Monarquia escrita por Susann Escritora


Capítulo 9
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Oi, aqui é a BitingNargles, a beta. Espero que gostem! Tudo da AN, só com uma pitada de BN. Divirtam-se.



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Reneé trazia Anni pelas mãos, ela chorava em silencio...


Assim que Annika me viu, correu pra mim. Eu me abaixei e abri os braços, quando ela se chocou contra mim foi como se o meu coração estivesse inteiro de novo. Ela fungou na curvatura do meu pescoço, senti as lágrimas molharem a minha camiseta, aquilo me partiu o coração, eu a abracei mais forte, ela ainda estava de uniforme e a bolsa estava jogada em qualquer lugar da minha sala, ela tremia no meus braços por conta dos soluços violentos que eram acompanhados de lágrimas grossas, eu me levantei e sentei-me sofá colocando-a no meu colo, abracei Anni forte.


_Olha, a mamãe te ama, tá? _ ela assentiu com o rosto ainda banhado de lágrimas.


_Eu também te amo muito, mamãe! _ ela tentou sorrir mais fracassou, Edward a pegou dos meus braços.


_Bella... _ ele ia sussurrar alguma coisa mais eu o calei, me levantando e pegando a minha bolsa.


_Eu vou ficar bem, cuide bem da Anni _ eu disse, beijando sua bochecha e a testa da minha querida filha, que estava mais calma agora, ela se distraia facilmente com o pai.


_Renée eu disse assim que fechei a porta da sala.


_Olá _ ela tinha um sorriso perverso nos lábios. Aquilo apenas me irritou mais.


_Como pôde machucar uma criança de 6 anos de idade? _ perguntei com as mãos fechadas em punhos, eu podia sentir minhas unhas penetrando a pele da palma da minha mão.


_Só quis dar a prova do que sou capaz _ ela disse e abraçou meu pai que me olhava com ódio e rancor de alguma coisa, senti meu coque mal feito ser desfeito e meu cabelo ser puxado com força. Aquilo fez minha cabeça latejar, mas eu aguentei firme, afinal eu não era mais uma garotinha e eu podia muito bem dar um jeito naquilo.


_Vocês não vão se safar dessa , quero ver na hora que a Imprensa ficar sabendo de tudo, Rainha da Inglaterra _ eu disse com deboche, o que me rendeu mais um puxão de cabelo só que agora mais forte. Era Charlie quem puxava meus cabelos e por eles estarem cumpridos a dor apenas se intensificou. Eu estava tão distraída com Reneé que nem notei quando o filho da puta saiu do lado da bruxa e começou a puxar o meu cabelo.


Depois disso, nada mais foi dito durante toda a descida do elevador até a garagem do prédio onde ficava a empresa .


POV Renée.


Era uma manhã de quarta feira e eu estava e casa, sem nada para fazer. Katherine estava na biblioteca e antes do meio dia iria pra Grécia fazer mais uma faculdade, essa menina me traz orgulho, eu sorri com o pensamento, mas ele murchou assim que veio a imagem das duas meninas na minha cabeça.


Isabella Marie Swan, esse nome me trazia repulsa, ódio mortal, então eu saí da sala de estar e subi pro meu quarto, onde eu troquei de roupa e me arrumei. Era hora de dar uma lição na mal agradecida da minha queridinha filha.


Peguei minha bolsa e saí enquanto todos estavam dormindo, chamei James, o imprestável do nosso motorista, ele dirigiu lentamente até a casa de Isabella, aquilo me irritou profundamente. Sorri malignamente quando o carro estacionou na frente da casa de Isabella.


POV Bella


Quando eu avistei o carro preto da família Swan me arrepiei. Lembrou-me do o dia em que a minha vó foi enterrada , e aquilo me trouxe um frio na barriga, e se a minha mãe me assassinasse como fez com a própria mãe ? E como iria ficar a minha filha? Edward cuidaria bem dela? Será?


A viajem até o lugar onde eu morava parecia demorar a eternidade eu não via a hora de acabar com tudo e mandar os dois de uma vez por todas pra trás das grades.


