E ela me faz tão bem

E ela me faz tão bem

Que eu também quero fazer isso por ela

Hodges observou aquela mulher em sua frente. Como podia ser tão, tão... faltavam-lhe palavras para descrevê-la. Os cabelos, os olhos, a forma como articulava as palavras. E ela estava ali. Com ele! Suspirou e disse:

- Sabe, Wendy, essa nossa conversa me fez muito bem. Muito obrigado!

- Fico feliz em ter ajudado um amigo a sentir-se melhor – respondeu ela, sorrindo.

- Amigo!

- Sim, ué?

- É que é a primeira vez que alguém do laboratório me chama de amigo...

- Ah, sim... – Wendy parecia meio aliviada, meio decepcionada com a resposta. O fato é que ela mesma não sabia se queria ser somente amiga de Hodges.

- Preciso ir agora.

Ela pegou sua bolsa, seu cardigan e levantou apressada. Parecia estar fugindo.

- Não pode ficar mais um pouco?

Wendy balançou a cabeça em negação.

- Tudo bem. Esse tempo já valeu à pena.

- Até mais!

- Até quinta! Amanhã é minha folga! – gritou Hodges enquanto ela saía pela porta.

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Hodges bem que tentou dormir, mas a imagem daquela mulher não lhe saía da cabeça. Ele reconstruía seu rosto, sua palavras, seus gestos e revivia os momentos que passaram juntos.Olhando para o teto de seu quarto ele divagava:

Preciso retribuí-la por ter sido tão legal comigo. Preciso não! Quero! É estranho mas quero deixá-la feliz só para ter a recompensa de seu belo sorriso! Devo estar maluco!

De repente, lembra de uma das coisas que Wendy havia lhe dito:

“- Morro de saudades de uns bolinhos caseiros que minha avó fazia. Nunca mais encontrei daqueles...”

- Já sei!

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No dia seguinte, Hodges pegou seu carro e saiu por Vegas para tentar encontrar os tais bolinhos. Wendy havia descrito como eles eram talvez só com isso fosse possível.

Minha folga e eu aqui dando uma de CSI... procurando bolinhos!

Tanto procurou que acabou achando.

Não é que são bons mesmo!

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Na noite seguinte, a caminho do laboratório, Hodges lutava para conter sua ansiedade. Chegando lá, foi logo procurar Wendy.

- Wendy! Boa Noite!

- Olá, Hodges!

Os dois estavam guardando suas coisas nos armários e não havia mais ninguém por ali.

- Tenho uma surpresa para você.

Ela abre a sacola desconfiada e um lindo sorriso estampou seu rosto quando viu seu conteúdo.

- Hodges! Não acredito! Muito Obrigada!

E, inesperadamente, ela o abraça. Foram apenas alguns segundos, o suficiente para Hogdes ficar estonteado com o perfume que Wendy exalava. Um perfume que ele já conhecia, mas que nunca havia sentido de tão perto.

- Você vai ter que me contar onde os encontrou!

- Contar? Não... Eu te levo lá.

Os dois sorriram com cumplicidade e seguiram para suas salas. Sentiam que algo havia mudado. Sentiam que tudo aquilo que guardavam dentro deles havia finalmente despertado!