Calaleão O Mundo Perdido escrita por UchiHaruAkasum


Capítulo 22
Primeira Provação


Notas iniciais do capítulo

Yo! Chegando um tantinho atrasada aqui estou eu! Devo dizer que me sinto meio desanimada em continuar as minhas fics, não estou recebendo o retorno esperado de vocês leitores e por isso esta ficando dificil escrever. Não é tão demorado assim deixar uma review com a sua opinião sobre a fic. Como vou saber se estão gostando? Não sou telepata sabiam? Bem, de qualquer modo ai esta o cap.! Boa leitura e se não for pedir muito deixem um review. Beijos!



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Calaleão O Mundo Perdido

Cap. 22. A Primeira Provação

– Merda! Merda! Merda! – Praguejava correndo o máximo que suas pernas suportavam, podia ouvir o som dos passos de seu perseguidor a poucos metros assim como o rosnado do guardião que estava entre ela e aquela... coisa...

“O que diabos era aquilo!?” Pensou lembrando dos detalhes do estranho animal que cruzara o seu caminho do nada, o tamanho abrutalhado de um hipopótamo, repleto de pelos, olhos pequeno e com fendas como os de um gato e o pior de tudo dentro da boca imensa duas fileiras de dentes afiados tanto em cima quanto em baixo.

Quando o vira saindo das arvores a passos curtos e tranquilos com a bocarra fechada e olhar dócil, ela jurara que se tratava de um animal herbívoro, mas quando o lobo eriçou o pelo da nuca em alerta e o aquele bicho veio pra cima dela sem hesitar com a boca aberta, mudou de ideia batendo em retirada em um instante, notando pouco depois que devido as pernas curtas ela era bem mais rápida que ele. “Mas nunca imaginei que seria tão insistente...”.

Sem olhar para trás, pulou por cima de um tronco de arvore tombado aliviada pelo obstáculo que lhe daria uma vantagem. O barulho inconfundível de dentes batendo a suas costas a vez tremer devido a proximidade e sem pensar virou a cabeça por alguns segundos, seu guardião continuava entre ela e o inimigo que naquele momento sacudia o focinha imenso manchando de sangue se atrasando na perseguição um pouco mais, suspirou de alivio e voltou a prestar atenção no caminho a frente enquanto bolava um jeito de livrar daquele bicho pra lá de insistente.

“Vamos lá, Sakura! Que feitiço podemos usar? O que o Sasuke disse sobre esse tipo de animal?”

Seu pensamento cortou – se quando um jato de agua fervendo passou tão perto de seu braço esquerdo que chegou a sentir os pelinhos dali queimarem, o ataque acertou uma arvore mais a frente, que fumegou por um momento antes de deixar parte de sua casca cair ainda soltando fumaça.

“Agora ta explicado por que ele não precisa ser tão rápido...” Pensou, passando em disparada pela arvore atingida. “Era tudo que eu precisava...”.

Aos poucos as arvores foram rareando e quando deu por si estava entrando em uma clareira grande, cerrou os punhos, engolindo em seco, não havia o que fazer, suas pernas estavam ficando pesadas e diminuindo o ritmo dando vantagem ao inimigo, precisava de um plano naquele momento.

Virou – se para animal bem a tempo de vê – lo arremeter de cabeça baixa em sua direção, instintivamente pulou para a esquerda, escapando por pouco. Mas uma vez seu guardião avançou, dessa vez trombando de lado com o que quer que fosse aquilo.

– Kega osoroshii (Ferimento Horrível)! – Berrou a rosada se aproximando perigosamente e colocando a mão sobre o corte aberto no focinho daquele bicho.

A ferida abriu mais ainda quando aquela energia azulada a penetrou e zonzo tanto pelo encontrão quanto pela dor que aquele feitiço lhe causara ele recuou dois passos arfando pesadamente.

“Desiste logo! Eu não tenho muita magia sobrando...” Pediu mentalmente, estivera gastando magia para se orientar desde muito cedo naquele dia, ainda possuía alguns feitiços na manga, mas se os usasse possivelmente iria desmaiar.

O inimigo balançou a cabeça confuso e cambaleou espalhando mais sangue pra todo lado, seus olhos fendados estreitaram – se para ela parecendo disposto a atacar novamente, mas mudou de ideia quando o lobo negro colocou – se entre eles e batendo os dentes imensos rosnou todo eriçado. Com um ultimo chacoalhar o grande animal deu meia volta e voltou a se embrenhar na floresta.

– Eu... não acredito... – Ofegou a rosada caindo de joelhos sob a folhagem da clareira. Seu coração estava acelerado, os pulmões imploravam por ar e os olhos esmeralda se encontravam rasos de lagrimas. Havia sido por pouco.

O guardião sentado a sua frente virou a cabeça de lado, em um claro questionamento sobre seu estado, emocionada a única resposta que conseguiu dar foi abraçar o pescoço peludo ao passo que ele balançou a cauda negra levemente.

– O... Obrigado. – Agradeceu soltou – o apenas para dar mais um afago entre as orelhas eretas o que serviu apenas para deixa – lo mais feliz. – Se não fosse por você...

Os olhos carmim a fitaram por um longo período antes dela voltar a abraça – lo mais forte sentindo algo frio contra o seu pescoço, se afastou confusa percebendo que se tratava de um espécie de frasco pendurado no pescoço do lobo por uma corda de nylon preta.

Era feito de vidro e parecia muito com um tubo de ensaio, daqueles usados em laboratórios, um liquido vermelho sangue borbulhava ali seguro apenas por uma pequena rola.

