A Garota Dos Fones escrita por Alyson Blum


Capítulo 1
Adeus Alyson.


Notas iniciais do capítulo

O céu é o limite. Uma frase tão gasta, mas não pouca significativa para Alyson.
Sua vida nunca foi um conto de fada. Seus pais morreram em um acidente de avião, logo depois de abandoná-la com sete anos com sua confiavel amiga da academia Warlok, Megan. Ela nunca teve muitos amigos na escola, nada de ser a mais popular. Na verdade ela é especial por que...
Bem, ela tem o poder de premonição.
No início, ela pensou que fosse um delírio, mas, com o tempo, isso se tornou parte de sua vida.
Então ela conhece Chris.
Com as estranhas mudanças de cor de olhos e de humor, ele consegue despertar o pior lado de Alyson. Além da insegurança de não poder ver seu futuro. Logo ele revela saber mais Alyson do que ela mesma.
Então, quem é a verdadeira Alyson Blum?



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Angélica olhou mais uma vez para a sua filha já com sete anos, nos braços e se segurou para não chorar, não poderia acordar a pequena. Seus olhos se levantaram para seu marido, com a mesma espressão no rosto.

- É para o próprio bem dela, Angélica.

Ele disse respondendo aos seus pensamentos. Terminou de colocar a manta negra e se ajoelhou ao lado dela.

- Se não a tirarmos ela daqui e do alcance deles, vão querer matá-la. É muito perigoso para mim, para você e para nossa pequena.

Ele tocou-lhe o rosto e o trouxe junto ao seu.

- Veja se eu não estou sendo sincero.

Angélica fechou seus olhos amarelos por um minuto se concentrando. Imagens horríveis do que aconteceria se eles ficassem com a filha passaram por sua mente. Ela abriu os olhos para afastar as imagens. Ela odiava admitir, mas o melhor era ficar longe de sua filha.

- É verdade.

Dawton abaixou os olhos cinzas para sua pequena filha e sentiu um aperto no peito quando a tirou dos braços da mãe.

- A culpa de tudo isso é minha.

Ele sussurrou, mas Angélica escutou, enquanto arrumava papel e caneta para escrever o endereço e o nome da pessoa que cuidaria de sua filha.

Ela sabia tão bem quanto Dawton que a culpa tinha sido dos dois. Do que tinham feito, da guerra que travaram, que os tinham levado além das regras. Mesmo eles não querendo admitir e liberar o parceiro da culpa, não podiam. Dawton suspirou e passou a mão pelos cabelos loiros. Ele odiava quando Angélica estava certa em relação aos dois. Odiava mais ainda quando ela olhava para sua filha e sentia dor.

Assim que terminou de escrever, caminhou até o amado que a olhava com cuidado. A cada passo que Angélica dava, parecia que seu mundo acabaria e desbaria na sua cabeça. Ela estava perdendo um pedaço de si e dando ao mundo. Dawton, sentindo a dor de sua amada, a abraçou, com cuidado para não acordar a pequena em seus braços.

Já era a hora de ir.

Dawton abriu a porta recebendo uma boa quantidade de ar frio em seu rosto que o fez tremer. Deu um passo para o lado de fora, mas olhou por cima do ombro para Angélica Loverback. Ela não olhava para o amado, com medo de , quando o visse levando sua filha para longe dela, deixasse no plano. Então se encolheu e recebeu a dor da separação em silêncio.

Dawton começou a correr madrugada a fora com seu filha nos braços. O endereço não era muito longe, mas a cada minuto que ficava do lado de fora, sozinho, naquela cidade deserta, maiores eram as chances deles serem mortos. Tentou ser o mais rápido possível também com medo de sua filha se resfriar.

Olhou para a pequena em seus braços e sorriu. A pele clara e macia, característica de uma criança , estava um pouco corada por causa do frio. Atrás de suas pálpebras fechadas, sabia que existia um lindo par de olhos diversos, que mudavam do pai ao da mãe. Os cabelos já até a cintura, conseguia ver que eram escuros iguais aos de Angélica. Em seus pensamentos, passavam imagens sem formas e alguns rostos. O seu e o de Angélica, principalmente.

Sem desacelerar o passo, ele sorriu para a filha, sabendo que ela seria uma exelente amazona. Além de linda. Chamaria atenção, mesmo que quisesse o contrário. Chamaria tanta atenção quando sua Angélica chamou a ele. Só esperava que ela não cometesse o mesmo erro. Ou melhor, que conseguisse consertar esse erro.

