– Porra, Frank, dirige! – Gerard gritava com o menor –  Mais rápido, senão eles vão nos pegar, droga. Vira a esquerda. NÃO, PORRA. A OUTRA ESQUERDA!

– Eu to tentando. E a outra esquerda, se chama direita, Gerard. – Frank dava o máximo de si e tentava ser mais calmo o possível, mas ao mesmo tempo, tentava ser ágil. Eles não poderiam ser pegos, ao menos não agora. Não hoje.

Flash back on.

– Temos que tomar cuidado, Ge. Os bancos não são mais como antes. A segurança é reforçada, tem mais câmeras espalhadas por todo lugar. E eu estou com um mal pressentimento. Você sabe que isso não é bom... – O menor não queria admitir, mas estava morrendo de medo. Era a primeira vez que se sentia assim, enquanto roubavam um banco. Sem contar que, quando Frank tem mal pressentimento, realmente algo acontece.

– Eu sei, acho que você não precisa ficar repetindo. Afinal, já roubamos diversos bancos e nunca nos pegaram. Daí que nos deram o "belo" – Gerard fazia o sinal de aspas com os dedos – nome, Amantes Demolidores. – Após dizer isso, Gerard continuava olhando para o teto, tentando encontrar mais alguma câmera.

– Mas dessa vez é diferente, eu sinto que vai acontecer algo. E pra falar a verdade... Eu até gosto desse nome que nos deram. Acho que é bem a nossa cara. – Ele soltou uma risada baixa e doce. Apesar de ser um criminoso, ele tinha coração.

– Não, Frank. Não é diferente. E vamos logo com isso. – Gerard ignorou o comentário sobre o nome, afinal, ele realmente odiava.

Começaram então a preparar tudo o que era necessário para fazer um enorme buraco no cofre do banco. Maçarico, luvas, óculos, todas as ferramentas que julgaram ser necessárias. E é claro, as bolsas para colocar todo o dinheiro que roubassem. E lá estavam eles, mais uma vez arriscando suas vidas. Até que...

– Caralho, caralho! Isso é uma sirene de carro de polícia? – Frank estava nervoso e praticamente gritava com o seu companheiro. Mas também, ele tinha seus motivos. Já fora preso uma vez, e ahn... Ele pode dizer que, a cadeia não é lá um mar de rosas.

Gerard passou um tempo tentando responder o menor, mas estava tão nervoso quanto ele. Porém, as palavras não saiam de sua boca.

– Bem... É... Vamos embora, rápido. Pegue quantas bolsas conseguir. Eu vou pegar algumas aqui, e caímos fora. – Falado isso, Gerard pegou todas as bolsas que aguentava, e Frank fez o mesmo, é claro.

Se dirigiram a porta de trás do banco, o mais rápido que puderam. Rolaram os olhos pelo local e enfim encontraram o que queriam... O carro.

Correram até o carro e entraram no mesmo. Frank na direção e Gerard jogando as bolsas de qualquer jeito na parte de trás.

Gerard pulou pro banco do passageiro, então deu a ordem para que o menor começasse a dirigir, e o mesmo o fez.

O plano daria certo, se um maldito policial não aparece exatamente na hora em que estavam saindo.

– Acelera, porra, acelera.

Flash back off.

Gerard's pov.

– Eu sabia que ia dar errado. Mas não... Você nunca acredita em mim, as coisas só são feitas do seu jeito. A culpa é sua, Gerard Way. – Droga, o Frank me chamou pelo nome todo. Agora a porra ficou séria. Mas é só ignorar que fica tudo bem. – Ei, você não tá me ouvindo? Você nunca me dá atenção. E sabe o que é pior? Essa porra me machuca. Mas é claro, você não se importa, como sempre. Não é? – Pude ver que Frank estava realmente estressado e que apesar de tudo, ele estava certo. Eu estou pasmo com todas as palavras dele. Odeio assumir culpa, mas bem, de um tempo pra cá, eu reconheço que mudei minhas atitudes com ele. Mas eu tive motivos, foi porque... Porque... Droga! Eu não tenho motivos.

– Franks, me desculpe. Eu não queria estar sendo tão rude com você. Eu achava que sendo mais duro, as coisas andariam mais rápido quando estivéssemos nos bancos e tudo mais. Foi só por... preocupação, talvez. Me desculpe.

Frank me observava com um olhar curioso, acho que ele não acreditava no que eu dizia. No seu lugar, eu também não acreditaria, como eu disse... Eu odeio assumir culpa. Mas eu estou dizendo a verdade, ele tem que acreditar.

– Tudo bem, ahn... Acho que aceito suas supostas desculpas. – Ele abriu um sorriso bobo, aquele sorriso que eu mais gostava. E então, pisou fundo. Eu pude sentir o vento frio bater violentamente contra meu rosto. E porra, isso incomoda! Fechei a minha janela e comecei a olhar o retrovisor. Aqueles caras ainda estavam atrás de nós... Droga.

Gerard's pov off.