Mystic Forks escrita por martinsf


Capítulo 3
Os Cullen




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Segui apressadamente atrás da minha família e dos Cullen. Nunca tive o hábito de dúvidar das decisões do meu pai - sabia que ele nunca faria nada para pôr a nossa família em perigo - mas não conseguia deixar de me sentir um pouco preocupada com a ideia de ir para casa de uma família de vampiros desconhecida e num número superior à nossa. No entanto, os meus pensamentos foram rápidamente interrompidos:

- Olá Michelle, o meu nome é Alice. Desculpa-me por esta confusão toda, a culpa é minha.

- Como assim a culpa é tua? - Respondi um pouco baralhada.

- É que eu tenho o dom de ver o futuro, e vi uma família de vampiros desconhecidos na floresta... por isso é que toda a minha família foi até lá... – explicou-se Alice.

- Tu vês o futuro? Isso é fantástico!!

- Vejo sim e, portanto, tenho de te dizer que não precisas de te preocupar porque as nossas famílias vão-se dar muito bem e nós vamos ser grandes amigas! – Disse Alice com um ar pomposo.

- Ok Alice...– disse eu a sorrir, mas ao mesmo tempo a questionar-me se Alice seria normal.

Nesse momento todos pararam de correr e eu fiz o mesmo. Olhando em frente avistei uma enorme casa, com vários andares e com paredes envidraçadas. Era fabulosa. Pensei sozinha que era sem dúvidas a casa mais bonita que já tinha visto e, eu já tinha viajado bastante e não era surpreendida facilmente.

- Stefan, porque é que não arranjamos uma destas? -  perguntou Damon num tom irónico. Aparentemente estava tão maravilhado com a casa dos Cullen quando eu.

- Vamos arranjar uma assim logo que comeces a trabalhar – disse o meu pai a sorrir.

Entramos em casa dos Cullen, seguindo Carlisle, e paramos numa bela sala de estar. Carlisle, Esme, o meu pai e o meu tio posicionaram-se numa das extremidades da sala e começaram a conversar. Ia-me aproximar dele para acompanhar o diálogo quando fui chamada.

- Michelle, senta-te connosco aqui no sofá. Eu e a Alice contamos-te tudo o que quiseres saber sobre a nossa família. Deixa Carlisle conversar com o teu pai e o teu tio à vontade. – disse a vampira que Carlisle tinha apelidado de Rosalie.

Eu assenti, mas apenas porque sabia que mais tarde a minha família me ia pôr a par da conversa com Carlisle e Esme e, porque naquele momento já me sentia mais segura perto dos Cullen. Sentei-me com Rose e com Alice no enorme sofá branco que ocupava uma grande parte da sala de estar dos Cullen e, durante cerca de uma hora elas contaram-me toda a história da família. Fiquei a par dos seus relacionamentos com Jasper e com Emmett e soube que além de Alice, também Edward tinha um super poder – podia ouvir mentes.

- ...e eu não sei se devia ser eu a dizer-te isto Michelle, mas quando vinhamos a caminho da nossa casa Edward disse-me que não conseguia ouvir a tua mente e isso deixou-o perturbado... não é algo muito frequente... – disse Rosalie

- Ele não consegue ouvir a minha mente? Ok, então já estou a perceber porque é que Edward me encarou de forma estranha na floresta.

- É verdade, Edward não está acostumado a que os seus poderes não funcionem. Só aconteceu uma vez antes, e ele também ficou meio amuadinho. Mas não te preocupes, acho que ele já percebeu que vocês “vêm em paz” – disse Alice a sorrir.

- Bem, eu posso garantir que os meus pensamentos são totalmente pacifistas, transmitam isso ao Edward por mim. – disse eu agora mais descansada e a sorrir.

Conversamos durante mais algum tempo. Carlisle, Esme, Damon e Stefan fazia o mesmo num canto da sala onde nos encontravamos e, os rapazes da família Cullen pareciam ter saído para dar um passeio perto de casa, segundo me disse Rosalie. A conversa foi bastante agradável e, eu gostei imenso de Alice e de Rose. Sentia-me agora contente por ter conhecido os Cullen e, pensava que seria bom para a minha família fazer amigos da mesma espécie. Como fiquei a saber que os Cullen mais jovens também estudavam na escola que eu ia frequentar e onde Stefan ia ser professor, também me senti mais aliviada - que ia ter amigos por perto quando tivesse de ir para as aulas, dentro de dois dias, não me ia sentir totalmente deslocada.

- Bem, Michelle, está na hora de irmos para casa. Mas como também já deves sabes saber, tu, a Alice e a Rosalie vão puder conversar muito mais na escola. – disse Stefan aproximando-se de nós.

- É verdade pai, também já soube disso. – disse a sorrir.

- Obrigado por terem vindo até cá e por terem sido tão gentis com a nossa família. Espero ver-vos a todos brevemente. – disse Carlisle enquando abraçava Esme e sorria para nós.

- Concerteza, Carlisle. Manteremos contacto apartir de hoje. – disse Stefan, saindo depois da casa dos Cullen e, sendo seguido por mim e por Damon.

Durante o caminho conversei com o meu pai e com o meu tio sobre os Cullen. Stefan estava encantado com Carlisle e com Esme, disse-me que os tinha convidado para irem até a nossa casa quando quisessem e que, tinha intenções de construir uma amizade com ambos. Damon não estava tão satisfeito quanto Stefan, mas não parecia ter ficado particularmente desagradado com os Cullen e, ficou feliz quando lhe disse que tinha gostado muito de Rose e de Alice e que planeava convidá-las para irem a nossa também.

- Fico contente que estejas a fazer amigos Michelle. Conhecer os Cullen até nem foi tão mau e, as miúdas são giras, até nem é má ideia tê-las a frequentar a nossa casa. – disse Damon, com mais um dos seus comentários típicos

- Não queiras arranjar problemas com o Jasper e com o Emmett, tio. – disse eu a sorrir.

Chegamos a casa e eu encaminhei-me para o meu quarto. Era a única da família que dormiq portanto, já sabia que Stefan e Damon ficariam a conversar na sala sobre a nossa tarde.

Tomei um banho, desci as escadas rápidamente para reclamar um beijo de boas noites do meu pai e do meu tio e, depois deitei-me na minha cama. Antes de adormecer lembrei-me de Edward – não o vi mais depois de chegar a casa dos Cullen, mas agora já sabia a razão dele me ter encarado de forma tão estranha na floresta. Decidi que na segunda-feira iria falar com ele sobre o assunto e garantir-lhe que gostei bastante da família dele e que não tencionava causar-lhes nenhum problema. Não sabia bem porquê, mas não queria que Edward não gostasse de mim, queria conhecê-lo melhor e ser amiga dele. Edward despertava em mim um sentimento de proteção algo estranho. Ele tinha um rosto sofrido que contrastava com a sua beleza -  não sabia se essa era a verdadeira razão do seu sofrimento, mas não devia ser fácil ser o único vampiro sem uma cara metade na família Cullen.

Quando já entrava na inconsciência provocada pelo sono, pensei para mim mesma que, de alguma forma, iria ajudar Edward a reencontrar o seu sorriso.


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