– Tudo bem Sakura, você está saindo hoje à noite comigo em um encontro às cegas.

– Eu não lembro de ter concordado com isso – disse engolindo outra batata do McDonald's.

– Ah, mas você concordou sim. Lembra quando eu te liguei ontem à tarde? Quando você estava terminando aquela bobagem de relatório? – Ino indagou, enquanto tentava roubar um punhado de fritas do prato da amiga.

– Não é bobagem, aquele relatório é o futuro do meu emprego. Eu lembro sim, você perguntou se eu gostava de comida chinesa ou algo assim...

– Primeiro: não era chinesa é comida tailandesa. Segundo: eu perguntei sobre o encontro antes disso. O goukon* vai ser em um restaurante Tailandês. Você estava mesmo ouvindo o que eu estava falando?

– Por que um restaurante tailandês e não japonês? Você não tem amor a comida da sua pátria?

– O mundo inteiro come a nossa comida lá fora, – Ino revirou os olhos – eu só estou devolvendo o favor.

– Ok! Eu vou a esse encontro idiota.

– Você está falando sério? Você sempre odiou em ir a goukon comigo antes. Agora eu nem precisei fazer chantagem ou deixá-la inconsciente – uma sobrancelha loira se arqueou. – Qual é a pegadinha?

– Bem, nenhuma. Comida tailandesa não deve ser de todo ruim e eu quero estar lá para ver qual é o próximo panaca que você vai namorar. – Sakura sorriu puxando o prato longe da amiga. – Vai ser divertido.

– Ele não vai ser um panaca! Ele vai ser um Orlando Bloom só que tailandês.

– Claro, e o que aconteceu com o Brad Pitt asiático que aquela cartomante disse que você ia encontrar? Hm, lembrei! O nome dele era Sai, não é? E o que ele fez? Ele era...

– Tudo bem, tudo bem! Eu sei que tive um pouco de azar nos meus relacionamentos anteriores – ela ignorou quando Sakura riu na palavra 'pouco'. – Mas eu sinto que dessa vez vai dar certo! Eu realmente espero encontrar o homem certo nesse encontro, o homem que vai me amar como eu sou, que vai casar comigo e ser o pai dos meus trigêmeos.

O jeito que os olhos azuis da loira brilharam quando dissera tais palavras quase convenceram a Sakura que dessa vez iria dar certo... até Ino abrir a boca mais uma vez.

– Pelo menos foi isso que estava no meu horóscopo hoje.

– Você tem que parar de acreditar nessas coisas como cartomantes, horóscopos, Samara Morgan e yoga! Vamos lá! Isso é apenas roubo de dinheiro.

– Como você pode dizer isso? – Ino perguntou chocada. – Lembra quando o Pai Orochimaru disse que iria chover forte na segunda e que era melhor eu levar um guarda-chuva ao trabalho? O que aconteceu? Caiu pedra do céu... E até você levou uma sombrinha que eu vi!

– Eu vi na previsão do tempo – Sakura comentou secamente, e então acrescentou: – Eu também lembro que ele disse que eu iria encontrar novamente alguém que fora muito especial no meu passado e que essa pessoa iria mudar o meu presente, mas eu teria que escolher se fosse para bem ou mal. E quem eu encontrei? Você! Quero o meu dinheiro de volta.

– O jeito que você fala até parece que foi uma coisa ruim nós nos encontrarmos de novo depois da faculdade – Ino respondeu triste e ao mesmo tempo irritada.

– Impressão sua, Ino-porca! Encontrar você foi a melhor coisa que já me aconteceu desde que eu troquei o Sasuke-kun pelos Backstreet boys – a rosada zombou.

– Você é engraçada, testuda. Vou passar na sua casa ás 18h – Ino disse se levantando. – Esteja pronta quando eu chegar! Ah, e esconda bem essa tua testa grande porque hoje vamos encontrar os dois homens mais quentes e milionários do Japão! – ela disparou um soco no ar confiante.

– Tudo bem, só chegue antes de eu encontrar o veneno de rato – resmungou ignorando a animação da amiga loira.

Talvez ir a esse encontro seria uma péssima ideia.