-É sério, é sério! Vocês deviam ter visto a cara de tacho dele, foi realmente muito hilária- Estavamos agora na sala rindo que nem uns idiotas pela história do Bob, as meninas já haviam ido dormir e já estava mais do que na hora de eu ir embora.

-Ai maninha, você é muito impaciente- Josh dizia tentando controlar as risadas.

-Nha que nada, ele que não fez nada, idiota. Podia muito bem ter me puxado e me beijado, mais não! Me deixou ir! Eu não me arrependo de nada. Mas... Bem, eu vou pra casa, já esta tarde e você tem que acordar cedo não?- Falei para Josh já me levantando e me encaminhando para a porta.

-A mais já? – Mel perguntou.

-Claro cunhadinha! Amanha eu vou numa agencia, e ainda tenho que ver a minha faculdade, que eu nem sei se vou continuar.

-Porque?- Perguntaram juntos e sorriram um para o outro.

-Roubei sua sorte!- Disse quando lhe deu um selinho.

-Você tem que pegar em algo verde meu amor- Josh falou.

-O bolso da sua camisa é verde querido- Apontou com o olhar para o bolso que estava com a mão em cima, sorrindo um para o outro.

-Okay, estou sobrando aqui! Até amanha ou não, beijos, não façam muito barulho pra não acordar as meninas e eu amo vocês- Falei tudo e saindo, olhei para trás e os vi abraçados na pequena varanda sorrindo, dei um ultimo tchau e entrei no carro.

Quanto amor... Espero um dia encontrar alguém assim- Pensei enquanto parava no 1º sinal. Até agora todas as minhas tentativas de encontrar a minha “metade” foram falhas. As vezes eu me perguntava se era algo errado comigo, mas quando eu parava e pensava, o problema não era eu e sim o conjunto! Se não tinha química, é claro que nunca ia dar certo. E como num passe de mágica, veio na minha cabeça o beijo com Tom esta noite. Eu devo admitir, o sacana sabia o que fazia. Sabia onde beijar, onde apertar, onde puxar, onde morder... Ele realmente fazia jus a fama de SexGott. Mas eu não deveria ceder, sabia muito bem o que ele queria, e se ele quiser mesmo me levar para cama vai ter que lutar muito.

Mais alguns minutos e cheguei em casa, apertei o controle da garagem, esperei abrir e entrei fechando-a em seguida. Eu só queria colocar um pijama e cair debaixo do edredom quentinho. Sai do carro e como eu esqueci a chave da porta da garagem em cima da mesa eu tive que sair pelo portão mesmo, andei tranquilamente pelo caminho de pedra, vi uma pequena movimentação num arbusto, e um pequeno assobio, olhei pro arbusto e outro assobio.

Eu juro que se for aquele desgraçado do Tom ele nunca mais vai ter filhos, porque eu já estou ficando assustada e a porcaria da chave não entra na fechadura. Outra movimentação e outro assobio. Ah! Que ótimo, essa é a chave do carro, Sofia sua burra!  O arbusto se movimentou mais e alguém saiu de lá, eu já estava desesperada tentando abrir a porta e quando eu finalmente consegui sinto alguém me agarrando por trás e tapando minha boca.