver um anel. Um anel simples mas bem bonito. Ela se surpreendeu. - Demi? O que é isso?

– Miles, baby. - Peguei o anel e me ajoelhei diante dela, que permanecia sentada. - Você quer ser a minha namorada?

– Claro! - Ela respondeu sorrindo. - Ela se levantou e me beijou apaixonadamente. Quando paramos o beijo, percebi que ela parecia a mulher mais realizada do mundo e isso me deixava muito feliz. Tudo que eu queria na minha vida era vê-la sorrindo, feliz.

– Espera um minutinho. - Falei me levantando e correndo em direção a um arbusto. Voltei com um radio sem fio e o coloquei em cima do banco. Apertei Play. - Me concede essa dança, senhorita? - Brinquei forçando uma voz mais grossa.

– Claro, porque não? - Ela brincou com uma voz misteriosa. Segurei a mão dela e começamos a dançar lentamente ao som de Better Together, do Jack Johnson. - Nossa música. Nosso primeiro beijo. Você é a melhor namorada que uma garota podia ter.

– Eu sei. - Brinquei enquanto dançavamos. Eu a segurava forte. Estávamos abraçadas.

– Esse abraço, é tão confortante. - Ela disse, com a cabeça encostada no meu ombro.

– O seu abraço é confortante pra mim. - Respondi. - Mas, aproveitemos a música. - Falei devagar. Após isso, ficamos em silêncio, apenas aproveitando o momento. Dançávamos bem devagar. Próximo ao final da música, ela desencostou a cabeça do meu ombro, olhou nos meus olhos por uns 30 segundos. Então, me aproximei lentamente e a beijei como nunca beijei antes. Nem no nosso primeiro beijo ou no beijo que acabamos de dar quando ela oficialmente se tornou a minha namorada. Meu coração parecia saltar do corpo e a música fugiu dos meus ouvidos. Ouvi anjos cantando e fogos estourando. Aos poucos, permiti que minha língua explorasse cada canto da boca dela. Era tão bom com ela. Selena não beijava com ela. Ninguém beijava. Me sentia no céu e era maravilhoso. Queria que esse momento durasse pra sempre.

Depois, levei ela pra casa e nos despedimos com outro beijo apaixonado na porta dela. Fui pra casa aos suspiros. Tenho certeza de que agora ela contava pra Tay pelo telefone ou mostrava o anel orgulhosa pra sua mãe.



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