Blood Kiss escrita por Biasaya15


Capítulo 5
Um Cruzeiro Maluco - Parte II




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Já era de manhã, e eu estava acabada. Mia subiu a minha cama e arranhou minha cara.

- Mia! – eu gritei.

- Mia má. – Akira falou sentado em minha cadeira.

- AHHHH! SEU TARADO! O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO NO MEU QUARTO! AQUI É A ALA FEMININA! – eu gritei me cobrindo com o cobertor.

- Ei esquentada! – ele falou tapando minha boca com a mão. – Vim ver se você ainda estava zangada comigo.

- Eu não estava, mas agora nesse tocante momento em que você invadiu meu quarto, vou repensar um pouco. – uma veia saltou de minha testa.

- Foi mal. – ele falou fazendo um bico

- Tudo bem. – eu disse mais calma.

- Luna, eu sei que tudo anda meio conturbado, mas eu realmente gostaria que fôssemos grandes amigos. – ele falou meio meloso.

- E nós somos amigos. Mas até os grandes amigos brigam ás vezes, mas depois, tudo se resolve. – eu falei o abraçando, mas em seguida eu o soltei, pois sabia que pra ele aquele gesto era diferente.

- Eu sou um verdadeiro idiota. – ele disse meio frustrado.

- Ora, por quê?

- Porque eu podia ter escondido meus sentimentos, assim poderíamos ser amigos normais. No final das contas, eu sempre estrago tudo. – ele disse realmente zangado.

- Ora, o que é isso? O Akira que eu conheço nunca se culpa de nada. Ele diz sempre: eu estou certo, você não, a culpa é sua, não minha. Não fique zangado consigo mesmo. – eu falei com um sorriso.

- Você é que mudou. Antes me xingava o tempo todo  agora... Nem liga. – ele disse.

- Eu apenas amadureci. Deveria fazer o mesmo. – e nesse instante, saí da minha própria cabine, apenas não queria magoá-lo dizendo que eu estava afim de um garoto que queria matá-lo.

- Luna. – ele falou dando de ombros.

- Luna, o que foi? Problemas no paraíso? – Kaoro disse enquanto encostava-se na parede.

- Cale a boca. – eu falei séria e frígida.

- Lu-chan! – Sato gritou.

- Ah, oi. – eu falei praticamente atropelando.

- Nossa, o que será que aconteceu? – Sato falou, e logo os dois garotos estavam se fulminando com o olhar bem na sua frente. – GLUP. – ela engoliu a própria saliva.

- Já chega! Eu to muito cansado do seu joguinho! Quem é você? O que quer com a Luna? – Akira disse com as mãos nos bolsos.

- Fácil, quero levá-la de volta ao seu verdadeiro lar embora isso não seja da sua conta. – Kaoro falou com audácia.

- Saia do caminho da Luna! – Akira falou.

- Não. Quem devia fazer isso era você, afinal, eu e a Luna nos conhecemos a mais tempo do que você pode imaginar. – Kaoro disse o empurrando.

- Você não tem o direito de fazer a Luna chorar! As lágrimas dela não podem ser gastas por um inútil como você! – Akira falou lhe dando um murro na cara.

- Você não devia ter feito isso, seu idiota. Prepare-se para a morte. – Kaoro disse dando um chute em Akira que o lançou á parede.

- Porque insiste em machucá-la? – Akira gritou dando um murro na cara de Kaoro, que deu uma risada macabra.

- Me diga o que você realmente sente pela Luna? – essa pergunta de Kaoro deixou-lhe totalmente vermelho.

- Eu sou o melhor amigo dela! Embora ela não tenha os mesmos sentimentos em relação á mim, eu a protegerei de tudo e de todos! – Akira falou com os punhos vermelhos.

- Que pena, então terei de desaparecer com você. – Kaoro disse sacando sua Katana, nesse momento, Rose surgiu no corredor.

- Bem, vejo que o caçador de lobos ressuscitou, afinal. – ela disse com um sorriso cético.

- Quem é você? – os dois falaram ao mesmo tempo.

- Não sei. Já nem sei mais. Vocês são chatinhos, não? Eu pensava que os lobos eram mais divertidos. – ela riu.

- Ei, como sabe que eu sou um...

- Lobo? Sério, apenas um pateta pra não saber. Mas eu devo alertá-los que se quiserem permanecer em sigilo, é bom que parem com essas brigas sem sentido. – ela disse saindo.

- Como é o seu nome? – Kaoro gritou.

- Rose. – ela falou sumindo do corredor.

- O mesmo poder da Luna. – Akira falou assustado.

- Vou embora. Tchau. – Kaoro falou saindo depressa.

  E naquele momento eu me toquei que tinha saído correndo do meu quarto com minha camisola preta de seda curtíssima.

- Droga! – falei vermelha.

- Nossa, eu não sabia que gatinhas nessa escola andavam só com as peças íntimas. – o garoto de antes, Eric, falou segurando meu braço.

