É no silêncio que escuto os gritos de minha alma

Em profunda agonia, desesperada buscando conforto

E na escuridão encontro um alívio agradável e momentâneo

Posso sentir a fria brisa noturna que banha meu rosto

E que me transporta a um lugar distante e esquecido

Tendo o tempo como inimigo dos sentimentos de outrora,

Que desapareceram em meio a um negro e profundo abismo,

Restando agora apenas frágeis fragmentos de memórias

Cacos de uma vida que se perde e some lentamente

Como água que evapora em meio ao sol escaldante

Posso sentir a fúria descontrolada dos sentimentos,

E a forma como se agiganta e dilacera aos poucos,

Este coração ferido que nunca encontrou um amor,

Pois a dor e a tristeza o confundem e o cega,

Mantendo-o cativo em uma prisão sem muros

Não vejo a luz branca e pura do fim do túnel

Não escuto a suave melodia que tocam os anjos,

Não sinto o doce aroma das flores do campo

O que me resta agora é...

Apenas o silêncio e a escuridão...!