_Bem vinda de volta, senhora Isabella _ disse Melissa, a governanta, ou Mel como eu gostava de chamá-la quando era menor, é uma amor de pessoa. Uma mulher bonita apesar de já estar na casa dos 60, ainda assim é muito ativa e nem parece que já tem tudo isso.


_Me chame apenas de Bella, Mel _ Ela sorriu e me deu passagem pra entrar naquele lugar que há muito foi meu pior pesadelo e a minha realidade.


_E então o que querem? Digam logo. _ eu disse impaciente, olhando ao redor, estava tudo no lugar como sempre, os quadros, o candelabro, tudo.


_Você descobrirá _ Renée é mesmo uma cobra. Ela sorriu falsamente pra mim; eu conhecia o olhar dela , ela estava arquitetando alguma coisa, o cheiro do perfume dela me deu ânsia de vômito, larguei minha bolsa em algum canto da sala e corri pra um dos banheiros da parte de baixo, o perfume era horrível, quando eu era menor eu sempre vomitava quando ela passava aquela droga de perfume.


Depois de lavar o rosto e encarar a mim mesma no espelho, ao ver-me pálida com os lábios mais vermelhos que o normal eu decidi que iria mudar o curso da minha vida.


Passei a tarde no meu antigo quarto, mais precisamente na minha biblioteca particular, os títulos ainda estavam do mesmo jeito que eu tinha deixado. Fui até a minha escrivaninha e lá estava o livro que eu li dezenas de vezes, ou até centenas talvez, ele estava empoeirado por ter estado tanto tempo sem ser mexido ou tocado, O Morro Dos Ventos Uivantes, de Emily Brönte


Depois de reler minhas partes preferidas do livro, fui tomar um banho, o banho foi quente e demorado, deixei as mágoas e a dor serem sugados pelo ralo. Lavei meus cabelos e saí vestindo um roupão. Troquei de roupa, colocando uma das minhas antigas camisolas que eram neutras, apenas brancas até perto do joelho.


Acordei no meio da noite com o cheiro de Whisky perto de mim, Charlie estava parado próximo à minha cama.


_O que ... - ele tapou a minha boca e se deitou em cima do meu corpo. Eu queria gritar, mas não conseguia, Charlie colocou as mãos por dentro da minha camisola e abriu o fecho que ficava na frente do meu sutiã.


_Quietinha, minha vadiazinha ele disse no meu ouvido, aquilo me causou repulsa, tentei empurrá-lo, mas ele me ignorou e arrancou com força minha camisola, deixando à mostra meus seios, eu estava apenas de calcinha, isso me fez lembrar quando eu tinhas 17 anos ele fez a mesma coisa, só que depois ele me esmurrou como um louco e gritava comigo, e eu chorava, eu tinha, e ainda tenho medo.


Ele começou pelo meu pescoço e depois foi descendo até os meus seios , minha lágrimas desciam pelo meu rosto enquanto eu pedia pra ele parar mas quando fazia isso ele me machucava, por fim ele sentou por cima da minha barriga e ficou nu, meu choro se intensificou e eu gritei. Ele arrancou minha calcinha e me penetrou com violência.


_Geme pra mim gostosa e apertadinha _ ele dizia e forçava mais a entrada do pênis dele no meu sexo, isso me fazia chorar mais e gritar de dor. _POR FAVOR PARAAAAAAAAAA _eu gritei cravando as minhas unhas do rosto dele. Parecia que estavam enfiando adagas na minha vagina. _VADIA _ gritou ele, vermelho por causa da excitação e raiva, me estapeando o rosto e apertou meus seios com força, gritei, o que parecia deixá-lo satisfeito. Decidi parar de gritar.


Ele estocava cada vez mais forte , eu chorava como nunca, quando ele atingiu o seu ápice, saiu de cima de mim e ainda tentou me beijar, mas virei o rosto, me encolhendo. Eu estava suja, aquilo mostrava que eu estava de volta ao meu pior pesadelo, minha ANTIGA VIDA.


Essa mesma rotina se repetiu por mais ou menos duas semanas. Eu estava entrando em algum tipo de estado que eu apenas respondia o que me perguntavam , não comia ,apenas bebia água com açúcar, vivia chorando pelos cantos e novidade, minha mãe é a mesma bisca ruim que o meu pai.