– Mas... o que é isso? – Perguntou – se tentando pegar o vidro para ver mais de perto, porem surpreendeu – se quando sem aviso nenhum o guardião afastou – se, claramente para impedi – la de tocar naquilo. – Hn? Você não quer que eu pegue?

O abaixar da cabeça dele foi a resposta que recebeu, o que julgou como um ‘Sim’ ficou confusa por um momento, mas em seguida deu de ombros, diante de tantas maluquices e perigos, podia conviver com aquilo.

– Tudo bem, não vou mexer. Só fiquei curiosa... estamos andando juntos a quatro dias e nem tinha notado isso ai. – Comentou levantando – se e batendo nas calças para tirar a poeira acumulada ali. – De qualquer modo, valeu pela preocupação e o apoio. Vamos! Aquele bicho ainda pode voltar.

Ajeitando a mochila nas costas ela voltou a andar sendo acompanhada pelo lobo rente a suas pernas, o sol já estava se pondo então era bom arrumarem logo um lugar para passar a noite, pois se tinha algo que Sakura sentia medo era ficar zanzando por aquele lugar no meio da escuridão.

Andaram por mais uma meia hora até encontrarem uma imensa arvore caída, suas raízes ainda coberta da terra formavam um abrigo formidável contra o vento e possíveis inimigos precisariam dar a volta se quisessem pega – lá.

“Mãos a obra!” Pensou animada enquanto largava a mochila próxima à entrada e tirava dali umas canecas de metal, algumas frutas, barrinhas de ‘ideponia’ (proteína necessária para ajudar os órgãos internos a digerir alguns alimentos), tiras que pareciam ser de carne seca e um pouco de minos (parecido com o nosso arroz, porem tem gosto forte, tom azulado e alto valor energético é um dos alimentos que precisam de adição de ideponia para ser consumido).

Colocou uma barrinha na caneca com um pouco de agua e enquanto a mesma se dissolvia, procurou gravetos ao redor do acampamento sempre ficando no raio de visão do lobo negro que deitado próximo do abrigo a acompanhava com a cabeça.

– Isso deve servir. – Concluiu depois de meia hora daquilo, havia feito uma boa pilha para a fogueira, agora era só arruma – lá e acende – lá para fazer o jantar.

Assim como nas noites anteriores ela seguiu os ensinamentos de Sasuke, primeiro montou uma ‘tenda’ de gravetos deixando algumas folhas secas no meio e em seguida circulou a fogueira com pedras retirando da volta qualquer coisa que pudesse servir de combustível para que o fogo se alastrasse para além daquele limite.

Começar a chama era sempre o mais demorado, precisava de paciência e muito esforço para conseguir uma fagulha batendo com uma faquinha na pedra própria pra isso.

– Vamos... – Resmungou batendo com mais força, mas não adiantou, bufou lembrando que no dia anterior demorara quase uma hora para conseguir enfim acender a fogueira e preparar o jantar. – Droga...

O guardião que estivera observando – a todo aquele tempo, levantou – se e calmamente chegou perto da pilha de graveto, parou ao lado da mesma e se sacudiu com força, fagulhas voaram para todos os cantos e apenas uma atingiu o alvo começando a queimar as folhas e em seguida os gravetos sob o olhar pasmo de Sakura.

– Fala sério... nem me lembrava de que você podia fazer isso... – Constatou soltando uma risada nervosa, para então lançar um olhar mortal sobre o lobo que ainda a observava. – Sofri por três noites para acender o maldito fogo e você nem pra me ajudar se mexeu...

A ‘resposta’ dele foi um virar de costas o que a fez sorrir admirada com a audácia e ousadia daquela fera negra, uma coisa era certa, ele tinha personalidade, uma bem difícil de acompanhar...

– Hum!!! – Resmungou meia hora depois comendo varias colheradas de seu prato de metal, o minos havia ficado uma delicia misturado a barra de idepona e as tiras de carne seca, mal podia esperar para comer as frutas de sobremesa. – Isso sim é que é vida!

Ao seu lado o guardião limpava a tigela fuçando o fundo e batendo as presas sobressalentes nos cantos, terminada a refeição achegou – se até a entrada do abrigo e deitou – se ali fazendo barreira entre ela e a floresta ao redor, sua postura tranquila e relaxada revelava que não havia nada a se temer, pelos menos por hora.

– Ei! – Chamou fazendo – o erguer as orelhas negras e vira – las em sua direção sem levantar a cabeça. – Obrigado mesmo por hoje, tanto com aquele bicho estranho quanto com o fogo, me ajudou bastante.

O leve abanar da cauda dele a fez sorrir, deitou – se no amontoado de folhagens que colocara ali mais cedo e piscou sonolenta para o crepitar do fogo ao longe e o amontoado de pelo próximo ao seu rosto.

– Fico feliz de ter escolhido você para ser o meu guardião... – Confessou em um bocejo, ajeitou – se melhor ali. – Você é muito parecido com o Haru... será que eu posso te chamar assim também?

O abanar mais animado da cauda peluda foi a resposta do lobo e o que a fez sorrir feliz antes de cair no sono, ouvindo o ritmo tranquilo da respiração de seu guardião.


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Notas finais do capítulo

Por enquanto é isso! Sakura superou o primeiro inimigo com a ajuda de seu guardião e até deu um nome pro lobo negro, Haru, tal como o amigo que perdera! Espero que tenham gostado! Beijos e até a próxima!



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