Em Busca De Amor Em Hollywood escrita por ChatterBox


Capítulo 11
11 - Talvez seja verdade


Notas iniciais do capítulo

Depois de séculos eu ressurjo das cinzas kkkk' Não levem a mal, mas tive umas crises aí com a escrita, tem horas que tenho que dar uma pausa ou senão esqueço da vida real heheheh
Espero que gostem.
Boa leitura.
Beijocas, Anonymous girl writer s2.



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Eu estive em longe dele pelo resto do dia, ele entrava em um lugar, eu saía antes que batesse o olho. Não queria sequer ouvir falar na palavra "Dylan", queria que ele sumisse da minha vida, e nunca tivesse existido. Não aguentava mais aquela aflição de me sentir uma vadia e ainda por cima estar gostando. Eu tinha que ter uma atitude séria sobre isso. Quando estava caminhando pelo set tive um encontro desagradável com quem eu menos queria: Hillary. Quase esbarrei nela, ela soltou um gritinho com o susto.

- Ah, até que em fim! Onde você estava? Quer perder seu emprego? Te liguei várias vezes.Interrogou gesticulando com o celular nas mãos. Abaixei a cabeça para não olhá-la nos olhos, ou me sentiria culpada pelo que tinha acabado de fazer com Dylan naquela sala... Eu não tinha atendido de propósito porque estava evitando ter aquela sensação.

- Desculpe, acho que o esqueci no vibracal.

Desculpei-me com um sorriso torto falso.

- Esquece, eu preciso que você vá agora pegar minha roupa para a premiação de amanhã na lavanderia e dê ao meu motorista, eu esqueci dela, porque você não está sendo eficiente como a antiga Lola! Tem que me lembrar dos meus compromissos! O meu celular está programado com todos eles e fica com você! E eu também esqueci que a antiga Lola ia comigo nas premiações para passar o nome dos atores furrecas que vinham falar comigo e você tem que fazer o mesmo. Já é amanhã, então quero que arrume uma roupa pra você o mais rápido possível. Aliás, eu tenho um vestido antigo no meu closet que deve servir, mas acho que vai ter que ajustar para o seu tamanho enorme.- claro, agora eu sou gorda.

- E grave o nome dos atores que estreiaram em filmes que estão sendo indicados e saiba quem são cada um deles para cochichar para mim na hora. Faça isso já.

- Tudo bem, Hill. Eu já vou. Saí com outro sorriso, ainda mais falso. Revirei aos olhos quando estava de costas. Não nasci para ser assistente de ninguém, definitivamente, sempre cuido muito bem da minha vida e minhas responsabilidades, então não posso cuidar das de mais ninguém. E para variar, estava me dando um grande trabalho. Ter que gravar quem são os atores que estrearam em filmes que foram indicados... Quantos filmes são indicados à premiação? Acho que mais de cem. Ela tem que fazer isso, não eu. Fui até a lavanderia e peguei o vestido dela. Garanto que era o vestido mais lindo que já vi, admito. Embora não seja muito fã da cor rosa. Deixei com o motorista e já ia embora, estava perto do meu horário mesmo e eu tinha muita coisa para fazer. Fui andando pela calçada, para chegar no metrô.

No caminho, meu bateu uma terrível melancolia. Não conseguia parar de pensar em Dylan. Não podia aceitar que não veria mais aquele sorriso, ouviria sua voz no meu ouvido e sentiria seu toque. As coisas deviam ser mais simples quando se trata de amor, mas é exatamente o contrário, acho que somos obrigados a sofrer. Uma lágrima já ameaçava a rolar em meu rosto quando simplesmente um som crescente e distante soou. E logo senti as gotas molhares meus cabelos. Chuva, vamos dizer que era tudo que eu queria naquele momento, onde eu estava completamente despreparada, sem casaco com capuz ou sombrinha. Mas naquele momento eu já estava em um estágio tão avançado da sensação de solidão que simplesmente continuei andando, deixando a chuva e as lágrimas se misturarem. Fitando a calçada vazia e a estrada pouco movimentada ao meu lado.

Um carro grande, esportivo, estilo caminhonete muito bonito, passou ao meu lado, e diminuiu a velocidade, levantei o olhar um pouco alarmada sem conseguir considerar a ideia de que as coisas podiam piorar, sendo um sequestrador, ou um pervertido qualquer que veio me abordar, a janela do carro começou a se abrir, enquanto ele seguia levemente meus passos na calçada, que eu dava cada vez mais espaçados, querendo ignorar quem quer que fosse. Foi então que ouvi a voz que vinha de dentro dele:

- Você não tem medo de ficar doente?Levantei o olhar e lá estava ele. Dylan, encarando-me preocupado.Bufei com o coração acelerado de raiva, paixão e irritação, desviei o olhar sem dá-lo atenção. - Por que você não se manda?Andei um pouco mais rápido e ele continuou me acompanhando com o carro.

- Porque você vai ter uma tuberculose. - explicou, simplório. - Entra agora, ou eu vou aí e te agarro.

- Não quero sua ajuda.

Minha voz soou bem mais chorosa do que eu tentava evitar. E parecia mais um apelo que uma ordem.