Nem percebeu quando chegou ao endereço. Na verdade, quase passou do endereço de tão que eram seus pensamentos. Voltou alguns passos e deu de cara com uma gigantesca mansão branca, a academia Warlok. Nos três grandes degraus, estavam cartas esquecidas. Dawton pensou em deixar sua filha ali e ir embora, mas tirou essa ideia da mente no mesmo momento. Não sabia quanto tempo os trabalhadores daquela escola demorariam para abrir a porta. E , cada segundo que sua filha ficava ali fora, era mais um perigo que ela correria.

Subiu os degraus e respirou fundo enquanto batia na porta. Esperou, impaciente, até que captou alguns pensamentos confusos e despertos. Além de um pouco grotescos. A porta se abriu, e Dawton deu de cara com uma moça sonolenta.

Ela deveria ter maximo uns 20 anos. Os cabelos loiro e escorridos , estavam uma confusão, e os olhos azuis estavam cansados e com olheiras. Ela coçou-os mais um pouco, antes de focar no Deus loiro parado a sua frente. Na verdade, a moça não pareceu se surpreender com a beleza do homem parado a sua frente. Parecia bem entediada e sonolenta.

- Megan?.

Dawton perguntou, pensando na possibilidade de ter errado de endereço.

A moça estreitou os olhos para o cara parado a sua frente e pareceu levar o maior susto da sua vida quando viu que ele carregava uma criança nos braços. Ela deu um passo para o lado. Dawton viu em seus pensamentos que ela sabia de tudo. Dos Loverback e dos Blum. Ela sabia dos romance proibido dele com Angélica. Ela só não sabia dos detalhes, pois Angel tinha sido cuidadosa com sua inocência.

Megan estreitou os olhos para Dawton e passou a língua pelos lábios, pensando em cada movimento, mesmo sem saber que ele podia ver tudo. Ver que ela achava que ele era malvado. Na certa, ele deveria ser mal, mas Angélica o havia aberto os olhos.

O havia feito amar.

- Você é Megan?.

Ele perguntou novamente, só que , dessa vez, com um sorriso no rosto. Queria conquistar a confiança daquela senhora de poucas palavras.

- Sim.

Ela disse dura e esticou os braços para pegar a criança.

- Como você pode ter tanta certeza que sua diretora deixará que fique com minha filha?.

Ele , por fora, quis se mostrar desconfiado, mas por dentro, estava tentando ganhar mais algum tempo ao lado da filha.

Ele viu na mente da pequena que sua mãe tinha um bom coração, mesmo sendo rica, mas humilde. Ela aceitaria a sua filha sem nem mesmo pensar duas vezes. Angélica sabia disso. Megan sabia disso. E Dawton sabia disso também. Por isso que entregou sua filha aquela jovem parada a sua frente.

Ele se virou para ir embora, mas voltou para dar um último beijo na testa da filha.

- Adeus, Alyson.

Ele sussurrou.

A pequena se remexeu, mas não acordou de seu sono profundo. Ele levantou os olhos para a loira a sua frente e balançou a cabeça. Megan retribuiu o comprimento e deu um passo para trás, para a academia. Se hesitar mais, Dawton desceu os degraus e voltou a correr madrugada a fora. Megan esperou até que aquele anjo loiro sumisse de sua vista e fechou a porta, pronta para o teatro. Mal espero um segundo, antes que sua diretora aparecesse no topo da escada, também sonolenta e coçando dos olhos.

- Que barulho foi esse, Megan?

Ela perguntou, então pareceu perceber o que sua filha carregava nos braços e desceu as escadas como um raio, tomando a pequena em seus braços sem acordá-la.

- Quem é essa criança?.

Ela perguntou sem tirar os olhos da linda menina e sem parar de embalá-la.

Megan apenas deu de ombros.

- Escutei um barulho e desci.

Ela disse começando o teatro.

- A encontrei aqui na porta. Tinha apenas um bilhete preso a sua roupa: Alyson.

- Muito bem Megan, deixa que eu cuido disso. Volte para seu dormitorio.

Disse ela com firmeza.

- Boa noite sra. Evans

Megan se retirou. E deixou a pequena menina nos braços grossos da Sra. Evans.

- Boa noite.


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