- Ora, me solte, seu... – eu parei ao lhe olhar nos olhos. Sua expressão era confusa, e ele, por um momento, parecia que estava prestes a chorar. Mas em vez disso, só me abraçou.

- Luna... Não acredito que seja você! – ele falou, agora sim, chorando.

- Como sabe meu nome? – eu perguntei me soltando.

- Luna, você não é o que aparenta ser. Mas eu já havia lhe dito isso, não? – Kaoro falou enquanto se encostava na parede.

- Kaoro. – eu falei me ajoelhando, pondo as mãos na camisola, evitando certos olhares pervertidos para a minha calcinha.

- Vamos para a cabine do Eric. – Kaoro falou pegando em meu braço e me levando para a cabine do desconhecido.

- Kaoro, então vai enfim me contar tudo? – eu disse em tom de ironia.

  Ao entrar na cabine, olhares se aplacaram contra mim. Era o certo grupo que havia entrado na escola naquele dia. Até Hannah estava lá. E mais uma vez eu havia me metido em confusão.

Capítulo V: Cruzeiro Maluco – Parte III

  Naquele momento o que eu mais queria era um buraco bem fundo onde me jogar. Kaoro permanecia segurando meu braço, como se eu fosse a coisa mais valiosa do mundo.

- E então? – eu o fitei em desânimo.

- Luna, desde que nos encontramos naquele dia você quis que eu lhe contasse seu passado, certo? – ele me olhou intensamente, e por um segundo, desejei que ele e eu ficássemos juntos.

- Sim, é claro. – a resposta saiu de imediato.

- Pois bem. – ele se virou para Eric. – Luna, todos aqui presentes pertencem ao grupo de caça á lobos.

- Eu sempre achei você estranho. – eu brinquei.

  Naquele momento o que eu mais queria era um buraco bem fundo onde me jogar. Kaoro permanecia segurando meu braço, como se eu fosse a coisa mais valiosa do mundo.

- E então? – eu o fitei em desânimo.

- Luna, desde que nos encontramos naquele dia você quis que eu lhe contasse seu passado, certo? – ele me olhou intensamente, e por um segundo, desejei que ele e eu ficássemos juntos.

- Sim, é claro. – a resposta saiu de imediato.

- Pois bem. – ele se virou para Eric. – Luna, todos aqui presentes pertencem ao grupo de caça á lobos.

- Eu sempre achei você estranho. – eu brinquei.

- Ate você. – ele sorriu ironicamente. – Ah, e todos aqui presentes tem mais de 500 anos de vida.

- Não pode ser. – eu falei sem acreditar.

-Há exatos 330 anos, enquanto nossos pais davam uma festa de aniversário para sua mãe, os lobos invadiram e mataram todos eles. – ele ficou sério. – Entende agora o porquê da minha repulsa para com seu amigo lobo? Sabe como eles mataram nossos pais? – ele gritou.

- Meus pais morreram em um incêndio. – eu murmurei com lágrimas sob os olhos.

- Sim, eles mataram nossos pais e depois, para parecer tudo um acidente terrível, atearam fogo na mansão. E nós já tínhamos a aparência que temos hoje. – ele falou curto e grosso.

- O QUÊ? E como assim nossos pais? – eu gritei no auge da fúria.

- Luna, todos aqui somos primos legítimos, fomos criados juntos desde o momento do primeiro respiro. Marin enganou você com essas memórias falsas. Os lobos mataram nossos pais cruelmente. – ele falou mais calmo.

- Luna, não se lembra de nós? Sou eu, lembra? Seu irmãozinho mais velho... – Eric falou com um sorriso consolador.

- Eric. – eu disse em uma vã tentativa de lembrar-me de algo.

- Você realmente não se lembra. – ele falou cabisbaixo.

- Primos. – eu pensei analisando Kaoro. É agora ele com certeza estava fora da minha lista de futuros maridos.

- Luna, venha aqui. – Eric falou me puxando para mais perto de si, me abraçando.

- Akira, ele não... Ele não é como os outros, ele é meu amigo. – eu falei enquanto chorava.

- Bem, até descobrir o que você é. – Kaoro falou.

- Com assim? – me soltei dos braços do meu irmão.

- Ele e a parceira estão aqui para encontrar e eliminar um dos sobreviventes do incêndio. Você, Luna. – Kaoro disse seriamente.

- Não - então me lembrei da conversa de Akira do outro dia “ Não, nós ainda não a encontramos.” E então, algo em mim morreu.

- Você nunca pertencerá á esse mundo. Só temos uns aos outros. Esses amigos, eles vão morrer com o tempo. Vão sumir. – Ikimi disse me acalmando.

- Eu entendi. – eu falei cabisbaixa.

- Que bom, porque amanhã mesmo todos nós iremos embora daqui. Vamos para nossa casa. – Hannah falou deixando a cabine, assim como a maioria.

- E minhas malas? Elas estão na escola. – eu falei preocupada.

- Tudo bem, compraremos mais quando chegarmos em casa. – Eric falou.

