PVD Alexis

Olá me chamo Alexis e tenho o dom de ver gente morta, muitos me achariam louca mais minha mãe acredita em mim e isso é tudo que importa.

–LEXI, LEXI- ouvi minha amiga fantasma á Emily me chamar

Olhei pra ela e vi que ela estava á ponto de ter um treco

–O que foi Emy?- perguntei sussurrando, estava na aula de português e não seria nada legal ser vista falando no meio da aula com o nada.

Emy me olhou com um olhar que demonstrava pena e dor.

–Sua casa pegou fogo. - falou meio hesitante.

Minha casa pegou fogo?Mais como?Será que minha mãe já viu?Se já ela deve estar tendo um treco.

–Minha mãe já viu?- perguntei um pouco distraída.

Pelo olhar de Emy as noticias ruins ainda não tinham acabado.

–Lexi, sua mãe estava na casa quando ela pegou fogo e não sobreviveu- falou Emy me olhando.

O que?É mentira!Tem que ser mentira. Isso não pode ser verdade.

–Emily, diz que é brincadeira. - falei um pouco alto de mais fazendo alguns alunos me olharem.

Emy me olhou e seu olhar já dizia tudo, ela não estava brincando. Minha mãe tinha morrido e agora eu estava sozinha no mundo, não teria mais ninguém pra cuidar de mim.

–Eu queria poder dizer que é brincadeira, mais ai eu estaria mentindo- não a deixei falar mais nada.

Levantei-me rapidamente fazendo todos me olharem e corri pra porta sob os protestos da professora, sai da escola o mais rápido que pude e corri ate á minha casa, chegando La tudo que eu vi foi á casa sendo consumida pelas chamas.

–MÃE!!-gritei com todas minhas forças, e corri pra dentro da casa.

Assim que entrei pela porta muita fumaça me atingiu e a maior parte das coisas já avia sido consumida pelas chamas, corri ate a cozinha onde levantei uma tabua solta que tinha no chão e peguei um caderno de capa azul com o nome “Brenda Mondly” gravado na capa, o diário da minha mãe.

–Lexi, você tem que sair da casa agora- falou Emy aparecendo na minha frente.

Olhei pra casa por uma ultima vez e corri para o jardim e assim que cheguei ao mesmo desatei no choro, sentindo um vazio enorme dentro de mim, era verdade agora eu estava sozinha.

Encolhi-me num canto perto dos balanços que estavam presos a arvore e chorei.

–Mamãe, não faça isso comigo, não me deixe sozinha, por favor- sussurrei repetidamente apertando o diário em meu peito

Minha mãe avia sido uma caçadora ate os 21 anos,quando eu completei seis anos ela desistiu da caçada para cuidar de mim,e esse era seu diário de caça. Falava de todo demônio, fantasma e qualquer outro monstro que ela já caçou.

–Lexi, eu sinto muito, vai ficar tudo bem, confie em mim- Fala Emy se sentando ao meu lado

Não consegui falar nada, apenas chorei mais no ombro da minha amiga fantasma

–Agora eu estou sozinha Emy, não sei oque devo fazer- falei após me acalmar um pouco mais

Emy me olhou com certa raiva, oque me arrepiou de verdade.

–Eu estou com você Alexis, sei que não sou sua mãe e nem estou viva mais eu vou cuidar de vc e vou te proteger sim, então você não está sozinha e pense bem você acha mesmo que sua mãe gostaria de te ver assim, ela ficaria decepcionada. -Fala despejando tudo em cima de mim

Aquilo me atingiu como um balde de água fria, ela estava certa, eu não estava sozinha, e eu aposto que estava mesmo decepcionando a minha mãe,ela não ia querer me ver chorando e reclamando,ela iria querer me ver forte e sem se abalar,eu já tinha decidido oque ia fazer.

Abri o diário da minha mãe na pagina marcada onde avia um numero pra emergências, era o numero de um caçador e eu tenho certeza que á minha casa não pegou fogo sozinha.

Peguei meu celular e disquei o numero

–Pra quem vai ligar?-perguntou Emy docemente

Mandei-lhe um sorriso triste

–Para os caçadores- falei por fim.

Esperei uns 10 segundos e á voz grossa de um homem cortou o silencio

–Alo?-Falou á voz masculina

–Alo,posso falar com Dean?-aquele era o nome escrito no papel

–è ele, quem é?-perguntou o Dean

–Me chamo Alexis Mondly e sou filha da Brenda Mondly, uma ex-caçadora- preferi deixar o sobrenome Winchester de fora

Ouvi um suspiro muito alto e umas vozes sussurrando algo ilegível

–Sim sabemos quem é, ouve algum problema?-Perguntou após alguns segundo de silencio

–Ouve sim, minha mãe foi morta por algum demônio- falei de uma vez

Ouvi um barulho de algo se quebrando

–Já estamos a caminho- falou outra voz e o telefone ficou mudo.

Agora tudo oque me restava fazer era esperar eles chegarem.

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