Amargo Regresso escrita por Aki Nara


Capítulo 8
Capítulo 8 - Amor




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_ Ah! Mas se o bom é provocar...– riu enquanto se aconchegava dentro dos braços de Ângelo. – Será que seus pais ficariam escandalizados se souberem que já adiantamos essa parte?

_ Você não tem ideia do quanto está ficando mais difícil resistir a essa tentação? – ele beijava-lhe os ombros com ardor.

_ Logo... Não vai precisar mais se controlar... – a tentação era recíproca, não resistiu a vontade de mordiscar-lhe os lábios.

_ Aiaiaiai... Isso tem troco... – ele sussurrava em seu ouvido enquanto mordiscava o lóbulo de sua orelha.

_ Mas... Ainda não fiz nada... – gemia a cada toque e carinho.

_ Quer continuar mesmo? – puxou-a para cima dele mostrando o quanto estava excitado.

_ Fará alguma diferença agora ou amanhã?

_ Agora! Garota perversa... – a alça lhe caia dos ombros.

_ Oh! Ângelo – ele se apossou de um mamilo sugando-o até que gemesse de prazer. – Faça amor comigo?

_ E com quem mais, meu amor... – a carícia seguia por sua cocha subindo até descobrir que não havia nada para ser retirado além da camisola, que logo foi esquecida no chão.

_ Então... Diga o meu nome... – sua voz soava rouca – Quem eu sou? – eles se olhavam enquanto ela abria-lhe o zíper da calça.

_ Minha Mai...

Ângelo a carregou para dentro colocando-a na cama e despiu-se deitando ao seu lado. Por um longo tempo ele apenas a admirou, as carícias leves lhe incendiavam o corpo a cada toque correspondido. Ela queria mais e estava pronta para recebê-lo.

_ Você é minha...

Aquelas palavras penetraram em sua mente. Mai percebia o quanto isso era verdadeiro naquele momento em que os corpos se uniam. Era muito mais que satisfazer o desejo de uma paixão, ela sentia algo doce e cálido, um indefinível preenchimento de felicidade, se existia, aquele era o paraíso.

– Para sempre! – ela conseguiu dizer.

Mai acordou sem Ângelo ao seu lado e obrigou-se a criar coragem para enfrentar o dia todo de preparativos do casamento. Ela foi cercada pelas mulheres da família durante o dia todo, mas conforme a hora ia chegando a multidão a deixava uma pilha de nervos e então ela pediu um tempo para si.

_ Ângelo! Está preparado para se amarrar mesmo? – Gilberto, o amigo zoava.

_ E por que não estaria? – ele sorriu.

Estava encolhida na grande poltrona e em dúvida se fazia alarde de sua presença, era bobagem acreditar que daria azar Ângelo vê-la vestida de noiva, porém não queria tirar a prova e continuou quieta.

_ Vocês se deram bem, ham? – viu Ângelo levantar a sobrancelha. – Seu pai sempre quis essa fazenda e mesmo oferecendo uma fortuna... O Sr. Nagano nunca quis vender... – Gilberto riu. – E agora... O velho morre e você vai ser dono de tudo aquilo casando com a filha dele.

Ângelo agarrou o amigo pelos ombros e o virou para a saída.

_ E se for o que é que tem? – olhou-o sério. – Venha! Pare de falar... Está na hora. O noivo não deve se atrasar.

_ Claro.

Uma sensação de frio gelava seu corpo, tremia de medo, ansiedade, apreensão, um coquetel de sentimentos negativos passava por ela diante do que foi dito.

_ Querida? – a senhora Costa entrava procurando-a. – Está na hora. O que houve? Você está pálida.

_ Nada... É que de repente me dei conta que estou só.

_ Oh! Meu bem... Você nunca estará só. Nós somos sua família agora.

_ É... – riu sem graça. – Estou sendo boba.

_ Está! – a senhora ajeitou-lhe o véu. – Agora um sorriso. Assim está melhor. Pronta?

_ Sim.

A marcha nupcial tocou quando ela entrou no salão da pequena igreja, o corredor até o altar pareceu-lhe uma eternidade enquanto caminhava sozinha, sorria sem ver realmente ninguém, pois seus olhos se enchiam de lágrimas que tentava conter.

Ângelo estava lindo em seu fraque, até a poucos minutos sentia-se tão feliz e nada nele indicava que tudo aquilo era falso. Ele lhe estendeu a mão sorrindo e ela se apoiou naquelas mãos calejadas pelo trabalho na fazenda.

Seus pensamentos se perderam enquanto o padre enaltecia os benefícios do casamento e só voltou para a realidade ao sentir a pressão de seu futuro marido em sua mão. Levou um tempo para sua mente sair da letargia causando um certo desconforto.

_ Cristina? – o padre indagava.


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Notas finais do capítulo

Será que ela vai dizer sim? xD