Quando O Passado Pesa escrita por Kiahna Gallagher, Jane Maddison


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo para vocês, amores.
#Lumos



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O closet tinha o tamanho de meu antigo quarto (ignorei o aperto no meu coração ao lembrar de minha casa). Era simplesmente perfeito, tinha roupas lindas.

Como estava calor, eu decidi por um vestido, com um salto e maquiagem leve. Com um aceno de varinha, minhas unhas estavam perfeitamente pintadas e em meu cabelo formou-se um elegante coque que prendi com uma linda presilha.

Mesmo sendo mestiça eu fui criada na sociedade bruxa por minha mãe, Miranda Rawilen, que é chefe do departamento de leis da magia, no ministério. Sei como me vestir e me portar e não iria passar vergonha ou ser humilhada por Lord Voldemort.

(Roupa de Hellena: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=39707399&.locale=pt-br)

Desci lentamente as escadas e me dirigi ao salão de jantar (ou o que eu achava que fosse ele). Chegando lá vi 2 pessoas sentadas a mesa, mas nenhuma delas parecia ser Voldemort. Uma era loira e... Ah não! Merlin deve me odiar! A fuinha albina, aqui? Oxi, eu mereço?! Mas o segundo homem. Por Merlin, compensa a companhia da fuinha. Era alto, moreno e de olhos muito verdes, deveria ter por volta de 22 ou 23 anos. Perai! Ele é o rapaz das memórias (que não me pertencem)! Mais velho, claramente mais velho, mas mesmo assim. Tenho certeza que é o mesmo rapaz.

- HãHam. – Falei ao chegar no local.

Os dois homens me olharam, vi os olhos de Malfoy percorrerem meu corpo e os do homem moreno me olharem avaliativamente, como se decidisse se eu ficaria viva ou não.

- Ah claro. Draco, esta é nossa convidada de honra. Hellena. Vocês dois já devem se conhecer, não?! – Perguntou o homem, que tinha uma voz maravilhosa, por acaso.

- Si.. sim. – Respondeu Malfoy.

- Sim, - rolei os olhos – Nós cursamos o 7º ano. Ou cursávamos. Ainda não sei o que Lord Voldemort decidirá sobre mim.

Eu falei aquilo tudo com uma calma que não deveria me pertencer.

- Você não morrerá. Pelo menos não enquanto me servir de companhia. – Respondeu o homem moreno como se ele próprio fosse... Não! Impossivel.

- Como o senhor se chama? – Perguntei assustada. Como aquele maravilhoso homem poderia ele?

O homem gargalhou suavemente.

- Enquanto estivermos em minha casa, gostaria que me chamasse de Tom. – Disse ele sorrindo.

- Tom?! – Perguntei abismada.

- Ah, não me apresentei devidamente para a senhorita. Me chamo Tom Marvolo Riddle.

Então tudo fez sentido. Era um anagrama.

- Então é isso. Um anagrama. Tom Marvolo Riddle. I AM Lord Voldemort. – Disse eu, de forma que fiz o lindo homem e o Malfoy arregalarem os olhos.

- Como você sabe, menina? Como sabe disso? – Perguntou-me ele parecendo furioso.

- Uhm, é apenas simples lógica, senhor. – Disse eu, calma.

- Ah sente-se logo. – Mandou ele.

Eu apenas obedeci em silencio. O jantar logo foi servido por elfos domésticos.

- Então, vocês eram amigos? – Perguntou Volde... quero dizer, Tom, a mim e Draco.

- Não senhor. Nunca seria amigo de uma sangue ruim nojenta e vadia como essa. – Senti meus olhos marejarem, ele sempre me ofendeu assim. Não sei por que esta minha reação.

- Como ousa...? – Comecei a dizer, mas fui interrompida por Tom.

- Crucio. – Esperei a dor chegar, só então notei Draco gritando no chão. Olhei assustada para Voldemort.

- Pare Voldemort, você o esta machucando. -Disse chorando. Eu não suportava ver alguém com dor. Desde pequena fui assim - Pare Tom!

Ao ouvir-me chamá-lo de Tom, ele me olhou assustado, mas parou a maldição.

Eu corri até Draco que chorava no chão. Eu não poderia ver aquilo. Eu não o detestava, apenas ficava magoada quando ele e seus amigos me xingavam.

Ele me olhou com receio, mas não me afastou. Acho que estava fraco demais para isso.

Olhei com raiva para Voldemort.

- Olhe o que você fez a ele! Olhe bem! Você o machucou! – Gritei, com os olhos ainda cheios de lagrimas.

- Ele lhe ofendeu. – Falou ele, chegando perto de mim. – Eu apenas...

- Você nada. Se ele me ofendeu é problema meu. Eu nem sequer lhe conheço. Se quer me matar, faça isso agora. – Esperei pelo feitiço, mas ele não veio. Então me irei para Draco e o ajudei a ficar de pé.

- Não preciso de ajuda, Hellena. – Disse-me ele fraco.

Ri sem humor.

- Claro que não, Malfoy. Claro que não. – Disse já andando com ele apoiado em mim. – Agora vamos, mostre-me onde é seu quarto ou eu te levarei ao meu.

Aquilo pareceu estranho. “Meu quarto”. Aquele quarto nunca seria meu.

Voldemort só olhava tudo aquilo com os olhos arregalados. Creio que ele não seja acostumado a ter uma adolescente o enfrentando. Ele pareceu sair de seu estado de choque e apontou a varinha para Draco. Eu entrei em sua frente.

- Você seria capaz de levar um crucio por ele, garota tola? Por alguém que sempre lhe humilhou? – Perguntou ele. Falando assim até parecia loucura de minha parte. Mas não era, ele é um ser humano e sente também.

- Sim, eu levaria sim senhor. – Respondi de cabeça erguida.

POV Tom

Era estranho. Eu queria lançar um crucio no garoto, ela entrou na frente dele e o defendeu. Defendeu quem havia acabado de lhe ofender.

Essa menina me lembrava tanto Lorena, na aparência. E agora, com esta atitude. Eu parecia ver minha Lola ali, naquela sala, defendendo Abraxas, quando eu brigava com ele.

Mas aquele não era Abraxas, era seu neto. E aquela não era Lorena. Era apenas uma sangue-ruim.

Eu apontei minha varinha para ela, e disse as palavras:

- Crucio. – Vi ela se encolher, mas a dor pareceu não a atingir.

Ela me olhou interrogativa. Eu sabia o que houve. Só não queria admitir.

- É preciso querer usar uma maldição para conseguir usá-la. – Disse o abusado menino Malfoy.

A jovem Hellena o levou escada a cima. Eu os segui.

Ela o deixou deitado na cama e quando iria sair ele a chamou.

- Uhm, bem, obrigado Hellena. Obrigado por me defender. – Disse o Malfoy.

- De nada. Não deixaria ele lhe fazer mal, Draco. – Sorriu ao dizer isso e saiu do quarto.

Quando me viu, sua cara foi de ódio ao terror.

Eu a puxei pelo braço.

- Venha comigo, Hellena. Por favor. – Pedi o mais educadamente que consegui.

Ela estremeceu com meu toque, e caiu no chão gritando.


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Notas finais do capítulo

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#Nox