- Não tenta mais fugir disso, Jess. Porque eu não vou deixar de te seguir, nem agora, nem nunca. Começava a odiar o dom que ele tinha com as palavras, prendi o choro no pulmão.

- Me deixa em paz.

Continuei sem olhar para ele, seguindo meu caminho na chuva que jorrava. - Você não terá paz sem mim, já decidi isso. - falou cheio de cuidado. - Agora entre aqui. Não pode querer ficar doente só para me negar uma carona.Parei de andar e encarei-o com desconfiança. Depois, sem nem perceber, eu tinha entrado no carro. Dylan ficou parado no banco e fechou as janelas, depois, esticou-se e me deu algo que colheu do banco de trás. Era uma camisa social dele.

- Vista-se. Com essas roupas molhadas você não vai evitar a tuberculose.

E andou com o carro. Suspirei, por mais que eu estivesse me sentindo derrotada, não tinha controle sobre a sensação que sempre tinha de alívio quando ele me protegia. Tirei a minha blusa encharcada e vesti a camisa que me deu. Espero que ele não tenha percebido quanto fiquei excitada ao sentir o cheiro delicioso dele que estava na camisa. Cruzei os braços e fitei os meus pés, fazendo o máximo para me obrigar a não admirá-lo enquanto dirigia.Ele não dizia nada, mas suspirava pensativo constantemente. Alguns minutos depois o carro parou. Ia simplesmente agradecer e sair do carro, mas pairei com a mão na fechadura quando percebi que não estava na frente da minha casa e sim na garagem de uma mansão de quatro andares. Fiquei tão preocupada em não bater o olho nele que nem notei que ele tinha mudado de rota e me trazido até a sua casa. Fulminei-o com o olhar incrédulo, sem palavras.

- O quê...? - bufei. - O que pensa que está fazendo? - berrei, furiosa. - Eu tenho milhares de coisas para fazer hoje, aceitei vir com você, confiei em você! E você brinca comigo com esses joguinhos? Eu não posso fazer o que você quer, não posso fazer nem o que eu quero! Então porque não amadurece e vê que nós dois nunca daríamos certo?

Entrei em prantos antes de terminar de gritar com ele. Tapei o rosto com as mãos para que não me visse chorando.Ele não tinha tido qualquer reação à meu ódio, mas quando chorei, ele tocou meu ombro e veio sussurrar em meu ouvido, me envolvendo em seu abraço quente que me protegia de tudo.

- O que você tem que fazer é ficar comigo. Porque é isso que você quer de verdade.

Sibilou harmoniosamente em meu ouvido.

- E a sua namorada, hein? Ela é minha chefe! Você só pensa nisso não é? No amor, nem sempre ele pode acontecer, ele é sempre difícil e no nosso caso ele é impossível. Você quer ficar comigo e isso não traria quase nenhum esforço para você, mas e eu? Sabe o que eu teria de desistir por você? Eu larguei o meu país para conseguir uma carreira, preciso da grana que a Hillary me dá e você não deixa as coisas acontecerem para mim.

- Escuta aqui. - falou diretamente para mim, meio que me cortando. O seu tom foi rigoroso e me assustou um pouco. Cerrou as mãos nos meus punhos para que eu ficasse bem de olho nele. - Eu não vou mais deixar você fazer isso com você mesma, ouviu? Não vou deixar você se humilhar pela Hillary para conseguir alguma coisa. Se você ficar comigo, eu te ajudo na sua carreira e dou tudo que você quiser, você não merece estar aqui, você é muito melhor do que ela ou qualquer um daqueles estúpidos artistas com que eu trabalho. - o jeito que ele olhava para mim, me encarando como se quisesse me pregar a realidade que eu estava negando. Me senti tão tola e liberta ao mesmo tempo. Ele me fez ver uma realidade que eu não via, eu tinha perdido as esperanças em mim mesma naquele lugar, minha auto-estima, toda a segurança que eu tinha de que podia ser melhor do que qualquer um que estivesse ali. Tive tanto receio de que isso acontecesse, mas aconteceu, como acontece para todo mundo, Hollywood estraçalhou minha verdadeira ecência. Estava fazendo tudo errado. Ele tinha razão.Eu estava esquecendo da verdadeira razão de estar ali, do meu orgulho, estava me rastejando por alguma coisa que podia ser minha se eu quisesse, como sempre quis, estava esquecendo de lutar sem quebrar minha dignidade.

- Você pertence ao meu mundo, Jess, sempre pertenceu.

Baixou o tom de voz e encostou nossos corpos um nos outro, afagando meu pescoço, arrastando suavemente sua pele na minha, me fez delirar em alguns segundos. Já não lembrava de mim mesma, tinha desistido de tudo, só para ter aquela sensação até onde me levasse. Nossos lábios se tocaram e se movimentaram com a mesma velocidade que nossos sentimentos nos invadiam, nos tocávamos com ansiedade e saudade, faria de tudo para ter aquilo sempre, seja o que for.


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Notas finais do capítulo

Espero ter reviews, hein? Me incentivem a continuar. u.u
Beijocas, Anonyomous girl writer s2.



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