Percy Jackson - em - A Busca Das Semideusas escrita por Sra Rockwell


Capítulo 4
Capítulo 4 - Nada como treinar




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—Esta mais do que claro que Percy, Nico e Thalia estão nessa missão. -disse Quiron. –A filha de Atena ser Annabeth. 

—Certo. Então os meios-sangues que irão para essa missão são Percy, Nico, Thalia e eu.- disse Annabeth. -Mas para onde? A profecia não fala sobre onde devemos começar.

—Acho que devemos começar pelo lugar onde a caçadora desapareceu.-Nico disse decidido.

—Concordo com o filho de Hades. Podem achar alguma pista no lugar onde minha caçadora desapareceu, se souberem onde procurar. -Lady Ártemis estava estranhamente inquieta.

Ainda não tinha entendido o porque da grande preocupação da deusa por sua caçadora. Ela até podia ser uma de suas primeiras caçadoras, poderia realmente ter grande apreço por ela, porém, nunca havia visto nenhum deus expressar tamanho carinho por nenhum mortal. Ao que parecia as duas tinham uma ligação que ninguém conseguiria entender.

—Quando partiremos? -perguntei a Quiron.

—O mais rápido possível. -a deusa apressou-se em dizer.

—Por que a pressa? -Nico franziu a testa.

—Não vejo motivos para adiar mais, -Ártemis olhou para Nico pronunciando cada palavra com cuidado. - já sabemos quem vai em missão, vocês podem arrumar suas coisas coisas essa noite e partirem amanhã pela manhã bem cedo.

—Acho que eles precisam de um pouco mais de tempo para arrumar suas coisas Lady Ártemis, -Quiron aproximou-se da deusa. -a senhora se incomodaria se partissem amanha logo depois do almoço?

—Não. - ela revirou os olhos, exasperada. - Mas quero que saiam amanhã, nem um dia a mais. -ela foi em direção a porta e saiu.

—Ótimo. Trataremos disso mais tarde. Agora todos podem ir. -Quiron falou com a expressão cansada.

Todos fomos para o refeitório.Cada um foi para sua mesa. Annabeth sentou-se junto com seus irmãos, Thalia sentou-se com as caçadoras e Nico sentou-se sozinho, assim com eu. Ártemis não estava em nenhum lugar a vista.

Logo, Quiron apareceu e deu inicio ao jantar, Rachel estava ao seu lado acenando para mim como se tivesse um braço mecânico,só parando quando acenei de volta.

Quando joguei parte da minha comida na fogueira em oferenda a Poseidon mentalmente rezei para que na missão desse tudo certo e que todos voltássemos bem.

Terminei sentei-me em minha mesa e esperei Annabeth terminar, já que fui o primeiro de todo mundo a terminar de jantar. Rachel sentou-se ao meu lado e me deu um beijo na bochecha.

—Como foi esse ano?-perguntei sorrindo.

—Uma chatice. Meu pai me obrigou a preencher várias inscrições para faculdades. -ela bufou.

—Já foi aceita em alguma?

—Em Havard ,Darthmouth e umas outras lá.-ela falou exasperada.

—Nossa. Harvard. -ela assentiu e eu olhei-a surpreso.

Se você tem um pai multi-milionário, pagar Harvard é como comprar alguma coisa no armazém da esquina.

—Por que? Acha que eu não sou inteligente o bastante? -perguntou levantando uma sobrancelha.

—Aposto que você aprendeu bastante no tempo que passou na academia de moças. -nós rimos e ela bagunçou meu cabelo.

—Não quero nem me lembrar do tempo que passei lá. -ela balançou a cabeça tentando afastar as lembranças.

—E o seu primeiro ano de faculdade? -seu cabelos ruivos se agitaram com o vento.

—Para todos os efeitos foi bom. -suspirei. -Tirando todos os monstros que me atacaram, os professores que não tinham muita paciência com meu ''déficit'' e a saudade de Annabeth e de meus amigos, até que foi bom.

—Acho que nossa vida chata e sem graça de adulto está começando. -ela declarou e eu assenti.

Nico aproximou-se de nós.

—Nico! Estava com saudade. -Rachel pulou do banco e abraçou Nico que quase perdeu o equilíbrio.

—Também estava Rachel. -ele largou-a.

—E eu? Não ganho um abraço? -Annabeth sorriu e abraçou Rachel.

Depois de nós quatro termos conversado sobre o ano, cada um foi para o seu chalé. Acompanhei Annabeth até a porta de seu chalé de mãos dadas.

—Percy, não sabe como estou feliz por estar no comando dessa missão.-ela disse empolgada. Era ótimo vê-la assim. -A única vez na qual estive no comando foi a missão do labirinto...Mas não consegui mostrar tudo que sei ,e acho que essa é a minha oportunidade. Acha que vou me sair bem?

—Eu não acho que vá se sair bem. -ela arregalou os olhos. -Tenho certeza que vai.

Beijei-a gentilmente. Seu beijo não se comparava com nada de que eu já tenha provado, era simplesmente melhor que tudo. Annabeth era tudo que eu sempre quis, ter conhecido-a mudou minha vida. Depois de várias minutos com ela, fui para meu chalé. Arrumei-o, já que estava uma bagunça. Com o tempo acabei perdendo o sono e fui até a praia. Sentei-me na areia e olhei a água, que para mim era uma velha conhecida.

—Não deveria estar descansando? -perguntou a voz que depois de um tempo se aproximou de mim.

—Estou sem sono.

—Olha que eu ouvi dizer que as harpias estão com fome hoje hein.

—Elas não vem neste lado da praia. -comentei. -E, se elas aparecerem, você pode jogar alguns raios nelas.

—Isso ia ser divertido. -Thalia sentou-se ao meu lado.

—Sem sono? Ou com vontade que as harpias te façam em pedaços?-perguntei irônico.

—Nem uma nem outra, na verdade. -ela suspirou.

—O que então?

—Muita coisa na cabeça.

Ficamos em silêncio durante um tempo.

—O que foi você reencontrando Nico? - eu ri. -Você até parecia enfeitiçada, como se nunca o tivesse visto na vida.

Ela fechou os olhos. 

— Não tem nada a ver. - ela olhou para o lado, desviando o olhar. - Só não sabia que ele estava tão diferente.

—Ele cresceu. - comentei. - Acompanhei todo o processo. Sinto ele muito sozinho as vezes, sabe? Acho que ele senti falta de Bianca.

—Eu sei que ela morreu em caçada. -  ela suspirou. - Não acho que ele se nutra alguma simpatia por nós.

—Não necessariamente. - discordei. - Ele é um garoto bom, superou isso. Além do mais, frequentemente ele dever ver ela.

—Você acha? - ela franziu o cenho.

—Eu imagino pelo menos. - nós dois rimos.

A água estava tranquila, apenas a brisa fazia barulho.

—Boa noite, até amanhã. -ela se levantou tão rápido que se eu tivesse piscado teria perdido seu movimento.

—Boa noite.-murmurei,mas a essa altura ela já estava fora de vista.

—Oba! Eu falei que sempre aparecia um lanchinho nesta parte da praia, mas elas nunca acreditam em mim. -a harpia escamosa disse com uma voz reptiliana.

—Nem nunca mais irão acreditar. -levantei com minha caneta/espada na mão.

E então nós avançamos um para o outro.

 


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Notas finais do capítulo

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