  Fui de mansinho até minha cabine e pus outra roupa, um vestido preto com partes de renda e outras de seda e um par de sapatilhas rosa. Deixei o cabelo solto e fui até a parte de fora do navio. Já era noite e uma festa estava sendo feita. Alguns estavam tomando drinques, outros curtindo romances lindos e outros apenas tentando se acostumar com os padrões elitistas.

  Meus supostos “primos” estavam em uma parte isolada, onde ninguém ousava ir, então eu os segui sem hesitar. Eu os vi pulando no mar, um á um, e então me desesperei; olhei para baixo e vi a lancha branca e brilhante, pilotada por Eric. Pulei depois de vários incentivos.

- Vamos fugir? – eu olhei de rapina para Kaoro, que estava bem ao meu lado.

- Sim, a diretora jamais permitiria que você viesse conosco. – ele falou com o semblante de sempre: o triste e confiante.

- Ah, que bom, eu vou fugir. – eu disse em ironia.

  Acordei e vi um teto curvado, e o chão tremendo.

- Kaoro? – eu resmunguei.

- Sim? – ele me fitou.

- Onde estamos? – eu perguntei.

- Em um táxi a caminho do aeroporto de Okinawa. – ele falou- Aliás, nós já chegamos. – ele abriu a porta par mim.

  Entramos no jatinho que segundo Kaoro, nos pertencia. Dentro havia de tudo, desde poltronas, até TV de plasma. Enquanto todos dormiam, eu assistia algo na TV e Kaoro apenas fitava o vazio.

- Porque vieram atrás de mim? – eu perguntei, tentando quebrar o gelo.

- Porque você é parte da família. – ele falou com uma calma estranha.

- Ah. – eu murmurei.

- O que foi? – ele perguntou, me fazendo ficar rubra.

- Nada não. – eu murmurei.

- Luna, você... – ele estava prestes a dizer algo, no entanto o jatinho parou e todos os outros acordaram.

- Chegamos! – Leila gritou – Já faz tanto tempo desde que nós andamos por aqui. Uns duzentos, trezentos anos.

- Onde estamos afinal? – eu perguntei.

- Na maior e mais aconchegante propriedade da nossa família. O vinhedo de Paris! – os olhos de Leila brilhavam.

- Bem, daqui pra Paris faz uns 30 km. – Ikimi disse com um ar de sabe-tudo.

- Tirando isso, tem duas piscinas gigantes, cinquenta quartos de luxo, uma sala de jantar espaçosa, o vinhedo, é claro, o roseiral da Luna... – Eric falou enquanto descia do jatinho.

- É realmente muito bonito. – eu falei com um sorriso afável no rosto.

  Enquanto os outros reviam seus quartos, eu caminhava sem destino pela casa. Kaoro apareceu e me conduziu até uma porta branca com borboletas rosadas. Ao entrar é como sempre sonhei que fosse. Eu havia me encontrado.

  O quarto tinha as paredes brancas com borboletas rosadas desenhadas perfeitamente e rosas vermelhas. No centro havia uma cama de casal de modelo antigo na cor branca, cortina de tecidos finíssimos nas cores rosa e lilás e ás vezes, marfim. Havia um lustre pequeno e delicado no teto, uma penteadeira branca de modelo também antigo, repleta de perfumes caros, escovas, maquiagens delicadas e um espelho enorme.

  Havia outra porta que dava para um banheiro, de paredes brancas com uma banheira branca e linda. Era perfeito.

- Ainda tem o seu cheiro. – Kaoro falou a me ver daquela maneira.

- Como lembrar? – eu murmurei um pouco triste.

- Vamos, sei de algo que alegrará você, Luna. – ele falou puxando minha mão, e em um pulo estávamos no roseiral. A brisa de outono balançava meus cabelos.

- É bonitinho, e daí? – eu olhei para Kaoro.

- Bem, eu mandei que fizessem isso tudo no dia do seu aniversário de 16 anos. São suas flores preferidas. – ele apertou minha mão.

- É isso é verdade. – e aí eu me lembrei do dia em que ele me levou pela primeira vez para ver o roseiral. Eu estava com um vestido azul de mangas compridas e sandálias pretas, e ele de smoking.

- Parabéns. – ele tirou as mãos de meus olhos.

- Nossa Kaoro, é lindo! Obrigada. – eu o abracei.

- De nada. – ele falou vermelho.

- Está vermelho como sempre. – eu ri.

- Não é nada disso, Luna. – ele ficou nervoso.

  E então, voltei para á realidade.

- Kaoro, poderia me acompanhar até Paris? Preciso comprar roupas e calçados novos. – eu falei afastando minha franja com os dedos.

- É claro. – ele sorriu. Ele estava feliz. E isso aqueceu meu coração.

- Vamos, vamos! – eu sorri enquanto o puxava, e ele sorriu também. Tudo estava voltando ao normal.


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Notas finais do capítulo

DESCULPEM A DEMORA, MEUS AMORES, ESPERO Q TENHAM GOSTADO.



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