Mystic Forks escrita por martinsf


Capítulo 7
Tensão


Notas iniciais do capítulo

Muito obrigado pelos comentários, não imaginam como me sinto feliz por estarem a gostar da fic :D Um grande beijinho e boas leituras!



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Acordei por volta das 7 horas da manhã com uma violenta pancada na cabeça. Apesar da pancada em causa não me ter provocado dor, fez-me acordar sobressaltada e, os meus instintos de meia-vampira fizeram-me dar um rápido salto para fora da cama. Quando olhei em volta pude ver o meu agressor, com uma grande almofada na mão e a rir descompassadamente da minha figura:

- Ahaha, és hilariante Michelle! Levantas-te sempre da cama com um golpe de Kung-Fu?

- Emmett, seu urso idiota! – Disse eu a tentar parecer chateada mas sem conseguir deixar de rir. Emmett era uma criança em ponto grande, e isso tornava-o engraçado e adorável em qualquer situação – mesmo quando ele quase nos prega um susto de morte!

Iniciamos a nossa manhã com uma intensa guerra de almofadas, da qual eu saí derrotada e também cheia de penas espalhadas pelo meu cabelo e pela minha roupa – Emmett destruiu três almofadas na minha cabeça em alguns segundos e, eu tive de sair do quarto a correr para o massacre não continuar.

Quando me encaminhava para uma das casas de banho dos Cullen a fim de tomar um banho para me livrar dos vestígios da minha batalha com Emmett, vi Edward a abrir a porta do seu quarto. É claro que Edward tinha acabado de chegar a casa com Emmett – pensei-  e, é claro que com a minha sorte eu ia encontrá-lo logo pela manhã e naquela figura…

- Bom-dia Edward. – Disse eu numa tentativa de quebrar o gelo e evitar que aquela situação se tornasse ainda mais constrangedora.

Edward olhou para mim e, por uma fracção de segundos, pareceu-me vê-lo sorrir ternamente. No entanto, acho que foi só a minha imaginação a trapacear-me porque, no momento seguinte Edward deu-me um bom dia secamente, entrou no quarto e bateu a porta com força. Decidi ignorar mais uma vez o seu mau feitio, afinal, eu já sabia que Edward não passava de um vampiro ignorante, complexado e cheio de preconceitos.

Tomei um banho rápido, vesti-me e seguidamente desci as escadas ao encontro de Alice e Rose para irmos para a escola. A minha intenção era tomar o pequeno-almoço já na escola, antes da primeira aula da manhã porque, afinal os Cullen eram vampiros e não deviam ter comidaem casa. Noentanto, Esme surpreendeu-me com um enorme banquete cheio de pão, cereais, croissantes e frutas que, dava pelo menos para 10 humanos! Obviamente agradeci a gentileza e tentei comer o máximo possível enquanto era observada por Alice e Rose que torciam o nariz de cada vez que me viam depositar mais comida na boca:

- Eu não sei como é que consegues comer isso Michelle, os vampiros não podem vomitar mas, eu só de te ver comer, juro que estou a ficar com vontade de o fazer! – Disse Rose

- Se estão tão incomodadas acho melhor saírem da cozinha. A Esme preparou-me um pequeno-almoço divinal e vocês estão a arruína-lo! Ponham-se a andar da cozinha, vampiras nogentinhas. Assim que eu acabar vou ter convosco! – Disse a Alice e a Rose e sorri para elas bem disposta.

Fiquei então sozinha a comer na cozinha dos Cullen e, quando acabei, dirigi-me à sala-de-estar. Fiquei bastante espantada quando não vi ninguém à minha espera mas imaginei que eu me tivesse atrasado e que os Cullen já estivessem na garagem, dentro dos carros. Porém, quando cheguei à garagem, vi que estava sem ninguém e, o BMW vermelho de Rosalie tinha desaparecido, bem como o Mercedes de Carslile. No entanto, o Volvo prateado de Edward continuava parado na vaga do costume.

- Se aquelas duas me fizeram o que eu estou a pensar eu juro que as mato! – Exasperei, enquanto dava um pontapé no pneu do Volvo de Edward.

- Posso saber o que raio é que se passa e porque é que estás a tentar destruir o meu carro? – Perguntou Edward, que estava parado exactamente atrás de mim, sem eu me ter apercebido da sua presença.

