E Se Te Dissesse Que Te Amo? escrita por Lu Arantes


Capítulo 4
Na biblioteca


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora para postar o capitulo, mas de qualquer forma, aqui esta. Espero que gostem desse...



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- oi – ele fazendo um sorriso torto – tá atrasada.

- três minutos. – eu retruquei.

- não importa, deveria ser mais pontual. Vou colocar isso no relatório que vou escrever para você e vou entregar-lo para o Ryan – ele pegou uma folha de papel e escreveu – ‘nem um pouco pontual’ – disse ele ditando o havia escrito.

- háhá, muito engraçado.

- tudo bem, agora vamos para o que interessa.

Ele pegou o livro de física e começou a me reexplicar o que o professor havia falado durante a semana. Robert era o primeiro garoto lindo, super inteligente, popular e ainda com um ótimo caráter que eu havia conhecido, e tenho que admitir, eu adorava ser amiga dele.

Passamos uma hora e meia estudando os assuntos que eu mais tinha duvida.

- e então? Entendeu?

- nossa, fica bem mais simples com você explicando.  – falei sinceramente.

- é. Eu tenho esse dom. – disse ele fazendo pose.

- exibido.

- agora é só você praticar um pouco de exercícios que vai ficar craque.

- tenho a impressão de que vou me dar super bem nessa prova. Tenho que te agradece Rob, se não fosse por você eu me ferraria.

- que nada. Faz parte.

Agente ficou se olhando, meio sem assunto.

- e então, por que tava olhando tanto para a Elly hoje?

Ele ficou serio instantaneamente.

- não tava olhando pra ela...

- “ah, qual é. Sou seu amigo!” – esperei que ele se lembrasse do que havia me dito mais cedo – foi o que me disse na hora do almoço. Lembra?

- tudo bem, - ele respirou fundo e se virou pra mim – eu ainda gosto dela.

- isso eu sei.

- sabe, eu quase não acreditei quando ela chegou pra mim e simplesmente falou “eu quero dar um tempo”... Depois fui me tocar que na verdade eu tava sendo trocado pelo Kendall. – ele suspirou – eu não o culpo, quer dizer, ele obviamente tem culpa, por que ele deve ter dado em cima em cima dela, mesmo sabendo que agente tava namorando. Mas enfim, o único que eu culpo realmente sou eu. Por ser tão babaca a ponto de me apaixonar tão fácil...

- ei, para com isso. Você não tem culpa nenhuma, ela que não soube te valorizar, te trocando pelo primeiro babaca que aparecesse na frente. Isso só prova que ela não te merece. Você é uma das pessoas mais incríveis que já conheci, é um ótimo amigo e com certeza deve ser um ótimo namorado. Não se culpe pelo erro de uma garota como ela. Você tem que parar de pensar assim.

Houve uns minutos de silencio. Sem saber o que fazer eu o abracei e ele me apertou forte pela cintura como se estivesse esperando aquele abraço ha um bom tempo.

- estou errado em ainda gostar dela?

- claro que não. Se apaixonar nunca foi e nem nunca será errado.

Continuamos ali abraçados por uns 10 ou 15 minutos. Depois ele se afastou e fitou meu rosto.

- valeu pelo apoio. Você realmente é uma ‘ótima pessoa’. – ele disse me lembrando do que havia falado de mim para  Ryan.

Eu sorri também.

- ‘que nada. Faz parte’.

- até quando vai repetir tudo o que eu digo?

- até eu começar a te irritar.

- vixi, então vai demorar...

A bibliotecária se levantou e nos falou:

- crianças, já são quase cinco da tarde. Eu já vou fechar a biblioteca.

- tudo bem, já estamos indo – ele falou pra ela e depois se virou para mim e disse baixinho – ótimo, expulsos da biblioteca.

Nos levantamos e fomos até o estacionamento

- vai embora com quem? –ele me perguntou tirando a chave de seu carro do bolso.

- Dina iria me dar uma carona até em casa. Me carro esta com minha mãe hoje.

- entra aí, te levo em casa.

Entrei em seu Maserati deslumbrante. Uma das vantagens de ter 16 anos. Ele ligou o motor e deslizamos suavemente pelo estacionamento. Então, ao sairmos da área do colégio, Robert acelerou para uma velocidade que eu ainda considerava segura.

- sabe o que eu mais queria? – disse ele quebrando o silencio.

- o que?

- que houvesse um jeito de fazer a Elly voltar pra mim.

- não se preocupe – disse passando a mão em seus cabelos – um dia ela ainda perceber o que te fez e vai se arrepender.

- é, pode ate ser.

Ele se virou pra mim e parou o carro.

- chegamos.

- nossa. Ou essa cidade é minúscula demais, ou seu carro sabe voar.

- acho que as duas opções estão valendo.

- engraçadinho – me inclinei e beijei seu rosto – te vejo amanhã.

- tudo bem. Tchau

- tchau.

Saí do carro que em seguida partiu. Entrei em casa e só queria saber de um bom banho quente.

- mãe, cheguei.

- como foi à aula querida? – minha mãe gritou da cozinha.

- foi ótima. Vai ter prova de física semana que vem e tenho que estudar – eu disse já subindo as escadas.

- tudo bem, vou pegar seu irmão no colégio, ok?

- tá.


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