Eu já não sabia o que fazer , eu recebia quase todos os dias a ligação lá de casa, mas ignorava o som irritante do telefone. Eu estava sentada na cadeira da escrivaninha, lendo. Estava começando a esfriar então peguei uma calça de moletom que eu sempre usava em dias assim, e uma blusa de manga cumprida, coloquei as mangas das blusas até quase perto das pontas do dedos.


Eu estava com a cabeça apoiada nas mãos pensando , então foi nesse momento que decidi que iria fugir, já que os carros ficavam quase que perto do portão e as chaves na ignição dos carros, daria certo. Eu pegaria meu Pajero Sport HPE que já estava sem uso a um bom tempo. Bom esse era um plano maravilhoso, era só colocar em prática. Esperei anoitecer pra sair de fininho pela porta, quando cheguei na garagem entrei em desespero, as chaves não estavam lá, eu não sabia o que ia fazer. _Procurando isso? essa voz era de Katherine, ela segurava as chaves do meu carro em suas mãos .


_Kathe, me dá isso - falei .


_Não , eu vou chamar o papai e a mamãe _ ela ameaçou.


_Tanto faz _ eu disse, meu celular estava no bolso da calça que eu havia trocado antes de sair, disfarçadamente disquei o numero da policia.


_Isabella, volta já pra dentro! _ Charlie disse já com o ar de bêbado.


_Não _ eu vi que ele estava chegando cada vez mais perto e apertei o botão verde pra chamar. Ele me pegou pelos cabelos e me jogou pra longe do carro.


_SOOOOOOOOCORRRO _ Eu gritei.


_Alô? _ disse quem atendeu o telefone, eu peguei o aparelho no chão e comecei a falar:


_ Socorro, eu estou correndo perigo. Meus pais são psicopatas e querem me matar ou pior! _ berrei.


_Moça, calma. Me passa o endereço que vamos enviar uma viatura da policia _ ele pediu.


_Av All Street Barnet , 1589 _ eu gritei antes de Charlie conseguir me pegar.


_Estamos mandando uma viatura _ o cara disse.


_Volte aqui, Isabella - Renée gritou com raiva.


_Não, eu odeio vocês, eu vou fazer vocês apodrecerem atrás das grades _ eu gritei andando de costas , e logo comecei a correr, Charlie vinha a todo vapor atrás de mim , então eu só pensei em uma coisa: O BOSQUE, então corri pra lá , eu estava dando graças a Deus por estar de tênis , tropecei algumas vezes, mas consegui me distanciar do Charlie, estava escurecendo, e eu não sabia mais onde estava, a noite no bosque é escura e úmida , cheia de animais.


_Isabella é melhor parar com esse joguinho, querida _ Charlie dizia com a voz doce.


_Não ouse dizer meu nome _ eu disse enojada. Eu começava a andar de costas, tentando apoiar a minhas mãos em algum lugar.


_Não adianta fugir, Isabella _ ele disse, eu dei um passo e percebi que não tinha mais chão.


_Fique onde está, Charlie _ ele continuou, eu mexi o pé e me desequilibrei, caí durante alguns segundos e depois me choquei com a água gelada.


_SOO _ afundei. _ COO _ afundei novamente ROOOO consegui gritar , mas isso não adiantou. Charlie se agachou pra ver meu sofrimento, por um tempo minha vida todinha passou pela minha cabeça.


_Infância - Juventude atormentada _ Casamento _ Alice e Jasper não estão mais aqui _ Annika _ Tia _ mamãe _ felicidade _ EDWARD me ama.


POV narrador


Lembrou-se de seu ultimo pensamento de quando estava em coma. Ela iria lutar pela sua felicidade, então já debaixo dagua com o pulmão ardendo de tanta água que havia engolido, olhou pros lados e nada apenas a água clara do lago que refletia a luz da lua, ela tentou subir novamente, e conseguiu , mas a água parecia puxá-la para baixo novamente, seu corpo foi ficando mole e sem movimentos, apenas o cérebro funcionava, mostrando-lhe cenas felizes com Annika Edward e sua verdadeira família , não de sangue mas a que a amava, seu corpo foi levantado do fundo do lago, e levado à superfície.


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Notas finais do capítulo

Yay, espero que tenham gostado :3



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