Fiquei envergonhada por ter sido apanhada a cometer uma infantilidade tão ridícula e, pensei rapidamente que tinha de arranjar uma solução para a encrenca em que a Alice e a Rose me tinham metido. Eu não podia ir para a escola com Edward de forma nenhuma…

- Desculpa-me Edward… É que a Alice e a Rose saíram e, aparentemente, esqueceram-se de mim em vossa casa… mas não te preocupes eu vou já ligar ao meu tio e vou-lhe pediu que me venha buscar e que me dê boleia até à escola…

- Alice… - Disse Edward com um ar furioso, e prosseguiu – Se quiseres eu levo-te até à escola, não há necessidade nenhuma de estares a telefonar ao Damon quando eu vou para o mesmo sítio que tu.

- Não, eu faço questão, não te quero atrapalhar. – E nisso eu já estava com o telefone na mão e a ligar a Damon.

Ouvi o telefone a começar a chamar e, Damon demorou uns 10 segundos a atender, o que já me estava a fazer desesperar.

- Michelle, o que é que tu queres a esta hora da manhã? - Perguntou-me Damon com uma voz embriagada.

- Tio, eu precisava de uma boleia até à escola… Eu estou em casa dos Cullen e a Alice e a Rose foram para a escola e esqueceram-se de mim…

- Esqueceram-se de ti? Mas que coisa mais ridícula… Tu não tens aí mais ninguém para te levar? É que se não tens vais ter de ir a pé porque eu estou a 50 kilómetros de casa e tive uma noite um bocado agressiva, não acho que seja a melhor altura para pegar no carro…

- Ok Damon, muito obrigado por estares sempre disponível quando é preciso. Não te preocupes, eu desenrasco-me! – E desliguei o telefone rapidamente sem dar tempo ao meu Tio de responder.

Edward continuava parado no mesmo sítio a olhar para mim.

- Então, agora já vens para a escola comigo, ou queres ligar a mais alguém? – Perguntou-me ironicamente.

- Eu acho que vou dar uma corrida até à escola. –Respondi e encaminhei-me para a porta da garagem. Não ia ficar ali a aturar as ironias de Edward.

- Michelle, és capaz de parar de ser criança? Eu levo-te á escola!

- Eu paro de ser criança se tu parares de ser irónico! Prefiro caminhar 1000 kilómetros do que passar 5 minutos dentro de um carro contigo com esse feitio! – Respondi furiosa.

Edward fez um ar furioso mas, antes de falar fechou os olhos por uns segundos e suspirou. Quando estava mais calmo disse-me:

-Terei todo o gosto em levar-te à escola e em permanecer calado durante a viagem. Vamos a isso?

- Com certeza. – Disse secamente e entrei dentro do Volvo prateado.

Edward cumpriu o prometido e seguiu calado durante a viagem até ao nosso liceu. Eu pensava simplesmente na forma ridícula como o meu dia estava a começar: as minhas amigas tinham-se traído, o meu Tio preferia andar a embebedar-se a ajudar-me e agora eu estava fechada dentro de um carro com um vampiro que me irritava solenemente. A minha sorte estava definitivamente em grande!

Quando chegamos à escola Edward parou o carro e, antes de eu abrir a porta para sair, virei a minha cabeça na direcção do banco do condutor para tirar o cinto. Como Edward fez o mesmo gesto exactamente ao mesmo tempo, as nossas nucas encostaram-se ligeiramente, o que nos fez levantar o olhar. Naquele momento a minha testa estava encostada à de Edward e os nossos olhos encontravam-se presos a contemplarem-se mutuamente. Ficamos assim dois segundos, até que Edward abriu ligeiramente a boca, provavelmente para dizer algo que pusesse fim aquela situação constrangedora. Porém, o seu hálito fresco e delicioso bateu na minha cara, fazendo-me fechar os olhos por instantes, enquanto sentia uma corrente eléctrica percorrer todo o meu corpo. Era uma sensação incrível, um misto de desejo e de nervosismo que parecia percorrer todo o meu corpo! Eu nunca tinha sentido nada igual…

No momento em que finalmente consegui raciocinar e abrir os olhos, Edward estava a sorrir ligeiramente e contemplava-me com um olhar de admiração. Eu não sabia exactamente o que é que a proximidade com ele me estava a fazer sentir mas, eu sabia que se não saísse daquele carro rapidamente ia acabar cometer uma loucura. Uma loucura que era absolutamente inaceitável, uma vez que eu sabia que Edward não passava de um idiota pretensioso. Reuni todas as minhas forças e abri a porta do carro num rompante, deixando Edward boquiaberto a olhar para mim enquanto eu me afastava.


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